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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dezembro no CRJ: participe!
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O Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama
(CRJ Funcionários 1) convida você para participar:
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:: Cinema CRJ
Toda segunda-feira, as 14h e 19h;
Nas terças-feiras, sempre as 14h;
Nas quintas-feiras, as 14h e 19h.
Filmes e diversão para todo mundo!
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:: 1° Campeonato da Estaçao Digital
Inscrições: de 07 a 10 de dezembro
Total de jogadores: 60 (20 em cada turno)
Dias de competição: 11/12 e 17/12
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:: Quarta do Improviso
02/12 - 19h - Música, poesia e performances.
Venha mostrar seu talento... vai ser 10!
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:: Papo Jovem
09/12 - 19h - A galera se reune para trocar ideias
e ficar bem informada sobre temas atuais.
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Final do Circuito Brasileiro de Skate em JP
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A capital paraibana vai sediar neste sábado (28) e domingo (29) a final do Circuito Brasileiro de Street Skate Profissional 2009 – Myllys Pro. O evento vai reunir aproximadamente 40 atletas, a partir das 15 h, na pista "Skate Plaza Manaíra" e reunirá os melhores skatistas da modalidade no Brasil, como informou o secretário de Esporte e Juventude de João Pessoa (Sejer), Alexandre Urquiza.
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Realizado pela Myllys Skate Pro e Confederação Brasileira de Skate (CBKs), o evento tem o patrocínio da Prefeitura Municipal (PMJP), "O objetivo é divulgar a prática do esporte como uma das alternativas para uma melhor qualidade de vida", observa Alexandre Urquiza. Ele explica que a "Skate Plaza Manaíra" é o maior espaço público da modalidade na América Latina, o que tornou possível trazer a final do Circuito Brasileiro para João Pessoa.
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O secretário informou que, para a cidade de João Pessoa, eventos de grande porte, como a final do Street Skate Profissional, colocam a cidade na rota dos esportes radicais brasileiros. "Um evento como esse terá repercussão nacional. Só para ter uma idéia, haverá a cobertura ao vivo do canal de esporte ESPN, como a transmissão do Circuito pelo Globo Esporte", frisou.
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Coletiva de Imprensa - Nesta quinta-feira (26) haverá uma coletiva no hotel Ambassador, localizado no Cabo Branco, às 16h. Na ocasião estarão presentes o secretário de Esportes da PMJP, Alexandre Urquiza, um representante da CBKs, além de Jason Alexander, skatista e proprietário da Myllys Skate Pro. Juntos, eles mostrarão a importância do Circuito no cenário do desporto nacional, além de falarem sobre a infraestrutura do evento os atletas que participarão.
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Diversos ídolos do esporte nacional, como o bicampeão mundial, Rodil Ferrugem (PR), Diego Oliveira (SP) e Lucas Carvalho "Xaparral" (PR) estarão presentes no evento promovendo um verdadeiro intercâmbio. "Mesmo competindo com os melhores skatistas do Brasil, me sinto confiante quanto a minha participação num campeonato desse nível", comenta o paraibano Jason Alexander, representante do Estado no Circuito. Alexander que divide seu tempo entre a organização do evento e os treinos, acrescenta ainda que um campeonato desse porte "irá alavancar o esporte dentro do estado".
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Premiação - Nessa edição do Myllys Skate Pro 2009, a premiação para os profissionais será de R$30.000,00 divididos entre os quinze primeiros colocados, além de medalhas e troféus. Os skatistas profissionais confederados junto a CBSk podem se inscrever na sexta-feira (27), das 15h às 19h e no sábado (28), das 15h às 17h. São esperados para esta etapa cerca de 40 profissionais de todo País.
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Conforme o regulamento do Circuito, os dez primeiros colocados da etapa anterior do Circuito Brasileiro Profissional, que aconteceu em Sobral (CE), estão classificados direto para a semifinal. Segundo o mesmo regulamento, os treinos livres oficiais acontecerão das 15h às 20h, de sexta-feira (27) e sábado (28), das 15h às 17h. As eliminatórias acontecerão a partir das 17h, no sábado. No domingo (29), os treinos com os semifinalistas serão a partir das 15h00. As 16h00 os skatistas disputarão as semifinais, e a grande final do Circuito Brasileiro Street Skate Profissionais 2009 será das 18h45min as 20h00. Mais informações através do site oficial do evento: www.myllys.com.br.
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Uma volta de Skate - O Sidewalk Surfing começou nos EUA em meados dos anos 60. Surfistas californianos, cansados de esperar boas ondas para surfar resolveram colocar rodinhas de patins numa madeira que imitava uma prancha e fizeram surgir o "surf na calçada" ou Sidewalk Surfing, que só em 1965 ganhou seu nome definitivo: Skateboard, ou simplesmente, 'Skate'.
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Nesse mesmo ano o esporte chegou ao Brasil e em pouco tempo ganhou adaptações. O que no início eram "rolimãs" usados apenas como divertimento, em 1974 tornou-se primeiro campeonato de Skate, realizado no Clube Federal do Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi inaugurada a 1º pista no País. Na década de 90 o skate teve uma grande evolução no mercado e no número de praticantes. Hoje, o Brasil representa a segunda maior potência mundial do esporte.
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Na Paraíba o skate tem raízes fortes. O estado foi pioneiro no Nordeste brasileiro, realizando no final da década de 70 o primeiro campeonato de skate da Região, colocando a Paraíba na rota do skate nacional. Hoje conta com duas grandes pistas de street: Skate Plaza Manaíra, em João Pessoa, e ZL Skatepark, em Campina Grande.
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FONTE: http://www.joaopessoa.pb.gov.br
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Política e participação popular
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Alexandrina Brasil
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O poder econômico determina as relações sociais na sociedade capitalista. A lógica que impera é o quantitativo sobre o qualitativo: o ter, o consumir bens pelo valor de troca. Desta forma, o modo de produção capitalista atua transformando, condicionando trabalho e trabalhador em meras mercadorias; deixando a classe trabalhadora numa condição de alienação.
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Como forma de reverter estes processos de expropriação apresenta-se a necessidade de uma identidade de classe voltada para uma nova visão de mundo, onde os ideais valorizem o ser social, o sujeito portador de direitos e ainda mais o reconhecimento de um sujeito integrante e atuante numa sociedade igualitária.
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Para chegarmos a este ideal de sociedade obrigatoriamente precisamos refletir sobre a política, no mais amplo sentido da palavra, ou seja, na perspectiva de garantia de direitos, dentro de um Estado democrático exercer a ética da responsabilidade, que tem a finalidade o bem comum, sem privilégios e divisão de classes. Apropriar-se de conhecimentos, de cultura, para buscar a participação política que é um objetivo a ser cada vez mais reforçado e incentivado, já que a política pode ser instrumento para que formas autoritárias e excludentes de poder sejam questionadas, exigidas e revertidas.
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Destaco a importância histórica dos movimentos sociais que tiveram relevante importância para a luta por direitos. Assim, exerceram participação política e através desta organização mostraram que a participação popular é capaz de concretizar ações conjuntas com objetivo classista. Atualmente, precisamos buscar formas de enfrentamento que possibilitem o fortalecimento e a desfragmentação da classe trabalhadora, o seu engajamento em movimentos sociais como forma de reivindicar direitos e exercer política para construir hegemonia de classe.
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FONTE: http://www.megamixx.com.br
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Educação Ambiental: o princípio da sustentabilidade
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José Gouveia Figueiroa
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A preocupação com o meio ambiente vem evoluindo em função de uma nova concepção das relações sociedade/natureza, na qual a educação ambiental se faz necessária e deve ser enfocada com olhar holístico, tendo como alvo a mudança de posturas e comportamentos no modo de viver. Podemos compreender educação ambiental como um conjunto de ensinamentos teóricos e práticos com a finalidade de levar à compreensão e de despertar a percepção do indivíduo acerca da importância de ações e atitudes para a conservação e a preservação do meio ambiente, em favor da saúde e do bem-estar de todos.
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É interessante também destacar que o conceito de E.A. é dinâmico, ou seja, segue um caminho de evolução e já começa a adquirir novas interpretações. Para muitos especialistas no assunto, a educação ambiental deve ultrapassar seus princípios básicos de ferramenta de gestão e tornar-se uma “filosofia de vida”, considerando que “leva à melhoria da qualidade de vida e ao equilíbrio do ecossistema para todos os seres vivos.”
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Pensar em desenvolvimento sustentável ou em sustentabilidade pressupõe ações práticas e teóricas de EA. Uma política de desenvolvimento tecnológico, social e econômico deve ser precedida pela educação ambiental, ou seja, para alcançarmos o equilíbrio entre a desejada e inevitável evolução tecnológica do homem e a conservação e/ou preservação dos recursos naturais as pessoas e as empresas necessariamente têm que acreditar e investir em educação ambiental.
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Ações teóricas e, sobretudo, práticas de educação ambiental devem fazer parte do nosso dia-a-dia em casa, no trabalho, nas ruas da cidade e na escola. Podemos ampliar nossa consciência cidadã se mudarmos a maneira como enxergamos a natureza: não podemos agir como se o meio ambiente fosse uma parte integrante da agricultura, da economia ou da engenharia, por exemplo; ao contrário, a agricultura, a economia e a engenharia é que têm que ser pensadas como partes integrantes do meio ambiente.
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FONTE: http://umbuzeiro9.blogspot.com
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Sexualidade e adolescência (parte 2)
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Ana Sudária de Lemos (*)
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Na sociedade brasileira moderna, os diversos estratos sociais, culturais e religiosos, com suas normas, valores e crenças cobrem diferencialmente a visão que se tem da sexualidade. Dentro desta policromia trafega o adolescente buscando referenciais para si mesmo. O que ele encontra? Por um lado o modelo machista de expressão da sexualidade como poder, como competição, delimitando e estereotipando papéis sexuais para os homens e mulheres, propondo uma educação liberal para os meninos e repressora para as meninas que faz da sexualidade um instrumento de submissão, dificultando as relações interpessoais e impedindo a experiência relacional liberadora de energias criativas. De outro lado, a sexualidade vista através da educação coercitiva e preconceituosa, por ação ou omissão, mostrada como algo feio, errado e proibido e que só tem como conseqüência as doenças sexualmente transmissíveis e as gravidezes indesejadas.
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O prazer sexual é relegado a segundo plano, é desmerecido. não sendo visto como parte da vida afetiva do ser humano. A sexualidade passa a ser vivenciada racional e objetalmente, afastada do seu significado mais humano que é o prazer da comunicação afetiva, de reciprocidade, de interação e como determinante de uma relação integradora e prazerosa. No entanto, por força do relógio biológico, os adolescentes assumem a sua sexualidade. Começam a conhecer e experimentar o corpo através de atividades auto-eróticas. Com as amigas íntimas e os amigos inseparáveis preparam-se para se aproximarem do sexo oposto. Nesta etapa, é comum acontecerem aproximações mais intimas entre adolescentes do mesmo sexo, o que não determina a definição do homossexualismo, e sim a prática de experiências exploratórias na busca de sexualidade genital adulta.
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As primeiras paixões eclodem, o relacionamento com outros adolescentes acontecem de diferentes maneiras e graus, de acordo com os comportamentos prevalentes e mais aceitos no grupo e na sociedade a que pertence o adolescente. Com olhares, com tapinhas e risinhos, através das declarações de amor nas agendas, na troca de pequenos presentes, bilhetinhos e recados, nos encontros nos pátios das escolas, com o gostar mais da sensação de estar amando, do que mesmo amar o outro, com os amassos, no ficar, com as relações sexuais com e sem penetração, eles e elas vão construindo a rede de experimentações da sexualidade genital, de trocas afetivas, buscando o amor à base do vínculo afetivo entre dois seres, iniciando um novo pensar sobre a sexualidade, um pensar mais aberto, mais verdadeiro, mais humano. Mas estes jovens começam a se defrontar, de maneira diferenciada, conforme a classe social a que pertencem, também com questões ambientais, econômicas e sociais muito importantes porque vão influenciar na sua vida, na sua saúde e no seu comportamento sexual.
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Os fatores acima se mesclam a outros como a influência dos meios de comunicação, cada vez mais explícita no que se refere às manifestações da sexualidade, à diminuição no controle familiar e às questões de foro íntimo que favorecem o início mais cedo e o aumento das relações sexuais na adolescência, muitas delas não protegidas, o que é um fator de risco a mais nesses tempos de AIDS. Necessário, portanto, que se dê atenção diferenciada aos adolescentes para que vivam de maneira saudável e protegida a sua sexualidade, cuidando-se e cuidando do outro, a fim de evitar situações difíceis e de ameaça à sua saúde sexual, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como: “a integração positivamente enriquecedora e que fortalece a personalidade, a comunicação e o amor”.
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Assim conceituada, a saúde sexual abrange todos os aspectos importantes da vivência plena e do encontro entre duas pessoas, norteando o enfoque educativo, principalmente preventivo, que se vai estabelecer no trabalho de promoção da saúde, dentro desta área, com adolescentes. Evidencia-se o indivíduo, - ser sexual -, com todas as suas necessidades, potencialidades e especificidades da faixa evolutiva da adolescência, como centro do processo. A partir dele, com ele e para ele construir-se-ão as redes de educação preventiva, considerando-se o desenvolvimento de habilidades e práticas pessoais para viverem em sociedade, superarem problemas, e o reforço ou a mudança para atitudes positivas frente à saúde, vista integralmente, como indispensáveis à promoção de uma qualidade de vida saudável e prazerosa.
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Na constituição dessas redes de educação preventiva deve-se considerar: 1) O adolescente como parceiro social no processo de aprendizagem, cujo potencial de recursos e conhecimentos prévios são valorizados, utilizados e potencializados, constituindo o núcleo inicial e de troca na aprendizagem; 2) O educador como facilitador do processo, atuando através de uma postura dialógica, participativa, de estimulação à reflexão crítica da realidade, de respeito aos adolescentes e às suas especificidades e conhecedor da indissolubilidade entre cognições e afetividade. 3) Um conteúdo que não use subterfúgios nas análises das relações sociais e das questões de gênero, dos mitos, preconceitos e tabus que envolvem os temas abordados. Um conteúdo que retrate a vivência do dia a dia, que esteja perto da realidade do educando e satisfaça seus interesses, que reflita seus sentimentos e suas necessidades.
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Um conteúdo que repense a significação e a experiência erótica investida em determinadas práticas sexuais dentro de diferentes culturas e contextos sociais, não só como barreiras para o processo decisório racional, mas como matéria prima para fundamentar estratégias facilitadoras de mudanças de atitudes não saudáveis. Enfim, um conteúdo que retrate a vida e que traga no seu bojo a abertura para outros olhares em direção a mudanças sociais e de relação de poder entre as pessoas, indicando que a plenitude do prazer só pode ser alcançada quando nenhuma outra dimensão da personalidade do ser humano - homem ou mulher - for impedida de se desenvolver.
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(*) Psicóloga, especialista em saúde do adolescente e do jovem.
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domingo, 8 de novembro de 2009

A ditadura da mídia
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Altamiro Borges
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A mídia hegemônica vive um paradoxo. Ela nunca foi tão poderosa no mundo e no Brasil, em decorrência dos avanços tecnológicos nos ramos das comunicações e das telecomunicações, do intenso processo de concentração e monopolização do setor nas últimas décadas e da criminosa desregulamentação do mercado que a deixou livre de qualquer controle público. Atualmente, ela exerce uma brutal ditadura midiática, manipulando informações e deturpando comportamentos. Na crise de hegemonia dos partidos burgueses, a mídia hegemônica confirma uma velha tese do revolucionário italiano Antonio Gramsci e transforma-se num verdadeiro “partido do capital”.
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Por outro lado, ela nunca esteve tão vulnerável e sofreu tantos questionamentos da sociedade. No mundo todo, cresce a resistência ao enorme poder manipulador da mídia, expresso nas mentiras ditadas pela CNN e Fox para justificar a invasão dos EUA no Iraque, ou na sua ação golpista na Venezuela ou na cobertura imparcial dos processos eleitorais. Alguns governantes, respaldados pelas urnas, decidem enfrentar, com formas e ritmos diferentes, esse poder que se coloca acima do Estado de Direito. Outro fator que hoje fragiliza os “donos da mídia” é a guerra travada entre empresas de radiodifusão e multinacionais das telecomunicações devido à convergência digital.
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Este quadro, com seus paradoxos, coloca em novo patamar da luta pela democratização da mídia e pelo fortalecimento de meios alternativos, contra-hegemônicos, de comunicação. Este desafio se tornou estratégico. Sem enfrentar a ditadura midiática, não haverá avanços na democracia, nas lutas dos trabalhadores por uma vida mais digna, na batalha histórica pela superação da barbárie capitalista e, nem mesmo, na construção do socialismo. Aos poucos, os partidos de esquerda e os movimentos sociais se dão conta de que esta luta estratégica exige reforço dos meios alternativos de comunicação, a denúncia da mídia privada e uma plataforma por sua efetiva democratização.
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Concentração e poder mundial
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O monopólio da mídia na atualidade é assustador, sem precedentes na história. Segundo estudos de Robert McChesney, “o mercado global é dominado por uma primeira camada de cerca de dez imensos conglomerados... Eles têm ações em diversos setores da mídia e operam em todos os lugares do mundo. Existe uma segunda camada onde estão cerca de quarenta empresas de mídia que giram em torno do sistema global. A maioria dessas firmas provém da Europa Ocidental ou da América do Norte, mas algumas são da Ásia e da América Latina”. A humanidade fica refém destes monopólios, com receitas entre US$ 8 bilhões e US$ 40 bilhões, que defendem, de forma escancarada ou enrustida, os interesses das corporações capitalistas e das potências imperialistas.
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Relatório recente de uma Comissão Especial da ONU adverte que 85% das notícias que circulam no planeta são geradas nos EUA. “Pensemos na CNN, que distribui, por satélites e cabos, a partir da matriz em Atlanta, notícias 24 horas por dias para 240 milhões de lares em 200 países e mais 86 milhões nos Estados Unidos, além de 890 mil quartos de hotéis conveniados. O mundo em tempo real exibido para 1 bilhão de telespectadores. A CNN não apenas criou e universalizou uma linguagem e um formato para a informação televisiva, como, várias vezes, alinha a sua orientação editorial com interesses estratégicos norte-americanos. Lembremo-nos da cobertura favorável ao governo Bush na invasão do Iraque”, alerta o professor Dênis de Moraes.
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A interferência política e ideológica da mídia é brutal, conforme reconhece David Rothkopf, ex-consultor do governo ianque: “O objetivo central da política externa na era da informação deve ser o de ganhar a batalha dos fluxos de informação mundial, dominando as suas ondas, da mesma forma como a Grã-Bretanha reinava antigamente sobre os mares”. Tanto que os EUA aplicam no setor de 3,5% a 5,2% do PIB. Além disto, a mídia hoje influi na própria reprodução e mobilidade do capital. A agência Reuters, com escritórios em 94 países, envia informações atualizadas oito mil vez por segundo para os seus 511 mil usuários. Seu acervo digital inclui três bilhões de dados sobre mais de 40 mil empresas do mundo, 244 bolsas de valores e 960 mil ações, títulos e papéis.
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Com a desregulamentação neoliberal e os avanços tecnológicos, este processo de monopolização se acelerou vertiginosamente nos últimos anos. Dênis de Moraes cita alguns casos perturbadores. “As gigantes estão engolindo as grandes empresas. A News Corporation abocanhou por US$ 6,6 bilhões, 34% das ações da DirecTV e se transformou no única czar da televisão digital via satélite mundial, pois já controlava a concorrente Sky. A General Eletric, que já possuía a rede NBC, absolveu a Universal, proprietária da maior gravadora de discos do mundo, do segundo maior estúdio de cinema, de cinco parques temáticos e emissoras de televisão. A Interpublic, número 1 da publicidade global, incorporou a True North, até então a oitava no ranking”. E por aí vai...
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(*) Jornalista, editor da revista Debate Sindical e autor do livro "As encruzilhadas do sindicalismo" (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).
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FONTE: http://altamiroborges.blogspot.com
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Arte eletrônica e cibercultura
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André Lemos (*)
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A arte exprime sempre o imaginário de sua época. A modernidade configura-se a partir da autonomia de diversos campos do saber como a ciência, a arte, a moral . A arte moderna investe na racionalização do mundo e tenta se distanciar do ecletismo do século XIX , rompendo definitivamente com a tradição clássica. Ela se apresenta de forma revolucionária, preparando a construção do futuro, superando o passado. O passado é evocado pela arte moderna como uma parodia. Nesse sentido, a arte moderna é utópica, futurista e funcional, onde as formas estéticas devem servir à função (Bauhaus, International Style). A arte deve juntar-se a indústria, servindo como modelo de um projeto progressista da organização social. Os valores artísticos da modernidade sintetizam os valores econômicos, tecnológicos e epistemológicos do maquinismo da modernidade (Subirats).
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A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na parodia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar, mesclar, re-apropriar. Como veremos adiante, o digital vai trazer possibilidades novas e radicais para essa mistura e re-apropriação de estilos.
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A ciber-arte aproveita o potencial das novas tecnologias para explorar, virtualizando, os processos de hibridação da cibercultura contemporânea: espaço/ciberespaço, tempo/tempo-real e corpo/prótese. Ela parece desestabilizar a cultura do espetáculo: o que fazer com os museus e galerias? E as editoras de livros e discos? E o show-bizz?
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Nos parece ser uma tendência inevitável, que a cultura analógica seja paulatinamente substituída (a TV, o radio, o jornal, as revistas, os livros, etc.) pelos cultura digitais. Mesmo que no futuro todos os media sejam digitais, os media clássicos e a arte "analógica" não vão desaparecer, mas passar por transformações profundas. É todo o processo criativo e artístico que está em vias de transformação nesse final de século. A arte se desloca de uma "mímese da natureza", de uma re-presentação do mundo, do objeto "natural" original, para uma arte cujo objeto desaparece tornando-se modelo, permitindo a "simulação" da natureza.
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A ciber-arte tem no processo de virtualização, digitalização e desmaterialização do mundo a sua força e particularidade. Ela é interativa e atua dentro dos espaços híbridos da cultura contemporânea (o espaço, o tempo e o corpo). Por ser imaterial, a arte eletrônica não se consome com o uso e pode circular ao infinito, escapando da lei entrópica da sociedade de consumo. É nessa circulação frívola de bits que está o coração da arte eletrônica da cibercultura. Mais sensual e intuitiva do que racional e dedutiva, a ciber-arte tenta produzir novos espaços de experiências estéticas e interativas, sob a energia do digital.
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(*) Doutor em sociologia pela Sorbonne, professor e pesquisador do Programa de Pòs-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Faculdade de Comunicação (FACOM), UFBA/CNPq.
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FONTE: http://linksetextos.blogspot.com
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Diploma de Jornalismo: novamente em pauta
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O senador Inácio Arruda apresentou na última quarta-feira (04/11), relatório favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O projeto restabelece a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.
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No relatório, Arruda ressaltou a importância do curso de Jornalismo. Em seu entendimento, a faculdade “não se resume a um estudo puramente técnico, pois ser jornalista não é apenas escrever bem. Por se tratar de uma profissão que desempenha função social, o jornalismo requer formação teórica, cultural e técnica adequada, além de amplo conhecimento da realidade”, afirmou o relator.
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Arruda vai contra o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que viu na exigência do diploma uma restrição à livre manifestação do pensamento. “A PEC visa resgatar a dignidade profissional dos jornalistas, fixando na própria Constituição que a profissão de jornalista é privativa do portador de diploma de curso superior em jornalismo, sem criar restrições à livre manifestação do pensamento e das informações, garantindo a democracia e a liberdade, pilares do Estado de Direito”, afirmou.
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De autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), a PEC conta com a subscrição de 50 dos 81 senadores da República. A oposição apresentou requerimento que pedia a retirada do projeto da pauta, mas ele foi derrubado por 29 votos contra 10. A PEC deverá ser votada na próxima quarta-feira (11/11) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Caso a proposta seja aprovada, será formada uma Comissão Especial, que apresentará um relatório antes de a matéria ser apreciada pelo Plenário.
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FONTE: http://www.comunique-se.com.br
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

2ª Semana Municipal de Juventude
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O evento será realizado pela Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação através da Coordenação de Juventude e em parceria com os demais setores da PMJP. A realização da Semana da Juventude nasceu em outubro de 2007, com a criação do Empreender Jovem e outras ações organizadas pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), voltadas para o seguimento. Com o objetivo de construir ações direcionadas ao público jovem, e atender suas necessidades específicas, bem como festejar o Dia Nacional de Juventude, comemorado em todo País, como momento de reflexão dessa faixa etária.
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O Dia Nacional da Juventude é parte de um processo de políticas públicas que busca a dignidade dos jovens, comemorando as lutas anuais dos jovens organizados. É a mobilização maior - concentrando multidões de jovens em todo o Brasil - na busca por novas relações de vida, pautadas na justiça social, poder popular, legitimidade da diversidade, protagonismo juvenil, educação libertadora e construção da paz.
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) classifica como "jovem" a população entre 15 e 24 anos. O Estatuto da Juventude entende como jovem, todo brasileiro que possua de 15 á 29 anos. As juventudes representam hoje quase um quinto da população total do nosso país. As projeções para o ano 2015 apontam que esse fortuito não deve apresentar quase nenhum crescimento e a tendência é sua estabilização, um fato que ocorre pela primeira vez no Brasil. Tal passagem está dando ao Governo Federal melhor condição de planejamento e execução de políticas públicas voltadas a essa parcela da sociedade. Mas, mesmo com uma acentuada diminuição das taxas de crescimento demográfico nas regiões do País, não há aumento da expectativa de vida das crianças, adolescentes e jovens que correspondem quase à metade da nossa população.
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Atualmente a juventude ainda é vista como uma fase transitória da vida. Essa visão é motivada pela memória do passado, pois ninguém resiste à tentação de comparar a geração atual com a juventude dos anos 60 e 70. Nesse sentido, os jovens de hoje perdem porque são qualificados pela falta da capacidade de reflexão, pela acomodação em relação aos valores estabelecidos ou até mesmo pela falta de ímpeto renovador. Essa visão antiga vem da insistente idéia preconcebida de que todas as gerações de jovens são portadoras de utopias e de projetos de transformação social.
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Neste início de século, onde muitos conceitos foram revistos, houve uma reavaliação inclusive do próprio conceito de juventude. A Psicologia e a Sociologia distinguem a juventude como uma categoria provisória, destacando alguns traços diferenciadores, como: a imprecisão, individuação, vivência de uma crise potencial e, por fim, um estado de revolta ou "desconforto juvenil".
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Portanto, a juventude nada mais é que uma construção sócio-cultural. Ao contrário do que ocorreu em outras épocas, a lógica da juventude atual não é discursiva, mas visual. Militância, para uma parcela desse segmento, é dedicação à preparação de projetos sociais que acabam sendo parte de suas vidas.
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PROGRAMAÇÃO DA SEMANA
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Dia 03/11/2009 (terça-feira)
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14h00min – Abertura da Semana de Juventude: fala solene
Ricardo Coutinho - Prefeito de João Pessoa
Alexandre Urquiza - Secretário Municipal de Juventude
Joana D’arck Ribeiro - Coordenadora de Juventude
Local: Praça Pedro Américo (Centro)
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15h00min - "Caminhada Pela Não-Violência Contra a Juventude"
Concentração: Praça Pedro Américo (em frente ao Teatro Santa Rosa)
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16h30min - Apresentações culturais:

Percussão – CRJ Rangel
Dança do Ventre – CRJ Valentina
Dança de Rua – CRJ Alto do Mateus
Grupo de Capoeira – CRJ Mangabeira
Peça Teatral - PROJOVEM Alto do Mateus
Local: Ponto de Cem Reis (Centro)
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Dia 04/11/2009 (quarta-feira)
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15h00min - Oficina de Papetagem
Centro de Referência da Juventude dos Funcionários I
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15h00min - Exibição do curta metragem: “Em que lado você esta”
Centro de Referência da Juventude do Alto do Mateus
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15h00min - Exibição do curta metragem:
“O rap do Pequeno Príncipe contra as almas sebosas”
Centro de Referência da Juventude de Mangabeira
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15h00min - Debate sobre “Protagonismo Juvenil”
Mediadora: Sandra Regina Rodrigues
Centro de Referência da Juventude do Rangel
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19h00min – Debate sobre “Mídia e Juventude”
Mediador: Bertrand Sousa (Jornalista / SEJER)
Centro de Referência da Juventude do Valentina
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19h00min - Rodas de conversa nos núcleos do ProJovem Urbano
Tema: Políticas Públicas de Juventude (PPJs)
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Dia 05/11/2009 (quinta-feira)
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14h00min – Apresentação cultural: ProJovem Adolescente
14h15min - Roda de conversa sobre Políticas Publicas de Juventude
“Juventude e participação política” - Tereza Queiroz e Monica Franch
“Expressões da juventude na cultura” - Déa Limeira (Funjope)
“Juventude e geração de emprego e renda” - Ruy Ribeiro
Mediadora: Joana D’arck (Coordenação de Juventude / SEJER)
Apresentação do Batuque Arrasta Cidade (CRJ Funcionarios I)
Local: auditorio da UFPB
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Dia 06/11/2009 (sexta-feira)
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16h00min – Shows de Encerramento
DJ AND'y e convidados
Unidade Móvel
Samba Pura Raiz
Local: Largo de Sao Pedro Gonçalves
(Centro Histórico de João Pessoa)
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Breve História da Fotografia
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A fotografia é uma forma de comunicação não-verbal e pode conter múltiplos significados, dependendo de quem a interpreta. É arte e técnica unidas, informação de impacto e importante complemento da mídia. No século XI, na Turquia, os caravaneiros do deserto observaram que o raio de sol que penetrava pelo furo de uma tenda projetava imagens invertidas dos objetos. Assim surgiu o que hoje se conhece como câmara escura.
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Nos séculos seguintes, a câmara escura se tornou comum entre os sábios europeus, que já podiam observar os eclipses solares, sem prejudicar os olhos. No século XIV, já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Leonardo da Vinci (1452-1519) fez uma descrição da câmara escura em seu livro de notas sobre os espelhos, publicado somente em 1797. Em 1685, Johan Zahn descreveu a utilização de um espelho, para redirecionar a imagem ao plano horizontal, facilitando assim o desenho nas câmaras portáteis.
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Em meados do século XIX, cientistas franceses e ingleses descobriram que determinadas substâncias mudavam de cor ao serem expostas à luz e que, após um tratamento químico, poderiam ser utilizadas para formar imagens duradouras. Assim surgiu a fotografia, combinando as câmaras escuras com o processo químico de fixação de imagens. Uma pequena caixa de madeira, criada pelo inventor francês Louis Jacques Daguerre, foi apresentada oficialmente na Academia de Ciências de Paris, em 18 de agosto de 1839.
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No Brasil, no interior do estado de São Paulo, em 15 de agosto de 1832, ocorreu um fato que destacou o país das grandes capitais européias. A inexistência de recursos para impressão gráfica, naquela época, levou Antoine Hércules Romuald Florence, desenhista francês radicado no Brasil, a pesquisar fórmulas alternativas. Florence deu sentido prático à sua descoberta, denominando-a de photographie, cinco anos antes do astrônomo inglês John Herschel, a quem a história atribuiu o mérito de ter criado essa palavra. Em 1833, Florence aprimorou a invenção e passou a fotografar com chapa de vidro e papel pré-sensibilizado para contato. Foi o primeiro a usar a técnica "negativo/positivo", empregada até hoje. Mas o seu pioneirismo não pôde ser confirmado, porque não houve registro oficial na época.
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A fotografia chegou ao Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1840, com o abade Louis Compte (ou Comte), que registrou, em 21 de janeiro do mesmo ano, as primeiras imagens do Rio de Janeiro a pedido de D. Pedro II, durante uma demonstração. O imperador, por sua vez, se interessou tanto pela fotografia, que se tornou o primeiro fotógrafo brasileiro, com menos de 15 anos de idade. Depois, além de praticante, tornou-se colecionador e mecenas da nova arte.
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No início do século XX, o industrial norte-americano George Eastman lançou a câmera-caixão, denominando-a Kodak Brownie, de fácil manuseio, pois utilizava rolos de filmes, inventados por ele. Inicialmente, estes eram monocromáticos, porém, na década de 1930, foram desenvolvidos os filmes coloridos. No século XXI, já existem as câmeras digitais, que permitem, em segundos, a transposição da imagem para qualquer meio magnético, como disquete, CD-ROM, DVD etc. Surgiram também os primeiros minilabs digitais - equipamentos automáticos de revelação/impressão de fotos.
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FONTE: http://quiosqueazul.blogspot.com
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TV Pública / Educativa no Brasil
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Alexandre Fradkin (*)
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A televisão educativa foi implantada, no Brasil, sem obedecer a um planejamento que decorresse de uma política setorial de Governo. Algumas emissoras tiveram como raiz de sua criação razões de ordem política, outras deveram sua existência à tenacidade individual de idealistas, e poucas foram as que surgiram com objetivos explicitamente definidos.
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A primeira emissora educativa a entrar no ar foi a TV Universitária de Pernambuco, em 1967. Entre 1967 e 1974, surgiram nove emissoras educativas cujas razão social e vinculação eram as mais diversas. Em 1972, o MEC criou o Programa Nacional de Teleducação (PRONTEL), com o objetivo de coordenar as atividades de teleducação no País.
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Em março de 1978, por iniciativa da Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa – FCBTVE (TVE do Rio de Janeiro) e do PRONTEL foi realizado, em Nova Friburgo/RJ, o I Encontro Nacional de Dirigentes e Assessores de TV Educativa. Resultou na primeira tentativa de criar um Sistema Nacional para o atendimento das carências educacionais e a operacionalização de uma rede de transmissão de programas de caráter educativo mediante a atuação integrada das emissoras de TV educativa.
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A tentativa não vingou, servindo apenas para a formação de uma “redinha” - como foi chamada, à época - para a transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 1978, na Argentina, em virtude da TV Cultura da Fundação Padre Anchieta de São Paulo deter os direitos para esta transmissão. Em setembro de 1979, por iniciativa das emissoras do Norte e do Nordeste, realizou-se uma reunião de caráter regional, em Fortaleza/CE, à qual compareceram representantes da TVE do Rio de Janeiro. Em função desta reunião, a TVE do Rio de Janeiro iniciou gestões, com apoio das emissoras do Norte e do Nordeste, para a implantação do Sistema Nacional.
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Em novembro de 1979, o PRONTEL foi extinto e substituído pela Secretaria de Aplicações Tecnológicas (SEAT). Sabedora das gestões iniciadas pela TVE do Rio de Janeiro, a SEAT convocou, em dezembro de 1979, todas as emissoras para uma reunião que resultou na criação do Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINTED).
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Assim, criado informalmente em 1979, somente em 1982 o SINTED recebeu respaldo legal, por meio da Portaria MEC/MINICOM nº 162. Em 1983, com a inclusão das emissoras de rádio educativo, o Sistema passou a denominar-se Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINRED) e foi regulamentado pela Portaria MEC nº 344.
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Em 1982, a Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa incorporou a Secretaria de Aplicações Tecnológicas e o Serviço de Radiodifusão Educativa (SRE), ao qual estava vinculada a Rádio MEC e alterou sua sigla de FCBTVE para FUNTEVÊ. Coube à FUNTEVÊ a responsabilidade pela coordenação político-administrativa e pela operação do SINRED, por ser a única emissora a ter acesso ao satélite.
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(*) Assessor da presidência da TV Educativa do Rio de Janeiro.
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O rádio tem história e merece respeito
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Francisco Djacyr de Souza
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É importante o conhecimento da história do rádio e verificar sua importância durante muitos anos na vida das pessoas e no decorrer do processo histórico de cada cidadão. É importantíssimo resgatar essa história e mostrar a todos cidadãos e, principalmente, aos jovens, o que foi feito na vida radiofônica através de exemplos, casos práticos e observações. Como é excitante conhecer a história do rádio e compreender fatos relacionados a seu processo de formação, implementação e papel na vida diária de nossos povos.
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Por que esquecer Padre Landell de Moura, Roquete Pinto, Repórter Esso, radionovelas, cantoras do rádio? Por que ocultar o papel do rádio na mobilização da população, nas notícias da Segunda Guerra Mundial e no divertimento dos programas de auditório que levavam diversão e alegria para tantos brasileiros?
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O rádio é tão importante que hoje grupos políticos sempre investem na implementação de emissoras. No Senado há uma rádio que opera com notícias da casa. Nas Assembléias Legislativas estão crescendo o número de emissoras oficiais para que os feitos dos parlamentares, ou sua propaganda antecipada política, chegue às casas das pessoas. O próprio presidente da República mantém hoje um programa semanal de rádio, pois sabe que será fácil emitir suas idéias a todos os rincões do país. Toda esta importância do rádio merece ser resgatada, enaltecida e valorizada para o bem da comunicação sadia, segura e, sobretudo, ética.
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Práticas de valorização
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O trabalho de valorização do rádio deveria começar dentro das próprias emissoras, que deveriam reservar parte de sua programação para mostrar ao povo aspectos da história do rádio, momentos de sua história, curiosidades sobre o meio e mostrar as idéias veiculadas nas emissões radiofônicas para promover conhecimento sobre o meio e verificar sua importância. É preciso investir mais no rádio, melhorando qualidade de programas com produção, interatividade, participação popular e divulgação do que se passa na programação – para o bem de todos e para um melhor aprofundamento da história deste meio de comunicação. É preciso compreender o papel-cidadão do rádio no contexto histórico, na formação do povo, na consolidação da formação cultural e no aprendizado das pessoas que ouvem rádio e dele fazem o companheiro de todas as horas.
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No processo de resgate da história do rádio é reservado um papel importantíssimo para os ouvintes, que devem exercer sua cidadania cobrando dos supostos proprietários qualidade tanto na emissão quanto na mensagem. É preciso exercer fortemente o corporativismo do ouvinte para lutar por direitos de consumidor diante de alguns programas que destoam completamente do verdadeiro pensamento do público ouvinte. É preciso que os empresários vejam o rádio com outros olhos e coloquem seus departamentos de marketing e mídia no entendimento do papel do rádio, nos índices de audiência, no imediatismo que só o rádio tem o que certamente será uma oportunidade segura de retorno em relação às propagandas veiculadas no rádio.
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Os empresários do meio radiofônico têm de desenvolver práticas de valorização de seus personagens dando a estes o prazer de trabalhar no rádio (radialistas, operadores e colaboradores), bem como ouvir rádio (ouvintes-consumidores). O rádio precisa ser valorizado urgentemente pelos que detêm as concessões, que têm de saber o que se passa no rádio sem preocupação meramente com o balancete do final do mês, e sim, do seu papel no contexto político, econômico e social no exercício pleno da democracia.
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Regras de cidadania
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Os que fazem rádio precisam valorizar seus consumidores procurando sempre fazer dos programas exercícios de cidadania, valorização ética, protagonismo e criar programas atrativos para todas as classes sociais e etárias fazendo com que o rádio seja para todos e todas. O rádio precisa criar programas adequados às faixas etárias através de uma pesquisa dos interesses de seus usuários. O rádio precisa incentivar conselhos de ouvintes para analisar e propor mudanças na programação. Os radialistas têm de valorizar seus ouvintes, respeitá-los e ouvir o que eles dizem para saber o que se passa no mundo afora e como o rádio poderia contribuir para melhorar a vida.
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No contexto da formação de radialistas devem constar urgentemente noções de ética, de respeito radiofônico, de participação popular e outros aspectos que envolvam a vida cultural e socioeconômica do mundo em que vivemos. O rádio precisa ser respeitado, tanto pelos usuários quanto pela sociedade em geral, para a construção de um mundo pautado em regras de cidadania, formação ativa e resgate da justiça para todos.
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FONTE: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br
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Jornalismo Literário
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Marcelo D'Amico
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O Jornalismo Literário é um estilo que une o texto jornalístico à literatura, com o objetivo de produzir reportagens mais profundas, amplas e detalhistas, com uma postura ética e humanizada. Este ramo do jornalismo foge do noticiário superficial, revela um universo que geralmente fica oculto nas entrelinhas das matérias cotidianas e apresenta um ponto de vista pessoal, autoral, sobre a realidade. Assim, pode-se afirmar que o Jornalismo Literário é uma mescla de Jornalismo, Literatura e História, praticado com responsabilidade e princípios morais. Ele pode ser expresso através de livros, filmes, programas de TV, artigos de jornais e revistas, meios virtuais, entre outros.
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Esta especialidade é também chamada de literatura não-ficcional, literatura da realidade, jornalismo em profundidade, jornalismo diversional, reportagem-ensaio, jornalismo de autor. A subjetividade que a marca contrapõe-se à extrema objetividade do ‘lead’. Esta modalidade aparece na mídia no século XIX, em solo europeu. Na década de sessenta, no território norte-americano, destaca-se o exercício investigativo de Truman Capote, autor do livro-reportagem “A Sangue Frio”, no qual reconstitui detalhadamente um crime monstruoso ocorrido nos EUA, acentuando o perfil das vítimas e o caráter dos jovens criminosos.
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No Brasil, tornou-se famosa a prática exercida pelos jornalistas da Revista Realidade e do Jornal da Tarde, que apostaram em um jornalismo que vai além das aparências e mergulha fundo nos fatos, gerando obras criativas, que exploram o lado autoral de cada jornalista, e ao mesmo tempo exigem destes profissionais o apuro na apresentação de dados minuciosos e a procura do ser humano por trás dos fatos objetivos.
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A Revista Realidade foi uma das pioneiras desta modalidade jornalística no Brasil. Nascida em 1966, em pleno Grupo Abril, primava por reportagens muito bem produzidas, vindas à luz através de textos primorosos e atraentes. Ela foi inspirada no movimento corrente nos Estados Unidos entre os anos 60 e 70, o New Journalism, traduzido como Jornalismo Literário. Nomes de destaque brilharam nesta especialidade, além de Capote - Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer, Joseph Mitchel, entre outros. Esta prática do texto jornalístico mesclado com elementos da literatura também foi exercida quase involuntariamente por escritores talentosos como Euclides da Cunha, em sua obra-prima “Os Sertões”, João do Rio, jornalista e escritor, e o autor colombiano Gabriel García Márquez.
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A liberdade temática propiciada pelo Jornalismo Literário continua a atrair jornalistas e leitores para esta modalidade, principalmente em momentos nos quais as pessoas procuram compreender mais profundamente os fatos ocorridos, ansiosas por vislumbrar as causas dos eventos que as afligem. Assim, em meio a um jornalismo cada vez mais sensacionalista e superficial, ainda viceja esta modalidade jornalística, principalmente na forma de livros, como os publicados pela editora Companhia das Letras, em uma coleção focada justamente no Jornalismo Literário nacional e internacional.
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FONTE: http://comunicatudo.blogspot.com
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