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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Entrevista Coletiva nos Funcionários I

Bertrand Sousa


O Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama, localizado no bairro Funcionários I, em João Pessoa, realizou em suas dependências uma Entrevista Coletiva com o porta-voz da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Ubiratan Pereira (Bira), no início da noite de quinta-feira (23/08).

A iniciativa e o respectivo convite partiram dos alunos da Oficina de Jornalismo dos Funcionários I, que desejavam obter informações a respeito de temas relacionados a atividade junto à Secretaria de Comunicação do Município (Secom-JP). Estudantes da Oficina de Jornalismo do Valentina também participaram do evento.

No decorrer da entrevista, surgiram perguntas sobre os mais variados assuntos, tais como: políticas públicas de juventude, Movimento Estudantil, inclusão digital, meio ambiente, concursos públicos, entre outros. Os jovens alunos demonstraram em todos os momentos grande interesse pelas questões da nossa cidade e no final do encontro fizeram algumas perguntas adicionais, registradas em áudio e vídeo.

Mais uma vez, gostaríamos de agradecer ao representante da Secom-JP por atender nosso convite, ressaltando a importância das oficinas e cursos nos Centros da Juventude, como forma de garantir o exercício da cidadania, inclusão social e participação popular.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007


Lista Comunicarte


A Lista de Discussão Comunicarte continua em andamento, hospedada no Grupos.com.br: www.grupos.com.br/group/comunycarte

Trata-se de uma ferramenta complementar da nossa Oficina de Jornalismo, visando o aprimoramento da Comunicação e técnicas jornalísticas. Além disso, também funciona como canal direto com nosso público-alvo: moradores da comunidade Funcionários I e adjacências.

Portanto, participem enviando notícias e conteúdos interessantes para o e-mail:
comunycarte@grupos.com.br

Fundamentos do Jornalismo

Bertrand Sousa

Ao examinarmos livros que possuem como tema o Jornalismo, observamos que alguns deles nem se preocupam em fornecer uma conceituação clara ao leitor. Por outro lado, a maioria apresenta definições que variam de acordo com o enfoque de cada pesquisa.
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Em linhas gerais, o Jornalismo é tratado como atividade profissional que possui a notícia como matéria-prima, fundamento e objetivo de sua produção diária, a partir dos elementos básicos envolvidos no processo de comunicação: emissor, mensagem e receptor. Também é definido como uma profissão principal ou suplementar das pessoas que reúnem, detectam, avaliam, e difundem as notícias, ou que comentam sobre os acontecimentos contemporâneos, seguindo critérios diversos.

Dines (1996, p. 48) afirma que o Jornalismo “é a busca de circunstâncias novas”, sobretudo os periódicos de circulação massiva. “O Jornalismo diário é um processo conjunto a interligar cada edição. A qualidade e as características de um jornal são contínuas e superam a barreira das 24 horas” (Idem, p. 52).

Nos escritos de Jobim (1992, p. 32) é apresentado um conceito próximo da noção básica de História. De acordo com ele, Jornalismo é “o passado mais recente, o passado imediatamente anterior a hoje, o passado de ontem. Embora o que provavelmente vai acontecer amanhã, no futuro mais próximo, seja também Jornalismo”.

A investigação e a difusão - características de nossa atividade profissional - são introduzidas por Carvalho & Martins (1990, p. 11), ao dizerem que o Jornalismo é “a descoberta de onde estão às notícias, as novidades, e contá-las às pessoas interessadas, usando para isso o jornal impresso, o rádio ou a televisão”.

Como vimos até aqui, os conceitos de Jornalismo são numerosos e, além disso, variam de acordo com o enfoque de cada pesquisador. Porém, ao assumir a condição de ciência, toma contornos acentuados e bem visíveis, podendo, assim, ser definido como o estudo do processo de transmissão de informações, através de veículos de difusão coletiva, com características específicas de atualidade, periodicidade, universalidade e imparcialidade.
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TV de plasma não é TV digital

Lívia Cirne (*)

Há uns dias um senhor, aparentemente de altas "posses", acompanhado do seu filho, chegou a uma loja de produtos eletroeletrônicos para comprar uma televisão. De longe, observava o encantamento que as telas planas de 32 polegadas proporcionavam a tais consumidores. Eles estavam extasiados diante tanta modernidade; com tantos modelos sofisticados e atraentes de TVs.
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Chegou o vendedor mostrando presteza, apresentando cada modelo de televisão. Explicou sobre a qualidade da imagem, muito superior às das TV's mais tradicionais. Pôs o senhor e seu filho para escutarem o som digital, que tende a causar mais sensação de proximidade com o filme. Enfim, estava realizando bem seu papel de vendedor. Foi quando me aproximei para colher as informações que ele repassava.

Conversa vai, conversa vem, o senhor parece não ter sido muito seduzido pelo preço da televisão. Foi aí que o vendedor, insistindo, lançou a pergunta com ênfase: “O senhor não vai querer se adiantar, já comprar uma TV digital?” Aí foi quando me surpreendi com a pergunta e retruquei: “E essa TV de plasma tem conversor?” Na verdade a televisão só era apenas uma televisão de plasma e não uma TV digital.


Hoje, nós brasileiros, estamos nos aproximando de uma revolução na comunicação midiática que culminará com o sistema de televisão que conhecemos e nos acostumamos e dará espaço à TV digital. Mesmo assim, parece-me que os telespectadores ainda não estão informados sobre o que realmente é um aparelho de televisão digital. As pessoas crêem que adquirindo uma televisão de alta definição (plasma ou LCD – cristal líquido) estão necessariamente adquirindo uma TV digital.

Os aparelhos de tecnologia de plasma ou LCD são apenas padrões de tela que apresentam melhor definição de imagem. A TV digital vai muito além de imagem e som de alta qualidade. A grosso modo, este modelo a ser implantado no país – no final de 2007 – proverá maior quantidade de canais e permitirá interatividade, disponibilizando informações e serviços jamais acessíveis ao telespectador da TV aberta brasileira.

Para que a televisão de alta definição seja apta à recepção dos sinais digitais e possibilite essa interatividade ela precisará de um conversor embutido. Aí, sim, ela poderá ser considerada TV digital. É necessário, portanto, que o brasileiro se informe mais sobre esse assunto, que em um futuro muito próximo estará presente no nosso dia-a-dia. É preciso que esteja bastante atento às especificações, para não se confundir no momento em que for adquirir sua TV. Ah! Cabe frisar que o vendedor não foi demitido porque não sabia a diferença entre as TV's, obviamente.
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(*) Jornalista pela UFPB e Tecnóloga em Telecomunicações pelo Cefet-PB. Atualmente cursa o 4° período de Rádio & TV na UFPB e pesquisa sobre TV Digital.
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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Força da juventude

Gleydson Francisco


Na sexta-feira (10/08) realizou-se na Praça Pedro Américo - Centro de João Pessoa - uma grande manifestação para debater assuntos relacionados ao meio estudantil, marcando a comemoração referente ao Dia do Estudante.

Na ocasião, representantes do Governo Municipal e lideranças estudantis discutiram a importância e a continuidade do Movimento Estudantil (ME) na Paraíba; a questão da meia-passagem nos transportes coletivos; a questão das cotas nas universidades; entre outros temas. Entre os debatedores, compareceram: o coordenador de Políticas Públicas para a Juventude, da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Joubert Fonseca; o coordenador de Capacitação Profissional Pró-Jovem, Tiago Pacheco; o porta-voz do Governo Municipal, Ubiratan Pereira; o ex-vice-presidente da UNE, Washington Feitosa; o representante do Centro Estudantil Metropolitano (CEM) de João pessoa, Márcio Barros; e o representante da União dos Estudantes Secundaristas da Paraíba (UESP), Leandro Costa.

A platéia estava formada por estudantes de escolas públicas e particulares da Capital paraibana. Foi mencionado nos discursos o respeito aos estudantes, o incentivo para buscar nossos interesses e a construção coletiva das lutas. "Um novo olhar é possível!", dizia uma faixa colocada acima dos palestrantes.



A História nos mostrou que os estudantes venceram a ditadura no Brasil, uma guerra pela redemocratização do País. Mas isso não representou o fim dos embates, pois ainda temos muito a fazer e conquistar. Desde a luta por melhores condições de ensino, maior acesso às cotas universitárias, entre outras demandas do Movimento. Turbulências e tumultos marcaram este processo de reabertura política, alterando a realidade social vigente e devolvendo a sociedade civil o direito de participação na vida pública. Muito sangue foi derramado.

Hoje os estudantes vivem em uma sociedade mais acomodada. A democracia tem se fortalecido ao longo dos anos e a população já possui certa consciência crítica em relação à política. Portanto, deve aprender agora a utilizá-la a seu favor, de forma participativa e ética.

Mas o Dia do Estudante não ficou apenas nas conversas e debates sobre o ME. As oficinas dos Centros de Juventude de toda a Capital participaram da comemoração, contagiadas pelo som quebrado do Hip-Hop, misturado ao ritmo da percussão, a ginga da capoeira, enquanto a Oficina de Jornalismo fazia a cobertura dos acontecimentos. O pessoal do Grafite destacou a beleza dessa arte.
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Segundo os comentários de Mayke, instrutor dessa Oficina no Centro da Juventude do Alto do Mateus, "o trabalho está sendo desenvolvido agora, mas desde o começo havia uma 'molecada' querendo pintar com latas de spray. Tentavam fazer Grafite utilizando pincéis, iam para o muro da quadra esportiva. Foi aí que começamos a ensinar a História do Grafite, surgido em meados dos anos 70, nos EUA e que entrou no Brasil via São Paulo, espalhando-se rapidamente por todos os estados da Nação.
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“A nossa Capital vem passando por um processo de reforma urbana, uma espécie de movimento cultural em relação ao Grafite. No Alto do Mateus, por exemplo, estamos fazendo de tudo para desenvolver o trabalho da melhor forma possível, levando para a comunidade um pouco de arte”, disse o professor Mayke.
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De acordo com Débora Vieira, facilitadora da Oficina de Jornalismo do CRJ Adalberto da Silva Fernandes, o Dia do Estudante é importante para que a sociedade lembre dos acontecimentos históricos relacionados ao Movimento Estudantil. "Além disso, seria muito interessante se os estudantes tivessem se organizado para fazer suas reivindicações e também tirar dúvidas, já que está sendo debatido o tema das cotas nas universidades", avaliou Débora.
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Após uma breve observação, podemos dizer que o Movimento Estudantil de hoje está muito defasado, muito "escondidinho". Aquele que um dia foi organizado e forte está completamente cheio de política. “A partir de hoje, as pessoas ligadas a este processo devem tomar consciência para reorganizar o ME na Paraíba, passando a reivindicar melhores condições para os educandos”, comentou Débora Vieira.
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E assim foi o Dia do Estudante em João Pessoa. Já que “um novo olhar é possível”, devemos estar prontos para lutar com unhas e dentes por nossos direitos, evitando os prejuízos causados pelas injustiças e pela opressão do capitalismo.
O direito à informação verdadeira

Marcos Roberto Gentil Monteiro

O direito à informação verdadeira é essencial para a formação da cidadania participativa. Num país como o Brasil, onde os índices de analfabetismo demonstram-se insatisfatórios, deveriam os contemporâneos meios de comunicação de massa, principalmente os mais acessíveis aos excluídos: rádio e televisão, cumprir o seu papel social de complementar a deficiente formação da cidadania brasileira através da garantia à cidadania de uma informação escudada na verdadeira apresentação dos fatos.

Percebam-se alguns dados do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: “Nos nove anos que separam os censos de 1991 e 2000, o país conseguiu diminuir a taxa de analfabetismo em 32%, mas ainda existem 16,29 milhões de pessoas acima de 15 anos que não conseguem ler nem escrever. Um terço dos domicílios é comandado por um analfabeto funcional, alguém que não consegue entender um texto. No Nordeste, eles são 54,4%; no Sul 25,6%. Em todo o país, ainda há 8 milhões de famílias comandadas por pessoas totalmente analfabetas.”

Patente é o poder da mídia eletrônica, presentemente. Onde falta consciência crítica, refém torna-se a cidadania da ideologia dos concessionários das emissoras de rádio e TV. Observe-se, a respeito do poder da mídia, a lição de Sebastião Vila Nova, no livro Introdução à Sociologia: “A unilateralidade predominante na interação dos modernos meios de comunicação de massa – cinema, rádio, televisão, jornal – é um eficientíssimo e, por isto mesmo, perigoso instrumento de dominação e manipulação das massas, através da transmissão de crenças e valores, bem como, em conseqüência, da formação de opiniões e atitudes.”
O papel social da mídia eletrônica

Numa sociedade - reunião de grupos de indivíduos ligados, ainda que inconscientemente, por características comuns, capitalista - uma vez que tem por principal objetivo a acumulação de capital, neoliberal - vítima da crescente redução do Estado na prestação dos serviços públicos e excludente – não proporciona aos miseráveis e pobres o acesso a seus direitos fundamentais, a manipulação da informação promovida no interesse comercial é maciça.

A educação, “direito de todos e dever do Estado e da família”, consoante o artigo 205 da Constituição da República Federativa do Brasil vigente, ápice do ordenamento jurídico pátrio, que, segundo o mesmo dispositivo legal, possui por objetivos o pleno desenvolvimento da pessoa, a preparação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, na realidade, tendo em vista o sucateamento de seu sistema público, e sua mercantilização no sistema privado, não tem proporcionado à cidadania brasileira o desenvolvimento de um espírito crítico capaz de filtrar as perniciosas influências propaladas em massa, principalmente, pela mídia eletrônica, com a utilização do rádio e da televisão, principalmente.

Devem, por conseguinte, os meios de comunicação de massa, especialmente o rádio e a TV, mais acessíveis à massa, enquanto instrumentos de desempenho do serviço público de comunicação social, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, delegados a particulares por concessão, permissão e autorização, nos termos do art. 223, caput, CF, possibilitar a democratização da informação, e contribuir para a formação do povo brasileiro, dotando-o de espírito crítico, capaz de formar a cidadania participativa. Nesta ordem de idéias manifesta-se DEMO, Pedro, op. cit., pp. 363-364: “Com respeito à promoção da cidadania organizada ou do associativismo, a mídia poderia desempenhar papel relevante.

Todavia, desde a erotização subliminar promovida pelas apresentadoras de programas infantis, passando pela desenfreada violência, tônica dos desenhos animados, bem como das produções cinematográficas, principalmente norte-americanas, sem falar nas mini-séries nacionais tais quais, verbi gratia, “Presença de Anita”, afora a apologia do crime em programas tipo “Linha Direta”, onde o modus operandi de diversas infrações penais é semanalmente exibido, até chegar a entrevistas e programas que desconhecem a fronteira entre o público e o privado, desrespeitadores da intimidade, da vida privada e da honra, tais como “Casa dos Artistas” e “Big Brother”, a mídia eletrônica é um convite à criminalidade. Antes que se esqueça, há ainda os apelos publicitários ao consumo de drogas e álcool, recheados de gente jovem, saudável e esteticamente agradável.

A necessidade de garantir a toda a sociedade o acesso à informação é tão importante à cidadania participativa que a norma constitucional que o garante resguarda o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício do profissional da comunicação. Portanto, o direito constitucional de acesso à informação verdadeira é essencial à formação de uma cidadania participativa, que necessita conhecer, possuir espírito crítico e formar posição diante dos temas de interesse público.
Nesta sociedade capitalista, neoliberal e excludente, onde a política pública de educação encontra-se crescentemente sucateada, no interesse econômico da elite internacional, formada pelos monopólios e oligopólios, da comunicação inclusive, bem como da elite política nacional e regional, interessada na continuidade da concentração das concessões, permissões e autorizações das emissoras de rádio e televisão em suas mãos, não interessa ao sistema a formação de uma cidadania participativa, dotada de espírito crítico, capaz de filtrar a informação verdadeira, enquanto direito fundamental.

Para garantir à cidadania brasileira tal direito, a mídia eletrônica necessita pautar a sua programação nos princípios estabelecidos constitucionalmente, que almejam o acesso às fontes da cultura, especialmente a nacional e regional; bem como promover o respeito aos valores éticos da família, e a consciência social.

De acordo com o Filosofia Socrática, o caminho para a felicidade é o auto-conhecimento. Nesta sociedade de massas, a fruição dos direitos do cidadão enquanto ser social e político passa pelo controle estatal das delegações do serviço público de informação aos particulares, bem como pela fiscalização das programações das emissoras.
TV a cabo via Internet


Joost é uma nova maneira de se ver TV, agora pela Internet. Dos mesmos criadores do KaZaa e do Skype, o sueco o Niklas Zennström e o dinamarquês Janus Friis, o programa promete mais uma revolução no mundo da tecnologia. Com o Joost é possível reunir tudo aquilo que você gosta na TV com extrema facilidade: a seleção de canais e programa. Existem centenas de canais a disposição, portanto, trata-se de um programa totalmente voltado para interação e customização do usuário.


O Joost promete causar às emissoras de TV um efeito semelhante ao que o Skype provocou nas operadoras de telefonia: Vai forçá-las a se mover para a Internet mais rapidamente do que gostariam. A idéia principal é assistir aquilo que você quer, na hora e da maneira que quiser!

O problema é que esta ótima resolução de imagens, tão comentada pelos usuários, chega a consumir até 320MB de banda por apenas uma hora de transmissão, o que exige uma poderosa conexão com a Internet. A recomendação mínima é 1MB, o que deve condicionar o uso do serviço no Brasil apenas para aqueles que não possuam limitações de tráfego, além de alta velocidade. Uma placa de vídeo recente também é recomendada, senão a qualidade de imagem fica comprometida.

Alguns recursos É possível dar pausa, pular para o próximo programa ou mudar de canal, tudo com um simples clique. Outra funcionalidade é a caixa de busca: você digita o tipo de atração que deseja encontrar, como em um buscador comum; daí, ele localiza o que você quer e começa a reproduzir o vídeo em tela cheia!

O Joost possui a função widgets, que permite a conversa por mensagens instantâneas com outras pessoas que assistem ao mesmo canal. Também é possível dar nota para o programa exibido, ou indicá-lo para outro usuário. E ainda temos a possibilidade de criar Smart Channels, apenas com o conteúdo do nosso interesse.
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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Democratizar a Comunicação
Adilson Cabral (*)


Sem a democratização da comunicação, não haverá a democratizaçãoda sociedade. Esse lema reflete o sentido da existência da maiororganização social voltada para a comunicação, o Fórum Nacionalpela Democratização da Comunicação (FNDC). É com esse objetivoque diversas organizações, ONGs, sindicatos, partidos e pessoas searticulam, discutem e deliberam propostas voltadas para ampliar oacesso aos meios de comunicação em nosso país.

Ao lançar mão dessa frase, o FNDC (http://www.fndc.org.br/) visa reivindicar espaço para acomunicação dentre os diversos temas que compõem a agenda dosmovimentos sociais no Brasil. Essa atitude tem um importante valorestratégico: ressalta o papel potencializador da comunicação nassuas lutas específicas, mas também chama a atenção para asparticularidades da comunicação como temática própria, dentro de umsistema restritivo e excludente, que inibe uma efetiva participação naprogramação de seus meios.

Ao contrário de outros temas de relevada importância, como meninos derua e a o trabalho infantil, os carentes e marginalizados pelomonopólio e pelo oligopólio da comunicação somos todos nós, quevemos a cada dia novas mentiras e meias verdades serem divulgadas pelosmeios de comunicação. Esse dia-a-dia em que somos emudecidos pelopoder aquisitivo empresarial com a conivência do Estado, nos leva arefletir a comunicação de forma mais apurada.

Esse artigo procura demonstrar que a bandeira de luta do FNDC não setraduz na ação e na concepção das diversas organizações que atuamno âmbito da democratização da comunicação, seja pela incapacidadehistoricamente observada em se criar pontes com outras temáticas deimportância dos movimentos sociais, ou pela limitação de buscar ademocratização da comunicação em si mesma, visando a ampliação deexperiências e de pessoas que destas participam.

(*) Professor da Universidade Estácio de Sá - RJ

FONTE: http://www.comunicacao.pro.br/artcon/democcom.htm

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Dica cultural: exposição fotográfica

Darcy Lima


12ª edição do Projeto Lambe Lambe
Exposição "Auto Retrato"
Local: Casarão 34 (Praça Dom Adauto, nº 34, Centro, João Pessoa-PB);

Quando? A partir do dia 19 de agosto (Dia Internacional da Fotografia);
Infos: (83) 8816-4028
Entrada Franca!


sábado, 18 de agosto de 2007

Defeitos e qualidades do nosso bairro

Gleydson Francisco

A Cidade dos Funcionários I, bairro próximo à feira de Oitizeiro, na bela cidade de João pessoa tem seus defeitos e qualidades. Como em muitos bairros da cidade, a segurança fica a desejar. A maioria das ruas não possui calçamento, deixando a poeira se espalhar, causando transtorno aos moradores.

Devido ao acúmulo de problemas, muitos jovens se entregam às drogas, visivelmente por falta de incentivos: seja nos esportes, na cultura ou lazer. É uma dura realidade que aflige nossas vidas. Mas não adianta apenas criticar, temos que fazer a nossa parte para mudar o que está errado, participar ativamente das decisões sobre o bairro. Os pontos positivos devem ser ressaltados, bem como as possibilidades de crescimento e melhoria na qualidade de vida.

A comunidade dos Funcionários I é bastante criativa em vários aspectos. Estamos centralizados em relação aos principais pontos de locomoção para o Centro ou qualquer bairro da cidade, devido a grande quantidade de linhas de transporte coletivo que está ao nosso alcance. Quando necessário, dispomos de supermercados e da Feira de Oitizeiro - onde existe um cenário típico da Cultura Popular nordestina - freqüentado por pessoas de outros bairros. Ainda temos diversas lojas de roupas e sapatos, com muitas ofertas para nosso conforto.

Deste modo, podemos concluir que somos uma comunidade privilegiada, apesar dos defeitos mencionados no início do texto. Nosso bairro deve ter orgulho das riquezas construídas ao longo de sua História, como o local para o descanso e lazer coletivo, que é a Praça Lauro Wanderley – atualmente em reforma – onde pais e filhos conversam, onde jovens se divertem praticando esportes, onde idosos fazem caminhadas matinais ou no fim da tarde.
Lei de Imprensa no Brasil
Art. 71 (Lei nº 5.250, de 09/02/1967)

Nenhum jornalista ou radialista, ou, em geral, as pessoas referidas noart. 25, poderão ser compelidos ou coagidos a indicar o nome de seuinformante ou a fonte de suas informações, não podendo seusilêncio, a respeito, sofrer qualquer sanção, direta ou indireta,nem qualquer espécie de penalidade.

Art. 5º, XIV (Constituição Federal / 1988)

É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo dafonte, quando necessário ao exercício profissional.


Capítulo V (Constituição Federal / 1988)

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.


§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


§ 3º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao poder público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no

art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.


§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.


§ 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.


§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.


Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos quais caberá a responsabilidade por sua administração e orientação intelectual.


§ 1º É vedada a participação de pessoa jurídica no capital social de empresa jornalística ou de radiodifusão, exceto a de partido político e de sociedades cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros.

§ 2º A participação referida no parágrafo anterior só se efetuará através de capital sem direito a voto e não poderá exceder a trinta por cento do capital social.


Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.


§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, §§ 2º e 4º, a contar do recebimento da mensagem.


§ 2º A não-renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.


§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.


§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.


§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste Capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
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Conselhos de Jornalismo: a luta continua!
Bertrand Sousa
O envio do Projeto de Lei criando o Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Jornalismo, reabriu as discussões sobre o tema entre os profissionais e a sociedade como um todo. A proposta foi encaminhada ao Congresso pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), órgão de maior representatividade da categoria, segundo dados quantitativos.
Ao contrário do que se pensa, a idéia de formar um Conselho Federal para regulamentar/fiscalizar a profissão, não é uma novidade "inventada" pelo Governo Lula. Na verdade, a idéia surgiu em 1985, época da redemocratização política no Brasil. Mas este informação foi sumariamente omitida no meio da avalanche de críticas e argumentos contrários ao CFJ, dando a falsa impressão que tratava-se de uma manobra autoritária do Governo Federal, objetivando controlar os veículos midiáticos do país. Como se estes fossem as últimas reservas morais da sociedade ou santuários democráticos de "informações imparciais".
Assim como na questão do diploma de Jornalismo, o conceito de liberdade de expressão está sendo empregado de forma distorcida, para contrapor a formação dos conselhos (federal e regionais). A nossa Constituição de 1988 garante a todos os cidadãos brasileiros o direito de expressarem suas opiniões livremente, a qualquer momento e em qualquer meio social, inclusive na mídia. Porém, não se pode associar, ou confundir, esta prerrogativa legal com o exercício da profissão de jornalista. São coisas bem distintas e assim devem ser tratadas.
De acordo com o projeto, o que ocorre é a "inexistência de lei que especifique as regras a serem seguidas por tais profissionais no exercício de sua profissão ou sanções a serem aplicadas em caso de exercício irregular - exceto quanto ao exercício sem o devido registro".
A chamada Lei de Imprensa, e outras leis complementares que versam sobre a prática jornalística no território nacional, se mostraram ineficazes no combate aos graves erros (propositais ou não) e abusos cometidos pela "grande mídia". Isso prova que os governos anteriores não tiveram coragem, nem interesse, de garantir ao povo brasileiro o acesso à informações de melhor qualidade, necessárias a formação de uma sociedade mais esclarecida e crítica, com reais chances de interferir nos rumos do país. Prova também que existe a necessidade de formação de um órgão que possa cumprir as determinações legais já estabelecidas pela Carta Magna e formular novos parâmetros. Como diz o texto do projeto, "o conselho virá suprir uma significativa lacuna legal e administrativa que subsiste desde a regulamentação da profissão de jornalista".
Todavia, para garantir a isenção e credibilidade necessária a instituições desta natureza, os conselhos deverão funcionar independentes do Governo Federal e de interesses políticos-partidários dos seus componentes. Além disso, o projeto que estabelece o CFJ precisa claramente de modificações e especificações. Até agora foram lançadas as bases do que pode ser construído, mas é necessário explicar como as propostas serão colocadas em prática.
As atribuições de "orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de jornalista e da atividade de jornalismo", exigem desde já um maior detalhamento e clareza quanto a metodologia a ser empregada pelo Conselho. Não se pode deixar a parte mais importante para ser definida depois. Até mesmo porque a sociedade brasileira deve estar ciente do que pretende-se fazer com um dos seus bens mais preciosos, a informação; que é ao mesmo tempo matéria-prima e produto da práxis jornalística. Além disso, consideramos que representantes da sociedade civil organizada devam participar ativamente do CFJ, na condição de consultores permanentes.
A proposta de implementação do Conselho deve ser levada a sério, discutida pela sociedade e no Congresso. Se for aprovada será um avanço e uma conquista histórica do movimento sindical das redações, trará um maior poder de organização para a categoria e "poderá inclusive proteger, de forma indireta, o próprio jornalista, hoje sujeito a demissão sumária caso se recuse a seguir ordens superiores, mesmo as antiéticas ou destinadas a produzir reportagens falsas ou parciais". Não se trata de autoritarismo, nem de censura prévia, nem de perseguições injustificadas, trata-se de colocar um pouco de ordem e ética no meio do caos em que a mídia brasileira encontra-se mergulhada.
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Jovem blogueiro conquista executivos de TV

Leticia Nunes
Larriza Thurler
Um universitário de 21 anos é a grande fonte de informações dos executivos de TV nos EUA. Com o blog TVNewser , o jovem Brian Stelter virou febre na internet. Diariamente, e muitas vezes ao dia, ele publica notas sobre a indústria televisiva americana, links para artigos relevantes, índices de audiência de programas e furos com base em fontes anônimas. Com essa receita, Stelter se tornou responsável por um muito bem-sucedido boletim virtual sobre assuntos de TV. Sua página é visitada religiosamente por presidentes de emissoras, executivos de mídia, produtores e agentes publicitários. "A indústria inteira presta atenção no blog dele", diz Jeffrey W. Schneider, vice-presidente sênior da ABC News.

O sucesso de Stelter é tanto que, em abril, ele compareceu ao concorrido jantar anual oferecido a jornalistas na Casa Branca como convidado da MSNBC. Em outubro de 2006, quando a namorada terminou com ele e a quantidade de posts diminuiu, o jovem recebeu diversas reclamações de poderosos executivos de grandes empresas de mídia. "Eu já vi gente brincando que, quando o TVNewser está calmo, o garoto teve uma prova final ou um jantar de família do qual não conseguiu escapar", diz o âncora da NBC Brian Williams.

Estudante de jornalismo (e editor do jornal da universidade, em Maryland), Stelter deu início ao blog em 2004, sob o nome de Cablenewser. Na época, ele escondia sua identidade para que o público o levasse a sério. "As pessoas achavam que eu era um executivo careca de 40 anos", diverte-se o blogueiro. Poucos meses depois do lançamento da página, ele foi contratado pelo sítio Mediabistro, que hospeda diversos blogs ligados ao jornalismo. Desde então sua audiência cresceu significativamente. Se em julho de 2004 contava com 150 mil page views, em outubro de 2006 chegou a 821 mil. Em setembro deste ano, graças à estréia da apresentadora Katie Couric como âncora da CBS, o TVNewser contabilizou tráfego recorde de 1,2 milhão de page views.
Amigo dos executivos, invejado pelos concorrentes

"Os grandes executivos de TV, os homens e mulheres que dirigem as principais redes, olham o sítio deste menino o tempo inteiro", diz Joe Scarborough, que apresenta um talk show na MSNBC. "E o genial é que todos pensam que são donos dele. Todo mundo diz: 'oh, eu tenho uma grande relação com o Brian. Deixe-me vazar esta informação para ele'."

"[Stelter] parece ser um cara em quem se pode confiar, uma boa fonte de informação", afirma o comentarista da CNN Jeff Greenfield. "E o fato de que ele mal começou a votar e beber realmente não deveria incomodar ninguém." Entretanto, se, entre os executivos, Stelter é visto como um repórter confiável – apesar de sua pouca idade e inexperiência –, sua relação com os repórteres que cobrem a indústria não é tão positiva. A Associação de Críticos de Televisão, por exemplo, não o aceita como membro porque ele é um blogueiro. E há quem ache que sua influência é algo fora de contexto. "Ele meio que domina o diálogo nesta indústria apenas porque publica de tudo", diz o repórter da Variety Michael Learmoth.
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FONTE: Lista Comunic_style
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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Comunicarte no Orkut






Acima temos a foto da nossa Comunidade Virtual, no Orkut. Acessem e deixem comentários e novos tópicos para discussão.

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=37344666

Política de comunicações em 2007
Venício A. de Lima


O primeiro semestre de 2007 chega ao fim e, para o bem ou para o mal, o setor de comunicações está vivendo um período de certa forma inusitado. Algo de novo parece estar acontecendo num setor historicamente dominado por uns poucos atores e interesses.

Sem a pretensão de fazer um balanço amplo e completo, mas apenas de registrar iniciativas/eventos importantes, aqui vão meia dúzia de sinais desse tempo que se espera seja um tempo de mudanças.

1. A mídia e seu papel numa sociedade democrática entraram definitivamente na agenda pública de discussão. Apesar da resistência da grande mídia, desde as eleições de 2006 pipocam por todos os cantos iniciativas neste sentido. A condenação unânime do governo da Venezuela, no caso da não-renovação da concessão da RCTV, contribuiu para "esquentar" o debate. E ele está vivo na internet, nas escolas (de todos os graus), no Congresso, nas igrejas, nos sindicatos, na mídia alternativa etc., etc. Debater a mídia: como se debate outras instituições de caráter público ? é necessário e fundamental.
2. O governo do presidente Lula chamou a si a responsabilidade de incentivar a criação de um sistema público de comunicação. Depois da bem-sucedida iniciativa, liderada pelo Ministério da Cultura, de realizar um Fórum Nacional de TVs Públicas, um novo ministro assumiu a Secretaria de Comunicação Social, vários grupos de trabalho estão funcionando e a Rede Pública de Televisão, priorizada, começa a se concretizar. Espera-se que já em agosto uma Medida Provisória neste sentido será enviada ao Congresso Nacional. Num país que praticamente só conhece o sistema privado comercial, um sistema público de televisão é mais do que bem vindo, é necessário!
3. O Congresso Nacional tem promovido nas suas comissões específicas, tanto da Câmara quanto no Senado, audiências públicas sobre os impasses atuais do setor. Na Câmara, uma subcomissão da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), recriada ao início dessa legislatura, aprovou um novo Ato Normativo que regula a tramitação na Comissão dos processos de concessão e renovação de concessões de radiodifusão. Além disso, a Subcomissão continua trabalhando para apresentar propostas de regulamentação e alteração da legislação do setor. Esse é um avanço importante, sobretudo se considerarmos que, desde 1988, o Congresso Nacional compartilha com o Executivo o poder de outorga das concessões de radiodifusão e que membros da CCTCI são, direta e/ou indiretamente, vinculados à radiodifusão.
4. Um Encontro Nacional de Comunicação foi realizado em Brasília, como o apoio das Comissões de Direitos Humanos e de CCTCI da Câmara dos Deputados. Com a participação de dezenas de representantes de entidades da sociedade civil, foi aprovada uma carta dirigida ao presidente Lula. O texto pede a convocação de uma Conferência Nacional de Comunicação a ser realizada nos mesmos moldes de outras já convocadas e bem-sucedidas. Vale dizer, uma conferência nacional democrática, plural e participativa, organizada de "baixo para cima" e com poderes deliberativos. O Encontro mostrou que os "não-atores" estão organizados e tem articulação e força para participar da construção das políticas públicas do setor.
5. O debate gerado pela Portaria 264 do Ministério da Justiça em torno da classificação indicativa dos programas de televisão, apesar da instrumentalização da liberdade de imprensa no discurso público dos radiodifusores privados, tem revelado não só os verdadeiros interesses em jogo, mas também qual é a noção de interesse público com a qual esses grupos operam. Embora pareça ter havido um recuo do governo para atender os interesses dos radiodifusores privados, a questão ainda não está resolvida.
6. Continuam em debate as potencialidades que a transição para o sistema digital de rádio e televisão oferece para a democratização das comunicações e a elaboração de um projeto de Lei Geral de Comunicação Eletrônica de Massa. Parece não estar encerrada a disputa entre aqueles que querem aumentar a pluralidade dos emissores na radiodifusão e os que pretendem perpetuar o poder dos atuais concessionários.
A entrada das empresas de telefonia "no jogo" e os projetos de lei representando os interesses dos diferentes atores que foram apresentados na Câmara dos Deputados são indícios de que "a partida ainda não acabou". Muito do que só agora aparece é resultado de anos de lutas de pessoas e instituições no sentido de trazer o campo da mídia para o debate público e aumentar a consciência da população em torno da comunicação como direito humano fundamental. Essa é uma tarefa indispensável para o avanço da democracia entre nós. Será que os primeiros resultados desse esforço histórico estão finalmente começando a aparecer?
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Poluição Visual

Gleydson Francisco


Quando se fala de poluição, logo surgem idéias em nossas mentes: fábricas jogando resíduos tóxicos nos rios, carros enfumaçando a cidade e plantações cheias de pesticidas. Mas ninguém percebe que a Poluição Visual causa grande malefício à saúde, pois agride a sensibilidade, influenciando nossa mente, sobrepondo o psicológico sobre o físico.

Devido a isso, já existem propostas para reformular a Legislação Ambiental que trata deste assunto, mas nada ainda foi regulamentado. As dificuldades são muitas, inclusive porque é fornecida maior atenção aos demais tipos de poluição, em detrimento da preocupação com aquilo que estamos submetidos a ver diariamente nas grandes cidades.


Por outro lado, em decorrência da Poluição Visual, estamos nos tornando viciados e acostumamos com ruas cheias de publicidades e papéis jogadas no chão. A sujeira está por toda a parte, seja no alto dos grandes edifícios, ou até mesmo gravado em nosso inconsciente.


Não podemos esquecer dos entulhos em terrenos baldios, das grandes placas e outdoors, entre outros meios de Poluição Visual que afetam nossa saúde. O processo de reciclagem é cada vez mais necessário - bem melhor do que a sujeira acumulada nas ruas. Assim como a propaganda feita com responsabilidade deve tornar-se uma prática comum, para que não prejudique a população com o "efeito narcotizante" das grandes faixas de mídia.

Escola pode desabar nos Funcionários I

Edilma Silva


A escola Cônego Nicodemos Neves (foto), localizada no Bairro Funcionários I está fechada desde o dia 30 de março de 2007. A estrutura já estava comprometida há alguns anos, mas a Secretaria de Infra-Estrutura do Estado alegou que estava tudo em ordem após realizar uma visita ao colégio. Duas semanas depois o teto de uma das salas desabou. Ninguém saiu ferido pois o fato aconteceu pela madrugada.

O colégio está cheio de rachaduras e o madeiramento coberto de cupins. O absurdo é tão grande que chega a ser cômico, pois existem até animais (dois bodes) alimentando-se do mato existente no terreno da escola.

Após os alunos ficarem sem aulas por dois meses, a Secretaria da Educação Estadual alugou o prédio da Avon no Bairro de Cruz das Armas por tempo indeterminado, para servir como salas de aula. Os estudantes não ficaram satisfeitos com a novidade, devido á distância e muitos não terem condições de pagar coletivo.

A diretora da escola Cônego Nicodemos Neves, Maria do Carmo, não foi encontrada para fornecer informações sobre o acontecido. Por conta disso, a mãe da aluna Amanda Félix ameaça tirar a filha do colégio por causa dos horários irregulares. Já o aluno Roberlândio Tomé está indignado com a situação.

O professor de Educação Física Marcelo Tavares, revelou que as aulas da sua disciplina estão sendo realizadas no próprio colégio, mas fica preocupado e com medo de acontecer algo com os alunos, pois o madeiramento que sustenta o teto está coberto de cupins e a maior parte se concentra em cima dos bebedouros.

Em abril deste ano a TV Cabo Branco exibiu uma matéria falando sobre o desabamento. Dias depois, pessoas da Secretaria mencionada vieram olhar a situação, “mas só olhar mesmo”, já que nenhuma providência foi tomada, disse Marcelo, que é professor do colégio há 28 anos.
Praça Lauro Wanderley em reforma
Neilda Alves

A reforma da Praça Lauro Wanderley, localizada no bairro Funcionários I, foi iniciada em 23 de abril deste ano. A idéia partiu dos primeiros delegados do Orçamento Democrático: Murilo Albuquerque, Almeida e Marinalva; escolhidos pela própria comunidade.
Com a instalação desse Orçamento, a cidade de João Pessoa foi dividida em 14 regiões. A região onde situa-se os Funcionários I faz parte da oitava. Segundo a moradora Maria Regina, a Praça não estava bem distribuída entre os usuários, pois a quadra era dividida entre os jogadores e os ciclistas ao mesmo tempo; os skatistas andavam em cima dos bancos, chegando até a machucar algumas pessoas; enquanto as crianças não tinham espaço para brincar.

Com a reforma que está acontecendo, todos serão beneficiados. Cada um terá seu próprio espaço, incluindo a parte infantil e a pista skate. Sendo assim, a área de caminhada ficará livre, proporcionando mais abertura para os idosos, que serão orientados por três professores de Educação Física durante as sessões de alongamento – das 4:30 às 8:00h da manhã.

Quanto à iluminação, que antes era realizada por apenas quatro postes, atualmente é feita por mais de dez. Antônio Tarcisio, morador da comunidade há 41 anos complementa essa informação dizendo que a reforma está dentro das normas e ao que parece será entregue dentro do prazo previsto.

O valor individual da obra não foi informado, mas o valor global do projeto Reforma das Praças é de R$ 3.473.789,08. Os trabalhos estão em andamento, faça chuva ou sol. A data de conclusão e entrega da obra está prevista para 15 de agosto do corrente ano.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Os jovens e a Informática

Danillo Salviano

A relação do jovem com a Informática é muito presente nos dias atuais, e bastante diversificada. Cabe advertir que a Informática pode servir para o bem ou para o mal. Pode ser boa, quando a utilizamos para nos informar, divertir e/ou trabalhar. Pode ser ruim, quando usada para criar e difundir programas e códigos maliciosos (vírus e spywares), semear o ódio, fazer apologia(as) a preconceitos, etc.

Os jovens do século XXI possuem cada vez mais acesso à Internet, por exemplo. Em casa, em lan houses, na escola, nas Estações Digitais que a Prefeitura está inaugurando em João Pessoa, entre outros locais. Ou seja, existem inúmeros pontos onde a Internet, e consequentemente a Informática, está em contato com o público juvenil.

A maioria dos jovens brasileiros, que usam a rede mundial de computadores tem como objetivo principal a visualização de sites de entretenimento, tais como: Orkut, MSN, blogs, fotologs, jogos on-line e salas debate-papo (chat). São boas opções para o divertimento, mas a Internet tem muito mais a oferecer.


Sendo assim, pode-se dizer também que a juventude está muito bem relacionada entre si e por isso deve-se avaliar com responsabilidade as questões de segurança e direitos autorais na “grande rede”. Enfim, a Internet tornou-se para os jovens uma forma lazer e um meio de produzir os trabalhos da escola ou faculdade, de forma mais rápida, fácil e prática.
A busca pelo corpo perfeito
Wanessa Toscano

Muitas pessoas ultrapassam os limites da saúde na busca pelo “corpo perfeito”, achando que ter uma aparência de modelo é mais importante do que ter uma vida saudável. Na ânsia por resultados imediatos, muitos acabam aderindo a meios nada saudáveis, sem muitos esforços. Eles vêem os artistas da TV com seus corpos bem delineados e tentam buscar meios de atingir padrões corporais muito além de suas capacidades.

A mídia coloca no seu mercado televisivo modelos magérrimas e as garotas que se espelham nessas modelos, acabam ficando obcecadas pela idéia de que só serão bonitas quando alcançarem esses corpos. Isso acaba afetando não só a saúde, mas também a mente e muitas se tornam anoréxicas e bulímicas.


Do outro lado estão os homens, que buscam corpos cada vez mais musculosos. O problema neste caso, é que a maioria não consegue atingir suas expectativas apenas com a musculação e acabam aderindo aos anabolizantes. Alguns chegam até morrer pelo uso excessivo desses produtos.

Segundo a pedagoga e técnica de handebol, Verônica Elias Fernandes, a influência da mídia é freqüente, apresentando através da publicidade substâncias químicas desnecessárias aos atletas, que acabam comprando e usando sem acompanhamento médico.

Portanto, devemos tomar cuidado com esta obsessão por adquirir um “corpo perfeito”. É melhor buscar as formas mais saudáveis, do que ter pressa utilizando meios inadequados, afirma Verônica Elias. De acordo com ela, as formas mais recomendadas são: andar de bicicleta, correr, fazer ginástica, praticar natação, fazer caminhadas, etc. Dessa maneira, todos podem atingir seus objetivos, não apenas com relação à estética, mas também do ponto de vista da saúde física.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

O mercado de trabalho para os jovens

Gleydson Francisco


Na época atual, cada vez mais cedo os jovens buscam melhorias para suas vidas. Muitos nem concluíram o Ensino Médio, ou obtiveram alguma capacitação profissional. Outros possuem formação média completa ou cursos profissionalizantes. Por outro lado, as empresas dificilmente contratam estes jovens, devido à falta de experiência comprovada pela Carteira de Trabalho.

Um caso muito comum, que acontece no dia-a-dia dos jovens, é relatado por Alex Medeiros Freitas, que concluiu o Ensino Médio e busca empregos frequentemente. “As empresas alegam que os jovens não se encaixam no perfil delas, mas isso é apenas uma maneira de dizer que somos inexperientes e precisamos ter pelo menos seis meses de experiência para podermos assumir um cargo. Mas como posso obtê-la sem oportunidades?” - pergunta o entrevistado.


Ao ser questionado sobre cadastros e visitas às agências de emprego, Alex respondeu com um sorriso e disse que muitas vezes esteve nas agências de emprego, mas até agora - seis meses depois - não obteve nenhum resultado. Disse ainda que, continua tentando uma vaga através do Sistema Nacional de Empregos (Sine-PB), um programa do Governo Federal que incentiva a busca e o ingresso ao primeiro emprego. Pelo motivo de não saber quanto tempo deverá aguardar, Alex tenta empregos informalmente para obter recursos para se manter.

Essa é a dura realidade do nosso país, onde os jovens buscam sobreviver, mas por falta de oportunidades acabam se distribuindo na criminalidade, moldando uma vida de sucesso em uma rotina de tragédias. Falta consciência às grades autoridades, de que não basta apenas formar, devem surgir as vagas para mostrar do que somos capazes.
Estações Digitais: conexão estabelecida

Joelma Galdino

A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através de sua Secretária de Educação e Cultura (Sedec), adquiriu 1.260 novos computadores. A PMJP juntamente com o Governo Federal, investiu cerca de 900 mil reais na compra destes novos equipamentos, que farão parte do projeto de informática educativa, implementado na rede municipal de ensino.

São, até o momento, 23 Estações Digitais. Vinte já estão funcionando e as demais serão inauguradas em solenidade pelo aniversário da cidade de João Pessoa, comemorado no dia 05/08. No bairro dos Funcionários 1, a Estação já iniciou suas atividades - nos turnos manhã e tarde.

O curso básico de informática oferecido, pelas Estações Digitais, divide-se em três partes. No primeiro módulo, temos: “Introdução a Micro-Informática e Windows XP” (cerca de 10 horas / 2 semanas). A segunda parte vem trazendo: “Pacote Open Office” (42 horas / 2 semanas). E, finalmente, o terceiro módulo: Internet (8 horas / 2 semanas). O curso é gratuito e tem duração de 12 semanas (3 meses).

As Estações, além dos laboratórios de informática das escolas municipais, formam a base do programa “Inclusão Digital para a Cidadania”, que foi lançado para garantir à parcela mais carente das comunidades, acesso gratuito à Internet em banda larga. Em nossa comunidade, o acesso é liberado nas sextas-feiras, pela manhã e à tarde.

Instalada nos Centros de Referência da Juventude e Centros de Referência da Cidadania, cada Estação possui de 10 a 20 computadores. Monitores capacitados estão ministrando cursos sobre o uso do computador e dos principais softwares. Além disso, os usuários das Estações Digitais poderão navegar pela Internet para fazer pesquisas, atividades escolares e para descobrir novas oportunidades. O objetivo do programa mencionado é, através dessas tecnologias, preparar as pessoas para o mercado de trabalho.
Humor crítico

Ariana Albuquerque


Comentar a charge do dia, rir de uma caricatura, discernir o que é uma história em quadrinhos e uma piada muda. Será que você sabe realmente a diferença entre esses termos? Para saber sobre este e outros assuntos, entrevistamos o chargista, caricaturista e cartunista, Reginaldo Soares, mais conhecido como Régis Soares (foto). Vamos por partes, como um quebra-cabeça, para entendermos as tais diferenças.

Etimologicamente, a palavra charge deriva do francês que quer dizer carga; ou seja, a charge é um estilo de ilustração que tem como objetivo satirizar, criticar alguma figura ou situação considerada de relevância. A caricatura é uma forma de caracterizar o lado grotesco de alguns personagens de forma humorística.

Assim como em algumas circunstâncias a caricatura acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo. Já o que diz em relação ao Cartum - palavra que vem do inglês, cartoon, que quer dizer cartão - é que também é um desenho humorístico, porém pode estar acompanhado por legendas ou não; é de caráter extremamente crítico relatando de forma bastante resumida algo que envolve o dia-a-dia da de uma sociedade.

Essa é então a profissão que Régis Soares decidiu escolher. Começou a se interessar por esse universo de desenhos ainda quando criança, por meio de seu pai. Logo quando ingressou realmente nesse mercado, publicou suas charges em jornais locais. Em seguida, não apenas fez exposição do seu trabalho em veículos de imprensa paraibanos, como também de outros estados, além de jornais sindicais.
Atualmente, embora não publique suas charges em jornais, Régis ainda continua dando sua contribuição semanal, em seu atelier, que se localiza no bairro da Torre, em João Pessoa. Sua exposição de charges na rua já tem 15 anos de história. As críticas que são publicadas pelas charges na rua, acabam despertando certo desconforto, não pelas camadas populares e sim por algumas autoridades, que se sentem incomodadas e prejudicadas socialmente. Com isso, até tentaram tirar o seu painel de publicações por duas vezes, mas ele afirma que apesar de existir certo limite para a Liberdade de Expressão, não irá favorecer nenhum daqueles que estão no poder, e sim fazer o melhor que sabe. Ou seja, contrariar os poderosos, fazendo valer a pena a conscientização e o divertimento de seus leitores.



O Observatório da Imprensa é a versão televisiva do site criado pelo Labjor - laboratório de estudos avançados em jornalismo da Unicamp - que pretende acompanhar o desempenho da mídia brasileira. É uma entidade civil, não-governamental, não-corporativa e não-partidária.

O site foi criado em 1996. Atualmente, está hospedado no portal IG (www.observatoriodaimprensa.com.br). O programa na TV completou em maio de 2006 o seu oitavo aniversário.

O Observatório da Imprensa é um programa interativo e seu público é de formadores de opinião. Os telespectadores participam do debate, ao vivo, por telefone e fax. O público vota, pela Internet, em uma pesquisa sobre o tema do programa.

O programa é produzido e gerado pelo Rio de Janeiro. Além de reportagens, cada programa tem a participação, via Embratel, de convidados nas principais capitais brasileiras. O programa conta ainda com a participação de estudantes de jornalismo de todo o Brasil, via Internet, que fazem perguntas para os convidados.

No dia 5 de maio de 1998, às 21 horas, foi ao ar a primeira edição da versão televisiva do Observatório. Caso único de um veículo originário da Internet converter-se num veículo de massas. Atualmente o programa é transmitido em rede para todo o Brasil, toda terça-feira a partir das 22:40h (horário de Brasília).

O Observatório da Imprensa é um instrumento estratégico no processo de aumentar o grau de participação da sociedade brasileira em tudo o que lhe concerne. E tem sido um valioso estímulo para as discussões internas que hoje converteram-se em rotina nas redações. Os êxitos nos dois formatos descortinam um potencial de crescimento que poderá provocar profundas alterações na qualidade do jornalismo brasileiro e na própria atitude do público diante da agenda nacional.
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FONTE:
http://www.tvebrasil.com.br/observatorio
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Atualmente temos a compreensão de que os grandes meios de comunicação do país retêm a informação e produzem uma única verdade sobre a sociedade, criando conceitos e paradigmas. A mídia de massa esta nas mãos da burguesia; orienta-se pela unidirecionalidade e verticalidade; privilegia os objetivos e a ideologia das classes dominantes; cria hábitos de consumo por meio da persuasão e muitas vezes oculta ou desvirtua a realidade.
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Mais do que nunca o domínio dos diversos setores de produção, que geram riqueza e mantém os grandes grupos empresariais com o poder da comunicação do mundo nas mãos, tem colocado ao longo dos últimos 50 anos, o cidadão comum, aquele que efetivamente é o produtor dos bens de capital, cada vez mais distante desse domínio, subjugado aos interesses desses grupos, e sendo tratado apenas como um elemento a mais na manipulação da informação.
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Enquanto isso, os pesquisadores da Comunicação Popular a vêem nas mãos de instituições sem fins lucrativos e de movimentos sociais; atuando de forma multidirecional, horizontalizada; emitida a partir dos anseios das classes subalternas; mobilizando e organizando o povo em torno dos seus interesses, mediante a persuasão; enfim, politizando a comunidade e propiciando o diálogo e a participação no que diz respeito às decisões.
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A Comunicação Popular é resultado de um processo, que se realiza na própria dinâmica dos movimentos populares, de acordo com as suas necessidades. Nessa perspectiva, uma de suas características essenciais é a questão participativa voltada para a mudança social.
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Enfim, não pode se negar que a Comunicação Popular contribui para a democratização da sociedade e a conquista da cidadania. Acreditamos que o desenvolvimento de projetos na área da Comunicação Comunitária, que invertem a cristalizada pauta da grande mídia, pode ser uma estratégia produtiva para efetiva socialização da informação.
:: OFICINA DE JORNALISMO (*)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


Módulo I – Introdução a Comunicação

1. Conceitos, elementos e tipos de Comunicação;
2. Cidadania e Direito a Informação;
3. Comunicação de massa e globalização;
4. Comunicação Comunitária e transformação social;
5. Folkcomunicação e participação popular;
6. Democratização da Comunicação.

Módulo II – Introdução ao Jornalismo

1. Conceitos e história do Jornalismo;
2. Categorias e gêneros jornalísticos;
3. Estrutura da notícia jornalística;
4. Agências de notícias;
5. A imprensa na Paraíba;
6. Noções de Fotojornalismo.

Módulo III – Questões para análise

1. Como a Comunicação é desenvolvida na comunidade?
2. Como aprimorar as práticas de Comunicação no bairro?
3. Como tornar as práticas permanentes?

Módulo IV – Os meios de comunicação alternativos

1. O fanzine;
2. O jornal comunitário;
3. O rádio comunitário;
4. Os blogs e as comunidades on-line.

Módulo V – Organizando a produção

1. Exposição de fotos e fanzines;
2. Documentação e análise crítica dos trabalhos;
3. Avaliação final e entrega dos certificados.

(*) Orientador: Bertrand Sousa