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segunda-feira, 6 de agosto de 2007


Atualmente temos a compreensão de que os grandes meios de comunicação do país retêm a informação e produzem uma única verdade sobre a sociedade, criando conceitos e paradigmas. A mídia de massa esta nas mãos da burguesia; orienta-se pela unidirecionalidade e verticalidade; privilegia os objetivos e a ideologia das classes dominantes; cria hábitos de consumo por meio da persuasão e muitas vezes oculta ou desvirtua a realidade.
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Mais do que nunca o domínio dos diversos setores de produção, que geram riqueza e mantém os grandes grupos empresariais com o poder da comunicação do mundo nas mãos, tem colocado ao longo dos últimos 50 anos, o cidadão comum, aquele que efetivamente é o produtor dos bens de capital, cada vez mais distante desse domínio, subjugado aos interesses desses grupos, e sendo tratado apenas como um elemento a mais na manipulação da informação.
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Enquanto isso, os pesquisadores da Comunicação Popular a vêem nas mãos de instituições sem fins lucrativos e de movimentos sociais; atuando de forma multidirecional, horizontalizada; emitida a partir dos anseios das classes subalternas; mobilizando e organizando o povo em torno dos seus interesses, mediante a persuasão; enfim, politizando a comunidade e propiciando o diálogo e a participação no que diz respeito às decisões.
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A Comunicação Popular é resultado de um processo, que se realiza na própria dinâmica dos movimentos populares, de acordo com as suas necessidades. Nessa perspectiva, uma de suas características essenciais é a questão participativa voltada para a mudança social.
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Enfim, não pode se negar que a Comunicação Popular contribui para a democratização da sociedade e a conquista da cidadania. Acreditamos que o desenvolvimento de projetos na área da Comunicação Comunitária, que invertem a cristalizada pauta da grande mídia, pode ser uma estratégia produtiva para efetiva socialização da informação.

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