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sexta-feira, 28 de setembro de 2007


Juventude Fazendo Arte

Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama
Programação de encerramento das Oficinas Arte-Culturais
De 01 a 05 de outubro de 2007

* Segunda (01/10)
15h - Apresentação da montagem teatral:
"Pedaços de peças, trepeças e presepadas"
Local: Auditório do CRJ Ilma Suzete Gama.

* Terça (02/10)
15h - Visita ao ateliê do artista Régis Soares - (Grafite)
Durante toda a semana ocorrerão intervenções de Grafite no CRJ.



* Quarta (03/10)
17h - Visita cultural à Escola Castro Alves - (Percussão e Break)
Durante toda a semana haverá exposição dos melhores desenhos e grafites.

19h30 - Apresentação da montagem teatral:
"Aquele que diz sim. Aquele que diz não", de Bertold Brech
Local: Auditório do CRJ Ilma Suzete Gama.

* Quinta (04/10)
19h - Lançamento do "Blog Comunycarte", produzido pela Oficina de Jornalismo
Local: Auditório do CRJ Ilma Suzete Gama.

* Sexta (05/10)
16h - Ensaio aberto de Percussão e Break na Praça Lauro Wanderley (Func. 1)
Durante toda a semana haverá também a exposição das produções jornalísticas.

Dica cultural: Jornal Mundo Jovem

A história do "Mundo Jovem" começou no Seminário Maior de Viamão-RS. Em setembro de 1963 foi lançada a revista "S.O.S. Vocações", com o objetivo de atrair mais gente para os seminários. Era editada em português e espanhol. Servia basicamente de subsídio para as "equipes vocacionais".
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Já em agosto de 1964 trocou de nome, para "Lançai as Redes", ainda com objetivos especificamente vocacionais, porém ampliando a abrangência. Agora destinava-se também aos trabalhos vocacionais nas paróquias e escolas. Em outubro-novembro de 1967, ainda no Seminário de Viamão, o jornal ampliou ainda mais sua abrangência, dirigindo-se a todos os jovens, abordando e refletindo suas inquietações, suas ansiedades e esperanças. Foi nesta oportunidade que adotou o atual nome de "Jornal Mundo Jovem".


Em janeiro de 1972 o jornal passou do Seminário de Viamão para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, como um órgão da Faculdade de Teologia. E aqui ele se mantém até hoje. Ao longo desses anos o jornal Mundo Jovem aprendeu a abordar, numa linguagem simples e direta, os mais diversos temas da vida do jovem. É uma proposta de leitura alternativa para jovens e adultos que não se acomodam e encaram o desafio de construir o novo.

Hoje o "Mundo Jovem" é usado como subsídio para debates e reflexões de grupos e também nas escolas, sobretudo nas disciplinas humanísticas (Ensino Religioso, História, Psicologia, Sociologia, Filosofia, Língua Portuguesa, etc.), especialmente no Ensino Médio.

O Jornal Mundo Jovem é distribuído exclusivamente para assinantes, tem uma tiragem de 120 mil exemplares por edição e atinge atualmente todos os estados brasileiros, estando presente em cerca de quatro mil cidades. É uma história que foi construída com a marca do idealismo, da garra e da gratuidade de centenas de pessoas. O jornal Mundo Jovem não é uma empresa, não tem fins lucrativos e não veicula publicidade. O Mundo Jovem é um jornal de idéias.
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Logomarca e banner Comunicarte

Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=37344666
Lista de Discussão: www.grupos.com.br/group/comunycarte
Assinar Lista: assinar-comunycarte@grupos.com.br
Mensagens: comunycarte@grupos.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Alunos visitam ateliê
Bertrand Sousa
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A tarde da última seta-feira (14/09) foi especial para os alunos do Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama, localizado no bairro Funcionários I, em João Pessoa. Integrantes das oficinas arte-culturais de: percussão, jornalismo, grafite e break dance (dança de rua), reuniram-se para uma atividade extra-classe, a visita ao Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, no Centro Histórico da Capital.
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O clima de animação produzido pelos jovens aprendizes era contagiante, ao longo do trajeto até o local programado. Cantando, brincando e batucando instrumentos, eles davam o tom. Era o começo de uma tarde cultural, acompanhada de perto pela equipe do CRJ, formada pelo diretor (Rômulo Halysson), a coordenadora pedagógica (Anésia Queiroz) e os facilitadores das oficinas: Dal Zapata, Bertrand Sousa, Wanessa Sobral, Anderson Santos e Karlynda Melo.
Na chegada ao Ateliê, fomos recebidos pelo artista plástico e proprietário do espaço multicultural, Elioenai Gomes, mais conhecido como Nai. Nosso anfitrião deu as boas vindas e fez uma rápida apresentação da sua oficina de arte, situada no berço da capital paraibana.

Em seguida, os alunos dividiram-se em quatro grupos: o primeiro - conduzido por Nai - passou a conhecer um pouco da técnica de produção de peças decorativas, a partir de pequenos objetos recicláveis; o segundo grupo iniciou uma dinâmica percussiva, um ensaio aberto sob o comando do professor e músico Dal Zapata; a terceira equipe acompanhava o ritmo através dos movimentos corporais que caracterizam a dança de rua; enquanto isso, o pessoal do grafite interagia de forma artística com o ambiente, desenhando e pintando em local reservado.

A instalação e o criador

O espaço que visitamos naquela tarde existe desde 2004 e passou a funcionar no Centro Histórico há um ano e meio, aproximadamente. Segundo Nai Gomes, uma programação cultural será realizada neste mês de novembro para inaugurar oficialmente as instalações do Ateliê. “Diversos artistas serão convidados para esta ocasião festiva, além de outras pessoas interessadas em cultura e arte”, explicou.

A transformação de objetos e matérias recicláveis em peças de arte foi o ponto de partida para montagem da oficina multicultural. De acordo com Nai, que pratica artes plásticas há 23 anos, o meio ambiente e a juventude são a maior fonte de inspiração para seu trabalho. “Os jovens e adolescentes sempre trazem novidades, são criativos e manifestam isso através da arte, produzindo a expansão simbólica deste ambiente”, disse o artista.

Uma pequena avaliação

Rômulo Halysson (*)
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Sempre avaliei as alternativas sócio-culturais, como possibilidades efetivamente reais para formação cidadã. E quando se trata da juventude, minha avaliação vai mais além. Conscientizá-la sobre seus direitos e deveres não é uma tarefa fácil.
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As opções de acessibilidade – vamos dizer assim – à cultura, que a gestão municipal de João Pessoa vem proporcionando para esta “galera”, através dos Centros de Referência da Juventude (CRJs) não podem – sob hipótese alguma – ser tratadas como coisas banais. Precisam ser entendidas e compreendidas, principalmente por aqueles que dia após dia subestimam nossa juventude.
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As atividades dos CRJs não foram pensadas para formar artistas: percussionistas, grafiteiros, atores. A proposta, desde o início, foi utilizar o acesso das múltiplas juventudes às alternativas culturais, como possibilidade construtiva para a cidadania juvenil.
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As Políticas Públicas de Juventude (PPJs) como bandeiras efetivas de governo precisam ser levadas em conta. Mas o que nós realmente precisamos é que as PPJs se tornem política de Estado, sobretudo nas áreas de saúde e educação, para crianças e adolescentes. Enquanto nossos municípios, estados e a própria União não traçar um plano efetivo para consolidar as ações fragmentadas, que são desenvolvidas por alguns agentes públicos, nada de concreto será efetivado.
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Voltando ao CRJ, conseguimos perceber o quanto parece mágico para os alunos praticar o que aprendem aqui dentro. O quanto isso é valoroso. Tanto que eles próprios não conseguem lidar com as emoções (rsss). A visita ao ateliê de Nai Gomes – que já tínhamos realizado com outras turmas – foi uma experiência muito importante para esta rodada de oficinas; mas, sobretudo, para estes(as) jovens, porque puderam conhecer a casa de um trabalhador da cultura, suas expressões, e, principalmente, como ele transforma as possibilidades com seu conhecimento artístico-cultural. Foi uma tarde bastante proveitosa, especialmente pela avaliação positiva de uma visita tão cheia de impressões, apesar dos impulsos trabalhosos de nossos pequenos aprendizes.


Enfim, está mais do que provado que as oportunidades são as condições supremas para mudar o cenário social em que vivemos. Sei que muitos destes jovens não se tornarão artistas ou músicos, mas posso dizer sem medo algum: todos que passaram pelos portões do CRJ e participaram das nossas atividades, saíram com uma visão de mundo diferente. Quer seja do contexto social, quer seja da sua importância nesse contexto.

(*) Diretor do CRJ Ilma Suzete Gama

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Programa Espaço Público

Cientistas sociais, economistas, artistas e personalidades se encontram nos estudios da TVE Brasil (Canal 4) para debater e comentar os principais fatos e notícias nacionais e internacionais.
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Sob o comando de Lúcia Leme, Espaço Público é um programa diário, com três blocos, onde o debate sobre os temas abordados é constante. Horário: De segunda a sexta-feira: 00h30.

A chegada do Jornalismo ao Brasil

Bertrand Sousa

Da Europa, a imprensa foi exportada para as colônias em todo o mundo, chegando ao Brasil com a família real. Entretanto, verifica-se um espaço de 308 anos entre a conquista do território e a instalação da imprensa no País (em 31 de maio de 1808), quando Dom João fundou no Rio de Janeiro a Imprensa Régia.
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O primeiro jornal brasileiro começou a circular em 10 de setembro de 1808. A Gazeta do Rio de Janeiro era um jornal de quatro páginas e se constituía um órgão oficial da administração portuguesa. Antes da Gazeta, porém, em 1º de junho de 1808, em Londres, Hipólito José da Costa tirava a primeira edição do Correio Brasiliense. Este era mensal, com 72 a 140 páginas e chegava ao Brasil escondido. Seu conteúdo era doutrinário, defendendo as idéias liberais e o abolicionismo, desagradando, assim, os interesses portugueses. (BERTOL & FROSI, 2004)


Porém, de acordo com Melo (1973), existiam outros motivos para o atraso na chegada da imprensa ao território brasileiro, já que em outras de suas colônias, os portugueses até contribuíram para essa implantação. Os fatores sócio-culturais, tais como: o analfabetismo das populações indígenas, a ausência de escolas ou universidades, já que a natureza da colonização foi exploratória; e até mesmo os setores burocráticos do governo eram precários e não necessitavam de impressão. Ou seja, nada justificava qualquer investimento português em imprensa, muito menos em jornalismo.

Além disso, o comércio e a indústria eram atividades embrionárias ou inexistentes e, ainda, havia a questão da censura, imposta por todas as metrópoles absolutistas da época à suas colônias. A implantação da imprensa não constituiu uma iniciativa isolada, mas vinculou-se a um complexo de medidas governamentais capazes de proporcionar o apoio infra-estrutural para a normalização das atividades da Coroa Portuguesa, aqui instalada de modo provisório. Por este motivo, somente com a mudança do governo e da família real para o Brasil, as atividades culturais, o comércio e até a burocracia governamental exigiam que fosse instalada a imprensa.



Enfim, a trajetória do Jornalismo Brasileiro no século XIX foi marcada pela construção de uma nova cultura política. De jornais meramente opinativos e bajulatórios da corte, passamos ao jornalismo partidário, engajado nas lutas sociais. Surgiram então jornais abolicionistas, reforçando a função ideológica e partidária que o jornalismo assumia naquela época. A abolição da censura prévia por Dom Pedro I, em 1821, foi vital neste contexto. Logo depois, surge a primeira versão da Lei de Imprensa, promulgada no ano de 1823.

Os jornais empresa do início do século XX também fizeram história no Brasil. Este período foi marcado por iniciativas pioneiras na área do ensino da comunicação, sobretudo, em função das mudanças pelas quais passava a imprensa, evoluindo então para uma fase industrial, principalmente nas capitais do país. O Brasil passava por transformações políticas, sociais e econômicas, e a modernização viria a transformar o cenário urbano.

Em 1918, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), preocupada com o preparo de profissionais, tentou criar aquela que seria a primeira Escola de Jornalismo do país, baseada nos moldes das organizações norte-americanas. Mas foi só em 1935 que funcionaria, na Universidade do Distrito Federal, o primeiro curso superior de Jornalismo.

Durante o “Estado Novo”, a imprensa brasileira sofreu duros golpes. O pior deles foi o surgimento da censura - a partir de 1939 - estruturada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Porém, a expansão industrial do jornalismo não foi interrompida, pois os recursos governamentais empregados na publicidade dos atos oficiais beneficiaram os meios de divulgação. Em 1945, a nação pôs um fim na ditadura. Foram abolidos os instrumentos de opressão e a imprensa readquiriu sua plena liberdade. Anos depois, em 1953, o governo criaria uma nova Lei de Imprensa.

O autoritarismo implantado pela ditadura, a partir de 1964, obrigou nossa imprensa a publicar apenas “notas oficiais”. As redações funcionavam sob o clima de tensão e a maioria dos jornalistas se permitia acrescentar apenas uma cabeça ou lead às notícias que chegavam.

O sistema midiático brasileiro, como hoje o conhecemos, foi configurado e consolidou-se na década de 70. Esse período, que se inicia com o AI-5 e o lançamento do Pasquim irá se encerrar com a anistia e a greve dos jornalistas. As experiências jornalísticas do período são exemplares. É a época que O Estado de São Paulo publica “Os Lusíadas”; Veja lança uma edição sobre torturas; surge Opinião, Movimento e outros jornais da imprensa alternativa. Enquanto a censura se abranda, os jornais se amoldam. A experiência mais rica, indiscutivelmente, é a reforma da Folha de São Paulo, conduzida por Cláudio Abramo. A crise da Veja é sintomática, mas permite o lançamento de Istoé e – pouco depois – da experiência frustrada do Jornal da República. Nesta década, temos a ditadura pura, a distensão e os primórdios da abertura.

No começo dos anos 80, o Jornalismo brasileiro ampliou sua ação de contraponto à "agenda oficial", introduzindo valores e técnicas para nortear seus textos, tais como: a investigação, a denúncia, a pluralidade informativa, a informação conscientizadora, a relevância sócio-comunitária; enfim, despertando nosso povo para os tempos de mudança.

A partir dos anos 90, observa-se um aprofundamento da subordinação do Jornalismo à lógica capitalista. Por outro lado, a mídia passa a participar cada vez mais da vida política do País, através de investigações e denúncias. O processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, por exemplo, demonstrou a influência que os meios de comunicação nacionais podem exercer sobre os jovens e toda a sociedade brasileira.

Com efeito, a história do Jornalismo no Brasil reflete a própria situação do País. Não há mais censura nem repressão do Estado, porém os interesses comerciais de cada publicação, que na maioria dos grandes veículos são omitidos, prevalecem – em alguns casos – em detrimento a informação.
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FONTE: http://www.insite.pro.br/Monografia%20Bertrand.htm
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João Pessoa: arte dos sonhos

Gleydson Francisco

A cidade de João Pessoa, umas das principais capitais do Nordeste, é conhecida nacional e internacionalmente por suas belezas naturais. Por outro lado, também é repleta de realidades que causam medo na população, tais como: o aumento da violência, principal fator negativo; bairros periféricos sem infra-estrutura, onde esgotos correm a céu aberto; dentre outras dificuldades que nosso povo enfrenta diariamente.


Mas apesar dos problemas, comuns a diversas cidades do mesmo porte, a capital paraibana possui gente hospitaleira, o verde da maior reserva urbana de Mata Atlântica do Brasil – a Mata do Buraquinho – as belas praias que revelam os encantos da biodiversidade, o rico patrimônio histórico-cultural, entre outras qualidades. Deste modo, os pontos turísticos configuram-se como principais atrativos da nossa terra, desde o nascer ao pôr-do-sol, do Farol do Cabo Branco – ponto extremo oriental das Américas – à Praia do Jacaré.


Uma capital de sonhos, onde reside a tranqüilidade e reina a diversão através da arte. Um canteiro de boas obras que se tornará realidade quando houver a diminuição dos problemas e desigualdades sociais, restando apenas às maravilhas criadas por Deus. Um lugar onde possamos dormir com a consciência tranqüila e ter certeza de um novo amanhecer. Que o sol nessa terra, onde é o primeiro a chegar, também possa trazer a luz para este povo humilde e trabalhador.
Tribos urbanas
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Ariana Albuquerque
Tamyres Guedes
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Desde os primórdios da existência humana podemos constatar nossa divisão em diferentes grupos sociais, que se fortaleciam e se distinguiam cada vez mais devido aos interesses em comum. Ainda hoje observamos que isso acontece com certo grau de relevância. Este comportamento de organização em sociedade passou a criar tribos (grupos sociais) com: hábitos, culturas, valores sociais, estilos musicais, ideologias políticas, etc., bem distintas.
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Devido a sua concentração e diversidade nos grandes centros urbanos, passaram a ser denominadas “tribos urbanas”. O crescimento delas foi assustador nos últimos anos, por diversas motivações. Uma grande parte dos jovens, por exemplo, une-se por um gosto musical comum, refletido no estilo que a tribo adere - tanto nas roupas quanto nas atitudes em relação à sociedade. É o caso dos hippies, que usam sua forma de expressão para contestar o modo de vida consumista que caracteriza o mundo contemporâneo. Por conta disso, são adeptos e muitas vezes produtores de objetos artesanais.


Muitas tribos surgiram como reação ao crescimento do individualismo nos últimos tempos. Isso causou em parte da sociedade, que não estava satisfeita com o isolamento, à busca por afinidades e o desenvolvimento de novas relações humanas. Verificamos que esse fato é bem visível entre os adolescentes, por contestarem os valores tradicionais e se acharem vazios (na maioria das vezes) diante do mundo em que vivem. Deste modo, sentem a necessidade de integrar-se com seus pares, para que possam de forma coletiva (tribal) crescer individualmente. É um paradoxo bem interessante.

A situação que apresentamos acima é vivenciada pela jovem Anny Caroline, 17 anos, que faz parte de uma tribo urbana há três anos. ”Fazer parte de uma tribo é se achar; se redescobrir; é se tornar mais completo e encontrar indivíduos que te entendam, mesmo quando não temos as mesmas opiniões. Existem barreiras que as tribos enfrentam, tais como o pré-conceito, o ponto de vista restrito da maioria das pessoas em nossa sociedade.”, afirmou.


Segundo Henrique Luna, 19 anos, que se considera fã de todos os estilos, “se um indivíduo ou grupo fizer algo diferente da sociedade será vítima do preconceito de alguém ou de outro segmento social”. Já Raphael Vasconcelos, 22 anos, afirma que não costuma se agregar em grupos, porque tendem a buscar características específicas e até mesmo restritas aos seus componentes. “Tenho amigos com preferências musicais e culturais totalmente diferentes das minhas. Apesar disso, me dou muito bem com eles. O que importa é a figura humana, a personalidade da pessoa”, disse Raphael.

Logo, percebemos a existência das mais diversas tribos na sociedade moderna. Mas os indivíduos que delas participam não se restringem apenas a motivação inicial citada. Com o passar tempo vão modificando também valores pessoais, tais como: sentimentos de amizade, obediência, fraternidade, humildade, ou mesmo a união em torno de determinados ideais, tentando abolir os preconceitos do mundo em que vivem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Folkcomunicação: noções básicas

A Folkcomunicação constitui uma área de investigação dedicada ao "estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressões de idéias", como bem definiu Luiz beltrão, pioneiro desses estudos no Brasil.

No mundo globalizado pelos mídias, as manifestações folclóricas no Estado da Paraíba, como nos demais estados brasileiros, passam por grandes mudanças. Conhecer os perfis culturais existentes nas diferentes regiões do pais possibilita uma melhor compreensão da coexistência entre as culturas tradicionais/folk e as culturas dos mídias.

O folclore, bem como todas as manifestações culturais, não se fecha sobre si mesmo. Os seus significados estão sempre abertos às novas relações sociais e formas de expressão. Estes fenômenos de incorporação e adaptação fazem parte do processo de circulação e dinamização cultural, que se projeta através dos ritos sagrados, festas, espetáculos, literatura, artesanato, culinária, danças e folguedos populares. É essa mobilidade e diversidade que distingue o folclore das outras culturas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

























Campanha pela Liberdade de Imprensa

O lançamento da Campanha Nacional em Defesa da Liberdade de Imprensa, marcou as comemorações ao Dia Nacional da Imprensa. A iniciativa partiu da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que, em parceria com os sindicatos filiados, lançou a campanha em todo País, promovendo atos públicos.
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O objetivo da campanha é denunciar à sociedade os casos de violência contra jornalistas e de cerceamento à liberdade de imprensa. A Fenaj e os sindicatos manifestaram, neste dia nacional de luta, seu repúdio à censura e às decisões judiciais de vários Estados que procuram amordaçar jornalistas e escritores.

A campanha visa estimular os jornalistas e a sociedade em geral a defenderem uma das principais conquistas da sociedade brasileira: a liberdade de imprensa. Cartazes estão sendo fixados nas redações e em outros locais de trabalho de jornalistas e ainda distribuídos para entidades engajadas nesta luta, como as de defesa dos direitos humanos, conclamando a todos participar da campanha.

Em parceria com os sindicatos filiados, a Fenaj fará um amplo levantamento sobre os atentados à liberdade de imprensa nos Estados, através de pesquisa junto aos profissionais. Para participar, o jornalista deve preencher um questionário que será distribuído nas redações (recupere o seu nesta página). “A meta é que tenhamos um diagnóstico minucioso dessa realidade para que lutemos amplamente contra a censura e toda forma de cerceamento à liberdade de imprensa, denunciando aos órgãos nacionais e internacionais competentes o maior número de casos, desde os de maior repercussão até os que ficam entre as quatro paredes das redações”, explica a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), Carmen Silva.
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Ela informa ainda que o diagnóstico e a mobilização nacional estão inseridos na primeira fase da campanha, originando levantamentos que apontarão as demais etapas. No lançamento da campanha, no dia 1º de junho deste ano, sindicatos de todo País realizaram atos públicos, debates e pronunciamentos no Legislativo.
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FONTE:
www.fenaj.org.br
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sábado, 8 de setembro de 2007

Um framework para Comunicação

Ricardo Araújo Costa


A crescente popularização da World Wide Web, o aumento do número de informações que nela se encontram e a necessidade humana de se manter informado sobre os diversos acontecimentos mundiais, levaram ao surgimento de sistemas de gerenciamento de conteúdo, que permitem a fácil e rápida criação e divulgação destas informações. Estes sistemas variam desde simples blogs ou weblogs, algo semelhante a um diário on-line oferecidos por diversos provedores a seus assinantes, até sistemas mais complexos como o Vignette V6 Content Suite, desenvolvido pela Vignette.

Com a consolidação e proliferação de jornais, agências de notícias e diários pessoais, juntamente com sistemas de gerenciamento de conteúdo na Web, surgiu um novo desafio: como possibilitar que estes sistemas se comuniquem, trocando informações mais rapidamente?

Diante deste cenário, o desenvolvimento de um framework, que possibilite a comunicação entre sistemas de gerenciamento de conteúdo na Web e qualquer outro sistema que deseje obter informações deste, seria um grande passo para a superação deste desafio.

Esta superação permitirá o surgimento de novas possibilidades na área de gerenciamento de conteúdo e publishing em geral. Dentre os cenários viáveis, destacam-se o envio de conteúdo de jornais on-line para celulares de seus assinantes, o envio de notificações por parte dos gerenciadores de conteúdo de agências de notícias aos sistemas dos seus clientes toda vez que uma nova informação for inserida, o recebimento de notícias provenientes de jornais on-line pelo gerenciador de conteúdo de uma intranet, controlando assim o conteúdo disponibilizado, a fim de diminuir a necessidade de acesso a Internet por parte de seus usuários, e conseqüentemente aumentar a produtividade dos mesmos.
Gênese e evolução do Jornalismo
Bertrand Sousa

A invenção da prensa de tipos móveis (prensa tipográfica) ocorreu em 1436, segundo os escritos de Romero (1979), pelo alemão Johannes Gutenberg. O fato impulsionou a criação dos primeiros jornais impressos. Portanto, esta criação é mencionada ao longo do tempo como a semente que deu origem ao Jornalismo. E foi a partir desta época que as informações e o conhecimento começaram a ter uma divulgação de forma sistemática, para um grande número de leitores. Desde então, a imprensa passou a ser considerada uma das maiores invenções da humanidade.

Na primeira metade do século XV, época em que Gutenberg implantava os tipos móveis na Europa, o mesmo fato acontecia no Extremo Oriente. Antes disso, tudo era escrito a mão, e por este motivo nunca chegou a existir de fato um jornal. Se não surgisse a impressão com tipos móveis, teria surgido em seu lugar outro processo de fácil divulgação dos escritos, pois foi a necessidade dessa divulgação, impulsionada pela inquietude intelectual e artística, na aurora da Renascença, que levou Gutenberg a descobrir a imprensa. (JOBIM, 1992, p. 70)

Os estudos de Albert & Terrou (1990, p. 4) revelam que “ao inventar em Estrasburgo, no ano de 1438, a tipografia, que se difundiu com muita rapidez na segunda metade do século XV, Gutenberg permitiu a reprodução rápida de um mesmo texto.” Contudo, apenas no final do século XV as primeiras folhas noticiosas (folhas volantes) apareceram na Europa, utilizando a prensa para produzir informação. Relacionavam-se aos acontecimentos particulares e não tinham edições constantes. De acordo com Pacheco (2004, p. 15), foi nesta época que surgiram as gazetas, “folhas de notícias que relatavam acontecimentos importantes da atualidade. Os pasquins, surgidos depois, falavam de acontecimentos sobrenaturais, crimes, catástrofes, etc.”.

No século XVI, despontaram as folhas de caráter opinativo, denominadas libelos, que tratavam de polêmicas religiosas e políticas. Até que no século XVII, juntamente com a intensificação do comércio, surgiram os primeiros jornais e revistas de notícias regulares. As primeiras revistas foram: Avisa-Relation Oder Zeitung e Relation, impressas em Wolfenbuttel e Strassburgo, respectivamente, no ano de 1609. Já o primeiro jornal semanal teria surgido em 1607, na cidade de Amsterdã. Enquanto o primeiro jornal de circulação diária (Leipziger Zeitung) teria aparecido na Alemanha, em 1660 – de acordo com Romero (1979).

Segundo Bertol & Frosi (2004), durante o século XIX, a produção e distribuição de notícias adquiriram aspecto diferente, configurando-se como indústria jornalística. Foi um marco divisório para a imprensa mundial, pois nesse período aconteceram grandes inovações nos jornais, como por exemplo: a diversificação dos temas em categorias, o aumento das tiragens, entre outras. Além disso, a população foi alfabetizando-se, criando, deste modo, um mercado consumidor em constante expansão.

No século XX o Jornalismo experimentou uma fase de crescimento vertiginoso, sobretudo no continente europeu. Devido às novas tecnologias de produção e difusão do conhecimento, foi possível atingir um número muito maior de pessoas ao redor do planeta. Nesta época surgiram as grandes corporações midiáticas, buscando a cada dia transformar notícias em negócios, informações em produto, público em consumidor.

E, finalmente, neste início do século XXI, o "cybermundo" consolidou a transformação do modo de produção jornalística - com as notícias em tempo real, "ao vivo" de qualquer lugar do planeta, a partir de alguns clicks em portais da Internet. Aliás, as constantes alterações produzidas pela revolução informática serão percebidas durante muitas gerações, seja no domínio sócio-econômico-cultural, ou nos domínios da política e religião.
Dica cultural: revista








Caros Amigos é uma revista mensal de interesse geral distribuída em todo o país. Lançada em abril de 1997, Caros Amigos traz, em cada edição, uma grande entrevista com personalidade de destaque em determinado campo de atividade, como o econômico, o político, o religioso, o artístico, o esportivo, o filosófico etc., sempre alguém de opinião independente, pronto para criticar o próprio meio em que atua.

Outro ponto forte da revista são os colaboradores: Ana Miranda, José Arbex Jr., Frei Betto, Emir Sader, Renato Pompeu, Gershon Knispel, Guilherme Scalzilli, Carlos Castelo, Glauco Mattoso, Marilene Felinto, Mylton Severiano, Claudius, Guto Lacaz, Georges Bourdoukan, Gilberto Felisberto Vasconcellos e muitos outros amigos.

Reportagens, um ensaio fotográfico e a opinião dos leitores completam a receita editorial da revista. A seguir, alguns dados técnicos da Caros Amigos: • Periodicidade: mensal • Circulação: nacional • Distribuidor: DINAP • Tiragem: média de 50.000 exemplares• Venda em banca: média de 20 mil exemplares • Lançamento: segunda semana do mês
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FONTE: www.carosamigos.com.br

Festa na Paróquia
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Danillo Gomes
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Este ano a paróquia Virgem Mãe dos Pobres, localizada no bairro Jardim Planalto, em João Pessoa, esta completando 10 anos de atividades. E para comemorar em grande estilo, resolveu organizar uma programação religiosa e festiva, durante 10 dias - de 10 a 19 de agosto do corrente ano.
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As celebrações foram presididas por diversos membros da Igreja Católica, dentre os quais destacamos: Padre Rui (sexta), Pe. Pedro (sábado), Pe. Carlos Alberto (domingo), Pe. Bosco (segunda), Pe. Marcílio (terça), Pe. Renato (quarta), Pe. Sales (quinta), Frei Vitor (sexta), Pe. Carlos Fred (sábado) e Dom Aldo Pagoto (domingo), encerrando o evento.

No domingo (12/08) e na quarta (15/08), aconteceram momentos especiais durante as missas. Na primeira houve uma recepção calorosa para os novos ministros extraordinários; dias depois foi a vez dos novos coroinhas da Paróquia - um momento de glória, sem dúvida.

Logo após as missas, começavam as apresentações festivas, como: shows com bandas de forró, bandas marciais, companhias de dança, ciranda e seresta. Dentro das comemorações houve também a escolha da “Rainha da Paróquia”. As candidatas eram meninas de oito a doze anos, representando cada comunidade integrante da Paróquia. A escolha teve uma característica interessante: além dos votos dos jurados, os fiéis podiam participar da eleição, comprando o direito de votar - ao mesmo tempo em que faziam uma doação simbólica. A ganhadora foi a jovem Eyne Cristina.

O encerramento ocorreu no domingo (19/08), com a procissão saindo da Praça Lauro Wanderley. Em seguida, realizou-se uma missa solene com o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagoto. Segundo Natíldes Ferreira, coordenadora de um dos grupos da Paróquia, essa foi a melhor festa que a diocese do Jardim Planalto já teve.
Aquecimento global

Gleydson Francisco

Há muito tempo os seres humanos perceberam as transformações ambientais em nosso planeta. Porém, devido aos macro-interesses econômicos, tanto dos governos quanto das grandes empresas (transnacionais), fica cada vez mais difícil combater tais mudanças e reverter os estragos causados pela poluição.

A Terra clama por socorro, das mais diversas formas. Apesar disso, apenas uma minoria da população mundial mostra interesse e luta para tentar retardar a morte do planeta. Enquanto isso, os grandes poderes internacionais – políticos e econômicos – brigam pelos lucros da produção industrial, sem a preocupação com os malefícios para os ecossistemas.

A natureza vem aplicando em nós uma injeção de dor, causada pela morte de inúmeras espécies de plantas e animais. Pouco a pouco o meio ambiente esboça uma reação trágica, através de fenômenos climáticos - como os furacões, por exemplo - que estão atingindo grandes áreas com uma violência nunca vista.


Em épocas distantes, podemos pensar na beleza que era sentir a brisa da manhã sem a preocupação com nuvens de fumaça, que poluem não apenas as cidades, mas o nosso dia-dia como um todo. A poluição atmosférica nas grandes cidades pode ser considerada como responsável número um, pelos casos de infecção pulmonar e problemas respiratórios.

Nossa querida Terra também suplica por saúde e mostra os efeitos colaterais de tanto descaso. Portanto, devemos buscar melhores condições de coexistência com o meio ambiente. As gerações futuras dependem deste esforço mundial. Cabe a todos nós aumentar o nível de boa vontade com as questões ambientais e buscar transformações imediatas, ao invés de apenas assistir o final de nossa existência.
Desmatamento no Brasil

Wanessa Toscano

A raça humana, cada vez mais interessada no “progresso”, vem dizimando as florestas - o habitat natural mais rico e diversificado do planeta. O flagelo do desmatamento no Brasil não é um fato novo, sempre existiu. O processo teve início com a conquista do território nacional pelos portugueses, que exploravam o Pau-Brasil – uma das maiores riquezas da Mata Atlântica – para obter lucros na Europa.


Desde então, o desmatamento em nosso País tornou-se uma constante. As causas são diversas, como veremos a seguir. A construção de condomínios residenciais, grandes rodovias, as atividades agrícolas e pecuárias, além do comércio ilegal de madeira, tornaram-se personagens principais na degradação do meio ambiente.
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Um relatório divulgado no ano 2000 pela WWF – ONG dedicada à proteção ambiental – apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original de 1500. Os números são preocupantes e crescem a cada dia, como revelam as entidades ambientalistas e os noticiários.



Outro problema muito sério são as queimadas e os incêndios florestais. Por incrível que pareça, uma simples ponta de cigarro jogada na beira de uma rodovia pode iniciar um incêndio de grandes proporções. Essa devastação ainda traz outra grave conseqüência: o aquecimento da atmosfera – o chamado “efeito estufa” – que acelera o derretimento das geleiras, contribuindo para a elevação do nível do mar.

A Paraíba, bem como outros estados nordestinos, não foge desse contexto. Nosso desenvolvimento econômico-industrial ainda é lento, mesmo assim promove alguns danos ao meio ambiente, como se observa nas regiões do Cariri e Seridó, onde a produção agro-pastoril e os minifúndios são atividades principais. Devido a isso, problemas ecológicos vêm ocorrendo, como por exemplo: a desertificação dessas áreas, a derrubada de matas nativas para o cultivo da cana-de-açúcar, etc.
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Entretanto, vale salientar que no Brasil – e nos mais diversos países do mundo – existem ONGs, ecologistas e ambientalistas preocupados com este assunto. E neste exato momento, eles estão conscientizando as pessoas sobre os cuidados com o planeta, para que possamos juntos resolver ou minimizar os problemas ambientais.