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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Jornalismo para gerar capital social nas comunidades
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Carlos Castilho
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O jornalismo, como o conhecemos hoje em dia, está agonizante não porque seus valores e rotinas tenham se esgotado, mas porque a realidade onde ele se insere mudou. A teoria do jornalismo atual foi concebida num contexto em que a indústria da comunicação, da qual faz parte a indústria dos jornais, era quem ditava as normas no relacionamento entre emissores e receptores de notícias, um tipo particular de informação.
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A norma estava baseada no princípio de que as notícias eram um produto que precisava ser processado numa linha de produção e comercializado para gerar lucros capazes de manter a atividade industrial das empresas de comunicação. Mas a avalancha informativa provocada pela internet mudou este esquema. A notícia tornou-se um elemento essencial na formação do capital social nas comunidades, uma função mais relevante que a mero produto mercantil, destinado a garantir a sobrevivência de corporações da mídia.
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Com isso, o jornalismo tende a ser cada vez menos uma atividade industrial e mais uma função social. O que era um exercício retórico torna-se uma necessidade concreta. Até hoje, o discurso do jornalismo como função social era usado para amenizar o seu compromisso empresarial. Agora, a atividade jornalística passa a ser, cada vez mais, associada a geração de um fluxo de informações voltada para o desenvolvimento da confiança mútua entre membros de comunidades sociais. Não se trata de filantropia jornalística. Pelo contrário.
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A geração de capital social em comunidades é um pressuposto para o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, a meta futura vista como a mais viável para a sociedade atual garantir sua sobrevivência futura. Valores jornalísticos como urgência, ineditismo e exclusividade tendem a perder importância porque estão associados a interesses e estratégias corporativas. Em compensação a veracidade, contextualização, interatividade e diversidadetornam-se simplesmente essenciais à manutenção da base de confiança que dá aos cidadãos condições de viver em comunidades.
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Estes são alguns dos elementos básicos para uma reflexão sobre o novo papel do jornalismo num contexto no qual a preocupação social começa a ser reconhecida como relevante não por militantes políticos ou ativistas ambientais, mas por pensadores que procuram entender para onde as novas tecnologias da informação e da comunicação estão nos levando.
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O tema é complexo demais e precisa ser debatido pelo maior número possível de pessoas. Mesmo que a discussão seja caótica, demorada e, em alguns momentos possa parecer inconclusiva. Não temos outra alternativa, pois estamos entrando naera do conhecimento coletivo e da sabedoria das multidões.
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O jornalismo é uma das atividades mais afetadas pelas transformações geradas pelas novas tecnologias da informação e comunicação. E tudo indica que ele vai continuar sob o impacto de mudanças que tendem a afastá-lo cada vez mais do contexto mercantil. Para uns é um sonho, para outros um pesadelo.
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FONTE: http://carloscastilho.posterous.com
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Salão Internacional do Livro da Paraíba
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Rafael Oliveira
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Os números do I Salão Internacional do Livro da Paraíba, que vai até o dia 28 próximo, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, impressionam. O evento reúne cerca de 100 toneladas de livros, distribuídos em 80 estandes. Os visitantes podem contar com a variedade de 80 mil títulos de 450 editoras nacionais e internacionais à disposição. Um número pequeno, mas que também faz uma grande diferença, é o valor do livro mais barato encontrado na feira: apenas R$ 3.

De acordo com Robério Paulo Silva, um dos coordenadores do salão e presidente RPS Eventos e representante da Associação Nacional de Livrarias, todos estes números criam expectativas que são comemoradas nos dias da feira. "Com o movimento que estamos tendo, a previsão de vendas ao público e negócios com livrarias é de mais de R$ 5 milhões. Estamos com a expectativa de que mais de 300 mil pessoas passem pelos estandes do Salão Internacional do Livro", diz. O movimento ainda era tímido no sábado, primeiro dia da feira, mas os expositores já perceberam um aumento no movimento. "A tendência é de que, aos poucos, quando a feira está sendo conhecida, o movimento seja cada vez maior", afirma o revendedor de livros Antônio Carlos.
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Para aumentar o movimento, os organizadores trouxeram convidados como o cantor e escritor Arnaldo Antunes, o professor de português Pasquale Cipro Neto, e os escritores Mário Prata, Nélida Pinõn, Fabrício Carpinejar, Marina Colasanti e Mário Prata, que participarão de palestras, shows e sessões de autógrafos. Além das editoras nacionais, há expositores de Portugal, Espanha, Argentina, Venezuela, México, França e Peru. O evento também conta com diversos espaços destinados ao público de todas as idades, com oficinas para adultos e crianças, palestras, workshops, atrações musicais e teatrais.
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Crédito para professores
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Muitos professores estiveram presentes no Salão do Livro durante todo o domingo (21/11) para fazerem suas inscrições no projeto Credilivro, que beneficiou os primeiros mil professores com um cartão magnético de R$ 100 para compra de livros nos estandes do Salão. De acordo com o subsecretário de Cultura do Estado e presidente do comitê organizador do Salão, Davi Fernandes, "houve um atraso no repasse de verbas do convênio Sebrae e Governo do Estado, e por isso os bonus não puderam ser fornecidos de imediato. Por isso, solicitamos aos professores interessados que deixassem uma ficha com seus dados para que pudéssemos entrar em contato com eles", disse.
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FONTE: http://www.jornalonorte.com.br
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Crime, castigo e mídias
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Luís Carlos Lopes (*)
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O drama da violência urbana continua pairando sobre as cabeças do Brasil, como algo compreendido de modo torto. Nas grandes mídias, predomina a espetacularização. Esta consiste em descrever, narrar e ‘mostrar’ os fatos sem qualquer compromisso maior com suas veracidades e sem um apetite analítico profundo apreciável. Há uma forma – um modo de divulgar – que é seguida melancolicamente.
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As notícias, os comentários e as imagens divulgadas constroem versões que pretendem convencer a todos que nada mais deve ser dito. As grandes mídias se postam como oniscientes e onipresentes. Elas seriam capazes de saber exatamente o que ocorreu, para além da necessidade do exame político, social e jurídico que, em alguns casos, continua após a difusão. As mídias escolhem – pautam – o que deve ser noticiado e comentado, insistem em alguns casos e abandonam outros. Suas versões, isto é, representações, seriam pretensamente as únicas confiáveis. O crime de grande impacto social é divulgado ad nausea. Aproveita-se da comoção social e as manifestações populares são estimuladas e incorporadas ao processo de espetacularização.
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No passo seguinte, as notícias vão rareando, os comentários se esvanecendo até serem sepultados. É verdade que esses podem voltar, se isto for necessário à lógica mercantil que preside o jornalismo. Isto se processa em suas imensas variações comunicacionais, proporcionadas pelo rádio, pela TV e pela imprensa escrita. Na Internet, ressoam ecos disto tudo e se podem encontrar notícias, comentários e análises que tentam ir além das superfícies.
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A criminalidade e a ação policial são acompanhadas cotidianamente pelas audiências. O espetáculo da violência atrai o grande público e é explorado comercialmente por vários meios de comunicação, inclusive pelo cinema brasileiro. O cinema norte-americano criou uma matriz produtiva com inúmeros filmes e séries para TV que tratam do mesmo assunto. A indústria cultural de lá e, recentemente, a de cá, viram neste filão um meio de faturar audiências e bilheterias, ganhando somas fabulosas com o fenômeno da violência urbana.
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O que a ação criminosa fatura é muito pouco comparável com os lucros estupendos auferidos pela difusão jornalística e ficcional. A diferença é que esta última ganha muito sem fazer jorrar uma gota de sangue real. A primeira, além de implicar em gastos estatais altíssimos para sua repressão, consiste em uma atividade humana das mais perigosas que ceifa vidas dos três lados do confronto. São vitimados lumpens, população civil e membros das forças repressivas.
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Há quem compare isto a uma guerra, ou mesmo a uma guerra civil. Todavia, pelo menos no Brasil e nos EUA, não é exatamente isto o que ocorre. As guerras nacionais e civis têm bandeiras, interesses territoriais e seguem a lógica da violência entre populações e exércitos mobilizados para tal. O que se tem no Brasil são operações sem maior sincronia, com casos contrários excepcionais, envolvendo os foras-da-lei e as forças policiais. Pequenos grupos enfrentam milhares de agentes das forças oficiais.
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No Brasil, os civis são vitimados fortemente por serem os mais fáceis alvos do crime. Eles são corriqueiramente atingidos nos confrontos entre os grupos armados. Dentre os civis, os mais pobres são estatisticamente os mais afetados. É possível viver décadas em uma grande cidade do Brasil sem jamais ser assaltado ou presenciar um tiroteio. Isto dependerá de onde se mora e de que lugares se freqüenta. Nas regiões mais pobres da cidade e em suas periferias, a violência torna quase impossível viver sem estar próximo de algum ato de barbárie. Ela chega, obviamente, às regiões mais ricas, onde há maior estardalhaço, quando tal acontece. Nos bairros pobres, o estupro, o furto, o assalto à mão armada e o assassinato entraram na normalidade social, tal é sua repetição.
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As mídias brasileiras em suas peças destinadas ao grande público tratam do problema da violência urbana de modo bastante irresponsável. Não raro usam de palavras chulas e preconceituosas para se referir à complexa relação entre as polícias e os criminosos. Estes são chamados de ‘vagabundos’, como houvesse trabalho para todo mundo. Quando há tortura, se cunha a expressão ‘esculachar’, para se referir a esta ignomiosa prática. Copiam-se as gírias dos envolvidos. O assassinato puro e simples é chamado de ato de resistência ou de oportunidade e por aí em diante. O ainda mais grave é a demonização de quem invoca os direitos humanos. Estes são denominados como protetores dos criminosos, ironizados e vistos com imensa desconfiança.
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O fascismo deste modo de ver o problema é escamoteado das mais diversas maneiras. Diz-se que há uma guerra civil e que cada um deve escolher o seu lado. O consumidor de drogas é visto, não como um doente, e sim como alguém que seria o verdadeiro responsável pelo tráfico. O criminoso, como quem estaria melhor se estivesse morto, justificando-se as inúmeras execuções extrajudiciais. A tal guerra de que falam seria a dos ‘cidadãos de bem’ contra os criminosos e qualquer expediente seria a princípio válido, incluindo-se os possíveis e corriqueiros efeitos colaterais. Defendem que o medo deveria se incutido de modo radical, esquecendo que isto é feito no Brasil desde a época da escravidão e que jamais funcionou. Seus partidários mais radicais não discutem com ninguém estas idéias, simplesmente as impõem com a ajuda das mídias e com apoio de forças políticas importantes.
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O erro ainda mais grave é o desaparecimento da questão social e política. No Brasil, se está apreendendo rápido a lógica norte-americana do crime como fruto do livre-arbítrio bíblico. O criminoso ‘escolheria’ entre o mal e o bem e seria o único responsável por estas escolhas. As suas condições de vida desde do nascimento nada teriam a ver com seus atos. As políticas sociais de Estado em nada influenciariam suas decisões. As pressões midiáticas e publicitárias para que todos comprem de tudo não seriam responsáveis pelos seus atos. O indivíduo, visto como alguém isolado, é que escolheria livremente seu percurso na vida. Esta lenda fortemente defendida nas mídias degenera em efeitos catastróficos.
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Os que defendem essas idéias ‘esquecem’ que as taxas de delinqüência são bem menores em países onde a renda nacional é mais dividida. O combate ao desemprego, o acesso à educação e aos bens culturais têm um papel muito significativo na luta contra a barbárie. Uma justiça que se importe com os problemas sociais, seja praticada de modo mais justo e possua o seu controle feito de fora do seu aparato seria de bom alvitre. Governos empenhados em melhorar o nível de vida da população ajudariam bastante.
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Por fim, os inimigos de qualquer modernização no tratamento do problema da violência urbana fingem não saber que quando se fala em direitos humanos não se está defendendo criminosos, ao contrário. Estes direitos seriam para todos, incluindo os policiais que também são vítimas de políticas públicas equivocadas. As vítimas, que seriam mais respeitadas e protegidas. Seriam criados direitos de cidadania, no lugar de privilégios de classe, tão comuns no Brasil.
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A defesa dos Direitos Humanos implica prender criminosos de qualquer origem social ou cor com base em uma legislação e uma estrutura prisional que os respeite como pessoas, sem deixar de puni-los exemplarmente por seus crimes. Significa melhorar a distribuição de renda para combater o crime na sua origem. Tem o fito de terminar de uma vez por todas com a tortura e com as execuções extrajudiciais que deveriam ser motivos de vergonha para um país que já está entre as dez nações mais ricas da face da Terra.
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(*) Luís Carlos Lopes é professor e escritor.
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FONTE: www.cepec.org1@gmail.com
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Viradão Esportivo mobiliza jovens pelo País
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Nos dias 13 e 14 de novembro, aconteceu a segunda edição do "Viradão Esportivo", evento promovido pela Central Única das Favelas (CUFA), cujo objetivo é a inclusão social através da prática esportiva. Com 33 horas ininterruptas de atividades em toda Paraíba, de forma gratuita, o Viradão trouxe este ano modalidades como:
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Downhill, que aconteceu no dia 14/11 no Bairro de Fagundes, em Campina Grande; Fitnnes, que aconteceu no bairro Castelo Branco, em João Pessoa; Aeróbica na penitenciária Júlia Maranhão, em Mangabeira; INLINE no bairro José Pinheiro, em Campina Grande; SURF no bairro de Intermares, em Cabedelo e LE PARKOUR que aconteceu no dia 14/11 no Bairro José Pinheiro, em Campina Grande, entre outras ações espalhadas por todo o Estado.
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Em Campina Grande, uma caminhada a favor da saúde aconteceu às margens do açude velho com o professor de Educação física Fabrício Gonçalves, além de um café da manhã rico em vitaminas e proteínas, tendo em vista que uma refeição saudável de manhã equilibra o organismo, limitando a nossa compulsão a alimentos ricos em açúcar e gordura.
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Na Vila Olímpica Plínio Lemos, ocorreram shows com Beto Cabeça e Atômico MC,;workshops de capoeira com o grupo Capoeira Brasil; xadrez com Dudu Pimenta; Jiu-jitsu com os atletas da Bola de Neve; e graffiti com Thiago TV. Todos(as) fizeram parte da programação esportiva e cultural.
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Também tivemos a Batalha na Vila, um campeonato de Skate que teve o propósito de divulgar o skate na região, e também um trabalho social, envolvendo parceiros como a Myllys que vem com o mesmo objetivo de ação social e divulgação do esporte. “O skate tem a importância de promover a saúde, melhorar auto-estima e direcionar para uma vida social com os outros participantes criando uma oportunidade de vida para eles”, comenta Jason Alexander.
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O tema do Viradão este ano foi “Educação”, e as atividades se estendeu por todo o Estado e veio em parceria com a Tv Paraíba, Secretaria de Saúde, entre outros. O lançamento oficial aqui na Paraíba aconteceu no sábado (13/11) na Praça Bela, Funcionários II, com Stremo Sport, além de shows de rap.
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FONTE: http://www.cufaparaiba.org
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia pelo Fim da Violência contra a Mulher
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Para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher, 25 de novembro, a Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM), esta promovendo uma série de ações. As atividades acontecem em parceria com outras secretarias do município e integram também a Campanha dos 16 Dias de Ativismo.
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A primeira atividade da programação foi o debate sobre 'Gênero, masculinidade e violência', que aconteceu nesta quinta-feira (18/11), tendo como público alvo os homens da Gestão Municipal. Outro destaque é a Mobilização da Juventude contra a Violência à Mulher, cujo objetivo é alertar para o crescente número de jovens violentadas na Paraíba. Esta ação, programada para o dia 26/11, será realizada em parceria com o Projovem Municipal.
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Durante todo este mês também acontecem intervenções na programação do Circuito das Praças, com distribuição de material informativo sobre a temática da violência contra a mulher, realizada pela equipe da Secretaria das Mulheres e do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra.
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Segundo a Secretária de Políticas para as Mulheres, Nézia Gomes, resgatar esta data é reafirmar o compromisso da Gestão Municipal com o enfrentamento da Violência contra a Mulher. "A Prefeitura sempre resgata as datas de luta do movimento de mulheres e o 25 de novembro é uma data importante porque mobiliza a sociedade para a problemática da violência de gênero. E este ano, nosso foco serão os homens da gestão e a juventude, principalmente as meninas, que desde cedo vem encarando a violência dentro e fora de casa", afirmou Nézia Gomes.
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A data – 25 de novembro foi escolhido como o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher durante o 1° Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, em 1981, e adotado oficialmente pela ONU em 1999. A data marca o assassinato das revolucionárias Irmãs Mirabal, a mando do então ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, em 25/11/1961. A data tornou-se emblemática e passou a ser um dia internacional de protesto contra a violência de gênero.
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FONTE: www.joaopessoa.pb.gov.br
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Quem são os donos da notícia na era digital?
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Alessandra Jarussi
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A comunicação na atualidade e a convergência de mídias foram tema da 4ª edição do Media On, evento internacional promovido pelo portal Terra em parceria com o Itaú Cultural, realizado semana passada em São Paulo. Durante três dias, profissionais das principais mídias eletrônicas e impressas do Brasil e de outros países discutiram os rumos do jornalismo. Mas as estrelas do evento foram mesmo YouTube, Twitter, Orkut e Facebook.
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Segundo Matthew Eltringham, da BBC, as redes sociais vão nos levar para um jornalismo mais honesto. Responsável pelo programa de treinamento de jornalistas em mídias sociais na emissora britânica, ele afirmou que o desafio da BBC e de todos os outros veículos de comunicação é justamente trazer os jornalistas para essa realidade das mídias sociais. O presidente da AgênciaClick, Abel Reis, considera a profissão de jornalista como uma das mais promissoras da atualidade, mas, para ele, os cursos da área ainda não absorveram o impacto do digital no mercado da comunicação.
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A jornalista Silvia Bassi, do IDG Brasil, definiu bem: todos os jornalistas devem começar a carreira com humildade porque não são mais os donos da notícia. Enquanto assistíamos ao debate, tweets eram projetados no telão do auditório em tempo real, e, além da platéia poder participar, internautas de outros Estados e países podiam enviar perguntas pela Internet.
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No painel sobre o que os anunciantes valorizam - conteúdo x audiência, o presidente da DM9, Sérgio Valente, foi categórico: anunciante não é mecenas, ele quer resultado. E explicou a importância de percebermos como a audiência se comporta de um jeito diferente em cada mídia. Por exemplo, no cinema, nós mergulhamos no entretenimento; em casa, com o controle remoto na mão, seja assistindo à TV ou a um DVD, é o entretenimento que mergulha em nós. O último painel do evento foi o mais concorrido e lotou o auditório do Itaú Cultural.
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Mediado pelo apresentador Marcelo Tas, do CQC, o fenômeno da Internet, Mystery Guitar Man, participou direto dos Estados Unidos pelo telão. Ele mostrou um outro lado da comunicação, em que vida pessoal e empresarial se confundem. O brasileiro, que mora nos EUA desde a adolescência, conta que demora de 12 a 20 horas para fazer um vídeo e posta seus trabalhos duas vezes por semana no YouTube. Para ele, isso não é uma obrigação, mas, sim, um hobby. E a relação do Mystery Guitar Man com os anunciantes é totalmente diferente do que o comum no mundo da publicidade. Ele tem total liberdade para fazer um vídeo sobre o produto sem interferência externa, sem nenhum briefing.
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Os outros debatedores desse painel, Paulo César Siqueira, do blog Mas Poxa Vida, e o jornalista e publicitário Pablo Peixoto demonstram que o internauta busca algo do amador. Sucesso na Internet e até reconhecido nas ruas, PC Siqueira diz que nunca escreve nada: apenas coloca a câmera e vai falando. Já Pablo Peixoto, que ficou conhecido pelo vídeo “Dunga em um dia de fúria”, conta que sempre faz um roteiro e, questionado sobre câmeras e programas de edição que utiliza, ele sentencia: para quem quer obter sucesso com seus vídeos na Internet, o importante não é a técnica, mas, sim, o texto. A conclusão desses três dias de debates é que todas as empresas, todos os canais de comunicação, já estão nas mídias sociais, quer queiram ou não, direta ou indiretamente. O importante é se conscientizar e aprender a lidar com isso a seu favor.
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FONTE: http://jovempan.uol.com.br
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Direitos da Juventude: uma visão profissional
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Ladyane Ribeiro (*)
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De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) instituído em 1990, e mais especificamente o Art. 60. “é proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. Uma medida expressamente clara e concisa, uma conquista para a democracia sob o viés de direitos, que enxerga a criança e o adolescente enquanto sujeito em processo de desenvolvimento, um avanço no que diz respeito ao antigo Código de Menores que encarava a questão como jurisprudência, ou seja, toda a medida era passível de medida judicial.
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Vislumbrar tais mudanças legais na forma de enfrentar uma das expressões da questão social parece incoerente ao constatarmos que o trabalho infantil trata-se de uma realidade constante, e o mais perverso é que simplesmente utiliza-se de precárias condições de inserção. O trabalho infantil causa danos irreversíveis, tanto pelo aspecto físico como psicológico, e isso é um fato. Mas o Brasil tende a considerar que basta somente colocar a criança na escola e com isso se resolve o problema, se é que a intenção seja resolver mesmo o problema. Para tal implementa-se um programa para o aumento de matriculas nas escolas, além de inúmeras medidas que só estabelece precárias condições de inserção, uma vez que uma “solução” paliativa não dará conta da dimensão de uma expressão social.
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Não basta colocar o jovem que trabalha na escola. Mesmo porque esse mesmo jovem não terá condições de se manter matriculado por muito tempo, o que se pode observar com a evasão escolar que vem aumentando drasticamente. E caso venha a permanecer na escola o índice de aprendizado será ínfimo; um jovem cansado do trabalho, com auxilio de profissionais que não estão preparados para atender tal demanda não poderá ter o mesmo rendimento educacional.
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O que se torna pertinente é ressaltar que se trata de uma questão complexa e principalmente global, proveniente do sistema social vigente. A partir disso, é possível visualizar que medidas paliativas têm somente o viés de camuflar a realidade sem de fato agir no foco que embala a questão social.
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Enquanto isso milhares de crianças sofrem sem ter o direito conquistado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de fato garantidos. O aparente avanço de direitos esconde uma prática ainda regida pelo Código de Menores; mas também não podemos simplesmente naturalizar tal continuísmo, porque há uma Lei que precisa ser cumprida em prol da efetividade do ECA.
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Educação deve ser entendida no seu aspecto estruturante como formador do ser humano e como tal um instrumento indispensável para a transformação da sociedade, como já anunciava Paulo Freire. O ECA é um importante instrumento reflexivo, que na prática profissional se revela fundamental para a análise social embutida na trama social, pelo seu comprometimento com o direito, a liberdade, a autonomia dos sujeitos no respeito a diversidade. E principalmente em contraposição a qualquer padrão social, que longe de priorizar o indivíduo, serve como instrumento coercitivo. Tais práticas precisam ser rompidas a partir do exercício constante que integre reflexão e ação.
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(*) Assistente social do Ministério da Justiça.
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FONTE: http://infojovem.spaceblog.com.br
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Ser inteligente saiu de moda?
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Luis Pellegrini

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"Nada mais brega do que bancar o inteligente", afirmam, sem nenhuma vergonha na cara, muitos estudantes ingleses a seus boquiabertos professores. Diante do fato, alguns dos mais brilhantes catedráticos decidiram se reunir na tentativa de explicar o fenômeno. Resultado? Se ainda não foi banido pelos professores, o adjetivo clever (inteligente) está muito perto disso.
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Decidiu-se inclusive que, daqui por diante, será preciso tomar cuidado antes de chamar de inteligentes os melhores alunos. Porque, segundo uma pesquisa, são exatamente os melhores da turma os que mais correm risco de cair na prática do bullying (assédio físico ou psicológico aos colegas) para tentar se livrar da pecha de cê-dê-efes. Os professores estão convencidos de que os estudantes, após serem definidos como "inteligentes", se sentem de algum modo marcados. E por isso reagem adversamente. Provas disso? Em numerosos casos, muitos deles se recusam inclusive a retirar os prêmios escolares que ganharam por medo de serem ridicularizados pelos colegas.

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Simon Smith, um professor de Essex, foi um dos primeiros a afirmar que, "entre os estudantes de hoje, ser inteligente simplesmente não está mais na moda". "Falei com muitos deles", explica Smith, "e descobri que, na sua opinião, ser inteligente significa, sobretudo, ser chato, possuir uma personalidade sem graça, ser o queridinho dos professores e outras coisas que não podem ser repetidas em público". Seu alerta é sério!
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Existe, no entanto, um outro aspecto, mais sociológico, ligado aos desenvolvimentos de uma sociedade tipicamente consumista que se agarra aos "mitos" do espetáculo e das celebridades do momento. Ou seja, não mais os grandes escritores e compositores, os cientistas e filósofos, não mais os grandes empreendedores, nem sequer os megagaviões da bolsa de valores e dos bancos constituem os padrões de sucesso e de afirmação social a serem perseguidos. A culpa deve ser atribuída, sobretudo, aos atuais modelos e cânones de celebridade que contribuem para bloquear os jovens, afastando-os do sucesso acadêmico.
.Cita-se por exemplo um self-made-man como Alan Sugar, popularmente conhecido como "Barão Sugar", empresário britânico, conhecidíssimo personagem da mídia e consultor político. Nascido de família humilde no East End, região pobre de Londres, ele é hoje dono de uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão. A exemplo de outros homens e mulheres de sucesso contemporâneos, Sugar não costuma ler livros e gosta de se vangloriar das notas baixas que alcançou na escola. Outro exemplo é o do jogador de futebol David Beckham, "um dos tantos protagonistas da vida inglesa na atualidade que não dá, no entanto, a impressão de possuir capacidades intelectuais particulares".
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Não menos deprimente foi o panorama desenhado por Ann Nuckley, administradora escolar em Southwark, bairro no sul de Londres. Ela contou que muitos estudantes da sua escola recusam frequentar os estágios e receber os prêmios por suas conquistas. "Preferem adotar como modelo as celebridades do momento, aqueles personagens que transitam pelas revistas de fofoca social, ou as que analisam nos mínimos detalhes a gloriosa existência do último garotão que, da noite para o dia, saiu do anonimato para a luz do estrelato graças a um papel na novela da televisão."
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O que fazer diante do quadro? Os 34 mil membros da Associação dos Professores da Inglaterra não têm nenhuma intenção de permanecer passivos. Primeira medida: decidiu-se cancelar o substantivo "fracasso escolar", substituindo-o pelo conceito de "sucesso adiado". Parece meio paliativo, mas, enfim, é alguma coisa. Talvez fosse o caso, lá como aqui, de pressionar as autoridades para que comecem a afirmar que cultura e inteligência são coisas boas, e delas a gente gosta. E procurar as verdadeiras razões dessa perigosa inversão de valores que caracteriza nosso atual momento histórico, no qual os grandes são esquecidos e desprezados e os medíocres são elevados ao olimpo dos deuses de curta duração.
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Quando procuramos as causas de hecatombes do gênero (sim, trata-se de uma hecatombe, inclusive do ponto de vista espiritual), melhor não permanecer na superfície. As razões estão sempre mais embaixo e dizem respeito à inquestionável falência ético-filosófica da nossa civilização da produtividade e do consumismo insustentáveis. Que adolescência é sinônimo de crise é coisa mais que sabida, e desde sempre. Pelo menos desde quando os adolescentes éramos nós, inquietos e mudos, ávidos de experiências, perigosos e em perigo. Éramos rebeldes, sim, contra tudo e todos que se contrapunham a nossos desejos. Não confiávamos no bom senso nem na escala de valores dos mais velhos e, como é natural em quem se encontra na fase dos verdes anos, éramos todos donos da verdade absoluta e dela não abríamos mão. Ilusões cujo ímpeto o tempo se encarregou de arrefecer e até mesmo apagar.
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Mas, que me lembre, nunca ouvi nenhum jovem da minha geração afirmar que ser inteligente é ser brega. O que mudou? Segundo o jornalista italiano Michele Serra, "explodiu o mecanismo que regula a relação entre os direitos e os deveres". Ou, para tentar dizer melhor, entre os desejos e seus limites. Pois vivemos numa era em que, cada vez mais, se perde a consciência dos limites e todos, sobretudo os mais jovens, acham que podem tudo e que nada lhes pode ser negado.
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Como poderia ser diferente? A multiplicação dos desejos, no mundo contemporâneo, é contagiosa, exponencial e estruturalmente vital para a multiplicação do consumo. Toda a arte infernal da propaganda comercial contemporânea, por exemplo, é baseada no estímulo desmesurado do desejo. Como fazer, assim sendo, para que a alta criação intelectual, científica ou artística continue sendo mais importante do que a sola vermelha do último sapato desenhado por Christian Louboutin? Ou que o mais recente ensinamento espiritual do Dalai Lama seja considerado mais valioso e interessante do que o último escândalo na vida de Paris Hilton? Entre outros exemplos...
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FONTE: http://www.terra.com.br/revistaplaneta

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sábado, 6 de novembro de 2010


Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
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Os 450 mil universitários avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade em 2010 terão até 21 de novembro para preencher eletronicamente o questionário do estudante. Pela primeira vez, a coleta das informações sobre o perfil socioeconômico dos participantes será realizada pela página do ENADE na internet. Na primeira entrada no sistema, o estudante deverá informar um endereço eletrônico e o número do CPF. O acesso será validado por meio do número do documento digitado.
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A informatização do questionário atende as solicitações das instituições de ensino superior e da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes). Com o sistema, os dirigentes educacionais poderão acompanhar de maneira ágil o processo de preenchimento de seus alunos, identificando assim o número de questionários respondidos. O monitoramento será feito também na página do Enade na internet. A mudança traz economia de recursos de impressão, distribuição e processamento de leitura dos cartões impressos, como eram feitos até 2009.
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Embora seja de caráter voluntário, o ato de responder o questionário é extremamente importante para o desenvolvimento da avaliação do ensino superior brasileiro. As informações prestadas na pesquisa subsidiam a construção de indicadores educacionais de qualidade da educação superior, como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC).
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Neste ano, serão avaliados estudantes dos cursos de bacharelado em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia, e dos cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agronegócios, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia. Os estudantes dos cursos superiores de tecnologia em agronegócios, gestão hospitalar e gestão ambiental serão avaliados pela primeira vez.
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O Enade 2010 será realizado no dia 21 de novembro. O Inep já divulgou os locais de aplicação das provas, confira no site. O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade, que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes, tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Para maiores informações clique aqui.
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FONTE: http://www.infojovem.org.br
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Violência psicológica na universidade
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Num curso de economia de certa universidade federal, determinado professor perde a paciência com as conversas paralelas entre os alunos e pede, irritado: “vamos parar com a viadagem!”. Nenhum aluno parece se importar com a escolha de termo do professor, com exceção, é claro, do único estudante homossexual da turma, que se sente visivelmente constrangido. No trote do curso de direito, realizado no prédio ao lado, o 24º classificado no vestibular recebe uma faixa de “bixo viado”, sob aplausos e gritos dos colegas. Situações como essa fazem parte da vida acadêmica e, surpreendentemente, ninguém parece se importar.
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Enquanto a violência física é condenada pela comunidade universitária de forma quase unânime, a violência simbólica – como apelidos e piadas – não é considerada uma questão grave. Para o estudante de publicidade Matheus Correa, de Goiânia, a gozação entre estudantes é normal e até saudável. “Não considero uma forma de preconceito”, ele afirma. Prática que já é combatida no ensino básico, o bullying psicológico prolifera incólume nos cursos de graduação.
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Carla Schneider, que já foi professora do departamento de comunicação da Universidade Federal de Pelotas, conta que o preconceito existe mesmo entre os professores. Ela diz que já ouviu membros do corpo docente fazendo comentários maldosos sobre estudantes que pareciam “afeminados”. Já Myra Gonçalves, professora do curso de extensão em fotografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, alerta para a disseminação silenciosa do preconceito em sala de aula: “já presenciei casos de que alunos são discretamente isolados pelo restante do grupo por causa de sua orientação sexual”.
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A violência psicológica entre alunos e professores pode levar desde a depressão e a evasão escolar até tragédias maiores, como a violência física e o suicídio. A universidade, enquanto espaço de reflexão, ao fechar os olhos para a problemática, legitima a homofobia, prática hedionda que tanto lutamos para combater no cotidiano da sociedade brasileira.
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FONTE: http://comunicay.blogspot.com
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Mídias Sociais: antes de analisar é preciso planejar

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Sabrina Almeida
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Mídía Social é, sem dúvida, um dos termos mais discutidos na atualidade. Se antes as agências corriam atrás dos clientes, hoje são eles que buscam empresas capazes de desenvolver campanhas de comunicação online para agregar valor e posicionar a marca na web. Um dos fatores capaz de explicar essa mudança é o fato de que na internet os consumidores estão em contato com marcas, produtos e outros usuários. O que acaba por facilitar o relacionamento da marca com seus consumidores, além da boa e velha propaganda boca-a-boca.
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Durante as minhas aulas costumo dizer que se determinada empresa deixa um cliente, do sexo feminino, insatisfeita, essa decepção seria repassada a pelo menos outras 12 pessoas, enquanto se o cliente fosse do sexo masculino, possivelmente outros 5 possíveis consumidores ficariam com uma má impressão da empresa. Na web esses números aumentam e muito, afinal, trata-se de uma rede que conecta milhões de usuários que tem o poder de alavancar ou deflagrar um produto sem nenhum esforço.
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No entanto, se engana quem acredita que criar uma campanha de comunicação online, visando a presença digital de uma empresa no mercado é tão simples como criar um perfil nas principais redes sociais, como o orkut, twitter, facebook ou linkedin. Não basta estar na rede social, é preciso publicar conteúdo relevante, estreitar o relacionamento com os usuários e acima de tudo, saber monitorar tudo o que for de interesse da marca.
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Por isso, em agências de comunicação online é essencial a existência de um núcleo de planejamento digital. São os profissionais deste segmento que irão fazer uma análise minuciosa do mercado, dos concorrentes, dos produtos, serviços e até das reais possibilidades da inserção da marca na web.
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É a partir desta análise que o planejamento começa a ser traçado e a campanha começa a ganhar idéias reais. Costumo dizer que o profissional responsável pelo planejamento é o mesmo que possui a responsabilidade de ligar a marca ao consumidor. Afinal, quando o cliente contrata um serviço de comunicação, seja ele offline ou online, o objetivo final, na maioria das vezes é um só, gerar leads, aumentar o lucro, garantir um bom posicionamento da marca, gerando resultados financeiros satisfatórios para ambos os lados.
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FONTE: http://midiaboom.com.br
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Mulheres jovens não são o futuro, são o presente
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Jeane Félix (*)
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Ser mulher, jovem, negra e pobre no nosso país tem sido sinônimo de desigualdade e discriminação. Tenho trabalhado com muitas dessas mulheres nos últimos anos. Mulheres que acreditam que essa situação pode mudar e que, para isso, seu envolvimento na discussão de temas como relações de gênero, desigualdades raciais, sociais e geracionais é fundamental. É preciso compreender que as desigualdades das quais elas tem sido alvo não são dadas pela natureza e sim, construídas socialmente e reproduzidas cotidianamente nas suas casas, nos seus locais de trabalho e de educação, nas suas relações sexuais e afetivas.
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Diversos grupos de mulheres estão se organizando, em todo o País, com o intuito de pensar e discutir essas questões e de construir outras possibilidades de práticas sociais. Temos visto organizações governamentais e não governamentais desenvolverem intervenções para formar lideranças e fomentar a participação dessas mulheres na construção de políticas públicas e nos espaços de controle social. Como fruto dessas iniciativas, temos visto mulheres jovens demandando do poder público atenção às suas especificidades monitorando a execução destas políticas.
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O que elas querem? Querem uma escola que também apresente princesas e heroínas negras, para ensinar as meninas negras que não precisam se embranquecer para serem bonitas; Querem um serviço de saúde que respeite suas escolhas e que as considere sujeitos de direitos sexuais e reprodutivos; Querem exercer os mesmos direitos de ir e vir dados aos homens jovens; e tantos outros direitos fundamentais para o exercício da cidadania numa sociedade democrática.
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O envolvimento dessas mulheres jovens na busca por conquistas cotidianas significa que elas não são apenas parte do futuro, mas que estão construindo um presente mais igualitário para elas e para toda a sociedade. Investir na educação entre pares e fomentar a participação de jovens (mulheres e homens, negros e não negros) parecem ser possibilidades rumo à construção de um presente e de um futuro melhor para todos nós. Então, o que podemos fazer para fortalecer a participação de jovens nos espaços coletivos?
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(*) Doutoranda em Educação pela UFRGS.
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FONTE: http://www.infojovem.org.br
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De que ângulo você se vê?
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A "V Semana pela Democratização da Comunicação" e a "III Semana de Psicologia", realizadas simultâneamente de 25 a 29 de outubro, representaram a consolidação de um plano de lutas de dois coletivos estudantis de forte atuação na Universidade Federal da Paraíba (UFPB): o COMjunto e o Canto Geral.
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Nascido em 2008, o Coletivo COMjunto de Comunicadores Sociais carrega na sua história uma porção de realizações e nos braços as bandeiras pela Democratização da Comunicação, do Combate às Opressões e pela Qualidade de Formação do Comunicador.
Ao lado da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social, a Enecos, o Coletivo COMjunto acredita que a Comunicação reflete a ordem social vigente. Dessa forma, luta pela Democratização da Comunicação de modo consciente da necessidade de discutir e criar outro modelo de sociedade.
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O Canto Geral de estudantes de Psicologia, por sua vez, é mais recente enquanto coletivo. Porém, faz parte de uma narrativa marcada pelo canto geral e pela dança das mentes dos estudantes de Psicologia em uma caminhada longa trilhada no Centro Acadêmico do Curso. Agora, seguindo um novo modelo de organização, o Canto Geral sente a necessidade de continuar construindo um espaço importante para discutir a produção dos sujeitos e a produção da loucura, que seja capaz de apontar novas possibilidades de atuação na Psicologia.
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A partir do momento que o aprofundamento das discussões e a caminhada encontraram um lugar comum, as semanas se tornaram uma só. Quando percebemos, para além da convergência de pautas estudantis, quão intrigante seria aproximar de vez os estudos e a militância sobre a estreita relação entre a mídia e a subjetividade, cada vez mais presente e perceptível.
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Trilhar juntos espaços fundamentais no nosso calendário de atuação é contribuir para romper as distâncias entre dois campos do conhecimento tão congruentes. É refletir sobre a abscissa que separa, na UFPB, os cursos de Comunicação Social e de Psicologia, e que, agora, pretende se tornar real com a separação aparentemente administrativa do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes.
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FONTE: http://psidemocom.blogspot.com
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