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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Fest-Aruanda: revelando talentos

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O IV Festival Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro, uma realização do Departamento de Comunicação e Turismo (Decom-Tur) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com o Núcleo de Estudos Pesquisas e Produção do Audiovisual (Neppau), será realizado nos dias 8, 9, 10,11, 12 e 13 de dezembro de 2008, no Tropical Hotel Tambaú.
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Com o objetivo de fomentar, reconhecer e contemplar os novos talentos e futuros profissionais da área do audiovisual no circuito universitário estadual, regional e nacional, o Fest-Aruanda também coloca a Capital em destaque no circuito do cinema universitário nacional.
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A idéia de organização do festival surgiu após o sucesso de iniciativa semelhante, realizada em 2003, com o Prêmio Rodrigo Rocha de Vídeo Universitário. O sucesso da iniciativa foi o embrião para a realização deste Festival, sendo instituída a premiação "Troféu Aruanda" e "Troféu Rodrigo Rocha de Vídeo Documentário", uma homenagem ao jornalista e videasta paraibano, morto em 1996 quando participava de uma produção cinematográfica.
O IV Festival Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro é aberto à participação de estudantes universitários de todo o país, além de ex-alunos com produções realizadas durante o período letivo, que também poderão participar. Este evento conta com a estrutura oficial da UFPB, através do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), do Departamento de Comunicação e Turismo, membros do Neppau (alunos de Comunicação) e colaboradores comprometidos com sua realização, e a garantia de sucesso do evento.
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Os integrantes da Comissão Organizadora e Júri de Seleção serão formadas por professores e profissionais da área audiovisual da região e de renome nacional. Como parte do Festival, serão oferecidos seminários e oficinas, contando com a presença de nomes reconhecidos nacional e internacionalmente, a serem divulgados em época apropriada, em função de ainda estarem sendo negociadas suas participações. Além disso, o evento pretende abrir espaço para estagiários oriundos do curso de Comunicação Social da UFPB e de escolas de ensino fundamental do município de João Pessoa.
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Uma das novidades para esta 4ª edição é a categoria Vídeo do Minuto em suporte Celular, categorias para curtas em película, além da categoria independente. A organização do Festival divulgou recentemente a relação dos vídeos selecionados para as suas várias mostras competitivas. De mais de mais de 400 trabalhos inscritos, foram selecionados 27 trabalhos nas áreas de Documentário, Ficção e Animação; 19 peças publicitárias e 31 produções para TV Universitária/Educativa, totalizando setenta e sete vídeos que estarão concorrendo em suas respectivas categorias, representando as regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mais detalhes no site do evento:
Dica cultural: teatro
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"Faz de Conta", novo espetáculo do Grupo Graxa de Teatro, continua em cartaz durante todo o mês de novembro no Teatro Ednaldo do Egypto (Av. Maria Rosa, Manaíra). Sessões aos sábados e domingos, sempre as 17h. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (estudante).
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A cultura de redes na mobilização popular
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Egeu Laus (*)

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O surgimento da Rede Social de Relacionamentos pela Internet denominada gabeira43.ning.com, em torno da candidatura de Fernando Gabeira à prefeitura do Rio, não foi uma surpresa. Esta rede, que utilizou como ferramenta a “social network” Ning.com – criada em 2004 por Marc Andreessen (autor também do navegador Netscape) e Gina Bianchini – é apenas uma, dentre as dezenas de ferramentas tecnológicas (plataformas de utilização via Internet) que vem sendo utilizadas diariamente no ambiente da grande rede (a web para os íntimos) com o objetivo de conectar pessoas com interesses comuns.
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Na sua definição mais básica e rasteira podemos dizer que qualquer artefato que permita uma comunicação mais ou menos permanente entre um determinado número de pessoas conforma uma rede. Nesse sentido, a malha telefônica de uma cidade, é a rede telefônica. Ou antigamente (muito antigamente) a de trens formava a rede ferroviária. Com o tempo, os usuários constantes de um determinado tipo de informação passam a ser chamados também de uma rede. Portanto, a Ordem dos Cavaleiros Templários configurava de certo modo uma rede, as lojas das Casas Pernambucanas eram uma rede, e assim por diante. Invente aí os exemplos que você quiser, até chegar aos emblemáticos exemplos do segmento das comunicações como a Rede Globo, a Rede Record, as redes radiofônicas e as redes de jornais e revistas, etc.
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Qual é a grande diferença entre elas e o que hoje estamos conhecendo como Redes Sociais? É que elas recebiam erradamente o nome de redes – centralizadas, quando toda a informação era enviada apenas de um ponto, ou eram chamadas de redes – descentralizadas, quando vários pontos intermediários emitiam também informações. Mas, no fundo, elas nunca desenharam realmente uma Rede.
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O que configura verdadeiramente uma Rede é a possibilidade de TODOS os pontos (ou nós ou nodos) poderem se comunicar com TODOS os outros pontos, em todas as direções, livremente, ponto a ponto (P2P), naquilo que se conhece conceitualmente como Rede Distribuída - conforme desenhada por Paul Baran para a estrutura de um projeto que se tornaria mais tarde a Internet.
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Topologia de rede
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Há portanto (ao se universalizar o acesso a Internet, uma questão estratégica, doravante), uma atenuação da necessidade da representação enquanto forma de levar a algum lugar algumas demandas. Estamos falando portanto (com todo o cuidado que isso requer) de uma diminuição da democracia representativa em direção a algumas formas de democracia participativa mais direta.
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E ainda mais: para além de todas as vantagens de se ter informacão, em grande volume, circulando livremente, a Rede Social permitirá que várias ações aconteçam, bastando para isso que haja interessados o suficiente naquela ação - e de novo, com todo o cuidado que isso requer. O surgimento do MPD – Movimento pró-Democracia foi um exemplo disso.
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Estamos falando portanto de que “pequenas causas” podem ter um poder de agregação tão forte quanto os grandes temas políticos. As Redes Sociais nos permitem perceber que há variadas formas possíveis de atuação e todas elas podem conviver. Se você não tem como contribuir nas questões do lixo urbano, pode pensar nas questões da dengue, mas se você tem contribuições em outras áreas, deve ter em mente que elas são importantes na mesma e igual medida, pois como disse Gabeira, todas as caras são bem-vindas pois “expressam uma incrível diversidade e apontam para uma unidade que não se destrói: a cara do ser humano.”
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(*) Egeu Laus é designer gráfico e pesquisador.
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Obama, Zumbi e a Consciência Negra
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José de Souza Castro
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Um estudo baseado na Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação Seade e do Dieese, divulgado dois dias antes do Dia da Consciência Negra (20 de novembro), mostra que a situação do negro na porção mais rica do território brasileiro – a Região Metropolitana de São Paulo – melhorou, se comparada com 1998 e com a situação dos não-negros, mas a situação dos trabalhadores em geral piorou: o rendimento médio dos negros diminuiu 22,2% no período, para R$ 4,36 por hora trabalhada, e o dos não-negros caiu 27,4%, para R$ 8,98. Com isso, reduziu ligeiramente a desigualdade entre os dois grupos. Porém, o negro brasileiro está ainda longe de poder aspirar à presidência da República, como Barack Obama, nos Estados Unidos, pois quanto mais estuda, mais ele se distancia dos brancos com o mesmo grau de escolaridade no mercado de trabalho.
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Em 1926, no livro O Choque das Raças – título mudado depois para O Presidente Negro – Monteiro Lobato previu que um negro chegaria à presidência dos Estados Unidos em 2228. Barack Obama veio para confirmar sua previsão, com espantosos 220 anos de antecedência. Lobato não ousou prever quando isso ocorreria no Brasil, país considerado bem menos racista.
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O estudo revelou ainda que as mulheres, negras ou não, obtêm rendimentos menores que os homens de seu próprio segmento racial. Mas quando se comparam os rendimentos de mulheres não-negras com os de homens negros, os delas são menores em praticamente todas as faixas de escolaridade. No entanto, os rendimentos vão se igualando na medida em que se amplia o nível de escolaridade, porque despencam mais rapidamente os rendimentos dos negros.
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Ocorre que o negro com ensino superior completo recebe 29% menos do que ganha um trabalhador não-negro com a mesma escolaridade no mercado de trabalho da região pesquisada. Essa diferença é menor (16%) entre os trabalhadores com ensino fundamental incompleto e quase desaparece entre os empregados domésticos, quando os negros recebem em média R$ 3,01 por hora trabalhada e os não-negros R$ 3,23.
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No comércio, observa-se que os negros recebem 64,9% do rendimento dos não-negros. A desigualdade salarial é pior no setor de serviços, na indústria e na construção civil. Em 2007, os negros recebiam em média pouco mais da metade dos não-negros, nesses setores. Nos grupos ocupacionais de maior rendimento (gerência, direção e planejamento), os negros obtinham 57,3% da remuneração dos não-negros no mesmo grupo. Para quase se igualar com os trabalhadores brancos e de outras raças, os negros precisam exercer tarefas que exigem menor escolaridade, como os serviços gerais não qualificados. Ali, os negros recebem apenas 4,3% menos.
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O fato é que o movimento dos negros pela igualdade social, inspirado na luta de Zumbi dos Palmares (1655-1695) contra a escravidão, tem tido algumas vitórias, mas a guerra está ainda longe de acabar. Pelo seu exemplo, Barack Obama talvez possa representar um reforço importante nessa luta, nos próximos quatro anos. Na minha opinião, o maior exemplo de Obama e de Joaquim Barbosa é a importância que eles deram a sua própria educação.
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Quando comemoram, com razão, mais um Dia da Consciência Negra, os descendentes dos escravos não podem perder seu sonho de liberdade, apenas porque o mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo não dá aos negros a mesma importância que confere aos descendentes de europeus e asiáticos que completaram o curso superior. Uma coisa é certa: as empresas brasileiras também vão acabar aprendendo, como já ocorre no mercado de trabalho dos Estados Unidos.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Dica cultural: evento
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Jornalismo Cultural e Propaganda
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José Geraldo Couto (*)
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Millôr Fernandes tem uma frase célebre: "Jornalismo é oposição; o resto é armazém de secos e molhados". Traduzindo e atualizando a implacável formulação, podemos dizer que, se o jornalismo não for crítico, ele será apologético ou propagandístico. No caso do Jornalismo dito cultural, a fronteira entre Jornalismo e Publicidade é muitas vezes nebulosa.
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Obrigados a acompanhar de perto as novidades da produção cultural (livros, filmes, peças de teatro, discos, shows, exposições) e orientar o leitor nessa selva de produtos, ofertas e apelos, os jornalistas da área freqüentemente se vêem numa situação vulnerável às pressões de divulgadores e assessores de imprensa - quando não dos próprios artistas e produtores culturais. Inúmeros são os fatores que contribuem para limitar a autonomia crítica do jornalista cultural. Vejamos rapidamente alguns dos mais graves e freqüentes.
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1. A obsessão pelo "furo"
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A idéia de "dar a notícia primeiro", que faz sentido (embora nem sempre) para outros setores do jornal - política, economia, cidades -, pode ser nefasta para a cobertura do que ocorre na área da cultura. Contaminado pela síndrome do furo, o jornalista muitas vezes sacrifica a qualidade da cobertura e a idoneidade de seu julgamento para dar primeiro ou sozinho uma matéria.
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Ouve dizer, por exemplo, que será publicado no Brasil o romance de um importante escritor norte-americano. Antes de ter tempo de ler o livro (e muito menos de pensar sobre ele), consegue às pressas o telefone do autor e faz com ele uma entrevista afoita e superficial. Pronto: deu o furo, que vai talvez pesar positivamente na sua avaliação profissional. Pouco importa que tenha feito um serviço porco e de baixa qualidade.
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2. A chantagem das assessorias
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Como decorrência da obsessão pelo furo, o jornalista da área cultural fica à mercê do poder de pressão dos divulgadores e assessores de imprensa. Uma situação muito comum é a do assessor que negocia a informação ou o acesso a determinado artista em troca de matérias de destaque na imprensa. A barganha é mais ou menos assim: "Se você der capa para o disco do Fulano eu te arrumo uma exclusiva". O jornalista automaticamente passa a crer que uma entrevista exclusiva do Fulano é a coisa mais importante do mundo, e convence seu editor a dar uma capa para ele. Aquilo que talvez não fosse importante passa a sê-lo.
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Está claro que, no caso citado acima, o que está comprometido é não apenas o julgamento do crítico com relação a determinado produto cultural, mas a própria autonomia do jornal na hierarquização da importância dos eventos. O jornal se torna uma linha auxiliar da propaganda e, em última análise, um mero reforçador do mercado.
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3. Promiscuidade entre jornalistas e produtores culturais
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Mais difícil de definir e de mensurar, mas igualmente perniciosa, é a ambigüidade das relações entre jornalistas e produtores e agentes culturais. Em países mais civilizados, as funções de repórter e crítico são desempenhadas por indivíduos diferentes, pelo menos em cada circunstância. Ou seja, se um jornalista entrevista o diretor de um filme, quem faz a crítica deste é um outro jornalista. Aqui isso não acontece.
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Freqüentemente o repórter-crítico vê-se na situação delicada de entrevistar, com toda a cordialidade, determinado cineasta, e em seguida fazer a crítica de seu filme. Não há quem fique completamente imune à cordialidade ou ao charme de seu entrevistado na hora de comentar seu trabalho. O pior é quando ocorre o contrário: depois de desancar o filme, o jornalista tenta entrevistar seu diretor. Quando este concede a entrevista (o que nem sempre ocorre), a conversa geralmente acaba truncada pela hostilidade e pela desconfiança mútua.
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Para que o jornalismo cultural conquiste maior autonomia e credibilidade, distanciando-se da mera propaganda, é necessário que todos os setores envolvidos (jornais, assessorias, produtores culturais) adquiram uma mentalidade mais profissional e menos predatória. Cabe aos jornalistas, entretanto, tomar a iniciativa no sentido de definir a sua seara e não permitir que seja invadida por estranhos.
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(*) José Geraldo Couto, jornalista.
Silício negro: o futuro da fotografia
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Rodolfo Bruno Braz
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As futuras máquinas digitais tirarão fotos em três dimensões; o famoso 3D. Mas antes disto acontecer, em 1999, na faculdade de Harvard, estudantes e orientador (Eric Mazur) descobriram no mais puro acaso o silício negro. O nome pode soar como uma coisa maléfica, que veio para acabar com os humanos. Que nada! O material é uma verdadeira revolução para a fotografia. E não é para menos. Um silício normal, usado na fabricação de chips e processadores tem uma sensibilidade muito grande à luz. O silício negro também, mas ele é de 100 a 500 vezes mais sensível que o comum.
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E não é apenas a fotografia que será reinventada daqui alguns anos. A descoberta do silício negro permitirá a engenheiros e tecnólogos criarem computadores menores, notebooks mais finos que o MacBook Air, detectores de poluição mais eficazes e outras substâncias químicas que modificam o ar que circula na Terra.
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A descoberta
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O silício negro foi descoberto por acaso. Lá estavam, em Harvard, o orientador Eric Mazur e seus estudantes. Em uma aula que envolvia o estudo de química, eles colocaram um chip de silício cinza numa câmara de vácuo e apontaram um laser de alta intensidade para o pequeno objeto.
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Com alguns gases para "incrementar" o experimento, eles apontaram o laser que disparou alguns pulsos - cada raio de laser disparado no silício cinza, dura menos de 100 milionésimos de um bilionésimo de um segundo. Cada um destes pulsos, para se ter idéia, concentra toda a luz do Sol emitida na Terra.
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O resultado do experimento surpreendeu a todos e principalmente à Harvard. Depois de 500 pulsos de laser no silício cinza, os alunos e orientador tiraram o objeto da câmara de vácuo e colocaram no microscópio. Pode-se ver milhares de pequenas agulhas em forma de uma espiga de milho.
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Nova e milionária tecnologia
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Logo após a decoberta, a Harvard tratou de patentear o silício negro juntamente com a empresa Si-Onyx. E esta nova tecnologia já dá o que falar. Segundo o jornal The New York Times, as duas empresas já arrecadaram (ate hoje) cerca de US$11 milhões. Esse dinheiro é para financiar os estudos e tentar levar o silício negro para computadores, notebooks, celulares e outros produtos tecnológicos.
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Caso o uso do silício negro venha a ser popularizar no mercado de tecnologia, espera-se que os produtos que usarem esta tecnologia - e quem não usar ficará de fora do mercado - fiquem menores, mais poderosos e também mais eficazes. As fotografias digitais já são excelentes; nem precisa citar a fotografia 3D. Imagine uma foto com este silício negro? Seria a era da fotografia em alta definição? Por que não?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dica cultural: evento
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O contexto social da juventude
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"Atualmente, aproximadamente 53%da população total da América Latina e do Caribe tem menos de 25 anos de idade. A grande maioria desse contingente, são jovens que cresceram em uma época de dificuldades sociais, econômicas, tecnológicas e políticas, que os afetam profundamente. Estas dificuldades e o aumento da população juvenil têm enormes implicações para os governos, às economias, às comunidades e ao meio ambiente.
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O futuro da região nunca dependeu tanto de uma só geração. E nunca houve uma geração com tantas ameaças e provações. A complexidade ea magnitude das ameaças que os jovens enfrentam hoje em dia são enormes. Ainda assim, a explosão demográfica juvenil oferece uma oportunidade sem precedentes para renovar o capital humano e social da região. Seus conhecimentos, destrezas e a boa saúde são os pilares fundamentais para construir o progresso econômico e social das nações e a sustentabilidade do meio ambiente.
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Apesar de todas as dificuldades apontadas, os jovens querem ser levados em consideração pelas sociedades das quais são membros. Eles podem se tornar um tremendo recurso para o desenvolvimento, se tiverem acesso à educação, capacitação, serviços de saúde, emprego, oportunidades de autodesenvolvimento e espaço para contribuir e participar.
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Este é o momento para que todas as nações da região adotem um novo paradigma de desenvolvimento. Em vez de considerar os jovens como um problema (ou simplesmente como beneficiários), é momento de pensar neles como protagonistas ativos de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de suas comunidades e países. Agora vêm, a fim de pôr em prática estes novos paradigmas de desenvolvimento, havendo uma necessidade grande de uma estrita cooperação entre os corpos do hemisfério, a sociedade civil, os setores públicos e privado e os próprios jovens."
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No Brasil, estudos da Fundação SEADE apontam para uma situação ainda mais aguda com um expressivo incremento da população juvenil. Apesquisa indica que entre os anos 2000 e 2005 - por conseqüência deum período de alta fecundidade no início dos anos 80 - a presença dejovens na sociedade brasileira deverá atingir percentuais elevados nunca antes alcançados em nossa história, fenômeno ligado a pirâmide populacional chamado de "Onda Jovem."
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Segundo dados do IBGE, esse contingente constitui hoje uma parcela expressiva da população, ou seja, cerca de 40 milhões de pessoas, que equivalem, por sua vez, a 40% da população economicamente ativa (PEA) do país. Como agravante ao fenômeno demográfico, temos a situaçãoconjuntural. Onde constatamos que é justamente sobre essa população que recaí o processo de desemprego estrutural e conjuntural, inerentesaos processos de estabilização vividos entre os países da AméricaLatina. Um quadro excepcional que, invariavelmente, acarreta no aumentoda exclusão juvenil.
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Para ilustrar, o IBGE constata que a taxa de desocupação dos jovens é três vezes maior do que a dos chefes de família adultos. Além disso, e de alguma forma em função desse quadro, é o jovem a principal vítima da violência e, também, seu maior agente. Após a constatação desse "drama juvenil", é importante recordar e voltar aos números: estamos falando de um contingente de 31,366 milhões de pessoas na facha do 15 aos 24 anos, ou cerca de 40milhões de jovens na faixa de 15 a 29 anos.
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Webjornalismo: terceira grande onda
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Pamela Estevo
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A maior revolução da humanidade em todos os tempos, a Internet, com sua força silenciosa, continua surpreendendo. E a ferramenta conhecida como blog, também faz sua parte. Não há dúvidas que o webjornalismo é a terceira grande onda da mídia.
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A importância de um profissional multimídia é uma das tendências do jornalismo. No meio digital não é diferente. O trabalho na web não se restringe a produção da pauta e a redação dos textos. É preciso pensar em fotos para ilustrar a matéria, boxes de informações para complementar os textos, Links relacionados que possa ajudar o leitor, conhecer a dinâmica da informação on-line. A web proporciona a facilidade de acesso às informações. Existe uma infinidade de sites de notícias e ainda diversos links nas matérias. Basta clicar e consultar mais informações e detalhes.
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Mas dentro de tanta eficácia existe a “superficialidade”. Na verdade, não é o meio que favorece matérias superficiais. Cabe aos jornalistas e editores escolher que formas vão dar aos seus produtos. Dependendo da maneira escolhida, a informação pode motivar o leitor, levando-o a buscar ainda mais conhecimento.
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O trabalho do webjornalista tem suas vantagens e desvantagens, como em qualquer outra área. O jornalista não tem muito tempo de apurar quando trabalha em portais de notícia. Tem que fazer tudo para ontem e não dá para fazer um texto mais elaborado. Acaba fazendo parte de uma engrenagem, e isso pode ser massacrante. No entanto, o trabalho tem suas vantagens: a possibilidade de corrigir erros e atualizar a notícia. Coisas que no impresso não dá pra fazer.