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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A polêmica sobre a balcanização da Internet

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Carlos Castilho
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O assunto ainda não ganhou as manchetes da imprensa, mas já está na agenda dos estrategistas e estudiosos da comunicação há algum tempo, pois são cada vez mais claros os sinais de uma polarização entre adeptos e críticos da nova ordem mundial que está sendo lentamente implantada pelas consequências socioeconômicas e politicas da internet. A questão central é a manutenção da internet como uma rede unificada ou o seu fracionamento em múltiplas redes, cada uma com suas regras e tecnologias próprias. Não é uma questão simples, porque a linha divisória entre as duas partes não segue a clivagem tradicional entre conservadores e inovadores.
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Um estudo patrocinado pela ONU e realizado pela organização Freedom House mostrou como aumentou o controle, ou melhor, as tentativas de controle do acesso à internet na maioria dos 37 países pesquisados, entre eles o Brasil. O trabalho foca na questão das limitações ao livre acesso identificando governos repressores, cuja lista inclui tradicionais desafetos das grandes organizações jornalisticas do planeta. Mas o problema é mais amplo, porque se por um lado temos governos como os da China, de várias nações árabes, bem como da Rússia e ex-satélites soviéticos tentando controlar a internet para evitar rebeliões populares, temos, por outro, países considerados modelos de democracia, como os Estados Unidos, discutindo novas regras destinadas a criar diferentes padrões de velocidade de acesso com base no poder econômico do usuário.
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A balcanização da internet, fenômeno denominado de splinternet, pode não estar no horizonte imediato do documento da ONU, mas é uma idéia cada vez mais cogitada por tomadores de decisões em nível global em razão da crescente dificuldade dos governantes em controlar as consequências do uso da web pelos seus quase dois bilhões de usuários, especialmente aqueles afetados por instabilidade politica crônica. A fragmentação da internet poderá - teoricamente falando - facilitar o controle dos usuários, mas trata-se de uma medida que no médio e longo prazos terá consequências fatais para a economia digital e para todo o processo de produção de conhecimento em escala planetária.
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A segregação econômica, via criação de diferentes velocidades de acesso em banda larga, também vai na mesma direção. Este nacionalismo cibernético bate de frente com a tendência à globalização, que foi um dos fatores impulsionadores da criação da internet. Há, portanto, uma contradição flagrante que desafia os pensadores digitais porque anula boa parte das alternativas conhecidas. O principal dilema é a diversidade de interesses envolvidos nas tentativas de controle do acesso à rede mundial de computadores.
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Há motivos religiosos -- como os da igreja da Cientologia -- que defendem uma inviável privacidade total no uso da rede, ou a alegação de políticos australianos que propõem barreiras digitais à propagação de cultos evangélicos. Há questões morais como as alegadas pela maioria dos países árabes e pelos mórmons norte-americanos, contra a existência de sites pornográficos na internet. E a guerra de gato e rato de alguns governos contra blogueiros independentes e contra redes sociais como Facebook e Twitter, bem como o mecanismo de buscas Google. Caso todas essas iniciativas prosperem, teriamos, em teoria, um conglomerado de mini-repúblicas digitais administrando capitanias virtuais aglutinadas em função de interesses na internet e sem definição territorial clara.
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Segundo a pesquisa, o Brasil é um país onde a internet é livre, com o vigésimo nono lugar no ranking elaborado pela Freedom House, ganhando uma posição em relação à lista preparada pela mesma organização, em 2009. Estamos no bloco intermediário em matéria de inclusão digital, com um índice de 39% da população com acesso à internet, no mesmo grupo em que se encontram Turquia, Venezuela, Rússia, Arábia Saudita e China.
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A polêmica sobre a liberdade de acesso à internet está fortemente ideologizada porque a lista organizada pela Freedom House coincide com a dos países acusados de limitar a a ação das empresas jornalísticas e de violar os direitos humanos. Isto mostra como a questão da internet já foi incorporada à agenda da diplomacia mundial, num contexto bem diferente do existente na época da Guerra Fria. Tudo leva a crer que o divisor de águas não será entre governos, mas entre estes e os novos personagens surgidos na arena da comunicação depois do início da revolução digital. Estes protagonistas são os cidadãos comuns. Aí podem surgir situações curiosas como governos considerados democráticos batalhando junto com outros tidos como autoritários para manter o controle da internet e impedir que os milhões de blogueiros, twiteiros, usuários de redes sociais e do correio eletrônico ignorem o verticalismo e a hierarquização rígida dos sistemas políticos tradicionais.
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FONTE: www.observatoriodaimprensa.com.br
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Pavilhão do Chá será reaberto em JP


Após reforma e ficar fechado por mais de 2 anos, o Pavilhão do Chá, localizado no Centro de João Pessoa, será reaberto no final do próximo mês. A informação é do empresário chinês, Sun Wu, que venceu a concorrência pública realizada pela Prefeitura de João Pessoa, com a finalidade de entregar a administração do prédio a empresas particulares.
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O imóvel, que possui 95 anos de existência, é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural da Paraíba (Iphaep) e vai funcionar como um restaurante. As instalações dele estão sendo pintadas e recebendo equipamentos e mobília. “Nossa intenção é oferecer almoços e também opções de lanches durante o dia. Apesar de já termos um restaurante especializado em culinária chinesa, ainda não decidimos o cardápio que será adotado no Pavilhão, se será de comidas brasileiras ou não”, afirmou o empresário.
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(Foto: Zelma Brito http://www.panoramio.com)
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Desde que o Pavilhão do Chá foi fechado, as áreas em volta ao imóvel ficaram desertas e atraíram a presença de usuários de drogas e de homens e mulheres que fazem programas sexuais. O prédio também vinha sendo alvo de vandalismo, com paredes e pisos sujos. Por esses motivos, a reabertura do empreendimento vem gerando expectativa entre comerciantes e pessoas que transitam nas áreas do entorno do Pavilhão. O autônomo Edmilson Alves do Nascimento explica que o funcionamento do restaurante vai atrair a clientela e aumentar a movimentação de pessoas no local.
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O aposentado Antônio Vasconcelos também se mostra favorável à reabertura do Pavilhão. Com 65 anos de idade, ele conta que, em tempos atrás, o imóvel era considerado um local requintado e frequentado até por pessoas influentes da sociedade. No entanto, devido ao descaso dos governos, o prédio foi abandonado e passou a ser conhecido como ponto de prostituição e de uso de drogas. “Espero que esse restaurante dê certo, porque esse prédio faz parte da história da cidade. Foi construído em 1917 e não pode ser entregue à própria sorte, como aconteceu”, analisou.
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(Foto: Secom-JP http://www.joaopessoa.pb.gov.br)
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Prédio histórico
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Além de tombado pelo Iphaep, o Pavilhão do Chá também está inserido numa área protegida pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O superintendente substituto do Iphan, Umbelino Peregrino, disse que a ocupação do prédio vai revitalizar uma parte considerável do Centro Histórico de João Pessoa. “Uma casa fechada, é uma casa abandonada. Mesmo que tenha sido restaurado, o Pavilhão precisava ser ocupado, porque está numa localização privilegiada e com potencial de atrair a movimentação das pessoas e canalizar até a recuperação de outros pontos do centro”, observou Umbelino.
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Através da assessoria de imprensa, o Iphaep informou que considera importante a reabertura do Pavilhão do Chá e que acompanha os trabalhos realizados pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, envolvendo o prédio tombado, com a finalidade de manter as características estruturais originais do século passado. Disse ainda que a restauração, feita pela Prefeitura, foi analisada pelos técnicos do Iphaep, para garantir que nem mesmo um vidro que fosse colocado no lugar, altere a estrutura original do prédio.
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FONTE: http://paraibahoje.wordpress.com
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III Fórum de Mídia Livre

(clique na imagem para ampliar)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Soberania Alimentar e seus desafios

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As monoculturas em larga escala para a produção de alimentos foram introduzidas e acompanhadas pelos “pacotes tecnológicos” da “revolução verde” que, ao longo dos anos, têm envenenado e empobrecido a biodiversidade. Isso tem afetado em especial as mulheres, que em muitas comunidades ao redor do mundo são as principais responsáveis por cuidar da saúde, do abastecimento de água e da produção de alimentos, atividades muito atreladas à conservação da biodiversidade.
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Enquanto muito da diversidade foi perdida, foram introduzidas e avançaram monoculturas geneticamente modificadas (transgênicas), tais como: soja, milho, eucalipto, etc., aprofundando os impactos sobre a biodiversidade. Nas suas definições, organismos oficiais, como a Food and Agriculture Organization (FAO), apoiam e fortalecem o modelo monocultural, chamando, por exemplo, uma monocultura de eucalipto transgênica de “floresta” e, com isso, desconsiderando por completo a biodiversidade imensa de uma verdadeira floresta.
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O modelo monocultural em larga escala tem sempre alegado a sua suposta “produtividade” que, no entanto, não conseguiu evitar que cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo continuem passando fome. Vale esclarecer que essa “produtividade” está sendo contestada seriamente, inclusive pela ciência. O mais longo estudo nos Estados Unidos sobre o assunto comprovou que a agricultura sem insumos químicos é muito superior ao modelo convencional em termos de colheita e viabilidade(1). E mais: é fato que os camponeses, mesmo com todas as pressões vividas, continuam responsáveis pela produção da maior parte da comida consumida pela população mundial.
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E foram justamente camponeses e camponesas, organizados na Via Campesina, que no início da década de 90, desenvolveram o conceito de "soberania alimentar". Esse é um conceito amplo, que engloba enfoques especiais para enfrentar e estimular alternativas às políticas neoliberais que sustentam o paradigma de desenvolvimento dominante, fundamentado no comércio agrícola internacional liberalizado, na segurança alimentar baseada no comércio e produção industrial agrícola e de alimentos (agroindústria).
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Essas políticas, canalizadas em grande medida pelo “marco” internacional dado pela Organização Mundial do Comércio, pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Mundial e demais organismos da política econômico-financeira internacional, têm sido responsáveis, dentre outras coisas, pela contínua expulsão de camponesas e camponeses de suas terras. Também têm sido responsáveis pelo crescente controle de algumas empresas transnacionais sobre a cadeia produtiva da produção das sementes até a venda dos grãos, o que tem provocado uma redução da soberania alimentar.
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Dentro dessa mesma lógica, há algumas décadas, está em curso um processo de apropriação e privatização de sementes no mundo por poucas empresas transnacionais ocidentais, o que se chama “patenteamento”. Hoje em dia, muitos camponeses se veem obrigados a comprar sementes, pagando “royalties” às empresas “donas” das mesmas, que enriquecem enquanto os camponeses perdem sua autonomia para reproduzir a vida na terra. E para as empresas é estratégico ter o controle sobre todas as sementes para continuar garantir o fornecimento para os agricultores.
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Mais recentemente, surgiu o conceito dos chamados “serviços ambientais”, para os quais elementos da biodiversidade como a água, a regulação do clima e a conservação do solo passam a ser comercializados, até mesmo nas bolsas de valores, abrindo margem para a “especulação com a natureza”. O fato é que seu valor necessariamente vai depender da oferta, o que resulta na lógica perversa de quanto mais destruição, mais poderá render um “serviço ambiental”. E tudo isso é chamado de “economia verde”.
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O que significa isso para as populações locais e, sobretudo, para a biodiversidade e a soberania alimentar? Significa mais pressão sobre os recursos naturais, sobre a biodiversidade, das quais essas populações dependem, o que resultará em mais expulsão de milhares de pessoas. E se, por acaso, sua permanência for aceita, a população não poderá mais interferir nos recursos, na biodiversidade. Isso é um desrespeito à sua cultura e reduz a soberania alimentar quando, por exemplo, elas são proibidas de fazer suas roças de subsistência, o que já está ocorrendo em diversas partes do mundo. Com isso, perdem controle sobre o território, perdem sua autonomia.
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Por isso, é muito importante que as comunidades hoje em dia busquem entender plenamente as propostas chamadas “verdes” que são feitas a elas, desde o mecanismo de carbono florestal – REDD+ – até a venda de serviços ambientais. Geralmente, são apresentadas como coisas boas que beneficiariam a comunidade e melhorariam o meio ambiente. Na realidade, são mecanismos que, por sua própria lógica, tendem a piorar o meio ambiente global, e pelo controle que querem exercer sobre o território das populações indígenas, tradicionais e rurais, afetarão profundamente a soberania alimentar de milhões de pessoas no mundo que querem conservar seus modos de vida.
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FONTE: http://ponto.outraspalavras.net
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Estação do Som agita o verão em JP

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Respire o ar da estação mais quente do ano. Ele vem carregado de notas musicais que oxigenam a mente e fazem o corpo dançar. Ele circula nos quatro cantos da cidade, ecoa no centro, percorre a praia e se mistura a brisa e ao barulho do mar. Ele é o puríssimo ar da Estação do Som, o evento que transforma João Pessoa na capital da música.
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Nas edições anteriores o festival levava o nome de estação Nordeste. Neste ano, ele se renovou, ganhou um novo nome, mas manteve a mesma identidade ao trazer, novamente para a nossa capital, artistas de peso nacional que dividem o palco com atrações locais. Uma mistura que impulsiona a cultura, leva milhares de pessoas aos shows gratuitos semanais e rende uma salva de palmas.
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Sexta-feira (20/01) – Ponto de Cem Réis
Wister – 20h
Marcelo Camelo – 22h
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Sábado (21/01) – Busto de Tamandaré
Glaucia Lima – 21h
Lulu Santos – 23h
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Sexta-feira (27/01) – Ponto de Cem Réis
Eleonora Falcone – 20h
Ivan Lins – 22h
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Sábado (28/01) – Busto de Tamandaré
Zé Viola – 21h
Frejat – 23h
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FONTE: http://joaopessoa.pb.gov.br/estacaodosom
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Jornalismo e assessoria de imprensa


Daniel Bougnoux
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Uma questão que permeia o jornalismo e que divide opiniões é se a ética do jornalismo pode ser classificada da mesma forma que a ética da assessoria de imprensa. Há os que acreditam que sim - que a ética que se impõe ao jornalismo também incide sobre a assessoria de imprensa – e os que garantem que não – argumentando inclusive que se tratam de duas profissões diferentes. Os desafios dos profissionais que atuam em assessoria de imprensa os colocam diariamente em atrito com as especificidades éticas do jornalismo, pois estes estão sujeitos ao mesmo Código de Ética dos que atuam em outras áreas da profissão. O fato é que o assunto nos divide, nos coloca frente a frente com questões delicadas que nos forçam a olhar com mais cuidado para a profissão e os desafios inerentes a ela.
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Antes de qualquer coisa é preciso compreender que a ética do profissional pode não corresponder à ética do patrão. Trabalhando em um jornal, em um site de notícias, em uma rádio, TV ou em uma assessoria de imprensa, o jornalista tem duas opções neste caso. Partindo do pressuposto de que não comungue com a ética apresentada pelo contratante cabe ao jornalista pedir demissão e procurar um emprego onde consiga conciliar ética e trabalho ou permanecer no trabalho mesmo que em algumas ocasiões isso viole suas convicções. Além do romantismo teórico não há outra opção.
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Há, no entanto, quem aponte este dilema apenas para a assessoria de imprensa, como se o jornalismo não enfrentasse esta constante luta entre a ética e a realidade das redações. O jornalista Ricardo Noblat levantou a bola em seu artigo “Assim é, se lhe parece”, publicado na revista Comunicação Empresarial nº 47, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), onde sustenta que jornalista e assessor de imprensa são duas profissões distintas. Para Noblat, o jornalismo deve ser livre, crítico e, se necessário, impiedoso, o que não seria possível em assessoria de imprensa. “O jornalismo supostamente praticado nas assessorias de imprensa pode ser livre? Pode ser crítico? E impiedoso, pode ser? Se for qualquer uma dessas coisas, ou todas ao mesmo tempo, não será um jornalismo de assessoria de imprensa. Porque não haverá assessoria de imprensa que sobreviva com um jornalismo desses. Ela simplesmente não terá clientes - nem de esquerda, nem de direita, nem de centro”, sustenta Noblat.
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Haveria então uma disparidade de objetivos entre jornalistas e assessores de imprensa, um abismo medido pelos deveres de cada atividade. Caberia ao jornalista a missão de perseguir a verdade à exaustão, praticando um jornalismo independente, fiel a quem lhe paga o salário, ou seja, o leitor, o cidadão. A missão do assessor de imprensa, por sua vez, seria a de oferecer para divulgação a verdade que melhor sirva ao seu assessorado, e se preciso, ocultar a verdade quando ela lhe for nociva, praticando um jornalismo ligado aos interesses do assessorado.
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Eduardo Ribeiro, jornalista, assessor de imprensa e diretor secretário da Associação Brasileira de Agências de Comunicação concorda. No artigo “Assessor de imprensa e jornalismo” diz que “Quem está em assessoria vive essa eterna crise de identidade, sabedor, ainda que inconscientemente, de que ao passar para o outro lado do balcão passa a ter uma outra identidade profissional, com vários pontos em comum com o jornalismo, é certo, que parece jornalismo, mas que não é jornalismo”.
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O jornalista Eugênio Bucci, em seu artigo “Profissões diferentes requerem códigos de ética diferentes” também defende a separação profissional entre jornalismo e assessoria de imprensa, diz ele: “Separar os ofícios de assessoria de imprensa e de jornalismo será um grande benefício para a profissão de jornalista, que terá direito a um Código de Ética sem ambigüidades... Será um benefício para os assessores de imprensa, que poderão aprofundar, num código específico, as particularidades do seu fazer. Mas, acima de tudo, será um grande benefício para o cidadão que tem direito à informação de qualidade”.
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Neste caminho vale citar jornalistas importantes como Ricardo Setti e Bernardo Ajzemberg que já discutiram a relação entre mídia, empresas e poder e vão mais fundo na radicalização do abismo ético que separa jornalismo e assessoria de imprensa. Para Setti, empresas e suas assessorias de imprensa existem para conspurcar a pureza da verdadeira mídia. Ajzemberg, por sua vez, alerta para os perigos exercidos pela assessoria de imprensa para o “verdadeiro jornalista”. Os dois partem do princípio de que há, de fato, um jornalismo imparcial, puro.
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O próprio Manual Nacional de Assessoria de Imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), ao proibir que o jornalista exerça cobertura jornalística pelo órgão em que trabalha, em instituições públicas e privadas onde seja funcionário, assessor ou empregado (capítulo II, artigo 7, VI), põe por terra visões românticas que tratam a filtragem de informações por parte das assessorias de imprensa apenas como uma possibilidade e não como fato. Ora, se houvesse dúvidas sobre se a assessoria de imprensa filtra a informação de acordo com os interesses do assessorado não haveria motivo para a proibição da Fenaj. A própria Federação atesta, desta forma, uma disparidade ética entre jornalismo e assessoria de imprensa.
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Jornalista e Doutor em Comunicação pela UFRJ, Boanerges Lopes amplia o debate ao questionar em seu artigo “Assessor de Imprensa é jornalista?”, em que área do jornalismo há autonomia de fato. “Com todo respeito ao posicionamento de Noblat, podemos simplesmente perguntar: será que existe autonomia necessária para se praticar jornalismo em algum canto do mundo? Difícil responder”, diz Lopes, para quem a grande parte da experiência prática na área e da produção acadêmica sustentam que não.
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O jornalista e sociólogo Jayme Brenner acompanha o mesmo pensamento ao sustentar que não há possibilidade de manter imparcialidade ou independência (e, por conseguinte, manter-se ético) no jornalismo. Ele cita exemplos de sua experiência nos jornais Folha de São Paulo e Correio Braziliense, quando teve que amaciar reportagens que iam contra os interesses dos veículos e desafia: “... atire o primeiro ‘lead’ quem não deu uma forcinha para uma fonte, um político, um amigo ou uma empresa em suas matérias. A rigor, atire a primeira pedra quem jamais discutiu uma matéria com uma fonte de confiança...”. Quem tem a mínima experiência dentro de uma redação sabe que a ética acaba no momento em que começa o interesse do patrão. Manter o público e o privado caminhando lado a lado, sem tropeços nestas searas é tarefa hercúlea. Mais uma vez, restaria ao jornalista optar entre a busca por um trabalho que possa adequar suas obrigações com sua ética ou deixá-la de lado em certas ocasiões.
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Pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política (Nemp) da Universidade de Brasília, o professor Venício A. de Lima dá uma espanada na teoria fincando pé firme na realidade das redações e das assessorias: “Qualquer estudante de jornalismo sabe (ou deveria saber), que imparcialidade e objetividade são princípios irrealizáveis na prática concreta da apuração e da redação de notícias, sejam elas de política ou de outra editoria. O que se busca no jornalismo sério e responsável é minimizar a contaminação da cobertura pelas preferências pessoais do(a) repórter e pelos interesses dos donos dos jornais, expressos nos editoriais e nas colunas de opinião dos respectivos veículos”.
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Portanto, a questão não é como deve se portar eticamente o jornalista em assessoria de imprensa, mas como podemos fazer frente, nós, simples mortais, às exigências do poder midiático enclausurado não nas mãos do leitor, mas do patrão. É nesse contexto que as relações entre mídia, poder, interesses econômicos e assessoria de imprensa deve ser debatido. No contexto das relações de interesse que encontram, se separam, batem de frente ou não, de acordo com o momento. Como diz Brenner, “singramos por entre interesses privados, públicos, pessoais, confessáveis e inconfessáveis”, em busca do equilíbrio e da decantada imparcialidade ética.
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FONTE: http://escrevinhamentos.blogspot.com
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A Internet e as relações: reais ou virtuais?


Carol Twy (*)
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Já vi esta frase acima circulando pela Internet há algum tempo. A reflexão não é nova: desde que a rede mundial de computadores passou a ganhar cada vez mais espaço e penetrar os mais diversos setores da sociedade, temos nos questionado acerca dos benefícios e malefícios que a web nos causou e ainda vem causando.
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Um das críticas mais frequentes reside na falta de contato físico presente nas relações virtuais. O ser humano é classicamente um ser marcado pela necessidade do contato. Sendo a pele o maior órgão do corpo, é também o maior receptor deste contato vindo do ambiente, ou seja, é a fronteira relacional entre o sujeito e o mundo. E as relações virtuais, por não contarem com esta característica, acabam por serem consideradas menos importantes, duradouras ou profundas do que as ditas “reais”. Mas, isso é realidade ou mito?
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Há os que defendem que a crescente utilização dos meios virtuais para as mais variadas tarefas do dia-a-dia vem modificando negativamente a forma como estabelecemos e mantemos nossos laços sociais. Através de contatos virtuais, permeados pela impessoalidade, podemos “conhecer” pessoas, trocar experiências, informações, bastando um simples clique para nos desconectarmos daquela realidade – bem diferente do “mundo real”.
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Estas modificações acabariam por reduzir nossa capacidade de desenvolver relacionamentos saudáveis no âmbito “off-line”. Tão acostumados estamos - e cada vez mais - a nos comunicar desta maneira que estaríamos nos tornando cada vez mais inábeis na comunicação “face to face” e mais dependentes da tecnologia.
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Não é exagero dizer que a internet, de fato, transformou a sociedade – fechar os olhos para esta realidade é uma grande bobagem. No entanto, será mesmo que essas transformações nos afetam tão negativamente e de fato temos que estar atentos para não nos tornarmos “escravos” da tecnologia? Voltemos à frase. Que a internet aproxima quem está longe, não há o que se questionar. Mas, será mesmo que ela afasta quem está perto? Ou será que os avanços tão drásticos que a tecnologia nos proporciona acabam por causar certo temor (temor do desconhecido) e, consequentemente, tendemos a evitá-la?
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O ser humano necessita e continuará necessitando de contato físico e as relações virtuais obviamente não podem substituir isso. Mas, tampouco, podem ser consideradas tão negativas, pois permitem uma incrível ampliação das possibilidades de contato e relacionamento entre os indivíduos. É claro que existem também inúmeras formas de utilizar este meio negativamente, já que, assim como em qualquer outro, o resultado desse uso depende do bom senso de quem utiliza.
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Trata-se de uma discussão polêmica e certamente há posicionamentos bastante divergentes. Contudo, em minha opinião, a tendência é que cada vez mais o que chamamos virtual se torne uma extensão do “real”, integrada e gerando interação entre ambos os ambientes - e isso já está acontecendo!. Ou seja, é uma questão de multiplicar as possibilidades, enriquecer, ampliar e melhorar o que já existe. O ambiente 2.0 já é uma realidade, é preciso preparo, atenção e - vale lembrar - bom senso para atuar de forma eficaz e se preparar adequadamente para os avanços que ainda estão por vir – e não serão poucos!
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(*) Estudante de psicologia, atua com gestão de mídias digitais.
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FONTE: http://www.blogmidia8.com
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domingo, 8 de janeiro de 2012

Torneio de Futsal Feminino nos Funcionários 1

Rômulo Halysson
Bertrand Sousa
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A prática de esportes é um habito incondicional na comunidade dos Funcionários I. É comum perceber no bairro como as atividades esportivas, nas suas mais diversas modalidades, envolvem as pessoas. De modo natural, diversas faixas etárias se encontram, dialogam e se articulam diariamente – a partir da prática esportiva – na Praça Lauro Wanderley, o “coração do bairro”, localizada em frente ao Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama.
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As primeiras horas do dia, por exemplo, são marcadas pelas caminhadas e exercícios físicos na Praça, momento em que a população local recebe orientações de profissionais do projeto ”Vida Saudável” (PMJP). Na parte da tarde, o half fica lotado com os adeptos dos esportes radicais e as quadras com o pessoal do futsal e basquete. À noite acontecem jogos vôlei e handebol, e até durante a madrugada ocorrem peladas de futsal.
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O CRJ Ilma Suzete Gama vem ao longo do tempo desenvolvendo um importante trabalho com a juventude local, sobretudo na modalidade futsal feminino. Nossa equipe, formada há 4 anos, já foi campeã de vários torneios em João Pessoa. Os treinamentos acontecem de janeiro a dezembro, sem intervalos, nas tardes de quarta e sexta-feira. A disciplina, motivação e vontade de jogar das alunas/atletas é impressionante e justifica os bons resultados alcançados.
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E falando em motivação, a principal delas acontece através da participação em torneios e competições, que proporcionam melhorias no rendimento individual e coletivo de qualquer equipe, além do aumento da experiência em nível de competição e revelação de talentos para o esporte. A partir do momento que nos propomos a organizar algo deste tipo, estamos colaborando de diversas formas com a juventude. Portanto, vem ai o “I Torneio de Futsal Feminino do CRJ Funcionários 1”. Mais informações em breve...
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A privatização da censura


Venício A. de Lima

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O artigo 220 do capítulo sobre a Comunicação Social de nossa Constituição não poderia ser mais claro: "É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística". O que não está totalmente esclarecido é de onde parte a censura. Quem são os censores? Não há dúvida de que a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa têm suas histórias vinculadas à chamada liberdade negativa (negative freedom), isto é, à liberdade de indivíduos ou grupos de indivíduos de expressar suas opiniões sem interferência externa. Na sua origem essas liberdades se referiam à ausência de restrições exercidas pelo poder absolutista, autoritário, não-democrático. Foi contra esse poder que se insurgiram alguns dos clássicos do liberalismo que continuam até hoje sendo invocados quando o tema reaparece na agenda pública, sobretudo John Milton (1608-1674) e John Stuart Mill (1806-1873).
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Muita coisa mudou desde os tempos em que os indivíduos se reuniam face a face nas suas aldeias e pequenas comunidades para discutir e decidir sobre seus problemas comuns e em que "imprensa" (press) significava o direito individual de imprimir. O desenvolvimento tecnológico e a conformação dos sistemas econômicos fizeram com que as sociedades se tornassem mais complexas e grande parte da comunicação humana fosse, aos poucos, sendo intermediada por tecnologias (mídias) e instituições (empresas privadas) que estão longe de ser meros condutores neutros através dos quais a informação circula livremente. Hoje, essas empresas de mídia – que pretendem representar a cada um de nós – se constituem em importantes e poderosos atores, tanto econômicos quanto políticos, mas, sobretudo, como atores determinantes na construção da opinião pública em todo o mundo.
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O exemplo europeu
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Não é segredo para ninguém que a "indústria das comunicações", apesar de crises financeiras localizadas, se transformou em um dos principais negócios das últimas décadas. E exemplo de concentração da propriedade no mundo globalizado ("sinergia", na linguagem dos CEOs), reduzida a alguns megagrupos privados que tendem cada vez mais a controlar o que vemos, ouvimos e lemos. Basta olhar ao redor de nós mesmos: uns poucos grupos familiares-empresariais, alguns já associados a megagrupos multinacionais, praticamente controlam as comunicações no Brasil.
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Pois bem. Será que essa nova realidade histórica altera a concepção de "liberdade negativa" em relação apenas ao poder do Estado, referida às liberdades de expressão e de imprensa, que teve sua origem nas sociedades européias do século 17? Será que a concentração da propriedade privada dos meios de comunicação tem alguma interferência na liberdade de expressão, na pluralidade de fontes e na diversidade de conteúdos, pilares da democracia representativa liberal?
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Em vários países da União Européia a resposta é definitivamente "sim". Na Alemanha, na Espanha e em Portugal, as constituições nacionais, além de impedir a censura estatal, trazem também provisões para que o Estado a) garanta a existência de uma imprensa livre e diversa; ou b) impeça a concentração da propriedade; ou c) garanta acesso a todos os grupos sociais e políticos e assegure a diversidade na mídia.
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Evidência ignorada
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Por outro lado, desde a década de 1970, o chamado PICA-Index (Press Independence and Critical Ability) incluiu entre seus indicadores as "restrições econômicas" para a aferição da liberdade de imprensa. Por "restrições econômicas" são entendidas as conseqüências da concentração da propriedade ou de problemas que decorram da instabilidade econômica das empresas jornalísticas. O próprio Press Freedom Survey, publicado anualmente pela Freedom House americana, trabalha com uma definição de liberdade de imprensa que inclui variáveis econômicas. Vale dizer, considera que restrições à liberdade de imprensa podem decorrer de outros fatores que não exclusivamente a interferência do Estado.
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Enquanto isso, entre nós, "o mercado" continua absoluto como única forma admitida pela indústria das comunicações como critério e medida das liberdades de expressão e de imprensa. Qualquer alusão à necessidade de algum tipo de regulação democrática do setor, feita por quem quer que seja, será liminarmente estigmatizada como autoritarismo, stalinismo, totalitarismo. Quase 20 anos depois do fim da ditadura, em plena democracia, continuamos a ignorar, no Brasil, a evidência de que, junto com outras atividades anteriormente consideradas como exclusivas do Estado, a censura também está sendo privatizada.
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FONTE: www.observatoriodaimprensa.com.br
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A leitura através da locação de livros

Paula de Almeida Rochetti
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A leitura é uma prática. Uma prática ensinada, aprendida, elaborada, significada e ressignificada constantemente. É uma prática que vai além da decifração do código escrito, que vai além do encontro do leitor com o texto, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. Em busca de leitura e do leitor, nos perguntamos: será que o brasileiro realmente não lê?
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Esta ideia amplamente difundida entre nós e plenamente aceita por muitos, persiste ainda, pois, dentre outros motivos, acredita-se que leitor é aquele que lê um certo tipo de literatura e que o faz de uma certa forma, criando-se assim um estereótipo de leitor. Em uma busca por leitores, encontramos uma locadora de livros, em Campinas-SP, já com 15 anos de funcionamento! Ali naquele espaço encontramos uma prática pouco conhecida: a prática de locar livros. Uma prática cheia de gestos, representações, modos de funcionamento, que são próprios deste espaço
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Quando entramos em uma locadora de livros e encontramos um leitor que escolhe um romance, conversa sobre as histórias (as lidas e as vividas), encontramos um sujeito ator e autor de uma história da leitura. Ao mesmo tempo em que pertence a um grupo de leitores de livros de aluguel, e atua (inconscientemente) de acordo com esta prática histórica, social e culturalmente constituída, está também modificando-a, sendo autor de novos gestos e significados.
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Atualmente, as formas de locação são diversificadas. O leitor pode alugar apenas um livro por vez; pode associar-se e pagar uma mensalidade pelas suas leituras; ou pode fazer seus empréstimos pela Internet e receber os livros na sua própria casa. Porém muitos leitores nem ao menos sabem que locadoras de livros existem. Nessa locadora encontrada, mais de 1.200 leitores já foram cadastrados. Eles tem mais de seis mil títulos a disposição. Os livros mais procurados por eles são os livros para lazer, em sua maioria os romances recém-lançados. Através da locação eles lêem, em média, quatro livros ao mês. Podem também aproveitar as revistas e jornais que ficam a disposição.
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Percebemos que os leitores da locadora sentem necessidade de compartilhar suas leituras e a forma como significaram os textos lidos. A locadora de livros oferece um espaço onde as práticas de leitura de cada um podem ser compartilhadas. O simples fato de um livro ser o mais procurado já apresenta um movimento do grupo, e o leitor, que não conversou efetivamente com outro leitor sobre o livro, pode retirá-lo com a segurança de que foi aceito pelo grupo ao qual pertence.
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Outro aspecto da locação diz respeito à importância de um mediador para estas relações. No caso da locadora de Campinas, é a proprietária da locadora quem faz todas as trocas, acolhe os comentários, associa mentalmente os leitores e faz novas indicações. Enfim, a locação de livros é uma prática que nos apresenta uma certa maneira de ler, com leitores e leituras legítimas.
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FONTE: Revista Mundo Jovem, ano 48, n° 412.
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Brasil lidera ranking de combate à fome

Luana Lourenço
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O Brasil lidera pela terceira vez o levantamento da organização não governamental (ONG) ActionAid, que lista os países que mais combatem a fome. Desta vez, o anúncio de mais investimentos para a agricultura familiar levou o Brasil ao topo do ranking. Malauí, Ruanda, Etiópia e Tanzânia completam as cinco primeiras posições. O relatório lista resultados do Programa Fome Zero, que levou à redução da desnutrição infantil em 73% entre 2002 e 2008, e elogia a inclusão do direito à alimentação na Constituição Federal em fevereiro de 2010.
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A iniciativa mais recente do País no combate à insegurança alimentar, segundo a ONG, foi o anúncio de R$ 16 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, para investimentos na produção de alimentos, geração de renda no campo e organização econômica de agricultores familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais. Apesar dos bons resultados, segundo a ActionAid, o Brasil precisa avançar na distribuição de terras, uma das mais desiguais do mundo. De acordo com o relatório, 56% da terra agricultável estão nas mãos de 3,5% dos proprietários rurais. Os 40% mais pobres têm apenas 1% dessas terras.
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“O país precisa resolver a profunda desigualdade no acesso à terra e assegurar que os novos processos de crescimento não gerem novas exclusões por meio do deslocamento das populações. E ainda há 16 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, altamente vulneráveis à fome. Essas pessoas são profundamente excluídas, são necessárias políticas públicas muito específicas e desenhadas para esse grupo”, avaliou o coordenador da ActionAid Brasil, Adriano Campolina.

Segundo ele, pode ser compartilhada com outros países a experiência brasileira em iniciativas de transferência de renda e políticas de proteção social e segurança alimentar, como os programas de merenda escolar e de construção de cisternas em regiões semiáridas. Na avaliação global, o levantamento aponta que apesar de recentes avanços no combate à fome e à insegurança alimentar, o mundo está prestes a enfrentar uma agravamento da crise de oferta de alimentos. Entre as causas estão os efeitos das mudanças climáticas e a perspectiva de aumento de preço dos alimentos, que deverá levar mais 44 milhões de pessoas à pobreza. De acordo com a ActionAid, a demanda de terras para a produção de biocombustíveis deve continuar inflacionando o preço dos alimentos.
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De acordo com Campolina, a crise econômica também deve frear os esforços internacionais de combate à fome. “Em um ambiente de crise há menos recursos disponíveis tanto para a ajuda externa quanto para o investimento doméstico em agricultura, o que pode levar a uma diminuição dos recursos que poderiam ser destinados à agricultura familiar e sustentável. Apesar que boa parte do que se ouviu até hoje sobre promessa de ajuda dos países ricos não constitui novos recursos”, acrescentou o coordenador executivo.
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A ONG sugere que o G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) inclua a crise alimentar na pauta de sua próxima reunião, em novembro, em Cannes, na França, e se comprometa, por exemplo, a garantir investimentos às pequenas propriedades dos países pobres e a frear a especulação de terras para a produção de biocombustíveis. “O G20 tem que tomar as medidas concretas para cumprir a prioridade de combater a fome. A prioridade não pode ser salvar grupos financeiros que especulam com commodities agrícolas ao custo da fome das populações pobres. É preciso investir em pequenos agricultores que produzem alimentos para consumo local e dinamizam mercados domésticos, apoiar a criação de estoques de alimentos nacionais e regionais e controlar a especulação financeira com produtos agrícolas”, defendeu o coordenador.
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FONTE: http://www.conversaafiada.com.br
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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012: seja bem vindo!

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Caros leitores, amigos e seguidores, depois de algum tempo estamos de volta! Neste ano que se inicia devemos retomar a frequência normal de postagens aqui no Comunicarte, mantendo a qualidade que vocês já conhecem e trazendo para o debate diversos temas que acompanhamos diariamente em outros blogs, sites e redes sociais. Acabamos de ultrapassar a marca de 62.000 acessos e vamos em frente! Um forte abraço para todos(as) e #Feliz2012
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