Sobre a censura
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Camila Teixeira
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Juntamente com a globalização veio a abertura das fronteiras de comunicação em todo mundo. Sem dúvida a indústria televisiva exerce um papel importante na formação do caráter social, político e cultural das pessoas. Em contrapartida, gera um certo comodismo por já entregar as informações “mastigadas” sem a preocupação de realizar uma programação útil e enriquecedora a qual toda a massa popular consiga filtrá-la claramente, sem deformar o aprendizado. Nesse ponto entramos em outro paradoxo: a censura. Afinal, até onde vai a liberdade de expressão?
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É comum a televisão ser taxada como a vilã responsável pela morte do rádio, do teatro, do cinema e da má educação dos jovens. Os adeptos da censura querem combater a imoralidade, as afirmações mentirosas, a violência e a promiscuidade excessivas. Acreditam que devem existir horários de respeito a cada faixa etária (Classificação Indicativa), com vocabulário e cenas compatíveis. As emissoras estariam sujeitas à multas caso desrespeitassem tais regras. Já os liberais, afirmam que devemos conviver com a liberdade de pensar e expressar idéias, visto que essa é uma atitude natural do ser humano.
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Com um lema otimista (Nuestro Norte és el Sur), a TeleSur vem ganhando espaço no cenário latino e mundial. Essa rede de TV com sede na Venezuela, foi criada para difundir valores e debater idéias sobre cultura e política dos países sulamericanos. Os norte-americanos desaprovam tal iniciativa, alegando propaganda anti-americanista e tentam impedir a transmissão do sinal da emissora no país. Essa disputa midiática entre subdesenvolvidos X desenvolvidos só pode ser assistida em rede de canal fechado. Aliás, esse é mais um impasse televisivo: até quando deveremos pagar por programações de qualidade? .
O melhor caminho a ser tomado é o Estado condicionar "sim" a liberdade de expressão. Ele tem o dever de respeitar as posições e formas de expressão de toda população, contanto que estas não agridam a integridade moral de seus semelhantes. Por sua vez, os pais devem entender que quem educa não é a TV, apesar dela ter superado a condição mero eletrodoméstico. Em todo caso, devemos evitar que a televisão se transforme em instrumento de alienação de massas e sim numa ferramenta de lazer e aquisição de conhecimento.
O melhor caminho a ser tomado é o Estado condicionar "sim" a liberdade de expressão. Ele tem o dever de respeitar as posições e formas de expressão de toda população, contanto que estas não agridam a integridade moral de seus semelhantes. Por sua vez, os pais devem entender que quem educa não é a TV, apesar dela ter superado a condição mero eletrodoméstico. Em todo caso, devemos evitar que a televisão se transforme em instrumento de alienação de massas e sim numa ferramenta de lazer e aquisição de conhecimento.
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