Dica cultural: documentário
Aruanda é o filme sobre a Paraíba que mais se tem conhecimento. A história cativou platéias de diversos lugares do Brasil e do mundo ao mostrar a realidade do sertão nordestino. Trata-se portanto do mais importante documentário já produzido pelo cinema paraibano.
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Linduarte Noronha, diretor local, documenta a vida de descendentes de escravos que haviam fundado um quilombo. Nele, vivem à margem de qualquer outra civilização e se sustentam através do comércio de potes feitos de barro, que são vendidos em outro lugarejo distante.
Linduarte Noronha, diretor local, documenta a vida de descendentes de escravos que haviam fundado um quilombo. Nele, vivem à margem de qualquer outra civilização e se sustentam através do comércio de potes feitos de barro, que são vendidos em outro lugarejo distante.
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Em 1960, Aruanda ganhou o público de São paulo e Rio de Janeiro e, em pleno surgimento do Cinema Novo, mostrou ao resto do país a sua própria pobreza. Glauber Rocha, nome principal do movimento, declarou que o documentário o inspirou em seu filme principal, Deus e o Diabo na Terra do Sol. "Linduarte Noronha e Rucker Vieira entram na imagem viva, na montagem descontínua, no filme incompleto. Aruanda assim inaugura o documentário brasileiro nesta fase de renascimento que atravessamos...", comentou Glauber.
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É interessante observar as condições precárias de produção e filmagem do filme. Por alguns foi vista como liberdade estética, a precariedade vista na tela é complemento do que Aruanda registra. A pobreza não é apenas dos personagens retratados, mas da própria obra. Para assistir ao vídeo (21min.54s), basta clicar em um dos links abaixo:
É interessante observar as condições precárias de produção e filmagem do filme. Por alguns foi vista como liberdade estética, a precariedade vista na tela é complemento do que Aruanda registra. A pobreza não é apenas dos personagens retratados, mas da própria obra. Para assistir ao vídeo (21min.54s), basta clicar em um dos links abaixo:
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