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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Desafiando sentimentos
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Gleydson Francisco
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Muitas vezes somos impossibilitados de lutar por novas perspectivas de vida, devido à falta de incentivos. Assim, muitos sonhos acabam se perdendo ao longo do tempo. Os grandes tornam-se pequenos, diante das dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia.
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Ser um atleta no Brasil atual não é fácil. Mas apesar dos contratempos, eles demonstram a todo instante o quanto a vida é bela, o valor do sorriso e da felicidade, através dos limites quebrados pela prática esportiva. E nesses momentos, todos os problemas tornam-se insignificantes, diante da enorme força de vontade, superação e amor ao esporte.
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A batalha contínua e ardente dos treinamentos nos ensina que para vencer, devemos lutar! A determinação de um verdadeiro campeão é o grande exemplo que fica para as atuais e futuras gerações de atletas nacionais. Observamos isso, em diversos momentos dos jogos Pan e Para-Pan Americanos do Rio de Janeiro e, principalmente, após a realização dos eventos.
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Portanto, lute e vença a maratona da vida! Nunca desista dos seus sonhos, pois eles podem te levar ao lugar mais alto no pódio, onde você será o grande vencedor; aquele que superou obstáculos, quebrou barreiras e seguiu em frente na trajetória da vida; sem medo das dificuldades que surgiram pelo caminho. Ser um campeão, na vida e/ou no esporte, só depende de você.
Universidade brasileira: máquina de fazer exclusão
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Solisângela Montes
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Para entendermos o atual processo universitário brasileiro, devemos rever momentos históricos que explicam porque chegamos a atual realidade. A Universidade no Brasil, foi criada no ano de 1822, para conceder o título de "Honoris Causa" ao rei da Bélgica, que neste período viria ao país em visita diplomática. Basta sabermos que a universidade brasileira não participou do movimento de Abolição da Escravatura, sendo esse, um acontecimento liderado por poetas, escritores, intelectuais...
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Hoje, temos configuradas instituições de ensino superior organicamente perturbadas, que cumprem fielmente seu papel de "geradoras de exclusão". Dentro delas existem: alunos desmotivados, professores estressados, saberes contestados (conhecimento técnico, pouco prático, intelectualidade anti-democrática). Esse saber questionado porque ensina somente certeza em tempos incertos e de profundas transformações macro-sociais, ignorando também a cultura como um todo.
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Universidade mosteiro
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Ao invés de ser o local mais diverso e democrático da sociedade, ela é composta por 75% de alunos pertencentes as classes A e B, ignorando a existência das outras, fazendo de conta que não vê o imenso contingente de alunos concludentes do ensino médio que estão sedentos pelo espaço universitário. Ou seja, um muro aparentemente intransponível separa as diversas camadas sociais.
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É mais grave ainda, conviver com a herança do governo FHC, que permitiu a proliferação das faculdades particulares, demonstrando claramente que não queria ser responsável pela formação da juventude brasileira. A educação passou a ser uma tarefa não exclusiva do Estado. Também é estarrecedor constatar que toda a pesquisa das universidades é iminentemente voltada para o capital privado, ou seja, ao invés deachar soluções para as mazelas sociais, faz exatamente o oposto: cursos de administração acham fórmulas para o aumento da riqueza individual e não a solução para a miséria do país; agrônomos preocupados com o sucesso de grandes proprietários de terra, ignorando a agricultura familiar.
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As instituições particulares têm lucro comercial e não institucional, ambas (privadas e públicas), são medidas pôr testes de qualidade, que dependendo do resultado, oneram somente o estudante, que pode ficar marcado pôr uma avaliação negativa.
Luta contra a AIDS
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Tiago Teixeira
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Desde o surgimento da AIDS – e do crescimento da epidemia – a participação da imprensa foi bastante marcante, tanto na divulgação dos avanços e do conhecimento sobre a doença, quanto na formação da opinião pública.
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Entretanto, a AIDS ainda é veiculada na imprensa como uma doença estigmatizante, como sinônimo de morte ou restrita a determinados grupos sociais (viciados em drogas injetáveis, homossexuais, etc.). Outro ponto importante é a divulgação de matérias científicas a respeito do tema, porém, de forma superficial, levando, muitas vezes, a dúvidas ou falsas conclusões.
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Como os meios de comunicação controlam grande parte da transmissão de conhecimento e informações para a população, sente-se a necessidade de um enfoque mais específico sobre a realidade da doença, ao invés desta visão fragmentária sobre a AIDS reproduzida pela grande mídia.
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Jovens na faixa etária dos 14 aos 24 anos estiveram no centro das discussões do “Dia Mundial de Luta Contra a AIDS”, que acontece anualmente no dia 1º de dezembro. As ações foram voltadas para: mulheres, gays e demais portadores do vírus HIV nessa faixa etária. Pela primeira vez, o Ministério da Saúde do Brasil usou as mídias alternativas (blogs e sites de relacionamento) na campanha contra o vírus.
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Uma estatística preocupante: todo mês, pelo menos 40 paraibanos descobrem que têm AIDS. Esse número é referente apenas ao Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa – o maior centro de referência no tratamento da doença em nosso Estado – que registrou 491 novos casos de HIV e AIDS em 2006. Dos 40 novos casos da doença que são diagnosticados mensalmente no Clementino, um ou dois são descobertos em crianças e adolescentes (de zero a 17 anos).
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Cerca de 60 crianças e adolescentes com HIV e AIDS – de 18 municípios paraibanos – são acompanhadas pela ONG Nova Esperança, dos quais 36 são órfãos porque perderam os pais (vítimas da doença); 92% foram contaminadas através da transmissão vertical (da mãe para o bebê). A ONG acompanha jovens órfãos da AIDS, para que não deixem à convivência familiar e sejam abandonados em abrigos.

Esquecemos de ensinar a plantar
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Gleydson Francisco
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A juventude contemporânea parece ter trocado os bens culturais por programas televisivos e outros produtos alienantes. Sendo assim, as sementes estéticas deixadas por outras gerações foram praticamente esquecidas. Vivemos na época do shopping center, da Internet e da modernidade. Por outro lado, esquecemos de propagar que as causas das grandes catástrofes naturais estão acontecendo por falta de conscientização do homem.
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Por exemplo, em nossa Capital temos órgãos responsáveis pela preservação da natureza, como a Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Semam). Sua principal responsabilidade é a implementação das políticas públicas do Município para o meio ambiente, como descreve seu site oficial, através da capacitação dos servidores com técnicas para aprimorar e revitalizar cada vez mais nossas ruas e praças.
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Também temos órgãos de caráter nacional como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Inclusive, em uma de suas reuniões ordinárias a ministra Marina Silva ressaltou "que o meio ambiente não deve ser visto como mais uma camada de dificuldade para o desenvolvimento, mas como a única forma do desenvolvimento sustentável para todos os segmentos da sociedade."
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Portanto, a Educação Ambiental surge neste contexto de forma mais abrangente. Além de conscientizar, devemos juntar nossas forças e envolver as pessoas na proteção da vida (em todos os níveis), onde a arte de plantar árvores e respeitar as espécies tenha início na infância. Enfim, devemos ser parceiros na luta contra uma possível extinção da vida no Planeta.
Centro Comunitário dos Funcionários I
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Iêda Pessoa
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Fundado no dia 07 de setembro de 1980 – com o objetivo de proporcionar aos moradores um canal de interlocução com os órgãos públicos – o Centro Comunitário Cidade dos Funcionários I foi construído com o apoio de forças políticas da época.
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O terreno foi doado pelo prefeito Damásio Franca. A partir daí, a obra passou a ser construída com recursos do governo Wilson Braga. No início, era um prédio bastante modesto (sem muro e grades). Tempos depois houve uma reforma geral, através do Núcleo de Estudos Supletivos, com a colocação de grades, portões e ampliação estrutural de 18 metros quadrados. Atualmente, realizam-se algumas melhorias no prédio, com recursos próprios e doações diversas.
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O Centro Comunitário é um espaço onde acontecem reuniões entre pessoas interessadas em discutir os assuntos do bairro. Além disso, também abriga atividades culturais. ''Aqui no Centro funcionava um grupo de senhoras que trabalhavam com música e arte. Havia também um curso de pintura – em convênio com a UFPB – que teve de ser interrompido por causa do risco de desabamento do teto”, relembra Everaldo Vicente, presidente da instituição. Nos dias atuais, ainda resta um grupo de dança no Centro, o Ritmo Quente, conduzido pelo professor Hellosmar. Os ensaios são realizados nas terças, quintas e domingos; das 19 às 21 horas.
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Nesta gestão do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), foi construída no Centro Comunitário uma rampa de acesso para deficientes. Outras conquistas para a comunidade foram: esgotamento sanitário, através de abaixo assinado; calçamento da Rua Odilon Nelson Dantas; reforma da Praça Lauro Wanderley; construção da Praça Castro Alves; ampliação do Programa Pão e Leite, através de solicitação junto a FAC, de 50 para 100 crianças beneficiadas; fechamento da galeria do Guayba; entre outras.
Jovens como sujeitos de direitos
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Na cultura política moderna, a noção de “direito” foi à criação social que personificou e sintetizou a promoção da igualdade. Na querela entre dominadores e dominados, em seus diferentes momentos e contextos históricos, o direito emergiu – especialmente a partir da Revolução Francesa – como a expressão de um contra-poder político simbólico e prático. Todo ser humano reconhecido como cidadão ou cidadã passou a ser um portador de direitos. Isso serviu para garantir formalmente a igualdade de condição social, levando a uma diminuição gradativa na distância entre a elite e as classes populares, por meio da promoção de oportunidades iguais de acesso às experiências, conhecimentos e patrimônios econômicos produzidos e acumulados pelas sociedades.
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É devido à ação discursiva e concreta do “direito”, como ferramenta pública, que as lutas por sua consagração, efetivação e ampliação podem ser entendidas como a expressão – por excelência – da cultura política dos nossos tempos. A partir de uma geração de direitos outra é criada, em um jogo dinâmico em que a consolidação de uma abre espaço para a emergência da outra. A primeira geração foi a que consagrou os direitos civis e políticos, depois veio a segunda, marcando a emergência dos direitos sociais2 e, por último, como produto da ação de diversos movimentos sociais nas últimas décadas do século XX, é reconhecida há certo tempo – inclusive em nossa Constituição Federal – a terceira geração direitos, caracterizada pela consagração dos direitos difusos3. Ao contrário das duas outras gerações, seus titulares são grupos sociais como negros, mulheres, homossexuais, crianças, adolescentes, jovens e idosos, e não mais indivíduos. A função desses direitos é a de garantir condições para que esses grupos sociais possam existir e se desenvolver integralmente, sem serem subjugados ou discriminados.
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É importante destacar que é exatamente pelo fato dos detentores dos direitos de terceira geração4 serem grupos sociais, sua violação compromete o conjunto da sociedade. Por exemplo, não se pode falar de uma sociedade livre, se as mulheres, as crianças, os negros, os homossexuais ou os jovens são reprimidos ou estereotipados dentro dela. Com a consagração dos direitos difusos, o mundo político sofre forte mudança em sua orientação pública. Se os tempos modernos se caracterizaram pela busca da igualdade por meio da consagração de direitos individuais, no mundo contemporâneo a matriz política é definida pelo reconhecimento e valorização da diferença e das identidades coletivas.
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No caso das juventudes, a necessidade de articular a busca da igualdade individual de condições com a valorização da diferença é atributo essencial para a afirmação de direitos e, conseqüentemente, para a elaboração e implementação de políticas públicas. Nesse sentido, o primeiro passo é evitar o uso de um par de oposição (bastante comum e inadequado): igualdade x diferença. O oposto de igualdade é desigualdade e não diversidade. Subjacente a essa premissa reside o desafio de se fazer com que à sociedade compreenda que os jovens, sendo sujeitos de direitos e promotores e destinatários de políticas públicas, não aceitam participar de programas e projetos que pressuponham e/ou produzam aculturação e normatização de suas práticas sociais, modos de ser e identidades.
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Nesse sentido, e a grosso modo, considerando o fato dos jovens comporem o contingente populacional mais vitimizado pelas distintas formas de violência presentes no Brasil; enfrentarem enormes dificuldades de ingresso e permanência no mercado de trabalho; sofrerem impedimentos no acesso a bens culturais; não terem assegurado o direito a uma educação de qualidade e não receberem tratamento adequado no tocante as políticas públicas de saúde e lazer, o reconhecimento de seus direitos deve estar alicerçado em uma perspectiva ampla de garantia de uma vida social plena e de promoção de sua autonomia. Portanto, seu desenvolvimento integral é legítimo e de interesse de todo o conjunto da sociedade.
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Considerando os jovens como sujeitos de direito, evita-se qualquer entendimento de que a juventude é uma faixa-etária problemática, essencialmente por ser a mais comum vítima dos problemas 5socioeconômicos do país. Evita-se também sua idealização no sentido de entendê-la como a única protagonista da mudança, em uma nova interpretação heróica de seu papel mítico. A juventude brasileira é fruto da sociedade brasileira e, em tempos de globalização e rápidas mudanças tecnológicas, deve ter condições, oportunidades e responsabilidades específicas na construção de um país justo e próspero.
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FONTE: Conjuve

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Jornalismo especializado em Ciência
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Bertrand Sousa
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De forma resumida, podemos dizer que Jornalismo Científico é a interface entre a ciência – sua produção, seu funcionamento e suas aplicações – e o público em geral. Melo (1973, p. 24), chama a atenção para o alcance do conceito, dizendo que: trata-se de um processo social que se articula a partir da relação (periódica/oportuna) entre organizações formais (editoras/emissoras) e coletividades (públicos/receptores), através de canais de difusão (televisão, rádio, cinema, jornal, revista) que asseguram a transmissão das informações (atuais) de natureza científica e tecnológica em função de interesses e expectativas (universos culturais ou ideológicos).

Ou seja, o Jornalismo Especializado em Ciência deve estar sempre conectado com as características gerais do Jornalismo: atualidade, universalidade, periodicidade e difusão. Neste momento faz-se necessária uma diferenciação entre Divulgação Científica e Jornalismo Científico. Embora estejam muito próximos não correspondem à mesma coisa, apesar de certos autores discordarem. Pode-se dizer que ambos se destinam ao “leitor comum”, e têm a intenção de democratizar as informações (pesquisas, inovações, conceitos de ciência e tecnologia), mas a primeira não é jornalismo.

O que distingue o Jornalismo Científico da Divulgação Científica é meramente uma questão de objetivo com relação ao comunicador da mensagem. (...) Não é o objetivo do comunicador ou mesmo o tipo de veículo utilizado, mas, sobretudo, as características particulares do código utilizado e do profissional que o manipula. (BUENO, 1985, p. 20).

Para Erbolato (1981), fazer Jornalismo de Ciência é levar as descobertas científicas ao conhecimento da sociedade, de forma acessível, correta e sem desvio da verdade. Por sua vez, a Divulgação Científica não deve fugir às regras gerais de redação, necessitando apresentar-se com clareza e eliminar, sempre que possível, a aridez do assunto com um toque de humor e graça.

O Jornalismo Científico também é definido como a especialização da profissão jornalística nos fatos relativos à ciência, sobretudo no campo das Exatas, Naturais e Biomédicas. Localiza-se nas proximidades da Comunicação Científica e da Divulgação Científica, mas distingue-se destas, apresentando os conteúdos científicos como notícias, produzidas por jornalistas e orientadas ao grande público.

Na concepção de Burkett (1990), a prática do JC envolve duas definições. A primeira designa-o como a divulgação de uma série de eventos científicos feitos por cientistas. A segunda define-o como um meio de divulgação através do qual a ciência e a medicina tenta abrir novos horizontes em seus campos.

Os aspectos práticos ficam mais claros em Erbolato (1981, p. 47), quando afirma que o Jornalismo Científico pode ser desenvolvido de várias maneiras, tais como: “editoriais, reportagens e entrevistas, podendo ainda o redator especializado apresentar suas matérias em forma de flashs ou complementá-las com desenhos e fotografias”.

Um outro tipo de divulgação que merece ser caracterizada é a Disseminação Científica. Tem como público-alvo os especialistas, isto é, os próprios pesquisadores e cientistas. A Disseminação Científica manifesta-se nas revistas científicas, nos materiais (comunicações, pesquisas e ensaios) apresentados em eventos científicos e assim por diante. Logo, Jornalismo Científico, Divulgação Científica e Disseminação Científica são conceitos diferentes e revelam amostras variadas do processo de difusão de conhecimento sobre ciência e tecnologia.
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Dica cultural: Casarão 34
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Fóruns, exposições, oficinas e rodas de diálogos movimentam a Unidade Cultural Casarão 34 e a Casa da Pólvora, durante todo este mês de dezembro. Este leque de atividades teve início no dia 01/12, com a realização do Fórum de Literatura 'Tertúlias na Philipéia' e a exposição 'Verniss'Aids'. Ao longo do mês, acontecem ainda importantes atividades, a exemplo da Exposição Projeto Memória Autor Vivo, que será aberta nesta segunda-feira (10/12), a partir das 19h, homenageando artistas vivos da Capital. A realização é Prefeitura de João Pessoa (PMPJ), por sua Fundação Cultural (Funjope).
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'Memória Autor Vivo' é o título da exposição realizada em parceira com a Agência Ensaio, que ficará em cartaz até 5 de janeiro no Casarão 34, com um rico material informacional, a exemplo de fotografias, vídeos e performances, e homenageia poetas e escritores da cidade, a exemplo de Políbio Alves, autor de 'O que resta dos mortos', 'Varadouro' e 'Exercício lúdico'. Na terça-feira (11/12), a partir das 17h, acontece uma roda de diálogos tematizando as obras de Políbio Alves, um dos homenageados do projeto.
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Outras atividades
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Nos dias 10, 18 e 26/12 acontecem as sessões da 'Oficina de Xilogravura' com o artista Unhandeijara Lisboa, representante do Clube da Gravura da Paraíba. A oficina, sempre das 15 às 17h, será encerrada no dia 8 de janeiro do próximo ano e tem como público-alvo qualquer pessoa acima de 12 anos, interessada em aprender técnicas de xilogravura.
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Ainda no Casarão, na sexta-feira (14/12), a partir das 14h40, começa a reunião com os artistas plásticos da cidade. Em pauta a Lei dos Edifícios, o cadastramento e o recadastramento de artistas junto à Divisão de Artes Plásticas da Funjope, coordenada por Lúcia França.
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Na quinta-feira (20/12), a partir das 19h, acontecerão simultaneamente lançamentos de diferentes editais e apresentação do resultado de edital literário lançado este ano, no salão de exposições do Casarão 34, com apresentação da Orquestra de Câmara de João Pessoa (OCJP).
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Na ocasião, haverá os lançamentos do edital em artes plásticas para a 'Ocupação da Casa da Pólvora e do Casarão 34', do 'Projeto Novos Escritos', e apresentação do resultado do 'Edital de Literatura de 2007'. Depois vem a divulgação do Edital do Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap), um projeto que existe desde 1840, quando era realizado pela Academia Imperial de Belas Artes e é, ainda, uma das formas mais utilizadas para a discussão e apresentação da nova produção de artes plásticas de uma região.
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Nos dias 20 e 21/12, das 9h às 17h, acontece a aula-espetáculo 'Além do repente do batuque ao rap', ministrada pelo arte-educador 'Bodô'. A oficina objetiva trabalhar a habilidade rítmica natural dos participantes e preservar a identidade cultural, mostrando diversas possibilidades de trabalhar com a arte e educação a partir da percussão e suas complexidades. Mais informações no Casarão 34, localizado na praça Dom Adauto, 34, no Centro Histórico da Capital, ou
pelo telefone 3218-9708, em horário comercial.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mídia Alternativa
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Os diversos núcleos de produção de mídia alternativa são uma força relevante na nova forma de comunicação que vem se constituindo. Partindo da insatisfação com as mídias corporativas, comprometidas com os interesses do capital, esses movimentos visam oferecer uma outra maneira de pensar a função transformadora da comunicação. Tudo isso feito com um aparato técnico mínimo e custos irrisórios. Seus principais veículos para difusão são: a Internet, as rádios comunitárias, jornais de bairro e fanzines.
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Com várias denominações diferentes, como: mídia tática, mídia independente, mídia popular, mídia comunitária, ou ainda, mídia sob demanda. Essas mídias muitas vezes têm ligações com movimentos sociais fora da rede. Apesar de já ter havido várias manifestações, o movimento das mídias alternativas tomou um novo vulto com o surgimento do Centro de Mídia Independente (CMI).
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Outro tipo de mídia alternativa são os veículos geridos pelas próprias fontes, como a institucional - ligadas a organizações públicas ou privadas - e a legislativa, ligadas aos parlamentos. Alguns dos objetivos destas são justamente a busca de alternativas ao corte editorial da mídia tradicional e o estabelecimento de uma ligação direta entre a fonte e o seu público.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hipercomunidades
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Márcio Mota
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O surgimento da internet como meio de comunicação, nos trouxe muito mais oportunidades do que o imaginado na época do seu lançamento. O seu desenvolvimento tem marcado um assombroso rasgo na forma de vida das pessoas, nos métodos de trabalhos, no jeito de se comercializar e, principalmente, nas relações de sociabilidade e socialização. Nunca, na historia da humanidade, foi tão evidente e acelerado uma mudança de estilo de vida como as ultimas que temos acompanhado paulatinamente ao surgimento das novas tecnologias de comunicação.
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Equipadas com técnicas hiperativas e hiperconectivas, tudo se torna possível dentro do universo virtual: ter um novo nome, nova casa, nova profissão, ou seja, uma nova vida. Quantas vezes ouvimos alguém nos dizer que gostaria que tudo fosse belo, colorido e sem defeitos? Que gostaria de viver num sonho bom para sempre? Embora tais coisas ainda não sejam possíveis fisicamente, virtualmente já é totalmente, graças às técnicas desenvolvidas de hiperconexão.
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Talvez vocês possam estar se perguntando: o que isso tem a ver? Simples, basta lembrar-nos de que junto à idéia de hipertexto e hiperconexão residem às noções tanto sobre infinitas possibilidades de começos textual como de finais, dessa forma, os jogos virtuais os quais nada mais são do que um tipo de texto; narrado por meio de personagens visualmente ativos e controlados por um leitor que se encontra ativamente envolvido na narrativa, nos faz entender que, mesmo num aparente momento de entretenimento, estamos construindo uma realidade por meio das nossas decisões pessoais.
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A convergência e a quebra de paradigmas
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Willians de Abreu
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Existe sempre um especialista para prever isto ou aquilo. Com todo o respeito a eles, afinal, os ‘caras’ estudam muito para defenderem suas teses. Por isso são especialistas, mas, são mortais e também erram.
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Sim, também, e tenha certeza isto não é difícil, ainda mais se tratarmos do mundo digital. Coisas acontecem e irão acontecer, acredito, em uma velocidade muito maior do que os anos anteriores de agora pra frente. Será de fato uma ‘Matrix’? Calma, vamos chegar lá.
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Se olharmos para fatos passados, poderemos identificar diversas teses que não se concretizaram ou ainda, que nem passaram perto de acontecer. A exemplo, vou me referir a um clássico. Lembra-se do ‘Bug do Milênio’, previa com a chegada do ano 2000, que nossas ‘célebres’ máquinas entrariam em uma espécie de ‘Overclock’, e como uma ‘síndrome’, ficariam todas desmemoriadas. Pois é, os especialistas erraram.
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Um dos fatos recentes, vejamos. Desde o desenvolvimento dos computadores residenciais, os especialistas sempre acreditaram que a tal da Convergência Digital, seria atribuída e concedida pelos tais computadores. Certo? Errado, e bem errado. A convergência está vindo e sendo antecipada mundialmente por causa dos celulares. Sim, a tecnologia mobile está sendo a grande responsável por tamanha corrida até a convergência.
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Apenas para se ter uma idéia, e não me levem a mal, mas a Click para variar já sabe muito bem disto. A exemplo, seu atual case, o Fiat Punto, que antes do lançamento e se não me engano das outras mídias, a agência lançou de primeira mão um site para os celulares. Tamanha a importância da mobilidade dos meios.
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Ora, há uma década atrás, me lembro a alegria de um amigo ao me mostrar um aparelhinho pequeno e até ‘bonitinho’. Que ironia, era o chamado BIP, sim, aquilo parecia ser um avanço tremendo. Hoje, caiu no esquecimento e os adolescentes atuais, já nem sabem que existiu o tal aparelho. Que coisa não.
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Com as recentes mudanças no cenário, a comunicação mais do que nunca vem sendo influenciada pelos novos meios. E, os profissionais de comunicação que se atentem. Adequar suas estratégias e campanhas às novas plataformas de comunicabilidade tem sido a expertise dos últimos tempos.
Por fim, tenha a certeza. Felizes são as agências que mantém seus célebres nos estudos e compreendimento do cenário, em outras palavras, os que observam e antecipam os fatos...
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Jornalismo da UFPB recebe avaliação positiva
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A boa qualidade do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), habilitação em Jornalismo, obteve o reconhecimento, pela Editora Abril, ao conquistar três estrelas na avaliação anual dos cursos superiores das universidades brasileiras, publicada na edição Guia do Estudante – Melhores Universidades 2007.
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O reconhecimento é o resultado de uma consulta de âmbito nacional processada pela editora junto a vários profissionais e instituições da área de comunicação. O objetivo é verificar quais são os melhores cursos, nas diversas áreas, para orientar os estudantes pré-universitários que, porventura, estejam em dúvida quanto a escolha de um curso ou de uma instituição superior de ensino.
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Para a professora Annelsina Trigueiro de Lima Gomes, coordenadora do Curso de Comunicação Social da UFPB, o reconhecimento nacional da boa qualidade do Curso de Comunicação Social é uma premiação no exato momento em que se completam 30 anos de fundação deste curso na UFPB.
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A propósito, ela reconheceu que, embora enfrente sérios problemas de ordem estrutural, o Curso de Comunicação Social tem um corpo docente de alto nível e empenhado em elevar cada vez mais a qualidade do curso, o que não se verifica em outras instituições de ensino superior do País.

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A professora acrescentou que o alto nível do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba já é uma tradição reconhecida por profissionais da área, tanto na Paraíba como nos outros Estados.
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FONTE: www.ufpb.br
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Estudo com mais de 3 mil adolescentes e jovens
do Brasil traz subsídios para Políticas Públicas

Os políticos e a corrupção são o que mais envergonham os adolescentes brasileiros. Trinta e sete por cento dos jovens de 15 a 19 anos manifestaram essa posição na pesquisa de âmbito nacional "Adolescentes e Jovens do Brasil: participação social e política", realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto Ayrton Senna e Fundação Itaú Social. O estudo foi lançado no dia 28 de novembro, no auditório Anexo do Palácio do Planalto, durante a reunião do Conselho Nacional de Juventude.

Outros temas polêmicos foram citados. A segurança pública tambémnão é motivo de orgulho para 20% dos adolescentes. Da mesma forma, oracismo e a discriminação racial foram apontados por 17% dosentrevistados como responsáveis pelos problemas sociais brasileiros.
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A pesquisa "Adolescentes e Jovens do Brasil", sob responsabilidade do instituto Ibope Opinião, tem o objetivo de estimular um processo participativo econtribuir com as ações de promoção dos direitos dessa parcela dapopulação. O Brasil tem 17,9 milhões de habitantes entre 15 e 19 anos. São adolescentes e jovens com alto potencial de participaçãona vida produtiva, cultural, social e política do País.

Diante dos problemas, os adolescentes também buscam soluções. O estudo mostra que 16% deles já participaram ou participam de algumgrupo, ONG ou projeto social. Mais do que esperar ações do governo,eles demonstram um desejo de fazer parte do processo de transformaçãosocial.
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Foram entrevistados 3.010 adolescentes, moradores de capitais e do interior de todas as regiões brasileiras e 210 indígenas de 15 municípios. Para a pesquisa qualitativa, também foram ouvidos 42 adolescentes de oito capitais e duas cidades do interior, e organizados dez grupos de discussão com jovens que já exerceram algum tipo deliderança. Juntos, esses componentes revelam a percepção daadolescência em relação ao que consideram prioridades para o desenvolvimento do País e apontam caminhos importantes para aformulação e implementação de Políticas Públicas que envolvem afaixa etária entre 15 e 19 anos. Em geral, os entrevistados expressam uma visão crítica em relação ao País.

Entre os indígenas entrevistados, evidencia-se uma visão mais positivaem relação ao povo brasileiro, aos seus professores e a sua comunidade. A questão ambiental está no centro de suas preocupações. É esse o grupo que mais se sente discriminado e que enfrenta as maiores dificuldades na obtenção de um trabalho formal.
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Iniciativas de diversas organizações não-governamentais foram citadas na publicação para ilustrar o potencial de participação dosadolescentes em sua comunidade, escola, família, indicando algumas estratégias positivas de transformação social. Os temas levantados pelo estudo também são comentados por especialistas e pesquisadores e complementados por informações oferecidas por outras fontes. Uma dessas experiências, o programa "Super Ação Jovem", do Instituto Ayrton Senna, aplicou o mesmo questionário da pesquisa "Adolescentes e Jovens do Brasil" entre seus participantes. O programa, desenvolvido em escolas públicas brasileiras, procura ampliar as oportunidades educativas e apoiar uma postura participativa dos adolescentes emrelação à sua escola e sua comunidade.
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Mais do que gerar dados estatísticos, a pesquisa "Adolescentes e jovens do Brasil" inicia um processo de consulta a ser continuado por iniciativas deorganizações governamentais e não-governamentais. Os dadosapresentados podem trazer subsídios para práticas participativas epolíticas de saúde, educação, profissionalização, justiça,cultura e esporte, capazes de proporcionar uma vivência plena daadolescência e juventude no País, com envolvimento das famílias, dospróprios adolescentes e jovens e de suas comunidades.
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