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sexta-feira, 28 de março de 2008

Participação, cidadania e protagonismo juvenil
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A atividade dos jovens no campo social é, hoje, significativamente diferente daquela que ocorria 20, 30 anos atrás. No brasil, se na época do regime militar a principal forma de participação social de jovens dava-se por intermédio de partidos políticos, agremiações estudantis ou grupos religiosos, atualmente há uma enorme multiplicidade de formas de expressão, intervenção e organização juvenil. Um novo conceito começa a ser usado para se referir a essa realidade: protagonismo juvenil.
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Esse conceito incorpora a idéia de que o jovem não é um ser passivo – seja na família, escola ou comunidade, seja em relação ao seu próprio desenvolvimento. Ele é protagonista, pode participar da construção de sua realidade (individual e coletiva). Não que o jovem seja, por natureza, um protagonista. Mas é muito comum ouvir dele que gostaria de fazer algo pela sociedade. É evidente, também, que o papo rola mais solto entre os jovens, do que entre estes e os adultos – faz parte da questão da constituição da identidade, muito presente na adolescência. Esse fato pode se constituir em uma grande força para a prevenção.
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A população jovem chega a representar 31,8% do total de habitantes do Brasil. Entretanto, não foram elaboradas com a devida antecedência políticas públicas específicas, exigidas por uma “onda jovem” que ainda deverá predominar por pelo menos uma década. Como resultado, multiplicam-se problemas que afetam diretamente grande parte da juventude brasileira, como dificuldade de acesso à educação de qualidade e ao lazer criativo, extrema vulnerabilidade à violência e alto índice de desemprego.
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O jovem não se vê como parte integrante da sociedade. Quase sempre, as decisões que lhe dizem respeito são tomadas sem que seja consultado. Também são freqüentes os eventos que tratam da realidade do jovem falando por ele e para ele, sem ouvi-lo. O seu protagonismo ainda é pouco reconhecido.
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De maneira geral, predomina uma descrença no potencial da juventude. O idealismo e o interesse do jovem são considerados passageiros, fruto de uma crise da adolescência. Consequentemente, costumam ser desqualificados. Existe, também, o medo de que, ao se incentivar a liberdade de ação e a autonomia do jovem, perca-se o controle sobre ele, abrindo espaço para atitudes rebeldes e/ou revolucionárias.
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A sociedade ainda costuma cobrar a participação do jovem segundo parâmetros definidos décadas atrás. Caso não tenha um comprometimento político-partidário explícito, geralmente o adolescente é considerado “alienado”. O alto grau de rejeição ao modelo vigente, flagrante no reduzido número de jovens de 16 e 17 anos que vêm exercitando o direito ao voto facultativo, ainda não foi compreendido em toda a sua extensão. Com isso, alternativas de participação para a juventude não vêm sendo devidamente valorizadas.
Mídia emergente e sociedade global
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Dale Peskin e Andrew Nachison (*)
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O relacionamento entre a mídia tradicional e o público está mudando, tendência que os profissionais da informação chamam de "Nós, a Mídia". Esse processo jornalístico emergente permite que a rede social na web produza, analise e dissemine notícias e informações para públicos tecnologicamente interconectados sem restrições geográficas.
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As inovações em tecnologia da informação lançaram a humanidade em uma era de mídia democrática em que quase todos podem ter acesso imediato a notícias e informações e se tornar criadores e contribuintes da empresa jornalística. Como resultado, as notícias agora se movem de modos não convencionais com conseqüências imprevisíveis.
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Os blogues são uma das principais manifestações. Esses diários on-line criam e conectam pessoas e suas idéias em todo o mundo. Sites como o Global Voices (www.globalvoicesonline.org) agregam histórias e perspectivas de pessoas comuns: cidadãos contadores de histórias com vozes autênticas de circunstâncias e culturas únicas. O poder desses blogues é tão expressivo que sites como o Technorati (www.technorati.com) foram criados para localizar mais de 25 milhões de blogues aproximadamente 1/4 dos diários eletrônicos da blogosfera.
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Outra manifestação é o aumento de canais internacionais via satélite. A democratização da mídia levou programas de rádio e televisão para culturas em qualquer lugar. Usando tecnologias digitais de baixo custo e distribuição via satélite, mais de 70 canais internacionais atravessam fronteiras para alcançar os limites do planeta com notícias para todos os pontos de vista. A rede estatal BBC criou uma nova espécie de império britânico, com centenas de canais e sites na internet, que alcançam 100 milhões de pessoas em todo o mundo e são traduzidos em 43 línguas. A Al Jazeera defende a liberdade da mídia e influencia o pensamento árabe em uma região turbulenta e volátil.

"Nós, a Mídia" também abrange a onipresença de dispositivos de mídia pessoais, estimulando a mais poderosa conexão de mídia: a transmissão boca a boca. No fim de 2005, mais de 2 bilhões de pessoas - quase 1/3 da população mundial - possuíam telefone celular. Cerca de 800 milhões de novos telefones celulares são vendidos todo ano no mundo. Esses dispositivos criam a "geração de conteúdo global", com o poder sem precedentes de criar, produzir, compartilhar e participar da vida em tempo real. As redes globais possibilitam às pessoas enviar notícias, pensamentos, idéias e imagens a qualquer lugar e a qualquer momento. Ou seja, todos participam da matéria. Todos exercem influência.
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(*) Dale Peskin e Andrew Nachison são diretores do Centro de Mídia de Reston, Virgínia.
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terça-feira, 18 de março de 2008

Dia de Acolhida
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O Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama inicia nesta semana mais uma etapa do projeto Juventude Fazendo Arte, um dos principais elementos da Política Pública de Juventude implementada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Município (Sedes).
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Através de Oficinas Arte-culturais gratuitas - Jornalismo, Percussão, Grafite, Break e Teatro – buscamos estimular os jovens para o exercício do protagonismo juvenil e da cidadania plena, como formas de superação da vulnerabilidade social.
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A Praça Lauro Wanderley, recém inaugurada pela Prefeitura de João Pessoa, é o espaço ideal para fazermos o Dia de Acolhida - nesta quarta-feira (19/03), a partir das 20h - aos novos e aos futuros alunos do nosso Centro. Sejam todos(as) bem vindos(as)!
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E para aqueles que estão na faixa dos 15 aos 29 anos e ainda não conhecem o CRJ Ilma Suzete Gama e suas Oficinas, convidamos para uma visita. As inscrições para os cursos que oferecemos, nos três turnos, continuam abertas. Inscreva-se, convide os amigos(as), faça parte desta idéia!

Reflexões sobre o ciberespaço
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Nádia Sousa
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A Comunicação ganhou um aliado que ultrapassa todas as barreiras com uma velocidade incrível. Através de avanços tecnológicos, as redes digitais multimídias encurtaram as distâncias, possibilitando-nos partilhar o ambiente virtual e a interatividade; com uma veiculação que, além de ser imediata, propicia o envio e recebimento de imagens, sons e informações diversas.
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No ciberespaço a comunicação deixa de ser apenas unilateral. Há espaço para interconexões generalizadas que se auto-organizam e se retroalimentam continuamente. A partir da hipertextualidade, a web deixa tudo em contato com tudo. Basta selecionar o assunto que lhe interessa e, com a praticidade de um clique, projeta-se na tela o conteúdo requerido. O hipertexto não é linear, é composto por fragmentos de informação que dão margem à sua interpretação. A possibilidade da articulação do discurso à imagens, mapas, diagramas e sons, valoriza a estruturação dos textos (arquitetura da informação). A leitura deixa de depender de um código de reconhecimento totalizador, pondo em xeque as articulações definitivas.
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A pragmática da Internet desfaz a polaridade entre um centro emissor ativo e receptores passivos. Cada um torna-se potencial emissor e receptor, num espaço qualitativamente distinto. Naturalmente as pessoas vão se unindo, de acordo com seus interesses comuns, numa paisagem coletiva de sentido e saber. Não há filtros de avaliação. Isso desfaz os limites demarcados por instituições hegemônicas e pela mídia. Não existem na web rotas pré-estabelecidas de leitura. O receptor escolhe o que quer, na hora que quer e na freqüência que quer. Portanto, a Cibercultura universaliza sem totalizar, “mundializa” modos de organização social contrastantes, sem favorecer pensamentos únicos.
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A Internet situa-se na base de criação de uma fronteira que é simultâneamente física e abstrata. Por um lado é independente de atributos físicos e por outro revestida de carga simbólica, apta para ampliar as percepções da realidade. No ambiente virtual das redes digitais, os códigos de conduta vêm de dentro, devem ser aceitos pelos usuários e adaptados às práticas e tradições dos grupos.
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A ética interativa infiltra-se nos grupos e listas de discussão, conferências eletrônicas e chats (salas de bate-papo). Os usuários formam comunidades autônomas de tamanhos substantivos, predispostas a responder estímulos associativos. Entretanto, devido à inexistência de protocolos rígidos de controle, existe também o uso de pseudônimos eventuais, abusos e atitudes deletérias. Sim, o ciberespaço tem sofrido transgressões inconcebíveis, motivando a organização de uma “ciberética”, para que possa haver uma autogestão democrática e o necessário combate aos bandidos digitais.


O Movimento Estudantil
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Railan Costa (*)
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Na década de 60, participar do Movimento Estudantil (ME) era, acima de tudo, correr riscos. Risco de perder a vida, a esperança, e o pior de tudo: perder a liberdade. Em uma época em que jovens morriam lutando por seus ideais, a união entre os estudantes era o caminho encontrado por muitos para dar força aos seus ideais e reivindicar uma sociedade mais justa e igualitária.
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Nos dias atuais, com as enormes mudanças no cenário político-econômico do nosso país, muitas idéias originais do Movimento se perderam. Além disso, a maioria dos estudantes parece aprisionada dentro de um sistema que não prioriza o coletivo, comprovando que são frutos da geração i-Pod.
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Particularmente, por onde passo vou construindo o “instinto coletivo” que é a verdadeira força do ME. Jovens como eu e tantos outros companheiros considerados por muitos como idealistas e obstinados, nos sobrepomos às dificuldades e continuamos lutando, mostrando que a história do Movimento Estudantil está ligada, sobretudo, à resistência à criação de uma sociedade individualista.
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A importância do ME para a nação brasileira vai muito além do compromisso social de uma parcela da população (a juventude); é um dever de todo cidadão. Com sua dinâmica, o Movimento Estudantil promove discussões de Norte a Sul do País, avaliando questões locais, regionais e nacionais nos encontros, seminários e congressos estudantis. Desse modo, participar do ME significa para o jovem amadureçer e compartilhar idéias, informações e experiências diversas, possibilitando o desenvolvimento de uma consciência política (individual e coletiva) muito importante para o Brasil.
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(*) Diretor de Formação Política da Juventude Socialista Brasileira (JSB) em João Pessoa-PB

Todo mundo sai ganhando
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A Praça Lauro Wanderley foi construída há mais 40 anos. Durante todo este tempo passou por algumas reformas que nunca contemplaram toda comunidade. Com isso, não demorava muito para voltar a condições precárias, tornando-se inutilizada pela população. No início da atual gestão da Prefeitura de João Pessoa, a reforma da Praça sempre foi apontada pelos moradores, como a prioridade máxima nas questões relacionadas à Cidade dos Funcionários I no Orçamento Democrático. Tal reforma, ou melhor, reconstrução, foi iniciada no ano passado e no mês de janeiro deste ano a Praça Lauro Wanderley foi entregue a população pela Prefeitura.
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Nessa nova estrutura, o local que só tinha duas quadras ganhou a reforma total destes espaços, half para esportes radicais, anfiteatro, equipamentos para prática de exercícios físicos, além de playground (espaço com brinquedos para as crianças). No último dia 8 de fevereiro a comunidade elegeu o Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley. Essas pessoas (moradores/as do bairro) foram eleitas para auxiliar a Gestão Municipal na organização das atividades da Praça, bem como na sua manutenção. Cada conselheiro atende a um segmento: crianças, idosos, juventude, mulheres, esportes coletivos, esportes de tabuleiro, esportes radicais, cultura, comerciantes, Orçamento Democrático e gestão pública.
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Mesmo antes da inauguração, alguns problemas causados pela má utilização dos espaços da Praça - que é pública, mas que precisa ser ocupada de maneira consciente para que todo(as) possam aproveitá-la - foram identificados. Pessoas andando de bicicletas e motos nos interior da Praça; skatistas fazendo manobras dentro do anfiteatro; futebol na grama; pessoas levando as plantas ornamentais para suas casas; adultos nos brinquedos infantis; e, principalmente, crianças escorregando no half para os esportes radicais.
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A idéia de se construir espaços para cada prática desenvolvida pela comunidade, tem sido muito respeitada e executada por esta gestão da Prefeitura de João Pessoa, justamente para que cada uma dessas práticas tenha seu próprio espaço. Por exemplo, os atores e músicos da comunidade tem o anfiteatro para apresentar sua produção, assim como os skatistas tem o half para desenvolverem suas manobras. Dessa forma, não causando choque de atividades, nem disputas por espaço.
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A má utilização da Praça além de quebrar a lógica da democratização dos espaços da Cidade, danifica o patrimônio público, gera desavenças desnecessárias e pode causar acidentes simples e graves, sobretudo, com as crianças. E como este não é o interesse da nossa comunidade, nós que fazemos o Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley convidamos todos os moradores e moradoras a pensar coletivamente e fazer uso da Praça de forma adequada, civilizada e organizada, pois, se cada uma fizer o seu papel todos sairão ganhando.
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Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley (CONGEPLAW)

quarta-feira, 12 de março de 2008

Laços que unem a comunidade
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Brian L. Steffens (*)
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Um tema atual na mídia é descobrir como envolver os cidadãos em atividades cívicas. Os jornais estão testando o aumento de cartas on-line aos editores, blogues locais e pessoais, fóruns on-line e várias formas de conteúdo criado pelo cidadão.
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Segundo argumentam algumas pessoas, os jornais comunitários nunca perderam o contato com suas comunidades e a ênfase em novas tecnologias está mal colocada. Leitores de pequenas cidades sempre tiveram acesso aos editores, repórteres e proprietários de jornal. Eles conversam enquanto estão na fila do supermercado, em reuniões de clubes de serviços, na igreja e na barbearia ou no salão de beleza. A distância entre leitor e jornal é menor do que em grandes cidades ou áreas metropolitanas.
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Um benefício inesperado da nova tecnologia para os jornais comunitários talvez seja a expansão da antiga rede de correspondentes. Os pequenos jornais sempre enfrentaram dificuldades com quadros de pessoal pequenos, poucos repórteres ou fotógrafos para estar em vários lugares ao mesmo tempo, especialmente quando eventos do conselho escolar e do governo, as competições esportivas e as atividades na igreja acontecem na mesma noite.
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Os jornais comunitários há muito contam com profissionais em meio expediente ou voluntários eventuais para ajudar em reportagens de reuniões ou eventos aos quais os funcionários da redação não podem comparecer ou para contribuir com colunas sobre temas de interesse local. Com laptops e câmeras digitais, praticamente qualquer pessoa pode tornar-se repórter ou fotógrafo de seu jornal local. Isso tem fortalecido não apenas o contato entre a comunidade e seu jornal, mas também as relações dentro da comunidade.
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Muitos jornais americanos estão produzindo edições complementadas com matérias enviadas pelos moradores locais. São notícias e informações que não atendem necessariamente às exigências de espaço do jornal impresso nem à orientação do site do jornal para notícias fundamentadas.
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A complementação é repleta de fotos de recém-nascidos e formandos de faculdades divulgadas por pais e avós orgulhosos, eventos sociais da comunidade e até os maiores legumes cultivados e animais de estimação favoritos. Há histórias pessoais, lembranças, relatos de reuniões e eventos que os jornalistas não puderam cobrir, notas sobre grupos da igreja e da escola que freqüentemente não têm cobertura jornalística, receitas locais, colunas, comentários e cartas ao editor. As melhores matérias são reunidas em uma publicação impressa semanalmente - notícias de, sobre e pelo seu vizinho.
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A tecnologia é uma coisa eficiente e seus primeiros adeptos impulsionam partes importantes do crescimento econômico. Mas, às vezes, é apenas outra ferramenta para ajudar pessoas e comunidades a fazer o que sempre fizeram: entrar em contato umas com as outras.
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(*) Brian L. Steffens, professor de jornalismo e diretor executivo da Associação Nacional de Jornais dos EUA (ANJ).
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II Impacto Feminino
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Rômulo Halysson
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A atualidade traz avanços significativos sobre a ascensão das mulheres no cenário social, ainda muito machista, do nosso país. Mesmo assim, dados bastante assustadores são freqüentes na vida de milhares de mulheres brasileiras.
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A Lei Maria da Penha trouxe para agressores de mulheres punições mais severas, porém ainda falta muito para chegarmos à zero no grau de desequilíbrio social entre mulheres e homens e, com isso num patamar de convivência e sociabilidade realmente integrador entre ambos.
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A cidade de João Pessoa deu um passo muito à frente de outros municípios com a criação da Coordenadoria de Políticas Públicas de Mulheres (CPPM) e, mais do que isso, com as ações desenvolvidas por este espaço. Diante disto, março se consolida de maneira efetiva como o mês integrador da maioria das ações do Governo Municipal.
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Em 2007, como forma de divulgar o trabalho sobre as questões de equidade de gênero, realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da CPPM e, participar efetivamente deste processo, o Centro de Referência da Juventude (CRJ) Ilma Suzete Gama realizou o “I Impacto Feminino”, evento articulado em conjunto com as jovens da Cidade dos Funcionários I. A segunda versão do evento acontece nesta sexta-feira (14/03), com articulação e apoio das mulheres do Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley, congregando os ideais integradores do CRJ e fortalecendo a mobilização das mulheres da comunidade.
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Programação do II Impacto Feminino
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7h – Café da Manhã com as Mulheres na Praça Lauro Wanderley;
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14h – Rodas de Diálogo no CRJ Ilma Suzete Gama;
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19h – Show de Encerramento com Juliana Almeida.

terça-feira, 11 de março de 2008

De olho nos estudos
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Bertrand Sousa

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Desde o início da vida acadêmica as orientações dos pais são de grande importância. Entretanto, o acompanhamento excessivo e incorreto dos estudos dos filhos, pode ocasionar sérios problemas familiares. Em alguns casos, causando traumas permanentes. É aí onde mora o perigo!

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Muitos adolescentes sentem-se pressionados devido às exigências em relação a seus desempenhos escolares. Alguns pais chegam ao ponto de exigir que os filhos sejam sempre os melhores da turma ou do colégio, levando-os a desenvolverem quadros de estresse, depressão, falta de sociabilidade, entre outros problemas de maior ou menor gravidade.

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Os genitores devem tomar cuidado para não depositarem nos filhos a realização de sonhos do passado, ou tornarem eles "super-competitivos", prontos para conseguir resultados a qualquer custo. Ao contrário, devem estimular e motivar os jovens para alcançarem seus objetivos de acordo com os próprios intereses e aptidões naturais, de forma saudável e gradual.
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Segundo o psicólogo Alberto Carlos dos Santos, existem dois tipos de influência por parte dos pais: uma positiva e outra negativa. "A influencia positiva seria quando motram aos filhos a importância de estudar, criando neles o senso crítico dos benefícios que o estudo pode trazer para a vida, tanto pessoal, como profissional e financeira. Já a negativa, seria na forma de imposição e abuso de autoridade, usando agressões físicas e/ou verbais para que os filhos estudem em troca de algo. Isso pode gerar em algumas pessoas, uma aversão pelos estudos", explicou o profissional.
O surgimento das rádios ilegais
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André Gardini
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A idéia de rádios piratas, pode confundir-se com a de rádios livres. No entanto, as piratas, apesar de também operarem sem autorização, são rádios com algum tipo de apoio comercial ou de associação. É interessante notar que o governo utiliza o termo pirata para se referir também às livres.
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A história das rádios piratas é anterior. Segundo Magda Cunha, professora de radiojornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), rádios piratas e rádios livres formam duas frentes de corrosão do monopólio estatal das telecomunicações, vigente na Europa, até meados do século XX. Ela explica que nas rádios livres, as faixas de onda são consideradas propriedade coletiva e cabe à coletividade usufruir delas. "Nascem no bojo de movimentos políticos contestatórios e estimulam as pessoas a passarem da condição passiva de ouvintes para a de agentes ativos de seus discursos e a colocar no ar as suas idéias, os seus prazeres, as suas músicas preferidas, sem precisar de autorização para isso",completa.
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Sayonara Leal, doutoranda do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), conta que o conceito de rádios livres surge na Europa, pós II Guerra, para designar as rádios não oficiais, ou seja, não autorizadas pelo Estado, que atuavam em prol de uma comunicação livre, em grande medida alimentadas pelo sentido da contra-informação.
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Depois, nos anos 1970 e 1980, estiveram engajadas em projetos políticos e culturais, em geral de esquerda, em defesa de temas ecológicos, processos migratórios, socialismo, democratização da informação, enfim, uma outra ordem de informação e comunicação. "No Brasil, algumas rádios locais se auto denominam livres para tentar preservar esse espírito de total liberdade e, até certo ponto, eu diria de contra-ordem e regulação exercida pelo Estado", explica Leal. Ela continua: "penso que independente do termo para nomear essas mídias, elas são configurações do direito à liberdade de expressão inscrito em nossa Constituição", defende.
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Integrantes da Rádio Muda, a rádio livre que funciona na Unicamp, criticam o sistema atual de concessões que, segundo afirmam, privilegia o mercado através de uma ideologia do consumo. "A opção pela transmissão sem autorização é uma forma de questionar a política adotada pelo governo", dizem.
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De acordo com eles, que preferem o termo "coletivo", ao invés de identificações individuais, o regime de uso do espectro (de ondas de radiodifusão) favorece aos detentores do poder político e econômico, sob a argumentação técnica de finitude do bem público por onde trafegam as ondas. "O Estado regula os pontos emissores (e acaba regulado por estes) onde se identifica pelo menos duas inconstitucionalidades: 1)não há complementaridade entre os serviços públicos, educativos ecomerciais nos meios de comunicação, prevalecendo o comércio e; 2) a comunicação social não poderia ser objeto de monopólio ou oligopólio quando, na verdade, uma única emissora de televisão é responsável por cerca de 84% da audiência"
Prefeitura e Sine firmam parceria para oferecer cursos
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A Prefeitura de João Pessoa e o Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine/PB), na execução do Programa de Qualificação do Trabalhador (Planteq), estão oferecendo cursos voltados para o mercado de trabalho. Esta parceria está sendo viabilizada através da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável da Produção de João Pessoa (Sedesp). Ao todo serão 38 cursos, nas áreas de qualificação profissional e de economia popular e solidária. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas na sede do Sine estadual.
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Os cursos têm como objetivo oferecer aos trabalhadores conhecimentos que lhes permitam a qualificação, requalificação e atualização das suas aptidões para o exercício de funções demandadas pelo mercado de trabalho.
Além disso, proporciona atividades compatíveis com a complexidade tecnológica do trabalho, o seu grau de conhecimento técnico e o nível de escolaridade, numa perspectiva que permite condições de inclusão social e profissional.
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A iniciativa é parte do Programa de Qualificação do Trabalhador (Planteq) do Governo Federal é realizado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e faz parte do processo de municipalização do Sine, em João Pessoa. Os cursos são realizados nas unidades executoras. Estão sendo oferecidas 772 vagas em cursos como: marcenaria, panificação, gestão de microempresa, pedreiro e operador de máquinas.
Juventudes brasileiras: diferenças e desigualdades
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Os "jovens de hoje" são brasileiros nascidos há 14 ou 25 anos. Esta faixa etária é sempre discutida. Por um lado, para os que não têm direito à infância, a juventude começa mais cedo. Por outro lado, o aumento de expectativas de vida e as mudanças no mercado de trabalho alimentam hoje uma tendência mundial em alargar o tempo da juventude.
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Entretanto, qualquer que seja a "faixa etária" estabelecida, jovens da mesma idade vão sempre viver juventudes diferentes: há diferenças e desigualdades sociais entre eles. A desigualdade mais evidente remete ao econômico. Este recorte se explicita claramente na vivência da relação com o trabalho e a escola.
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O desemprego entre os jovens pobres é significativamente maior (26,2%) do que entre os mais ricos (11,6%). Utilizando o corte de renda familiar per capita para diferenciar jovens oriundos de famílias pobres dos que provêm de famílias ricas, vemos que entre os jovens ricos há predominância do trabalho assalariado (77,1%) e, dentro desse universo, quase dois terços (49,0%) possuem carteira assinada. Entre os jovens provenientes de famílias pobres, apenas 41,4% têm trabalho assalariado e, desses, a grande maioria (74,3%) não tem carteira assinada.
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Quanto ao trabalho doméstico entre os jovens ricos, temos a pequena cifra de 7,9%, dos quais só 7% obtêm algum rendimento desse trabalho. Já entre os mais pobres, a taxa de jovens que se dedica ao trabalho doméstico salta para 46,2%, sendo que 26,8% são remunerados. Contudo, quando o assunto é inclusão e exclusão, as diferenças de origem e de situação de classe não esgotam o assunto. Gênero também é um fator que interfere nas trajetórias dos jovens. As moças se "beneficiam" do crescimento do emprego doméstico mas ganham menos que os rapazes quando ocupam os mesmos postos de trabalho. E a "boa aparência" exigida para certos postos de trabalho exclui os mais pobres e particularmente jovens negros e negras.
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Segundo Ricardo Henriques, estudioso do tema, "com todos os erros, desvios e imprecisões das estatísticas (...) enquanto um jovem branco de 25 anos tem 8,4 anos de estudo, um jovem negro, da mesma idade, tem 6,7 anos de estudo. A diferença de 2,3 anos é alta e a distância social entre negros e brancos se mantém ao longo dos anos".
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Há ainda um outro critério de diferenciação: o local de moradia. Tanto para a inserção no mercado de trabalho quanto para o lazer e uso do tempo livre, as oportunidades dos jovens também variam de acordo com a região e a localização no campo ou na cidade. Para os que vivem nas grandes cidades, o estigma de certas áreas urbanas pobres e violentas expõe os jovens à violência e à corrupção dos traficantes e da polícia. Ao preconceito e discriminação de classe, gênero e cor adiciona-se o preconceito e a "discriminação por endereço". Para a inserção no mercado de trabalho o "endereço", muitas vezes, torna-se um critério de seleção. O local de moradia interfere também no acesso a equipamentos urbanos, na busca de grupos de referência, na maior ou menor probabilidade de se ligar a atividades ilícitas, na virtualidade da morte precoce.
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Ou seja, se hoje fica cada vez mais evidente que as políticas públicas para a juventude não podem se justificar apenas como estratégia para "tirar jovens da criminalidade", não é possível minimizar os efeitos da violência na experiência desta geração. Não por acaso, entre os temas de conversação mais freqüentes entre os jovens está a violência. Com algumas variações e pesos diversos, esta é uma conversa que faz parte do cotidiano dos jovens de diferentes camadas sociais. Em qualquer grupo de jovens, todos têm algo para contar sobre a polícia. Os mais ricos vão contar que foram achacados; como eles dizem: "tivemos que negociar". Os mais pobres, sobretudo se forem negros, vão dizer que foram mais desrespeitados. As jovens mulheres contam como foram desrespeitadas. Os moradores das favelas, conjuntos habitacionais, periferias, vilas são sempre os mais suspeitos.
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Por tudo isso, falar em políticas públicas para a juventude é também falar em segurança pública e direitos humanos. Segurança Pública é requisito essencial para a inclusão social.Por outro lado, ao retomar a literatura existente sobre a juventude brasileira, nota-se que são poucas as pesquisas sobre o jovem das pequenas cidades, e que também ainda não foram bem estudadas as diferenças regionais. Quanto ao mundo rural, muito se fala em saída dos jovens para as cidades. No entanto, há jovens que estão no campo e se inserem em acampamentos, assentamentos, no trabalho assalariado, na agricultura familiar, no extrativismo. A precariedade maior ou menor desta inserção está diretamente relacionada com a estrutura fundiária e com acesso a instrumentos de política agrícola.
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Este rápido painel é uma amostra da diversidade da juventude brasileira. Certamente, as diferenças podem atenuar ou acentuar os efeitos das desigualdades de renda, gênero, raça, local de moradia e os níveis de violência. No entanto, no conjunto, os jovens brasileiros se deparam com dificuldades comuns que, por um lado, expressam questões estruturais colocadas para o conjunto da sociedade e, por outro, evidenciam a urgente necessidade de políticas específicas para a juventude.
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Dica cultural: revista
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A revista Viração nasceu em março de 2003 com o objetivo de unir jovens e adolescentes de todo Brasil em torno de princípios como a defesa dos direitos humanos, a educação à Paz, à solidariedade entre os povos e à pluralidade étnica e racial. Sem fins lucrativos, a Vira é um projeto social impresso da organização não-governamental Associação de Apoio a Meninas e Meninos da Região Sé, de São Paulo, que, entre outros projetos, possui um Centro de Defesa da Criança e Adolescente (Cedeca).
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Mais que uma publicação, a revista possui um grande diferencial: aqui, os jovens têm vez e voz. Apenas um chavão? Não. Pura realidade. A galera pode opinar, dar sugestões e colaborar fazendo reportagens, artigos e entrevistas. A Vira conta ainda com o Conselho Editorial Jovem (o Virajovem), formado por jovens e adolescentes que se encontram uma vez por mês para avaliar as revistas impressa e digital, propor pautas e discutir a realidade brasileira e mundial.
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Hoje existem Virajovens em 18 capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Campo Grande, Recife, Fortaleza, São Luís, Goiânia, Maceió, Natal, Manaus, João Pessoa, Belém do Pará e Vitória), alguns deles em consolidação.
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O projeto conta com o apoio institucional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes (NCE/ECA) da Universidade de São Paulo (Projeto Educom.radio), da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) e da Agência Internacional pela Paz (IPAZ).
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Vários trabalhos acadêmicos, em universidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e João Pessoa, tiveram a Viração como objeto de estudo e exemplo desse jeito novo de produzir comunicação. Um deles foi a tese de mestrado sobre o Projeto, defendida por Nayara Teixeira na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), em abril de 2007.
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sexta-feira, 7 de março de 2008

TV pública: o futuro
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Beth Carmona
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O Brasil se comunica pela televisão. Em "Videologias", obra que contém análises de Maria Rita Kehl e Eugênio Bucci, os autores provam que existe um Brasil que se conhece e reconhece pela TV, que hoje reina absoluta sobre o público nacional, com um impacto e força muito superior aos outros veículos. "A TV monologa dentro das casas brasileiras... A TV dá a primeira e a última imagem sobre todosos assuntos... A TV une e iguala, no plano imaginário, um país cuja realidade é constituída de contrastes, conflitos e contradições violentas".
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Há no Brasil cerca de 40 milhões de lares com pelo menos um aparelho de TV, e estima-se que em cada uma dessas casas exista em torno de duas crianças. Estatísticas recentes nos informam que os brasileiros e principalmente as crianças passam em média quase 4 horas em frente àTV e muitas delas estão fora da escola.
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Hoje não basta diferenciar a TV pública utilizando a premissa da programação de qualidade. Hoje não basta diferenciar a TV pública só por seu conteúdo nacional, pois outros já se apoderaram dessas marcas. Hoje, a rede pública que faz sentido se dará pela possibilidade de diversificar as opiniões, de abrir os conteúdos, de tratar de todos os temas e abordar todas as localidades. Essa será suamarca e sua qualidade. Hoje, no Brasil, é preciso abrir as oportunidades, ouvir outras vozes e ver e propiciar outros modelos e formatos.
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O advento da digitalização permite colocar em pauta mais uma vez o papel da TV pública no Brasil. Precisamos definir com clareza os direitos e os deveres das TVs públicas nesse novo cenário. Construirum projeto único de TV pública para o país, que fomente a produção nacional, avalie os conteúdos, garanta a difusão por todo o território nacional, contribuindo assim para a inclusão social e a democratização da comunicação. Para tanto, políticas públicas cuidadosas e conscientes são necessárias, e a discussão deve acontecer da forma mais ampla possível para que todos os atores possam se sentir representados e a TV pública possa cumprir plenamente sua missão.
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A parceria com a iniciativa privada e a entrada de patrocinadores privados com inserções publicitárias tem sido uma realidade, mesmo que não assumida em lei. Mas como vamos estabelecer direitos e limites que não resultem em outros interesses, que não os da sociedade? Podemos justificar o uso comercial do espaço público com o discurso da carência de recursos públicos ou ainda de financiamento insuficiente para a manutenção de suas estruturas e necessidades? A TV pública deve ser patrocinada por aqueles que comungam de seus objetivos e que compartilham da sua missão. Num sistema predominantemente comercial como o nosso, a TV pública deve fazer o contraponto e a diferença. Por isso ela é pública e as outras são comerciais.
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(*) Beth Carmona é diretora presidente da TVE Brasil.
Estudantes fazem protesto em frente a Escola Papa VI
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Paulo Dantas
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Integrantes da Juventude do Partido Socialista Brasileiro e estudantes protestaram e cobraram reforma na Escola Estadual de Ensino Fundamental Cônego Nicodemos Neves ao governador Cássio Cunha Lima, na manhã desta sexta-feira, 7, em Cruz das Armas. Os estudantes comemoram hoje, o aniversário de um ano da queda uma viga na escola, com passeata e bolo.
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Durante a entrega da reforma da Escola Estadual de Ensino Fundamental Papa Paulo VI, em Cruz das Armas, o governador assegurou aos estudantes que a reforma da Nicodemos Neves está em processo de licitação que deve durar cerca de 40 dias. Após esse período, Cássio garantiu que as obras deverão ser concluídas em dois meses.
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Ao chegar a Cruz das Armas, Cássio percebeu a manifestação e se dirigiu ao grupo, com cerca de 20 jovens, e ouviu suas reivindicações. Por conta da queda da viga, as crianças estão assistindo aula num prédio onde funcionou a Avon, no mesmo bairro. Após a conversa com o governador, os jovens saíram em caminhada até a Escola Nicodemos Neves, onde cortaram um bolo de aniversário pela passagem da triste data. Um deles, até ameaçou fazer greve de fome se a promessa do governador não for cumprida.

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FONTE: WSCOM Online


Coperve divulga regras para o PSS-2009


A Comissão Permanente do Concurso Vestibular (Coperve) disponibilizou no site da instituição (http://www.coperve.ufpb.br), as informações sobre o Processo Seletivo Seriado (PSS-2009). Os destaques dados pela Coperve são a apresentação do CPF e do RG para inscrição, que deve ocorrer no período entre 6 e 24 de agosto, apenas pela Internet.
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Quanto às provas, a Coperve informou que as objetivas conterão apenas questões de múltiplas escolhas, sendo de dois tipos: 1º tipo - Questão de múltipla escolha com cinco alternativas (a, b, c, d, e), em que somente uma é correta; 2º tipo – Questão de múltipla escolha com até cinco afirmativas (I, II, III, IV, V), em que mais de uma é correta. Nesse último tipo de questão, o candidato terá:pontuação total (1,0), quando assinalar todas as afirmativas corretas; pontuação parcial, quando assinalar apenas parte das afirmativas corretas; só haverá pontuação, total ou parcial, quando, na assinalação da resposta não for incluída afirmativa incorreta.
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Nas provas do PSS 1 e 2 (1ª e 2ª séries), Português e Matemática terão sete questões de múltipla escolha do 1º tipo e três do segundo tipo. As demais matérias terão cinco questões do 1º tipo e três do 2º tipo. Nas provas do PSS 3 (3ª série), cada matéria terá seis questões do 1º tipo e quatro do 2º tipo. A prova de Redação conterá duas questões de produção textual, contemplando gêneros textuais diversos, como por exemplo: carta, notícia, reportagem, resenha crítica, texto de opinião, texto publicitário, resumo etc.

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As provas do PSS 1 e 2 (1ª e 2ª séries) serão realizadas respectivamente, nos dias 23 e 24 de novembro de 2008 e as do PSS 3 (3ª série), nos dias 21 e 22 de dezembro de 2008. Entre as novas informações encontra-se também, de forma atualizada, a orientação ao candidato apto para as provas do PSS-3. Essa orientação visa ajudar esses candidatos a tomar a seguinte decisão: inscrever-se apenas para as provas do PSS 3 (3ª série) ou abandonar os resultados obtidos e inscrever-se para o conjunto de provas do PSS 1, 2 e 3.

Karl Marx e a imprensa
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Altamiro Borges
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Diante do poder alcançado pela mídia hegemônica e das ilusões ainda existentes sobre seu papel, revisitar as idéias de intelectuais marxistas sobre o tema é da maior importância e causam surpresa por sua enorme atualidade. Marx, Lênin e Gramsci, entre outros pensadores revolucionários, sempre destacaram o papel dos meios de comunicação.Exatamente por entenderem a importância da luta de idéias, do fator subjetivo na transformação da sociedade, fizeram questão de desmascarar o que chamavam, sem meias palavras, de "imprensa burguesa" e de realçar a necessidade da construção de veículos alternativos dos trabalhadores.
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Estes dois elementos, a denúncia do caráter de classe da imprensa capitalista e a defesa dos instrumentos próprios dos explorados, sãoas marcas principais destes intelectuais marxistas. Marx, Lênin eGramsci dedicaram enorme energia ao trabalho jornalístico, escrevendo centenas de artigos e ajudando a construir vários jornais democráticos e proletários. Foram jornalistas de mão-cheia, produzindo textos que entraram para a história. Sempre estiveram sintonizados com o seu tempo, pulsando a evolução da luta de classes; nunca se descuidaram da forma, da linguagem, para melhor difundir os seus conteúdos revolucionários.
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Defesa da liberdade de expressão
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Vítimas da violenta perseguição das classes dominantes, os revolucionários nunca toleraram a censura dos opressores e foram os maiores defensores da verdadeira liberdade de expressão. A própria ampliação da democracia foi decorrência das lutas dos trabalhadores, já que nunca interessou à reacionária burguesia. Mas os revolucionários nunca confundiram esta exigência democrática com aproclamada "liberdade de imprensa", tão alardeada pela burguesia que controla os meios de produção e usa todos os recursos, legais eilegais, ardilosos e cruéis, para castrar a própria democracia e o avanço das lutas emancipadoras.
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Numa fase ainda embrionária do movimento operário-socialista, Karl Marx logo se envolveu na atividade jornalística. Após concluir seu doutorado em Filosofia, em 1841, ele pretendia seguir a carreira acadêmica e ingressar na Universidade de Bonn, mas a brutal repressão do governo prussiano inviabilizou tal projeto e o jovem filósofo alemão manteve seu sustento através do Jornalismo. Em 1842, ingressou na equipe do jornal Gazeta Renana e virou o seu redator-chefe. Sob sua direção, este periódico democrático triplicou o número de assinantes e ganhou prestígio, mas durou poucos meses e foi fechado pela ditadura prussiana.
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Sem ilusões na imprensa burguesa
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Na seqüência, entre 1848/49, passou a escrever no jornal Nova Gazeta Renana, que se transformou numa trincheira de resistência ao regime autoritário. Em menos de dois anos, Marx escreveu mais de 500 textos etornou-se um articulista de sucesso. O combate ao código de censura do governo prussiano resultou na proibição do jornal. Marx ainda escreveu para o Die Press e o New York Tribune sobre política,economia e história. "Era um jornalismo que revelava a minuciosa leitura de Marx, seu alto grau de informação não apenas sobre osfatos e conflitos, como também sobre os atores individuais e a própria imprensa", relata José Onofre, na apresentação do livro "Karl Marx e a liberdade de imprensa".
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Em sua defesa da liberdade de expressão, ele nunca vacilou na denúncia da ditadura burguesa. Para ele, o jornal deveria ser uma arma de combate à opressão e à exploração e não um veículo neutro. "A função da imprensa é ser o cão-de-guarda, o denunciador incansável dos opressores, o olho onipresente e a boca onipresente do espírito do povo que guarda com ciúme sua liberdade". Em outro texto, afirma: "O dever da imprensa é tomar a palavra em favor dos oprimidos a sua volta. O primeiro dever da imprensa é minar todas as bases do sistema político existente". Por estas idéias libertárias, ele foi processado e perseguido.
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(*) Altamiro Borges é jornalista, editor da revista Debate Sindical.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Blogueiros inovam na Comunicação
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Dan Gillmor
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O que são blogues, exatamente? Não há uma definição única, mas a maioria tem pelo menos três coisas em comum. Em geral, são compostos de pequenos ensaios, também chamados postagens. As postagens são mostradas em ordem cronológica inversa — isto é, os itens mais recentes no alto. E elas têm hyperlinks apontando para outras páginas da web.
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Blogues são um meio de conversação. Muitos dos melhores blogues deixam os leitores postarem seus comentários, e os blogueiros gostam de citar o trabalho dos demais para destacá-los e discuti-los. Eles também são informais porque os melhores blogues são escritos em um tom humano inconfundível. Podemos contrastá-los com o artigo de jornal normal, que parece escrito de acordo com uma fórmula e por uma comissão, não uma pessoa. A própria qualidade humana do blogue é um incentivo vital à forma.
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Os blogues devem também ser entendidos em seu contexto mais amplo, como substitutos dos diferentes meios que os usuários comuns da internet agora podem usar (em uma variedade de formatos, inclusive áudio e vídeo) para publicar seus próprios trabalhos on-line. É parte da democratização da mídia, tanto em criação quanto em distribuição . As ferramentas que usamos para criar conteúdo digital estão cada vez mais poderosas e baratas. E, além disso, podemos mostrar nosso trabalho para um público potencialmente global. Não há nada parecido na história humana em questão de desenvolvimento.
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A prática dos blogues surgiu primeiro nos Estados Unidos. Isso era previsível, visto que as primeiras ferramentas on-line foram desenvolvidas por criadores de software americanos. Entretanto, vem se tornando um fenômeno global. A China, por
exemplo, tem cerca de 5 milhões de blogueiros, uma estimativa aproximada e uma porcentagem relativamente baixa da população. Cada vez mais, os chineses estão lançando seus próprios blogues, apesar da censura por parte do governo (com a ajuda das empresas de tecnologia). A África apresenta o menor número de autores de blogues de todos os continentes; conforme afirma Ethan Zuckerman, co-fundador do projeto Global Voices Online no Centro Berkman de Internet e Sociedade da Universidade de Harvard, a melhor estimativa sugere que há 10 mil blogueiros na África Subsaariana. Segundo ele, os números estão crescendo no Oriente Médio e no Norte da África, com cerca de 50 mil pessoas, em geral jovens, fazendo postagens em "bloguês".
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Em seguida aos Estados Unidos, a França é o país que tem mais blogues, com mais de 2 milhões de blogueiros, de acordo com o executivo de software Loic Le Meur. Eles estão causando impacto. Três ministros do governo, diz ele, convidaram blogueiros para entrevistá-los; o próprio Le Meur participou de uma dessas sessões. De acordo com observação de Le Meur, os blogues estão se tornando um dos meios de expressão mais importantes naquele país e estão provocando preocupação nas fileiras do jornalismo tradicional.
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A relação entre blogueiros e jornalistas tornou-se digna de nota. Alguns profissionais aderiram à atividade blogueira com entusiasmo. Outros desprezam o gênero todo. Contudo, mesmo agora, a maioria dos jornalistas não publica blogues. O formato, cuja tendência é incentivar uma opinião pessoal, pareceu um tanto estranho aos profissionais treinados para separar seus sentimentos e crenças daquilo que escrevem e transmitem. Os articulistas são a exceção óbvia a essa regra geral, e vários colunistas de negócios estão entre os melhores no gênero, oferecendo esclarecimentos mais profundos sobre os assuntos que cobrem nas edições impressas. Essa abordagem também está funcionando bem para jornalistas que cobrem outros tipos de tópicos, especialmente entretenimentos.
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Os blogues também podem trazer uma qualidade ainda um tanto rara à cobertura das notícias: transparência. Profissionais das comunicações exigem transparência dos outros, mas normalmente estão bem menos dispostos a lançar luzes sobre seu próprio trabalho. Isso está mudando para melhor, e os blogues são uma ferramenta útil nesse processo. O blogue PublicEye da CBS News, por exemplo, oferece esclarecimentos nas próprias operações do repórter.
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FONTE:
http://usinfo.state.gov
Jornais comunitários se adaptam à tecnologia
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Brian L. Steffens (*)
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Os grandes e pequenos jornais têm longa história de adaptação às mudanças tecnológicas e mercadológicas. Jornais de pequenas cidades e de comunidades estão florescendo em uma era tecnológica nova que lhes permite oferecer cobertura e divulgação de eventos locais com detalhes e rapidez nunca antes conseguidos.
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No século 21 os jornais se tornaram camaleões, adequando-se às mudanças ambientais. Sempre tem sido assim: das prensas operadas manualmente às rotativas, das máquinas de linotipo à editoração eletrônica, do branco e preto ao colorido e, agora, do papel aos eletrônicos.
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Os jornais continuam a oferecer proposições de valor inigualável que garantem seu futuro no longo prazo mesmo que se diversifiquem para incorporar novas formas de apresentação e distribuição. Os jornais continuam sendo a única mídia fundamentalmente informativa; informação de modo geral comprovável, precisa, imparcial e em busca da verdade.
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O rádio, em sua essência, é uma mídia de música e conversação. Na televisão predomina o entretenimento. A internet é uma mídia de pesquisa que oferece acesso a ampla gama de informações sem garantia de qualidade ou veracidade do conteúdo.
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As emissoras de televisão e os jornais diários de cidades grandes atendem públicos regionais abrangendo grandes cidades, subúrbios e comunidades com populações totais na casa dos milhões. Os canais à cabo e a internet atingem públicos nacionais e internacionais. Nenhuma dessas mídias tem pessoal, tempo, espaço ou páginas para cobrir notícias de bairro de forma ampla e constante. Elas se limitam à cobertura de matérias maiores, controvérsias, e não do cotidiano, que é a principal característica dos jornais comunitários e engloba notícias locais sobre governo, escolas, recursos de saúde e assistência médica, torneios esportivos, eventos sociais, clubes de serviços e atividades religiosas.
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Isso explica por que o número de jornais diários americanos e de assinantes caiu enquanto o de jornais comunitários não diários aumentou de cerca de 5.500 para mais de 7 mil. O número de leitores de jornais não diários quase triplicou, atingindo perto de 70 milhões por semana.
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As inovações tecnológicas impõem desafios à empresa jornalística tradicional - uma nova curva de aprendizado e modelos de negócio não testados — mas essas tecnologias também trazem novas possibilidades e oportunidades às organizações de jornais locais.
Antes da Internet, as reportagens sobre as reuniões de quinta à noite do governo local ou do conselho escolar ou sobre os jogos de sexta à noite nos colégios só eram impressas na semana seguinte. A internet possibilitou aos jornais comunitários competir em pé de igualdade com jornais diários, rádio e televisão por notícias de última hora e esportes.
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Mas mesmo a web está ficando ultrapassada. O jornal local envia mensagens de texto para o meu telefone celular informando sobre notícias e jogos esportivos em andamento, bem como os resultados em tempo real. Quando o treinador local pediu demissão de forma inesperada, estive entre os primeiros a saber, e minha ânsia por detalhes me fez correr para o computador para acessar o site do jornal (eu estava em viagem a outro Estado e ainda não tinha uma edição do jornal impresso). Ao retornar, acompanhei os desdobramentos, as entrevistas pelo site, antecipando-me à próxima edição impressa. Os americanos não levam seus jornais ou computadores para todos os lugares, mas carregam seus celulares para onde quer que vão. Hoje, os jornais podem alcançar seus leitores virtualmente a qualquer momento e em qualquer lugar.
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(*) Brian L. Steffens, professor de jornalismo e diretor executivo da Associação Nacional de Jornais dos EUA (ANJ).
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Oficinas 2008: inscrições abertas!
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O Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama, localizado na Praça Lauro Wanderley (Funcionários I), realiza a partir deste mês mais uma etapa do projeto "Juventude Fazendo Arte", através das Oficinas Arte-Culturais de:
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* Jornalismo
* Percussão
* Iniciação Teatral
* Dança de Rua
* Grafite
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INSCRIÇÕES ABERTAS!
Turnos: manhã - tarde - noite
Público-alvo: dos 15 aos 29 anos
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Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama
Praça Lauro Wanderley, Funcionários I.
Fone: (83) 3218-9397
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Curso de cinema no Casarão 34
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Estão abertas as inscrições para a oficina 'Cine Volante de Realização Audiovisual - Introdução à Linguagem do Cinema', que será ministrada pelo pesquisador Juliano Gonçalves, nos dias 10, 13, 20 e 27 de março, na Unidade Cultural Casarão 34, localizada na Praça Dom Adauto, no Centro Histórico da Capital. A promoção é da Prefeitura Municipal (PMPJ), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope).
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A oficina é aberta a profissionais, estudantes e pesquisadores da área. A inscrição é gratuita e pode ser feira no período de 28 de fevereiro a 6 de março e podem ser feitas no Casarão 34 ou pela Internet, através do endereço eletrônico divisaodeaudiovisual@yahoo.com.br
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O tema central da oficina - Introdução à Linguagem do Cinema - abordará a 'imagem' e modos de ver e seus suportes, assim como a especificidade do cinema, identificando os elementos da linguagem e as regras que facilitam a sua leitura, além de uma reflexão sobre a recepção segundo algumas das teorias mais aceitas.
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O curso, que disponibiliza 15 vagas e tem carga horária de 20 horas, se desenvolve a partir da leitura de imagens fixas, chegando à imagem em movimento, e ainda, exibições e análises de obras de importância na história do cinema. Os inscritos devem levar uma lata pequena vazia de metal ou latão, a exemplo de uma lata de leite em pó, no primeiro dia de aula, para ser utilizada em exercícios. Mais informações na Divisão de Audiovisual da Funjope e no Casarão 34 ou ainda pelos telefones: 3218-9707 e 3218-9708.
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Já esta no ar a comunidade do CENTRO DE REFERÊNCIA DA JUVENTUDE ILMA SUZETE GAMA, órgão da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), localizado na Praça Lauro Wanderley (Funcionários I). Acesse, divulgue para os amigos e participe!