Estiga de Rua
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Rômulo Halysson (*)
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Rômulo Halysson (*)
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A cultura de rua vive um momento muito importante nos tempos atuais. Nunca foram tão intensas suas manifestações em nossa cidade. Os grafitis nos muros, os b-boys dançando, os halfs de skate espalhados pela cidade, as jovens bandas saindo das garagens e ocupando os anfiteatros, bem como as intensas expressões artísticas propostas e desenvolvidas pela juventude nas novas praças, revelam a preocupação do poder público do município em observar a participação ativa dos mais diversos setores da sociedade no processo de transformação da nossa “aldeia”.
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O movimento de skatistas há muito teve seu momento mais significativo. Porém, a demolição do half do Espaço Cultural e o fechamento da pista da Lagoa, fizeram com que seus participantes dispersassem e o movimento praticamente sumiu da cena urbana pessoense. Com a chegada de uma gestão que compreende as necessidades e anseios da juventude, a construção de espaços específicos e dos halfs nas praças alterou a rotina. Estimular as manifestações da juventude é conhecê-la. Significa, efetivamente, compreender suas reais necessidades e com ela conseguir resolvê-las.
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Ainda ontem, um dos manos skatistas me procurava para montar e apoiar o projeto de um evento de skate, batizado “Estiga de Rua”. O mais interessante não era o “Estiga” projeto, mas a “estiga” (gíria que quer dizer entusiasmo) com que o cara falava. Era como se a barreira não fosse mais a repressão de alguém a sua idéia, mas a sua participação efetiva na organização de outros skatistas. Como se conseguisse observar que o novo momento da cidade chegou até sua tribo, ele percebe que agora é sua vez de mostrar suas expressões, compartilhar com a comunidade idéias sobre o mundo e, principalmente, fazer o que gosta da sua maneira.
Ainda ontem, um dos manos skatistas me procurava para montar e apoiar o projeto de um evento de skate, batizado “Estiga de Rua”. O mais interessante não era o “Estiga” projeto, mas a “estiga” (gíria que quer dizer entusiasmo) com que o cara falava. Era como se a barreira não fosse mais a repressão de alguém a sua idéia, mas a sua participação efetiva na organização de outros skatistas. Como se conseguisse observar que o novo momento da cidade chegou até sua tribo, ele percebe que agora é sua vez de mostrar suas expressões, compartilhar com a comunidade idéias sobre o mundo e, principalmente, fazer o que gosta da sua maneira.
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Cada praça inaugurada, cada turma que conclui o Projovem ou as oficinas de um Centro da Juventude, traz a impressão de que o processo de mudança social é óbvio e na maioria das vezes mal compreendido por quem há muito tempo esteve no poder. Acredito que talvez pela vontade obsessiva de quererem moldar as pessoas, sobretudo a juventude, a partir de suas próprias premissas e compreensões, não dando à mesma, possibilidades de mostrar o que sabem e gostam de fazer, enfim, o que os identifica.
“Não há arte revolucionária sem forma revolucionária.”
(Vladmir Maiakowski)
(*) Rômulo Halysson, diretor do CRJ Ilma Suzete Gama
(*) Rômulo Halysson, diretor do CRJ Ilma Suzete Gama
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