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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Convergência digital e divergência de mídia
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Em relação à chamada convergência de mídia, há um grande debate no que diz respeito à substituição das diversas formas de mídia existentes hoje e as que poderão vir no futuro. Qual aparelho deve consolidar o rádio, televisão, computador, jornais, telefone etc?
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A favor dos PCs, um argumento simples é o de que este aparelho já apresenta características necessárias à convergência, faltando apenas uma pequena modificação de hardware para que ele possa receber sinais analógicos. A favor dos televisores, há o argumento de que embora seja necessário instalar mais hardware, o preço seria muito pequeno. A discussão a respeito do “super aparelho” porém, está tirando a atenção do ponto principal de todo o processo de evolução tecnológica em curso: o aumento das possibilidades de comunicação, troca de informações e de produção de conhecimento.
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Ao invés de querermos adivinhar se as pessoas vão assistir tv nos PCs ou se vão navegar na internet em seus televisores, ou se ainda o acesso móvel irá superar o fixo, devemos imaginar que todas essas possibilidades existirão e que as próprias pessoas deverão compor seu portfólio de alternativas de acordo com a renda, idade, região, cultura. Ou seja, não faz sentido assumir que existirá um único aparelho capaz de substituir todos os outros.
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Chega-se a conclusão, em relação à convergência de mídia, que deve haver sim novos aparelhos com a capacidade de receber informações hoje dispersas nas várias formas de mídia. Olhando por outro ângulo porém, podemos dizer que vai haver na realidade é uma divergência dos conteúdos para as diversas formas de mídia. Essas diversas formas de mídia terão condição de, individualmente, comunicar conteúdos que hoje estão restritos a aparelhos específicos. Ou seja, vão existir sites de busca nos PCs, na televisão, no celular...
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Um outro ponto é que existem muitos tipos de linguagens ou formatos: as informações podem estar em arquivos de texto, Excel ou HTML por exemplo, e um aparelho específico pode não conseguir trabalhar essas informações. O próximo passo seria padronizar os diversos tipos de formato de conteúdo em um formato único. Desta forma, os novos aparelhos (tv, celular, entre outros) precisariam entender apenas um único tipo de formato para poder disponibilizar os mais diversos tipos de conteúdo. Pensando de forma mais ampla uma questão que se coloca para possibilitar a convergência (e a divergência de mídia) é a integração dos diversos tipos de sistemas já existentes. Essa evolução poderá se dar com a substituição dos atuais sistemas ou com a implantação de camadas intermediárias de sistemas.
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Concluindo, a idéia de convergência existe enquanto padronização de formatos, linguagens, métodos, processos. Ou seja, a possibilidade de se digitalizar os mais diversos tipos de informação está possibilitando a padronização e , consequentemente, a convergência. Para mídia, entretanto, preferimos pensar na escolha das pessoas, o que nos permite concluir que é muito mais provável que ocorra um processo simultâneo de convergência e de divergência de mídia.

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