Sem a democratização da comunicação, não haverá a democratizaçãoda sociedade. Esse lema reflete o sentido da existência da maiororganização social voltada para a comunicação, o Fórum Nacionalpela Democratização da Comunicação (FNDC). É com esse objetivoque diversas organizações, ONGs, sindicatos, partidos e pessoas searticulam, discutem e deliberam propostas voltadas para ampliar oacesso aos meios de comunicação em nosso país.
Ao lançar mão dessa frase, o FNDC (http://www.fndc.org.br/) visa reivindicar espaço para acomunicação dentre os diversos temas que compõem a agenda dosmovimentos sociais no Brasil. Essa atitude tem um importante valorestratégico: ressalta o papel potencializador da comunicação nassuas lutas específicas, mas também chama a atenção para asparticularidades da comunicação como temática própria, dentro de umsistema restritivo e excludente, que inibe uma efetiva participação naprogramação de seus meios.
Ao contrário de outros temas de relevada importância, como meninos derua e a o trabalho infantil, os carentes e marginalizados pelomonopólio e pelo oligopólio da comunicação somos todos nós, quevemos a cada dia novas mentiras e meias verdades serem divulgadas pelosmeios de comunicação. Esse dia-a-dia em que somos emudecidos pelopoder aquisitivo empresarial com a conivência do Estado, nos leva arefletir a comunicação de forma mais apurada.
Esse artigo procura demonstrar que a bandeira de luta do FNDC não setraduz na ação e na concepção das diversas organizações que atuamno âmbito da democratização da comunicação, seja pela incapacidadehistoricamente observada em se criar pontes com outras temáticas deimportância dos movimentos sociais, ou pela limitação de buscar ademocratização da comunicação em si mesma, visando a ampliação deexperiências e de pessoas que destas participam.
(*) Professor da Universidade Estácio de Sá - RJ
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