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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

TV de plasma não é TV digital

Lívia Cirne (*)

Há uns dias um senhor, aparentemente de altas "posses", acompanhado do seu filho, chegou a uma loja de produtos eletroeletrônicos para comprar uma televisão. De longe, observava o encantamento que as telas planas de 32 polegadas proporcionavam a tais consumidores. Eles estavam extasiados diante tanta modernidade; com tantos modelos sofisticados e atraentes de TVs.
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Chegou o vendedor mostrando presteza, apresentando cada modelo de televisão. Explicou sobre a qualidade da imagem, muito superior às das TV's mais tradicionais. Pôs o senhor e seu filho para escutarem o som digital, que tende a causar mais sensação de proximidade com o filme. Enfim, estava realizando bem seu papel de vendedor. Foi quando me aproximei para colher as informações que ele repassava.

Conversa vai, conversa vem, o senhor parece não ter sido muito seduzido pelo preço da televisão. Foi aí que o vendedor, insistindo, lançou a pergunta com ênfase: “O senhor não vai querer se adiantar, já comprar uma TV digital?” Aí foi quando me surpreendi com a pergunta e retruquei: “E essa TV de plasma tem conversor?” Na verdade a televisão só era apenas uma televisão de plasma e não uma TV digital.


Hoje, nós brasileiros, estamos nos aproximando de uma revolução na comunicação midiática que culminará com o sistema de televisão que conhecemos e nos acostumamos e dará espaço à TV digital. Mesmo assim, parece-me que os telespectadores ainda não estão informados sobre o que realmente é um aparelho de televisão digital. As pessoas crêem que adquirindo uma televisão de alta definição (plasma ou LCD – cristal líquido) estão necessariamente adquirindo uma TV digital.

Os aparelhos de tecnologia de plasma ou LCD são apenas padrões de tela que apresentam melhor definição de imagem. A TV digital vai muito além de imagem e som de alta qualidade. A grosso modo, este modelo a ser implantado no país – no final de 2007 – proverá maior quantidade de canais e permitirá interatividade, disponibilizando informações e serviços jamais acessíveis ao telespectador da TV aberta brasileira.

Para que a televisão de alta definição seja apta à recepção dos sinais digitais e possibilite essa interatividade ela precisará de um conversor embutido. Aí, sim, ela poderá ser considerada TV digital. É necessário, portanto, que o brasileiro se informe mais sobre esse assunto, que em um futuro muito próximo estará presente no nosso dia-a-dia. É preciso que esteja bastante atento às especificações, para não se confundir no momento em que for adquirir sua TV. Ah! Cabe frisar que o vendedor não foi demitido porque não sabia a diferença entre as TV's, obviamente.
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(*) Jornalista pela UFPB e Tecnóloga em Telecomunicações pelo Cefet-PB. Atualmente cursa o 4° período de Rádio & TV na UFPB e pesquisa sobre TV Digital.
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2 comentários:

Carine & Gleydson disse...

gostei do tema bem atual valeu esse blog é como se fosse minha revista eletrônica sempre com temasatuais.kkkk

Anônimo disse...

Parabéns por sua perspicácia e sensibilidade, o texto é um quadro redigido da atual realidade dos brasileiros em relação a Tv Digital.