A mídia e os mitos contra a Previdência Social
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José Altair M. Sampaio (*)
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José Altair M. Sampaio (*)
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A grande mídia tem feito uma insistente campanha em torno da suposta necessidade de promover novas reformas na Previdência Social. Os "analistas" da questão previdenciária, na maioria das vezes as fontes utilizadas pela mídia para falar sobre a questão, utilizam sempre o mesmo discurso: déficit, direitos em demasia, acesso aos benefícios em descompasso com o perfil demográfico. Essas seriam as justificativas para que o governo reformasse o sistema e, na maioria das vezes, retirando direitos dos trabalhadores.
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Por meio de seus estudos, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), demonstra insistentemente que a Previdência, quando analisada e reformada exclusivamente sob essa ótica, diminui as possibilidades de efetiva solução, uma vez que distorce a realidade. Prova disso é que já foram implementadas diversas reformas no sistema e o discurso continua o mesmo. Conforme estudo da ANFIP e da Fundação ANFIP de Estudos da Seguridade Social, publicado na "Análise da Seguridade Social em 2006", a questão previdenciária pode e deve ser avaliada levando-se em consideração a questão da baixa cobertura previdenciária, hoje situada em 47% dos trabalhadores ocupados. .
Esse fato, combinado a outros fatores como o aumento do percentual dos trabalhadores contribuintes, melhorias no mercado de trabalho, melhoria dos salários, progressos na gestão, na recuperação de créditos e no combate às fraudes, exigiria ajustes mínimos com relação ao futuro previdenciário. Todas essas questões poderiam ser melhor entendidas pela sociedade caso todos tivessem acesso a informações completas sobre as reais necessidades do sistema. Mas, quase sempre, as informações chegam selecionadas, dirigidas e determinadas à sociedade.
Esse fato, combinado a outros fatores como o aumento do percentual dos trabalhadores contribuintes, melhorias no mercado de trabalho, melhoria dos salários, progressos na gestão, na recuperação de créditos e no combate às fraudes, exigiria ajustes mínimos com relação ao futuro previdenciário. Todas essas questões poderiam ser melhor entendidas pela sociedade caso todos tivessem acesso a informações completas sobre as reais necessidades do sistema. Mas, quase sempre, as informações chegam selecionadas, dirigidas e determinadas à sociedade.
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Mito é exatamente o instrumento pelo qual alguns interesses criam uma percepção parcial da realidade. O estudo pretende demonstrar que os verdadeiros impasses da Previdência Social não são os apresentados por esses "analistas", e que muito menos a solução para as contas públicas está na subtração de direitos dos trabalhadores.
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A ANFIP propõe uma verdadeira reflexão sobre o assunto a fim de que todos possam ser multiplicadores de informações sobre a Previdência Social. Para esclarecer a realidade e dar transparência às informações, iniciamos uma série de publicações sobre os mitos da Previdência, focando o mito da demografia, o do déficit, o da aposentadoria rural e o da benevolência do piso de benefícios.
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(*) Secretário de Comunicação da Fetec/CUT-PR
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