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terça-feira, 13 de maio de 2008

II Integração Cultural
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Priscila Lima
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A história dos povos africanos efetivamente faz parte da História do Brasil, assim como a história dos povos indígenas e a dos europeus. Na escola, aprendemos que os negros africanos foram trazidos ao Brasil pelos europeus para serem escravizados, através de muito sofrimento nos navios negreiros e senzalas. Após mais de 500 anos de História, o sistema educacional vigente ainda esquece de ensinar um conteúdo de suma importância para nós: a cultura afro-brasileira.
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Além de ajudar na formação da vida em nosso País, os africanos deixaram uma imensa riqueza cultural. Apesar da falha mencionada no parágrafo anterior, pode-se dizer que todos nós temos um pouco desta referência “afro” em nossa formação. Falamos, comemos, vestimos, cantamos, vivemos negritude. Quem nunca ouviu falar em capoeira, cuscuz, samba, candomblé? Tudo isso é herança afro!
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Com objetivo de propagar esta herança afro-brasileira, nos dias 25 e 26 de abril do corrente ano, foi realizada a “II Integração Cultural de Cruz das Armas”, uma promoção do coletivo cultural Pérola Negra, em parceria com o Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama e o Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley (Congeplaw). Durante o evento foram realizadas oficinas de dança e penteados afro, ocorridos no CRJ dos Funcionários I.
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Oficinas arte-educativas
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A oficina de Dança Afro, conduzida por Adélia Gomes, contou com a participação do grupo de percussão Pérola Negra e do ex-professor da UFPB, José Wagner. Quem participou dessa atividade tomou conhecimento da história das danças africanas e passou a saber quando e porque as tribos africanas dançavam.
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Na oficina de Dança de Rua, ministrada por Anderson Negrito – b-boy do grupo 1ª Fórmula Break Art’s Crew – os participantes aprenderam um pouco da filosofia Hip-Hop e alguns passos do Breakdance. Já na oficina de Penteados Afro, o público aprendeu a ser mais paciente. Calma, eu explico. Muita gente queria fazer, ou melhor, que fizessem os penteados em seus cabelos. E apesar de Suzane Soares e Rayza dos Santos (as oficineiras), serem bastante ágeis, eram muitas as pessoas a espera de “mudar o visual”. Eu que o diga!
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Enfim, a “II Integração Cultural de Cruz das Armas” foi muito proveitosa, tanto para os participantes que obtiveram novos conhecimentos, quanto para os ministrantes das oficinas, pois tiveram uma chance de passar adiante sua arte, valores e técnicas da cultura afro.

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