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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aprendizagem no Ciberespaço
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Wagner Antônio Júnior
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Ao longo da história da humanidade, os avanços tecnológicos sempre foram responsáveis por transformações nos mais diversos campos de atividades. Hoje, o desenvolvimento informacional e técnico está modificando a sociedade sob diversos ângulos, e a educação não poderia ficar alienada neste processo.
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As novas tecnologias da informação e da comunicação vêm desafiando a humanidade pelas transformações econômicas, sociais e políticas globalizadas, em um processo irreversível e cada vez mais acelerado. Para melhor visualizarmos os impactos das tecnologias na cultura contemporânea devemos dirigir nosso olhar para a educação como um processo complexo, inacabado e em permanente evolução.
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Na atual sociedade, denominada “sociedade da informação”, constituída por influência decisiva dos meios de comunicação, as culturas, os processos educacionais e as competências requeridas passam por uma crise de significados sem precedentes. Nesse contexto, damos destaque à rede mundial de computadores, que possibilita um fluxo de informações em diversos níveis.
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Conteúdos que não se limitam somente à palavra escrita, mas constituem grande diversidade. São eles: textos, gráficos, sons e imagens, arquivos de áudio e/ou vídeo, que transformam nossa relação tempo-espaço numa velocidade nunca antes vivenciada, dando-nos uma nova percepção de mundo, no qual nossos relacionamentos, inclusive com os saberes, convertem-se em espaços de fluxos, criando e desfazendo verdades, competências e habilidades.
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O progresso atual em que se encontram as tecnologias da informação e da comunicação apresenta um novo posicionamento tanto cultural quanto educacional. A grande quantidade de informações disponíveis e sua conversão em conhecimento, que permeiam nossas relações com o saber, estão adquirindo um novo ordenamento, caminhando para o ciberespaço. Este pode ser identificado como interconexões entre redes de computadores, o que se manifesta em maior alcance na Internet. Trata-se de um território eletrônico, onde se trabalha com informações, dados e memória compartilhada através da interação, onde o espaço e o tempo não têm referência.
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Este novo meio tem a vocação de colocar em sinergia e interfacear todos os dispositivos de criação de informação, de gravação, de comunicação e de simulação. A perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade. (LÉVY, 1999, p.93).
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A abordagem pedagógica da aprendizagem colaborativa e a distância vem ganhando força cada vez maior, constituindo-se na modalidade educacional apropriada, para atividades coletivas em redes de produção de conhecimento nos meios digitais de comunicação, como a Internet. Como conhecimento é visto como uma construção social, o processo educativo via ciberespaço é favorecido pela participação social em um ambiente que propicia a colaboração, a avaliação e o acesso a infinitos saberes universais, não totalizáveis e ricos em possibilidades que propiciam uma visão mais ampla do objeto de estudo, amplificando, assim, a aprendizagem individual de cada membro do grupo.

sábado, 27 de setembro de 2008

Dica cultural: evento
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A cultura paraibana
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Karla Lima
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O Estado da Paraíba, além das riquezas naturais, apresenta a sua população e aos visitantes de outros estados o valor inestimável da cultura popular, considerada em linhas gerais como “cultura nordestina”. Seja na dança, música, vestuário, artesanato, comidas típicas, etc.
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A música predominante é o forró, com suas diversas ramificações: xote, xaxado, baião, entre outros ritmos genuinamente nordestinos. Pelos lados da dança, a quadrilha junina – com todo seu colorido e adereços – sempre faz a beleza das festas de São João. As comidas de milho formam o carro-chefe deste período, junto com a famosa tapioca de vários sabores, tão apreciada pelos turistas.
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Durante todo o ano podemos encontrar eventos festivos em cada cidade da Paraíba, que revelam a diversidade cultural da nossa gente. Além da grandiosa festa junina, temos: o carnaval, realizado em várias cidades do Estado; a Micarande em Campina Grande; a Festa do Bode Rei em Cabaceiras; a Festa das Neves em João Pessoa; e muitas outras!
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Esse conjunto de tradições esta se transformando ao longo do tempo, adaptando-se a nova época e costumes, mas crescendo a cada ano. Algumas das festas citadas anteriormente são divulgadas com um ano de antecedência e ficam marcadas na memória da população e no calendário cultural dos municípios, proporcionando o desenvolvimento turístico.
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A Literatura de Cordel é outro produto importante da cultura paraibana e nordestina. Transmite idéias e vários contextos regionais, sendo representada por autores em pequenos livros – a maioria feita de modo artesanal. De forma satírica, consegue retratar temas como: política, religião, costumes e até romances.
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Apesar de tanta riqueza, a própria população paraibana ainda desconhece grande parte de sua cultura. Falta de informação, juntamente com a falta de interesse, podem ser as grandes causas dessa triste realidade. Uma divulgação mais ampla, para todas as classes sociais, ajudaria a despertar a curiosidade dos paraibanos sobre os bens culturais aqui produzidos. Além disso, serviria de incentivo a participação direta e ativa no Movimento Cultural do nosso Estado.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

10 Dicas de Fotografia Digital
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Tirar boas fotografias não é uma tarefa tão fácil quanto pode parecer. A habilidade em fotografar vai muito além de um simples apertar de um botão. Veja a seguir algumas dicas básicas para melhorar suas fotos.
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1) Enquadramento
Tente fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. Desclocar o objeto principal da imagem pode fazer toda a diferença para deixá-la mais interessante. Divida mentalmente o visor da câmera em três colunas e três linhas, como em um jogo da velha. As intersecções das linhas são os pontos mais interessenantes da sua foto. As linhas em si também mostram pontos de destaque, para colocar os olhos de uma pessoa ou o horizonte, por exemplo.
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2) Flash desnecessário
Uma das coisas mais complicadas na fotografia é aprender a usar o flash de forma correta. Usar o flash muito em cima pode deixar a foto toda clara, e muito longe, escura. Lembre-se que o flash tem um alcance limitado, de normalmente três a cinco metros, às vezes um pouco mais. Não adianta deixar o flash ligado em uma foto onde o foco é um objeto a 30 metros. Um bom exemplo de mau uso do flash são shows. Em linhas gerais, não é necessário luz extra alguma nesse caso. A luz do palco é mais do que suficiente para sua foto. Usar flash só vai iluminar as cabeças de quem está na sua frente, fazendo sumir o resto.
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3) Flash necessário
Um ambiente escuro não é o único lugar onde o flash é um acessório necessário. Em uma foto contra-luz, por exemplo, o flash pode ser usado como preenchimento. Quando você for tirar uma fotografia de alguém com uma fonte de luz ao fundo, como o sol, por exemplo, você pode notar que o sol vai ficar brilhante e somente a silhueta da pessoa vai aparecer. Neste caso o flash irá suprir a falta de luz, deixando ambos visíveis.
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4) Fundo da imagem
Tenha muito cuidado ao selecionar o local onde você vai tirar um retrato. A escolha do que aparece ao fundo é tão importante quando o que vem em primeiro plano. Cores vibrantes, linhas e outros objetos podem interferir ou tirar a atenção do foco. Um erro engraçado, porém muito comum, é tirar foto de uma pessoa em frente a uma árvore onde os galhos parecem formar chifres sobre sua cabeça.
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5) Retratos
Aproxime-se. Quando o assunto é uma pessoa, o que se quer mostrar é, oras, a pessoa. Não tenha medo de chegar perto. Se quiser, pode até cortar um pouco da parte de cima da cabeça. A esta distância é possível reparar em detalhes como sardas e cílios. O que não pode acontecer é aquele monte de nada na volta e um pequeno sujeito no meio.
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6) Olhe nos olhos
Tire fotos na altura dos olhos da pessoa. Para tirar foto de criança fique de joelhos, sente, atire-se no chão. Faça o necessário para ficar ao nível dela.
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7) Fotos verticais
Muitos assuntos exigem uma foto vertical. Se o foco tiver mais linhas verticais, como um farol ou uma escada, vire a câmera.
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8) Aproveite a luz
Não há luz mais bonita que a luz natural do sol. Sempre que puder, aproveite-a. Posicione-se de forma a deixar a fonte de luz à suas costas, aproveitando assim a iluminação. É impressionante quanta diferença pode fazer um simples passo para o lado. A luz difusa de um dia nublado é excelente para realçar cores e suavisar contornos, sendo excelente para tirar retrados. É preciso de muito cuidado ao usar o flash. A luz dele, além de forte, tem uma cor diferente a do ambiente. Uma luz dura vai deixar rugas e imperfeições muito mais aparentes. Já notou como sempre se fica feio em foto 3x4? Eis a resposta.
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9) Controle de cores
A maioria das câmeras digitais vêm com controle de cor, ou white balance. Esse controle de cor faz com que o branco seja realmente branco sob determinada fonte de luz. Mas as configurações pré-selecionadas da câmera nem sempre são as mais indicadas para quem quer fidelidade. A configuração para dias ensolarados, normalmente indicada por um pequeno sol, dá um tom mais amarelado às fotos. Essa tonalidade dá uma sensação de calor e afeto, tornando a foto mais interessante sob determinados aspectos. Experimente bastante o controle de cor até acertar o que mais se adequa ao que você quer.
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10) Experimente
Não há melhor dica do que esta: experimente. O segredo da fotografia está na tentativa e erro. Leia de cabo a rabo o manual da sua câmera, para saber tudo que ela é capaz, e tente todas as configurações possíveis. A fotografia é muito subjetiva, não há regras. O mais importante é aprender a dominar a luz e sua câmera, para depois fazer o que quiser
Realidade virtual
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A Realidade Virtual (RV) pode ser definida de maneira simplificada como sendo a forma mais avançada de interface do usuário de computador até agora disponível. A Realidade Virtual é capaz de dar ao ser humano condições de vivenciar uma realidade que não existe. Com aplicação na maioria das áreas do conhecimento, senão em todas, e com um grande investimento das indústrias de hardware na produção de hardware, software e dispositivos de E/S especiais, a realidade virtual vem experimentando um desenvolvimento acelerado nos últimos anos e indicando perspectivas bastante promissoras para os diversos segmentos vinculados com a área.
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Uma definição um pouco mais refinada de realidade virtual é a seguinte : "realidade virtual é uma forma das pessoas visualizarem, manipularem e interagirem com computadores e dados extremamente complexos". Agrupando algumas outras definições de realidade virtual, pode-se dizer que realidade virtual é uma técnica avançada de interface, onde o usuário pode realizar imersão (sensação de estar dentro do ambiente), navegação e interação em um ambiente sintético tridimensional gerado por computador utilizando canais multi-sensoriais.
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A interface com realidade virtual envolve um controle tridimensional altamente interativo de processos computacionais. O usuário entra no espaço virtual das aplicações e visualiza, manipula e explora os dados da aplicação em tempo real, usando seus sentidos, particularmente os movimentos naturais tridimensionais do corpo. A grande vantagem desse tipo de interface é que o conhecimento intuitivo do usuário a respeito do mundo físico pode ser transferido para manipular o mundo virtual. Para suportar esse tipo de interação, o usuário utiliza dispositivos não convencionais como capacete de visualização e controle, luva, entre outros. Estes dispositivos dão ao usuário a impressão de que a aplicação está funcionando no ambiente tridimensional real, permitindo a exploração do ambiente e a manipulação natural dos objetos com o uso das mãos, por exemplo, para apontar, pegar, e realizar outras ações.
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Um sistema de realidade virtual consiste de um usuário, uma interface homem-máquina, e um computador. O usuário participa de um mundo virtual gerado no computador, usando dispositivos sensoriais de percepção e controle. Um ambiente virtual pode ser projetado para simular tanto um ambiente imaginário quanto um ambiente real. A realidade virtual também pode ser considerada como a junção de três idéias básicas: imersão, interação e envolvimento.
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Isoladamente, essas idéias não são exclusivas de realidade virtual, mas aqui elas coexistem. A idéia de imersão está ligada com o sentimento de se estar dentro do ambiente. Normalmente, um sistema imersivo é obtido com o uso de capacete de visualização, mas existem também sistemas imersivos baseados em salas com projeções das visões nas paredes, teto, e piso. Além do fator visual, os dispositivos ligados com os outros sentidos também são importantes para o sentimento de imersão, como som, posicionamento automático da pessoa e dos movimentos da cabeça, controles reativos, etc. A visualização tridimensional através de monitor é considerada não imersiva.
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A idéia de interação está ligada com a capacidade do computador detectar as entradas do usuário e modificar instantaneamente o mundo virtual e as ações sobre ele (capacidade reativa). As pessoas gostam de ficar cativadas por uma boa simulação e de ver as cenas mudarem em resposta aos seus comandos. Esta é a característica mais marcante nos video-games.
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A idéia de envolvimento, por sua vez, está ligada com o grau de motivação para o engajamento de uma pessoa com determinada atividade. O envolvimento pode ser passivo, como ler um livro ou assistir televisão, ou ativo, ao participar de um jogo com algum parceiro. A realidade virtual tem potencial para os dois tipos de envolvimento ao permitir a exploração de um ambiente virtual e ao propiciar a interação do usuário com um mundo virtual dinâmico.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Responsabilidade social
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João Vieira Jr.
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O Terceiro Setor corresponde ao agrupamento formado pelas instituições com preocupações e práticas sociais, sem fins lucrativos, que geram bens e serviços de caráter público, tais como: ONGs, instituições religiosas, clubes de serviços, entidades beneficentes, centros sociais, organizações de voluntariado, etc. De acordo com sua função social, preenchem um espaço deixado pelos órgãos oficiais.
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Os artigos de nossa Constituição vêm sendo insistentemente desrespeitados, tanto aqueles que regem nossas obrigações quanto aqueles que garantem nossos direitos fundamentais, quanto à saúde, educação, vida, respeito. A cada dia somos assustados por noticias sobre desvios de verbas, ou mesmo má aplicação das mesmas, quando estas chegam ao seu destino. Malas e montanhas de dinheiro são distribuídas entre aqueles que deveriam cuidar que todos tivéssemos um mínimo necessário, que nos diferenciaria dos homens pré-históricos.
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Uma pequena e esclarecida parcela da população, carrega nos ombros e no coração, um sentimento de responsabilidade, um algo mais que simplesmente estar aqui, um senso de dever para aqueles que, por um ou vários motivos, são cerceados de seus direitos básicos, na distribuição de renda ou nas oportunidades de emprego, ou educação ou saúde, ou tudo isto, não recebem a porção justa a que teriam direito.
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A ignorância nos exime da responsabilidade. Finda aquela, esta nos cobra e, mais que nos obrigar, nos impele a quitar nossa parcela desta dívida social. Dada as armas, arregace as mangas e comece a pequena batalha. A Comunicação Social, em suas diversas especialidades e, usando de suas expertises, deve, por principio, buscar, investigar e divulgar estas carências. Inserindo-se no meio destas necessidades, mais que buscando informações mas, interagindo e se voluntariando.
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Sendo, além de veículo, meio de solução dos problemas levantados. Usando de suas habilidades e recursos, promover e fomentar a participação, esclarecendo e divulgando, agregando, assim, mais voluntários nesta luta gloriosa e gratificante de recuperação do equilíbrio social. Quem sabe acabaremos com as malas, os mensalões, e outras coisas que nos tomam recursos das (obras) que realmente são importantes.
Diferentes platôs
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Hernani Dimantas
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Imaginem uma rede. Quando acessamos nossos computadores e tudo corre bem, abrimos o navegador para o mundo. Atingimos o mais abrangente espaço hacker — o das pessoas conectadas — onde a troca de informações catalisa o aprendizado informal. A distância entre as pessoas diminui. A conexão transmuta-se em uma outra realidade.
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Mas isso é só a ponta do iceberg. Diariamente, assistimos apenas à superfície da revolução não televisionada, com impactos que abrangem do alfinete ao foguete. Tudo ao mesmo tempo, rompendo barreiras entre os acontecimentos. Creio que é fascinante observar os níveis, os diferentes platôs, que podemos enxergar nas instâncias da cultura digital. Lidamos com diversas variáveis, que fazem, de um organismo simples, um sistema complexo.
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Essa percepção, no entanto, não se dá automaticamente. É paradoxal, mas somente apreendemos as nuances do sistema hiperconectado, quando a conexão cai. O desespero virtual torna-se a angústia do século 21. A imagem do erro nos mostra a necessidade do suporte. Pois não importa muito a capacidade técnica de cada um. Sem banda disponível, não há conexão. Dependemos de terceiros, de quartos ou quintos dos infernos. Saímos do platô da linkania e retornamos ao universo dos cabos, fios, hardwares, softwares de base. Somos inequivocamente fracos diante das complexidades dos diversos organismos sobrepostos.
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O movimento de uns – pode-se pensar – comunica-se aos outros. Mas não é só isso: as pessoas têm uma meta. E ela está lá antes mesmo que se encontrem palavras para descrevê-la. Começa a saga dos testes. Um cabo pode estar solto, o rastro dos IPs está apagado na selva eletro-eletrônica. As análises são muitas. As conexões tornam-se desconexas; os sinais digitais descontinuados... fluxos de dados perdidos. Isso nos leva a pensar que a nossa sociedade vive em diferentes platôs. São muitas redes que se interconectam. Formam as redes de informação. Ou, aquilo que é físico torna-se virtual e, catalisado, retorna ao físico gerando movimentos, ações interligadas.
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Os diferentes platôs interagem em direções difusas. Estabelecem novos campos de força por meio de discursos que se apresentam em múltiplas interfaces, que emergem dinamicamente. Num movimento onde o ator está em rede. Numa condição de sobrevivência imersa que cria espaços jamais apresentados para as ações múltiplas, nas quais o discurso linka e constrói.
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O desafio é entender a rede como um movimento múltiplo, onde a incerteza é mais característica que os formatos, disposições, e, principalmente, ferramentas pelas quais o próprio movimento se manifesta. O movimento de uns – pode-se pensar – comunica-se aos outros. Mas não é só isso: as pessoas têm uma meta. E ela está lá antes mesmo que se encontrem palavras para descrevê-la: a meta é o ponto mais negro – o local onde a maioria encontra-se reunida" (Massa e Poder, Canetti, E).