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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Da Contra-cultura à loucura

Cyro de Almeida
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Não é de hoje que ouvimos falar em termos como "alternativo", "underground", "contracultura", mas será que nós sabemos realmente o que estes termos significam? Quando eu menciono nós estou propositadamente incluindo aqueles próprios que se dizem alternativos, undergrounds ou contraculturais. Somos "eles" realmente o que dizem(os), ou estamos caindo na velha retórica ideológica? A partir de onde deixamos de ser "rebeldes sem causas" e passamos a ser verdadeiramente alternativos, ou melhor. É possível que sejamos realmente alternativos?
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Vejamos, para entendermos isso é necessário que saibamos primeiro o que é alternativo, o que é contracultura. Numa primeira análise parece óbvio - contracultura é o que vai de encontro a cultura, mas que cultura é essa? A nossa sociedade é, está e sempre foi edificada em uma interpretação da realidade, o que isso implica? As instituições sociais, não estou aqui me referindo aos prédios e organizações governamentais, mas entenda-se como as convenções da ordem das crenças, das "opiniões" , das "verdades" e valores de nossa sociedade. Ora, desde que nascemos nós somos envoltos involuntariamente nessa "construção" ; por exemplo, quando uma criança nasce do sexo masculino suas roupinhas serão azuis, se mulher serão cor-de-rosa, tudo isso graças a uma convenção da nossa sociedade. Isso é apenas um pequeno exemplo do que vem a ser esse todo complexo formado pelas relações entre nós, seres da espécie humana.

Então, a sociedade, desde sua constituição, cria suas convenções às quais estamos sujeitos desde o nosso nascimento (ou até antes, como defende Freud) até a nossa morte, mas ao longo de nossa existência em sociedade essa própria "ordem" nos possibilita, através de maneiras de pensamento e reflexão (a ciência ou a filosofia, por exemplo), questionar esse conjunto de valores impostos a todos os seres humanos, a partir desse questionamento o indivíduo passa a por em prova a validade dessas instituições, dessas convenções criadas por nós mesmos. Por exemplo, se perguntarmos a opinião de alguém de uma cidadezinha do interior (que cultiva suas crenças e costumes) sobre o sexo antes do casamento certamente esse alguém vai ser contra, devido exatamente às suas crenças e costumes (instituições da ordem social). Mas se um jovem dessa mesma cidade se manifestar a favor e afirmar que não há problema na prática do sexo antes do casamento, certamente será repreendido, mas esse jovem, muito provavelmente, teve acesso à uma gama de informações diferentes, que tornou possível a sua relativização do assunto. Ora, esse jovem será repreendido por que ele não cumpriu as expectativas dos valores de sua sociedade, logo será tido como diferente.

Quando, nós, em sã consciência (ou não) questionamos os moldes determinados pela nossa sociedade, quando vamos de encontro à essa rede de convenções e instituições impostas pela sociedade e tentamos modificá-las de algum modo, quando tentamos "sair" dessa rede, estamos tomando uma atitude contracultural.

É preciso estarmos cientes do que somos e fazemos, não estou aqui dizendo que "dentro" da contracultura estaremos "fora" dessa rede de convenções, pois é impossível que isso aconteça totalmente, os que o fazem são considerados loucos e incapazes do convívio em sociedade. O que, em minha opinião, deve-se constituir como nosso dever dentro dessa esfera contracultural, é a busca de tornar o nosso nível de consciência da existência dessa "ordem" maior e tentarmos não tornar essa rede de convenções uma verdade suprema da nossa existência. Procurar dentro (e fora) das nossas possibilidades fazer com que essa máscara de considerações seja relativizada e que os padrões sejam postos em questão. Sugiro e sustento que todos nós, indivíduos pensantes da raça humana, sejamos loucos por alguns momentos e consigamos "sair" dessa rede que nos prende e conseguir ver de fora a "normalidade" do mundo em que vivemos.
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Dica cultural: vídeos de animação

A edição 2007 do "Dia Internacional da Animação" conta com 50 cidades participantes, entre elas João Pessoa. Uma mostra de vídeos será realizada simultaneamente às 19 horas, visando a difusão e democratização do trabalho dos animadores e proporcionando aos espectadores o contato com essa arte cinematográfica.
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O "Dia Internacional da Animação" é organizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), filiada à ASIFA, e seus membros espalhados em todo território nacional. É o maior evento simultâneo do gênero a ser realizado no Brasil, contando com o apoio e participação do público, imprensa e profissionais da área. Esta edição será financiada novamente pelo Fundo Nacional da Cultura, via Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (Minc).
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Em João Pessoa
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A programação acontecerá no Cineclube Casarão 34. Além da mostra de curtas-metragens (animações nacionais e internacionais), haverá a pré-estréia da animação "LELÊ" e respectiva conversa com os realizadores. A execução do evento aqui em João Pessoa é da Fundação cultural de João Pessoa (Funjope) e conta com o apoio da Associação Brasileira de Documentaristas, seção Paraíba (ABD-PB).

Serviço
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Dia Internacional da Animação
Mostra nacional e internacional
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Pré-estréia de "Lelê", de Carlos Dowling, Daniel Monguilhott e Shiko;
(Animação gráfica, 3 minutos, preto e branco, 2005/2007; com videoclipe da música homônima de Chico Correa & ElectronicBand). Em seguida, bate-papo com os realizadores.
Neste domingo (28/10), às 19h, no Casarão 34 (Praça Dom Adalto, n° 34 - Centro).
Fone: (83) 3218-9708.
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FONTE: Funjope
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Jornalismo Especializado
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Bertrand Sousa

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Nos escritos de Mesquita (1984, p. 178), encontramos a seguinte definição: “Jornalismo Especializado é aquele que traduz todos os ramos do conhecimento de forma técnica, com respaldo em sofisticadas sistematizações informativas que sofrem constantes mutações”.
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Portanto, a técnica empregada na construção das notícias e a sistematização do conteúdo apresentado ao público são pontos-chave neste contexto. Para Erbolato (1981), o Jornalismo Especializado compreende todas as seções ou páginas diversas de um jornal. Com seu desenvolvimento, o público leitor passou a ser considerado de acordo com sua especificidade, isto é, seus interesses informativos. Como resultado deste fenômeno, houve o surgimento de tipos especializados de Jornalismo, organizados em editorias como: economia, cultura, esportes, ciência, entre outras.

A definição de Erbolato é complementada por Pacheco (2004, p. 20), ao assinalar que: “o Jornalismo Especializado além de promover o intercâmbio de informações e conhecimentos relativos à determinada atividade, contribui para o crescimento e aprimoramento desta”
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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Reportagem fotográfica: dia de vacinação

Joelma Galdino




O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de João Pessoa vacinou no dia (22/09), o "Dia D" da Campanha Nacional de Vacinação Anti-Rábica Animal, 64.960 cães e 21.218 gatos, totalizando 86.178 animais. O Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama, localizado no bairro Funcionários I, em João Pessoa, foi um dos postos de atendimento. A vacina contra a raiva animal continua sendo fornecida gratuitamente, das 8 às 12h e das 14h às 17h, no CCZ, localizado na Rua Walfredo Macedo Brandão, s/n, Água Fria.
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Rap d'alimentação

Chega aí comunidade
Que agora vou falar
Tá na hora de agir
E também de se cuidar

É agora nossa hora
De lutar pelo melhor
Tá na hora, entre nessa
Olhe bem ao seu redor

Vamos todos minha gente
Vamos reaproveitar
Com amor e com carinho
O alimento cultivar!

Vamos todos investir
Com bom senso e razão
Desperdiçar é uma furada
Repasse a informação!

E aquele nosso lixo
Que parece não prestar
Mas o lixo minha gente
Pode agora reciclar!

Acorda meu irmão
Pra nossa realidade
Deixar de reciclar
É vacilo de verdade

E essa história meu irmão
De Segurança Alimentar?
É que todo cidadão
Pode se alimentar

Desse rap me despeço
Com orgulho de vocês
Vamos todos dar as mãos
E cantar mais uma vez

(*) Letra inicial de Francisco Roberto (CRJ),
desenvolvida pelos alunos da Oficina de Jornalismo

Basta cumprir as leis

Gleydson Francisco
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Desde muito tempo os seres humanos perceberam as transformações em nosso planeta. Entretanto, devido aos grandes interesses econômicos, fica cada vez mais difícil combater as drásticas mudanças ambientais.
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No campo social, os problemas ficam ainda mais nítidos. A juventude suplica por socorro, na periferia das grandes cidades. Por isso, não basta apenas o poder público criar ou alterar leis (Políticas Públicas de Juventude). Acima de tudo é necessário ensinar as novas gerações, fornecer educação de qualidade, pois cultivando as sementes agora poderemos colher bons frutos no futuro.

Enquanto as autoridades discutem idéias que não saem do papel, os jovens se acabam em meio às drogas, criminalidade e violência urbana. Parece até que tomamos lentamente uma injeção letal, que poderá causar outras mortes, de forma massiva e cruel, sem chances de cura ou transformação social.
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Também nos acostumamos com a impunidade que reina soberana no Brasil. Mas temos que superar isso o quanto antes, não apenas com futebol, carnaval e grandes festas, mas com coragem, inclusão e cooperação para mudança. O primeiro passo parece bem simples: cumprir o que já está escrito nas linhas da nossa Constituição, onde não se pode resolver tudo, mas ameniza nossa dor. Enquanto cidadãos, cabe a nós buscar a tão sonhada liberdade.
Carta Capital: fidelidade à toda prova

Larissa Jansson


A Carta Capital é uma revista de informações de periodicidade semanal, publicada no Brasil pela Editora Confiança. Há treze anos no mercado editorial, a Revista é uma das mais respeitadas publicações semanais do País.

Com uma equipe de profissionais altamente qualificada, dirigida pelo jornalista Mino Carta, Carta Capital é considerada leitura obrigatória para todas as pessoas que buscam não apenas informação exclusiva, mas que também queiram se posicionar diante dos principais fatos do Brasil e do mundo.

Inicialmente mensal, depois quinzenal (em março de 1996), e, finalmente, semanal a partir de agosto de 2001. A Revista possui uma tiragem média de 75 mil exemplares e foi pensada como uma alternativa às revistas similares que existiam até então - e que efetivamente dominavam o mercado - Veja e IstoÉ.

Como não era possível superá-las, em termos de fatia do mercado, assumiu ao longo do tempo uma postura de análise crítica, mais do que sua apresentação ou explicação. Sendo assim, a revista destaca-se, quando comparada às supracitadas, pela pequena equipe (apenas 11 jornalistas) e por procurar dar uma visão aos acontecimentos da semana diferente das apresentadas pelos demais semanários e jornais, mantendo sua postura independente.
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A Revista sempre teve uma linha editorial bem definida e peculiar desde seu nascimento, em meados de 1994. Feita para falar de política, economia e cultura, a história da revista é marcada por grandes reportagens investigativas - como a que denunciou a atuação ilegal da CIA no Brasil. Colecionou prêmios e firmou-se como uma opção àqueles que desejam informação que transcende o esperado. Além disso, sempre se pronunciou contra a política interna e externa dos EUA e nunca temeu criticar titãs da mídia nacional tais como a concorrente Veja e a toda poderosa Rede Globo.

Por enquanto, a Carta parece ter conseguido ser fiel aos seus ideais sem, contudo, adotar uma postura fanática na defesa cega daquilo em que acredita. Tampouco virou a casaca buscando comodidade.
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FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/CartaCapital
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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Charges na rua

Bertrand Sousa
Diógenes Barbosa
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Traços, cores, signos e símbolos. Elementos do universo artístico do chargista, cartunista e caricaturista Reginaldo Soares Coutinho, 47 anos, mais conhecido como Régis Soares. Um mundo de charges – desenhos humorísticos caracterizados pela crítica social e política – que os pessoenses acompanham há 20 anos através de um painel – instalado em frente ao ateliê do artista – nos jornais impressos onde trabalhou (O Momento, A Tribuna, O Norte, Correio da Paraíba, entre outros); nos livros que registram sua obra e, mais recentemente, na Internet (www.chargesnarua.com).
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Os alunos que participam das oficinas de Grafite nos Centros de Referência da Juventude dos Funcionários I e dos Expedicionários puderam conhecer de perto, no dia (02/10), este grande artista paraibano e seu valoroso trabalho de resistência cultural.

Segundo Régis Soares, os desenhos fazem parte de sua vida desde a infância – no bairro da Torre, em João Pessoa. Na adolescência conheceu Cláudio Limeira e Chico Santos, que incentivaram decisivamente sua produção de charges e participação em mostras culturais. Daí em diante Régis não parou mais de expressar sua arte. A cada semana um novo desenho colocava em destaque os grandes problemas da sociedade (fome, miséria, desemprego, corrupção, etc.); registrando a História de maneira bem humorada, incisiva e criativa; fazendo-nos refletir criticamente sobre diversos aspectos do cotidiano.


Mas, durante essa trajetória, o chargista teve que enfrentar divergências e tentativas de censura. “Já quiseram retirar meu painel diversas vezes. Também fui mandado embora de jornais devido ao conteúdo crítico das charges”, lembra o artista.

Os políticos e a classe dominante também reagem de forma inusitada aos desenhos de Régis. “Certa vez, durante a campanha eleitoral, um candidato chegou a oferecer R$ 5 mil para colocar sua propaganda no painel onde exponho as charges. Recusei a oferta pois acredito que não há dinheiro no mundo que pague a independência, dignidade e liberdade de expressão artística. Também recebi convites de políticos para fazer projetos ligados à arte, mas nunca aceitei. Prefiro contribuir de outras formas com a sociedade, através das charges ou ajudando comunidades carentes, como a Vila Vicentina”, disse.


Durante a visita, os alunos observaram atentamente os relatos sobre a carreira de Régis, bem como seu espaço de trabalho, composto por mais de 700 fotografias, charges, caricaturas, desenhos e matérias de jornais em molduras de vidro. De acordo com o poeta e professor da UFPB, Hildeberto Barbosa Filho, a obra de Régis Soares “assume, em certo sentido, a postura de um sociólogo da compreensão, dentro da pauta diversificada da aventura do cotidiano”.

Devido ao grande volume de trabalho, faltam poucos desenhos para Régis atingir a marca das 1000 charges. Um livro e um vídeo documentário, intitulado “Assim eu num voto”, estão sendo produzidos para comemorar a façanha. O cartunista também participará de exposição no Mag Shopping, a partir do próximo oito de novembro. Vale a pena conferir!
Socializando a informação

Cristina Cardozo de Oliveira
Juliana Grade Flor
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Atualmente temos a compreensão de que os grandes meios de comunicação do país retêm a informação e produzem uma única verdade sobre a sociedade, criando conceitos e paradigmas que declaram assim, a nítida função pedagógica da mídia de centralizar a informação e produzir conhecimentos. Partindo da necessidade de democratizar a informação, a comunicação comunitária surge como importante alternativa para promover e ampliar o debate sobre as relações entre Comunicação e Educação. Acreditamos que o desenvolvimento de projetos na área da Comunicação Comunitária que invertem a cristalizada pauta da grande mídia, pode ser uma estratégia produtiva para efetiva socialização da informação.
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Segundo DUARTE (2002), a concentração da mídia teve origem nos anos 60 (período da ditadura militar), quando os interesses comerciais, industriais e políticos sempre predominaram sobre os interesses das comunidades. De acordo com o relatório “Donos da mídia” produzido pelo Instituto de Estudos e Pesquisa sobre Comunicação (Epcom), a comunicação brasileira está nas mãos de poucos, pois os meios desta no Brasil são controlados por seis redes privadas (nacionais) que administram 667 veículos (emissoras de rádio e TV e jornais diários) atingindo assim, 87% dos domicílios em 98% dos municípios do país.

Não podemos deixar de considerar que os meios de comunicação vêm dominando o tempo de lazer da vida cotidiana, norteando as opiniões políticas e comportamentais, fazendo com que a identidade dos sujeitos se modele conforme um pensamento único, universal. Este acesso às informações não acontece somente pela mídia impressa - jornais e revistas -, mas sobretudo através de um sistema que abrange rádio, cinema, televisão, música, enfim, toda uma cultura de imagem que explora os sentidos.

Acreditamos que a partir desse processo que veio se formando de centralização da informação, faz-se necessário a criação de espaços midiáticos alternativos que possibilitem a inversão da pauta da grande mídia e conseqüentemente a (re) construção das identidades sociais criadas e multiplicadas pelos meios de comunicação. Como nos lembra Fischer (1997, p.59) “os meios de comunicação constroem significados e atuam decisivamente na formação dos sujeitos sociais” .

Para DUARTE (2002) a qualificação dos veículos alternativos deve ser parte fundamental do processo de democratização da comunicação no Brasil, onde são estes que não aparecem na grande imprensa, que retratam a realidade ou a visão dos pequenos grupos. Sendo assim um foco de resistência ao pensamento único.

Construir na sociedade uma outra visão de ruptura, ainda que em pequena escala, através destes veículos alternativos, com uma comunicação voltada para o interesse público, é ensinar a uma sociedade que viveu imersa ao consumo inconsciente da mídia, como entender, interpretar e criticar seus significados e suas mensagens. Ou seja, tentar construir uma forma de resistência a hegemonia cultural estabelecida pela mídia.

Desta forma, entendemos que a mídia alternativa dá recursos para que a sociedade crie uma identidade própria, utilizando-se de sua cultura como modo de fortalecer-se diante da cultura dominante, fazendo com que estes sujeitos tenham uma identidade e forma de vida própria ou tentar buscar frestas nas certezas e verdades ensinadas pela mídia diariamente, seja nas novelas, nos telejornais, no rádio, jornais ou revistas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Educação para jovens e adultos

Reginaldo Alves
Wanessa Toscano

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O Ministério da Educação traçou uma meta prioritária: assegurar a formação educacional básica para todos os brasileiros, de 15 anos ou mais, que não tiveram acesso à escola ou dela foram excluídos. O programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), está aberto para pessoas com mais de 15 anos que não completaram o Ensino Fundamental (1ª à 8ª série).


Em 2005, cerca de 66 mil alunos dessa faixa etária voltaram a estudar em todo o Brasil. São homens e mulheres, empregados e desempregados, ou até mesmo em busca do primeiro emprego. São atores sociais e culturais, residentes em periferias, favelas e vilas, marginalizados pelas esferas sociais dominantes. Aliás, esse é um fato que compromete a participação ativa dos menos favorecidos no mundo do trabalho, da política e da cultura nacional.

A verdade é que vivemos em um mundo urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, onde muitas vezes trabalha-se sem a qualificação necessária, em subempregos - os chamados “bicos” - para garantir a sobrevivência. Sendo assim, muitos brasileiros nunca foram à escola ou dela tiveram que se afastar quando crianças, em função da entrada precoce no mercado do trabalho, ou mesmo por falta de escolas nas zonas rurais.



O programa educativo está bem próximo de nós, na Escola Municipal Castro Alves (Funcionários I), onde jovens e adultos retornaram às aulas, guiados pelo desejo de “melhorar de vida” e por exigências ligadas ao mundo do trabalho. São pessoas com direitos e deveres, trabalhadores que participam concretamente do sustento as suas famílias. Cidadãos do amanhã.

História do nosso bairro

Joelma Galdino
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O bairro Cidade dos Funcionários I, localizado na zona sul de João Pessoa, foi fundado em 29 de junho de 1963, durante o governo Pedro Gondin. Algumas obras e locais públicos do bairro merecem destaque, como: a primeira rua a receber calçamento (Aníbal Moura); a escola Nicodemos Neves, fundada em 1969; o posto de saúde do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba (IPEP), que funcionava na Rua Ernesto da Silveira, s/n; o Mercado Público, implantado em 1972; a Associação dos Moradores da Cidade dos Funcionários I (AMOCIF), organizada em 1981, na Rua Ernesto da Silveira; o Centro Comunitário, localizado na Rua Comendador Maribondo, s/n - constituído em 1987, sob a presidência de Everaldo dos Santos; e, finalmente, a Praça Lauro Wanderley, no centro dos Funcionários I, que se tornou um ponto de diversão e lazer para os moradores do bairro e adjacências.
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No início da década de 70, surgia um dos principais atrativos do bairro: a Feira de Oitizeiro. Pequenina e com poucos feirantes, situada no começo da Avenida Cruz das Armas, ela cresceu e se tornou uma das maiores feiras-livres da Capital. Porém, o crescimento acelerado e desorganizado gerou problemas sérios ao longo do tempo, agravados pelo constante “descaso“ das autoridades. As precárias condições da Feira estão diante dos comerciantes e clientes, que convivem com animais famintos e abandonados, lama e esgotos a céu aberto. Além de outro ponto de máxima gravidade: feirantes sem a mínima noção de higiene ou cuidados essenciais com meio ambiente.

Segundo Rômulo Halysson, atual diretor do Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama, através do Orçamento Democrático - implantado pela gestão socialista do prefeito Ricardo Coutinho - os delegados eleitos pela comunidade podem rastrear os problemas do bairro e sugerir soluções adequadas, inclusive relacionadas à Feira de Oitizeiro.
Olimpíadas Escolares 2007

Reginaldo Alves
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A cidade de João Pessoa foi escolhida para sediar a etapa nacional dos Jogos Escolares 2007 (Jebs), que acontecerão entre os dias 8 e 18 de novembro do corrente ano. “O prefeito Ricardo Coutinho já recebeu ofício nesse sentido, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Além disso, a Comissão de Vistoria do evento visitou escolas da nossa Capital em fevereiro”, informou o vereador Marcone Paiva, secretário de Esportes e Lazer do Município.
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Segundo ele, para receber os participantes de todas as cidades brasileiras e atender às exigências do Comitê, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Esportes e Lazer, está elaborando um cronograma de atividades para recuperar alguns equipamentos esportivos da cidade, onde serão disputados os Jebs. Entre esses espaços estão os ginásios esportivos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Grêmio Cief, escola Castro Alves, Hermes Taurino, Odilon Ribeiro Coutinho e Liceu Paraibano, além da pista de atletismo da UFPB. As reformas serão direcionadas para a troca total ou parcial dos pisos dos ginásios, pintura das linhas demarcatórias, isolamento das quadras e melhoria da iluminação nos locais de competição.

Outra preocupação esta relacionada com a hospedagem dos participantes, uma exigência do COB. Para tanto, um termo de compromisso com a rede hoteleira será firmado, garantindo aos atletas total apoio durante os Jogos. Estão aptos a participar dos Jebs 2007 alunos das seleções esportivas de escolas públicas e particulares, com idades entre 15 e 17 anos. Entre as várias modalidades, destacamos: vôlei, futebol de salão, basquete, handebol, arremesso de peso, atletismo e xadrez.

A participação de atletas dos Funcionários I está confirmada na modalidade handebol, onde as equipes favoritas são: Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná e Santa Catarina (femininas); Santa Catarina, São Paulo, Paraíba e Mato Grosso (masculinas). Em depoimento, os atletas locais confessaram a grande ansiedade e motivação durante os treinos, na busca pelas primeiras colocações.

A jovem Hayssa Gabriela disse que está muito ansiosa pelo início dos jogos. "No decorrer da competição o favoritismo fala mais alto", afirmou. Treinando cinco vezes por semana, a jogadora considera-se bem preparada e pronta para obter um resultado expressivo nos Jebs. O atleta José Felipe Costeiro também falou sobre a preparação e a rotina de treinamento (de segunda à sexta) para obter bons resultados. Comentou ainda sobre a falta de divulgação do evento, apesar da ótima organização fornecida, principalmente relacionada ao conforto dos atletas.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Teatro para juventude

Bertrand Sousa
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Os alunos da Oficina de Iniciação Teatral – realizada no Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama (Funcionários I, João Pessoa) – promoveram nesta quarta-feira (03/10) a noite de estréia do espetáculo “Aquele que diz sim & Aquele que diz não”. A iniciativa faz parte da programação de encerramento das oficinas arte-culturais do CRJ. Na platéia: alunos e funcionários do Centro da Juventude, além de Alessandra Campos (Sedes), representando o secretário de Desenvolvimento Social, Alexandre Urquiza.
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O texto encenado pelos jovens atores da Oficina, traz a marca do poeta, escritor e dramaturgo alemão Bertold Brecht, e conta a história de um grupo destemido em busca de remédios e respostas, durante uma jornada reflexiva sobre tradições e valores sociais. Um repertório ideal para a juventude.

Segundo Joht Cavalcanti, diretor da peça, a produção artístico-literária de Brecht possui características que desenvolvem a expressividade dos atores, a partir do processo dialético de exposição dos acontecimentos sociais. “Sempre quis montar um espetáculo escrito por Brecht. Tenho uma forte ligação com o autor, desde os tempos da universidade”, revelou Joht.
Na opinião de Rômulo Halysson, diretor do CRJ Ilma Suzete Gama, não é fácil interpretar os textos de Brecht, devido a sua ousadia e criatividade estética. “O grupo merece os parabéns pelo trabalho apresentado. Nossa proposta é que continuem atuando juntos, aprimorando as técnicas de interpretação. Com o término da Oficina, eles se tornam referência para as novas turmas”, avaliou.

A jovem Ewelin Ferreira interpretou a personagem Mãe, na peça "Aquele que diz sim & Aquele que diz não". Após o espetáculo, conversamos sobre os resultados da prática teatral desenvolvida coletivamente nos últimos três meses. “Foi importante participar da Oficina de Iniciação Teatral e da montagem da peça. O desejo de aprender mais me fez chegar até aqui, apesar das experiências que já tive com o teatro. Errei muito durante os ensaios e mesmo assim pediram que interpretasse a Mãe... Um desafio e tanto, mas acabei aceitando,” disse Ewelin.

SINOPSE
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Numa comunidade remota, a doença se alastra e um grupo destemido enfrenta os perigos da montanha para buscar remédios e conselhos. Um menino que segue com a caravana nos faz ponderar sobre a importância de seguir ou quebrar tradições, colocando em questão o raciocínio e adaptações a cada nova situação.

ELENCO
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Ewelin Ferreira * (Mãe)
Anderson Ferreira * (Menino)
Carlos Eduardo Silva * (Instrutor)
Amanda Raquel * (Estudante)
Del Vicente * (Estudante)
Alisson Vicente * (Coro)
Alessandro Bonas * (Coro)
Ingrid Costa * (Coro)
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SONOPLASTA: José Cássio
CONTRA-REGRA: Francisco Roberto
DIREÇÃO: Joht Cavalcanti
Fanzine, mídia alternativa e diversão

É uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine (revista) com a sílaba inicial de fanatic. Portanto, trata-se de uma revista editada por um fã, uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor).

Na sua maioria é livre de preconceitos, e engloba todo o tipo de temas, com especial incidência em histórias em quadrinhos (banda desenhada),ficção científica,poesia,música, feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos de computador e vídeo-games, em padrões experimentais.
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Também se dedica à publicação de estudos sobre esses e outros temas, pelo que o público interessado nestes fanzines é bastante diversificado no que se refere a idades, sendo errónea a ideia de que se destina apenas aos jovens, ainda que estes sejam concretamente os que mais fazem uso desse meio de comunicação.

Prova desta afirmação é a de que os primeiros fanzines europeus, especialmente franceses e portugueses, foram editados por adultos, dedicando-se ao estudo de históra em quadrinhos (banda desenhada). A sua origem vai encontrar-se nos Estados Unidos em 1929. Seu uso foi marcante na Europa, especialmente na França, durante os movimentos de contra-cultura, de 1968. Graças a esses movimentos, os fanzines são uma ferramenta amplamente difundida de comunicação impressa de baixos custos.


Fanzines no Brasil

No Brasil o termo fanzine é genérico para toda produção independente. Houve, uma distinção entre fanzines (feitos por fãs) e produção independente (Produção artística inédita), mas a disseminação do termo "fanzine", fez com que toda a produção independente no Brasil fosse denominada fanzines.

O primeiro fanzine brasileiro foi o "Ficção", criado por Edson Rontani em 1965 em Piracicaba, São Paulo. Criado em uma época que o termo que definia produção independente era "boletim", o fanzine trazia textos infomativos e uma interessante relação de publicações brasileiras de quadrinhos desde 1905.

A produção de fanzines no Brasil dos últimos anos vem crescendo e tem características de reação dos artistas e público ao descaso das editoras de quadrinhos com relação a produção nacional. Neste caso, os fanzines brasileiros possuem valor cultural e serão incorporados à história dos quadrinhos brasileiros por ser uma produção expressiva de quadrinhos no país diante da pequena produção editorial no início deste século.


Diante da grande produção de fanzines no Brasil, diversas iniciativas vêm sendo tomadas com o objetivo de registrar a produção nacional. Recentemente foi criada a Fanzinoteca de São Vicente que se tornou a segunda maior fanzinoteca do mundo por seu acervo de edições catalogadas. Em 2004 foi lançado o Catálogo oficial da Fanzinoteca de São Vicente contendo dados de 1.000 fanzines nacionais.

No Brasil ocorrem anualmente duas grandes convenções de fanzines: "Fanzinecon" e "Fanzine expo". As duas são parte integrantes de eventos de anime/mangá. A "Fanzinecon" acontece dentro durante o evento "Animecon" e a "Fanzine expo" acontece na "Animedreams" e "AnimeFriends", que na última edição contou com mais de 50 fanzines expostos e um público de 40.000 pessoas, segundo os organizadores.
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Dica cultural: jornal impresso

Foi lançado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em 25 de janeiro de 2003. Com tiragem de 50 mil exemplares (16 páginas coloridas, tamanho standard), o Brasil de Fato é um jornal semanal, com circulação em todo o País. Plural e diversificado, reúne jornalistas, articulistas e intelectuais do Brasil e do mundo.
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Por entender que, na luta por uma sociedade justa e fraterna, a democratização dos meios de comunicação é fundamental, movimentos sociais como o MST, a Via Campesina, a Consulta Popular e as pastorais sociais criaram o jornal Brasil de Fato — um semanal político, de circulação nacional, para contribuir no debate de idéias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país.

Com efeito, o Brasil de Fato pretende contribuir para o debate de idéias e para a análise dos fatos sob o ponto de vista da necessidade das mudanças sociais no Brasil. O jornal é o resultado das aspirações de milhares de lutadores de movimentos populares, intelectuais de esquerda, sindicatos, jornalistas e artistas que se uniram para formar uma ampla rede nacional e internacional de colaboradores.
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FONTE:
http://www.brasildefato.com.br
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A necessidade de uma nova imprensa

Gilson Caroni Filho (*)
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Cabe ao campo democrático-popular não alimentar ilusões. Se os meios de comunicação são fatores centrais de uma nova esfera pública em formação, não se deve esperar conversões éticas de uma imprensa cuja estruturação está umbilicalmente ligada ao destino de conhecidas oligarquias.
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O deputado federal Ciro Gomes (PSB) foi certeiro ao definir a importância do holofote no comportamento político da oposição, em entrevista concedida à revista Imprensa. Em meio a crises que pareciam anunciar novos retrocessos político-institucionais, o então ministro da Integração Nacional diagnosticou com precisão: “eu participo da vida pública brasileira há 30 anos e é a primeira crise pautada por garotos alucinados por aparecer na televisão. E eles estão tocando a República! Eu acompanho a CPI, vejo parlamentares que olham para a câmera e dizem: "senhor presidente, senhores deputados, senhores depoentes e senhores telespectadores"! O que é isso? Os excessos são mais prováveis, pois há uma sensação de que as informações são descartáveis. Só que não é bem assim, há valores imateriais fundamentais em jogo e eu gostaria de ressaltar aqui a importância da linguagem".

Dois anos se passaram, os atores fizeram novas oficinas, ensaiaram textos no plenário, armazenaram informações, mas, a julgar pelos resultados, a teatralização da política não logrou os resultados esperados. A construção de representações sociais dominantes não obteve o êxito habitual. A velha mídia não descobriu o novo público. E foi aí que começou a história de sua coleção de derrotas.


Alguma fratura travou o espetáculo. Ao contrário das últimas décadas, produções como o " Mensalão", " Aloprados" e " Apagão Aéreo" se tornaram, passado o impacto inicial, fracassos de crítica e de público. Organizaçôes Globo, Civitas, Mesquitas e outros barões da imprensa brasileira parecem não ter acertado a mão, e o resultado são melancólicos folhetins sem qualquer vestígio de arte. Farsas baratas para produções que exigiram vultuosas somas e transformismos colossais.

Péssima direção e elenco de baixíssimo nível? Certamente, mas isso não é tudo. Nem sempre basta a imagem como critério da história. Às vezes, a trama, por mais recurso visuais que disponha, requer retórica convincente. Sem ela, inexiste a legitimação que precede o êxtase, e o plano que oculta o golpismo latente das elites se torna se torna visível demais.

A crença em um desmesurado poder manipulatório da mídia revela indigência de análise. O espetáculo só é possível porque a produção simbólica não se esgota em seu campo. Como destaca Silverstone, a circulação de significados, sua rica intertextualidade, não faz do senso comum um alvo passivo de versões deliberadamente distorcidas. Ele também produz, significa a partir de mediações da sua própria vida concreta. Não auscultar seu cambiante sistema simbólico custa caro aos pretensos “formadores de opinião”.
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Em suma, o êxito de qualquer projeto ideológico depende de profunda afinidade eletiva entre produtores-consumidores e consumidores-produtores de bens simbólicos. Sem troca não há fluxo eficaz. O que a grande imprensa ignorou - e parece continuar ignorando - é a crescente organização da sociedade civil. Sua capacidade de não só recusar a narrativa oferecida, como construir uma eficiente articulação contra-hegemônica. A mídia se perdeu de si mesma quando acreditou que seus estatutos de verdade eram imunes a qualquer alteração substantiva da formação social onde pretende interferir.

Cabe ao campo democrático-popular não alimentar ilusões. Se os meios de comunicação são fatores centrais e constitutivos de uma nova esfera pública em formação, não se deve esperar conversões éticas de uma imprensa cuja estruturação está umbilicalmente ligada ao destino de conhecidas oligarquias. Trabalhar com contradições internas do campo comunicativo existente é uma aposta fadada ao fracasso. Com a experiência acumulada em veículos como Carta Maior, Caros Amigos e Brasil de Fato, entre tantos outros, talvez tenha chegado a hora de investir em um grande jornal de esquerda. Como viabilizá-lo operacionalmente não cabe no espaço desse artigo, mas com a massa crítica acumulada já passou da hora. Essa é a questão central da democracia brasileira. Precisamos inventar a imprensa democrática.

(*) Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa.
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Apresentações digitais

Bertrand Sousa

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O auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), localizado na BR-230, em João Pessoa, teve uma semana – 24 a 28 de setembro do corrente ano – bem movimentada. Foi o local escolhido para sediar as atividades da “Semana Municipal de Ciência e Tecnologia”, uma iniciativa do Governo Federal, com apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) – através de seus respectivos Ministério e Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec).
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A programação do evento teve como eixo central as questões ambientais do planeta Terra, apresentadas e discutidas em palestras e trabalhos multimídia – produzidos por alunos que concluíram o curso de informática básica oferecido gratuitamente nas 16 Estações Digitais que funcionam na Capital. O evento também discutiu o acesso às novas tecnologias e contou com a participação de representantes municipais e coordenadores dos Centros de Referência da Cidadania e Juventude.

Desde segunda-feira (24/09) foram realizadas quatro apresentações diárias – uma de cada Estação Digital – nos horários diferentes das aulas. As turmas da manhã, apresentaram seus trabalhos à tarde e vice-versa. O secretário de Ciência e Tecnologia do Município, Simão Almeida, disse que a intenção da Prefeitura é oferecer novos cursos, mais avançados, para que as turmas que concluíram o Básico possam evoluir. “A grande missão do Governo Municipal, por meio da Secitec, é levar a tecnologia mais avançada para toda população, sem nenhum preconceito. O projeto das Estações Digitais teve inspiração na inclusão social", enfatizou o secretário.


Os alunos do Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama, orientados pelos monitores Karlynda Melo e Robson Queiroz, mostraram o resultado de suas pesquisas sobre “Desmatamento e Reflorestamento” na quinta-feira (27/09). Pela manhã, além das apresentações de trabalhos, houve a palestra “Era do conhecimento, sociedade da informação”, ministrada pelo Prof. João Torquato (TIC / Casa Brasil). Na parte da tarde, os alunos foram recebidos pelo diretor de Fomento e Competitividade da Secitec, Rubéns Freire. Ele conduziu de forma descontraída novas apresentações sobre o meio ambiente, questionando a platéia alguns conceitos de Informática e Física.

Segundo Rubéns Freire, a “Semana de Ciência e Tecnologia” teve como objetivo a difusão e popularização das políticas públicas desse setor, para que a população defina prioridades para os investimentos dos recursos. “A idéia foi construir um ambiente onde possamos discutir e refletir as questões de ciência e tecnologia (C&T)”, explicou.


Já o diretor de Inclusão Digital da Secitec, José Isidro Alves, disse que a inclusão digital em João Pessoa deixou de ser um desejo e se transformou em realidade. "Temos 16 Estações em pleno funcionamento e logo mais outras quatro estarão a serviço da população. Com isso, o projeto que prevê a implantação de 20 Estações Digitais estará completo", afirmou Isidro; que também assistiu as exibições e parabenizou os jovens aprendizes pelo desempenho nas oficinas de informática.
Fotojornalismo

É a prática do jornalismo por meio da linguagem fotográfica em substituição à linguagem verbal. O Fotojornalismo preenche uma função bem determinada e tem caracteristicas próprias. O impacto é elemento fundamental. A informação é imprescindível, assim como o elemento de atualidade e interesse social. É na fotografia de imprensa, um braço da fotografia documental, que se dá um grande papel da fotografia de informação, o Fotojornalismo.


É no fotojornalismo que a fotografia pode exibir toda a sua capacidade de transmitir informações. E essas informações podem ser passadas, com beleza, pelo simples enquadramento que o fotógrafo tem a possibilidade de fazer. Nada acontece hoje nas comunicações impressas sem o endosso da fotografia. Existem, basicamente, três gêneros de fotografia jornalistica:

* Fotografias sociais: nessa categoria estão incluídas a fotografia política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da cidade, do estado e do país, incluindo a fotografia de tragédia;
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* Fotografias de esporte: nessa categoria, a quantidade de informações é o mais importante, influindo na sua publicação;
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* Fotografias culturais: esse tipo de fotografia, tem como função chamar a atenção para a notícia antes mesmo de ser lida.


A fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das caracteristicas do Fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no inicio dos anos 70 com as revistas semanais.
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A cooperativa dos Funcionários I

Edilma Silva
Neilda Alves
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A Cooperativa Gráfica (Cooperatigraf), que funciona na Rua Licota Maroja, Funcionários I, em João Pessoa, iniciou suas atividades em 30 de junho de 2005. Começou com apenas três funcionários e, conforme foi crescendo, aumentou o quadro de pessoal - chegando ao total de 20 empregados.
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A instituição trabalha em parceria com várias gráficas, como: Moura Ramos, Grafset, JB, Multimagem, entre outras. A quantidade de material produzido é muito grande e, dependendo da época do ano, pode atingir a marca de 30 mil unidades. Inclusive, uma parte da produção vai para estados vizinhos.

Por ser um trabalho muito delicado, 90% dos funcionários eram mulheres. Mas, devido às quantias elevadas de material, tornou-se necessária a contratação de mão-de-obra masculina. Por outro lado, muitos não se identificaram com o trabalho - que exige agilidade e atenção - e deixaram de exercer as atividades na Cooperativa.

A Cooperatigraf funciona da seguinte maneira: os clientes fazem pedidos para as gráficas mencionadas, que preparam o material e enviam para a Cooperativa fazer o acabamento dos produtos. O horário de atendimento vai das 7:30 às 18 horas, com intervalo de 1:30h para o almoço, de segunda a sábado.