Blogueiros inovam na Comunicação
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Dan Gillmor
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Dan Gillmor
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O que são blogues, exatamente? Não há uma definição única, mas a maioria tem pelo menos três coisas em comum. Em geral, são compostos de pequenos ensaios, também chamados postagens. As postagens são mostradas em ordem cronológica inversa — isto é, os itens mais recentes no alto. E elas têm hyperlinks apontando para outras páginas da web.
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Blogues são um meio de conversação. Muitos dos melhores blogues deixam os leitores postarem seus comentários, e os blogueiros gostam de citar o trabalho dos demais para destacá-los e discuti-los. Eles também são informais porque os melhores blogues são escritos em um tom humano inconfundível. Podemos contrastá-los com o artigo de jornal normal, que parece escrito de acordo com uma fórmula e por uma comissão, não uma pessoa. A própria qualidade humana do blogue é um incentivo vital à forma.
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Os blogues devem também ser entendidos em seu contexto mais amplo, como substitutos dos diferentes meios que os usuários comuns da internet agora podem usar (em uma variedade de formatos, inclusive áudio e vídeo) para publicar seus próprios trabalhos on-line. É parte da democratização da mídia, tanto em criação quanto em distribuição . As ferramentas que usamos para criar conteúdo digital estão cada vez mais poderosas e baratas. E, além disso, podemos mostrar nosso trabalho para um público potencialmente global. Não há nada parecido na história humana em questão de desenvolvimento.
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A prática dos blogues surgiu primeiro nos Estados Unidos. Isso era previsível, visto que as primeiras ferramentas on-line foram desenvolvidas por criadores de software americanos. Entretanto, vem se tornando um fenômeno global. A China, por
exemplo, tem cerca de 5 milhões de blogueiros, uma estimativa aproximada e uma porcentagem relativamente baixa da população. Cada vez mais, os chineses estão lançando seus próprios blogues, apesar da censura por parte do governo (com a ajuda das empresas de tecnologia). A África apresenta o menor número de autores de blogues de todos os continentes; conforme afirma Ethan Zuckerman, co-fundador do projeto Global Voices Online no Centro Berkman de Internet e Sociedade da Universidade de Harvard, a melhor estimativa sugere que há 10 mil blogueiros na África Subsaariana. Segundo ele, os números estão crescendo no Oriente Médio e no Norte da África, com cerca de 50 mil pessoas, em geral jovens, fazendo postagens em "bloguês".
. A prática dos blogues surgiu primeiro nos Estados Unidos. Isso era previsível, visto que as primeiras ferramentas on-line foram desenvolvidas por criadores de software americanos. Entretanto, vem se tornando um fenômeno global. A China, por
exemplo, tem cerca de 5 milhões de blogueiros, uma estimativa aproximada e uma porcentagem relativamente baixa da população. Cada vez mais, os chineses estão lançando seus próprios blogues, apesar da censura por parte do governo (com a ajuda das empresas de tecnologia). A África apresenta o menor número de autores de blogues de todos os continentes; conforme afirma Ethan Zuckerman, co-fundador do projeto Global Voices Online no Centro Berkman de Internet e Sociedade da Universidade de Harvard, a melhor estimativa sugere que há 10 mil blogueiros na África Subsaariana. Segundo ele, os números estão crescendo no Oriente Médio e no Norte da África, com cerca de 50 mil pessoas, em geral jovens, fazendo postagens em "bloguês".
Em seguida aos Estados Unidos, a França é o país que tem mais blogues, com mais de 2 milhões de blogueiros, de acordo com o executivo de software Loic Le Meur. Eles estão causando impacto. Três ministros do governo, diz ele, convidaram blogueiros para entrevistá-los; o próprio Le Meur participou de uma dessas sessões. De acordo com observação de Le Meur, os blogues estão se tornando um dos meios de expressão mais importantes naquele país e estão provocando preocupação nas fileiras do jornalismo tradicional.
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A relação entre blogueiros e jornalistas tornou-se digna de nota. Alguns profissionais aderiram à atividade blogueira com entusiasmo. Outros desprezam o gênero todo. Contudo, mesmo agora, a maioria dos jornalistas não publica blogues. O formato, cuja tendência é incentivar uma opinião pessoal, pareceu um tanto estranho aos profissionais treinados para separar seus sentimentos e crenças daquilo que escrevem e transmitem. Os articulistas são a exceção óbvia a essa regra geral, e vários colunistas de negócios estão entre os melhores no gênero, oferecendo esclarecimentos mais profundos sobre os assuntos que cobrem nas edições impressas. Essa abordagem também está funcionando bem para jornalistas que cobrem outros tipos de tópicos, especialmente entretenimentos.
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A relação entre blogueiros e jornalistas tornou-se digna de nota. Alguns profissionais aderiram à atividade blogueira com entusiasmo. Outros desprezam o gênero todo. Contudo, mesmo agora, a maioria dos jornalistas não publica blogues. O formato, cuja tendência é incentivar uma opinião pessoal, pareceu um tanto estranho aos profissionais treinados para separar seus sentimentos e crenças daquilo que escrevem e transmitem. Os articulistas são a exceção óbvia a essa regra geral, e vários colunistas de negócios estão entre os melhores no gênero, oferecendo esclarecimentos mais profundos sobre os assuntos que cobrem nas edições impressas. Essa abordagem também está funcionando bem para jornalistas que cobrem outros tipos de tópicos, especialmente entretenimentos.
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Os blogues também podem trazer uma qualidade ainda um tanto rara à cobertura das notícias: transparência. Profissionais das comunicações exigem transparência dos outros, mas normalmente estão bem menos dispostos a lançar luzes sobre seu próprio trabalho. Isso está mudando para melhor, e os blogues são uma ferramenta útil nesse processo. O blogue PublicEye da CBS News, por exemplo, oferece esclarecimentos nas próprias operações do repórter.
.FONTE: http://usinfo.state.gov
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