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terça-feira, 13 de maio de 2008

A importância da universidade e do Mov. Estudantil
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Carla de Sant’Ana Brandão
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Considerando-se que a socialização dos indivíduos ocorre nos diversos domínios da sociedade, como a cultura, a religião e a tecnologia, o campo da política ocupa um lugar fundamental neste processo. A socialização política refere-se ao conjunto de experiências que contribuem particularmente para a formação da auto-imagem do indivíduo em relação ao sistema político e em relação às instituições da sociedade (Oppo,1986). Porém, é importante ressaltar, que a socialização não se restringe à um período específico da vida, pois trata-se de um processo inacabado e em contínuo desenvolvimento, restaurado em cada situação na qual o indivíduo participa (Camino,1996; Oppo, 1986; Rodriguez,1988).
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Até os anos 80, a perspectiva de maior destaque nos estudos da socialização política convergia seus estudos para a análise do modo pelos quais crianças e adolescentes assumiam suas atitudes políticas, concedendo grande ênfase aos agentes clássicos de socialização - família, igreja, escola, etc. (Berger e Luckmann,1961). No entanto, estudos mais recentes têm demonstrado que as informações políticas, obtidas através dos meios de comunicação e dos agentes clássicos, são interiorizadas distintamente, devido à pertença social de cada indivíduo (Camino e Da Costa, 1994).
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De acordo com Ferreira (1995), ainda que a família exerça certa influência nas decisões políticas dos jovens, durante as fases de adolescência e adulta o desenvolvimento do processo de socialização política é fortemente influenciado pela instituição escolar. É no interior desta instituição, nas relações com colegas e professores, que são construídos os conteúdos e atitudes políticas. Este resultado é fortemente evidenciado em seu estudo, realizado com estudantes secundaristas de escolas públicas e privadas do Rio Grande do Norte.
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Estudos acerca da participação social dos universitários da UFPB, realizados no período de 1988 a 1996, demonstram que alguns grupos são de suma importância para a formação política dos estudantes, destacando especialmente a importância da participação no movimento estudantil. (Da Costa, Torres, Burity e Camino, 1994). No entanto, sabe-se que os universitários participam de outros grupos e organizações formais e informais que contribuem no seu processo de socialização.
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Nesta perspectiva, tanto a identidade social dos indivíduos, construída pelo sentimento de pertença a grupos sociais, como as alternativas políticas, formadas pelos interesses dos diversos grupos sociais, são conseqüências das formas concretas que tomam as relações intergrupais no interior de uma determinada sociedade. Esta abordagem postula que a identidade social dos indivíduos e a representação sócio-política dos partidos, como percebidas pelos indivíduos, estão intimamente relacionadas e esta relação de participação do sujeito nas organizações da sociedade civil (Camino, 1996).

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