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terça-feira, 24 de junho de 2008

Cuca e cinema universitário
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Natalia Vitória
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O Circuito Universitário de Cultura e Arte (Cuca) é um espaço específico para produção, prática e militância cultural. É mais um local onde a juventude que produz arte e cultura se encontra, estes espaços mostram como esta parcela da sociedade possuí capacidade criativa, artística e intelectual. O objetivo do projeto é mostrar e desenvolver o trabalho de pessoas que tem talento mas não tem oportunidade. As atividades promovidas vão de oficinas e mostras até apresentações e shows dos artistas, que individualmente ou em grupo, ocupam o local para realizar seus trabalhos.
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Ao participar da rede de pontos de cultura, os Cucas se integram definitivamente ao debate e à construção de uma política cultural para o Brasil. Dentro da diversidade desta rede, os estudantes organizados em torno da ação cultural começam a realizar intercâmbios e trocas com pontos de cultura de diversas linguagens e origens sociais, ampliando os espaços de interlocução entre a universidade e a comunidade.
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O “Cine Cuca” faz parte do Programa do Audiovisual que engloba iniciativas voltadas para o cinema nas universidades, como a criação de cineclubes, produção em cinema e a aparelhagem de espaços ociosos. “A gente acredita que ambientes situados dentro das universidades, como teatros e auditórios mal utilizados, podem ser tornar espaços dedicados à sétima arte”, comenta Tiago Alves, coordenador-geral do Cuca.
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Outra frente de ação neste sentido está na produção dos cine-jornais, que busca construir e discutir a imagem da juventude brasileira e a realidade na qual está inserida, alimentando o público de novos questionamentos, novas lutas e novas revoluções. “É uma ousada iniciativa de resgate da cultura dos cineclubes, projetos que deram muito certo nas décadas de 60 e 70 e que mantém ate hoje uma estrutura bacana formada em torno de entidades e associações”, explica Tiago Alves. “Cinema, debate e universidade são três eixos importantes para pensarmos hoje junto com a juventude os principais problemas hoje da nossa sociedade, como a violência, as drogas e até mesmo as nossas relações pessoais”, define.
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Segundo o coordenador, a proposta do Cineclube Cuca é grandiosa. “São quatro exibições e debates em duas universidades. Serão 24 sessões por estado”, dimensiona. Ele esclarece que o projeto tem o objetivo de fomentar a produção, discussão e formação de público: “Visando sempre o cinema nacional”, faz questão de afirmar.
Um abraço
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Gleydson Francisco
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Muitos são os que pairam tristes pelas vielas das ruas sem esquinas, precisando apenas de alguém que chegue perto e diga pelo menos: “Como vai? Tudo bem?” Mas nem isso as pessoas do mundo moderno oferecem aos semelhantes que estão vivendo nas ruas. Talvez por medo, vergonha ou nojo de um ser humano igual a qualquer um.
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Ainda me lembro de quando era garoto. Nos meus tempos de infância existia próximo a minha casa um “sopão”. Lá na rua das casas e números das portas para pessoas carentes de comunidades vizinhas. Todas as tardes vinham dezenas de pessoas para saciar sua fome e satisfazer suas necessidades nutricionais, além de presenciar a existência e o trabalho de muitas pessoas boas neste mundo.
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Diariamente ficava sentado, olhando com aquela curiosidade de criança, toda movimentação e cenas de solidariedade que estavam diante dos meus olhos. Certa vez observei quando um senhor – ao colocar um pouco de algo parecido com um caldo grosso, meio quente, dentro de um copo azul, arranhado, sujo – deixou derramar um pingo no braço de uma senhora já idosa. Ele rapidamente a pegou, levando-a para o local onde eu estava, sempre lhe pedindo desculpas, de forma atenciosa e gentil.
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Logo em seguida, a referida senhora apresentava um ar de felicidade no rosto, mas ele não entendia o motivo. Subitamente ela parou e disse que não precisava pedir desculpas, pois já estava acostumada e fazia mais de dois anos que ninguém a tocava.
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Com os olhos cheios de lágrimas o homem olhou para traz, ficou observando toda aquela fila no “sopão” e refletindo: “como aquelas pessoas estão abandonadas, precisando de apenas uma palavra carinhosa para consolar suas dores”. Desde aquele dia resolveu colocar uma faixa em sua residência dizendo o seguinte: “Seja bem vindo ao Sopão da Solidariedade. Preço promocional – um abraço”.
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Rádio livre: alternativa democrática
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Suely Maciel (*)
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O rádio tem sido tradicionalmente considerado o veículo mais 'democrático' entre os demais meios devido a sua mobilidade e a sua penetração em grupos de todas as classes sociais, faixas etárias e graus de instrução. No entanto, ainda que os recursos radiofônicos facilitem um diálogo concreto entre as instâncias de produção e recepção, a abertura à participação do receptor na mídia tradicional tem sido irrisória, o que configura também uma exploração limitada das potencialidades do meio.
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Essa ausência da participação do ouvinte é sistemática na produção dos veículos de comunicação de massa vinculados a empresas de comunicação, que seguem modelos de exclusão monológicos. Iniciativas, porém, têm caminhado numa outra direção, buscando não apenas uma diferenciação de conteúdo, mas também uma programação mais livre e próxima do ouvinte, considerando substancialmente a participação deste.
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Trata-se do caso exemplar das rádios comunitárias e livres, que se diferenciam das chamadas comerciais em termos técnicos, de proposta e de dinâmica de produção. Elas acabam representando aquilo que Machado et al. (1986) apontam como uma possibilidade real de radiodifusão alternativa em relação à institucionalizada: deve haver espaço também para outras modalidades de exploração, mais democráticas e que permitam engajar a iniciativa da própria comunidade atingida pelos meios. Nesse espaço alternativo podem caber, por exemplo, emissoras ligadas a grupos de produção, a grupos de intervenção social, às minorias étnicas, culturais ou sexuais, aos partidos políticos, às comunidades locais e também aos amantes do rádio e da TV para aí realizarem experiências renovadoras de linguagem", (Machado, 1986: 17-8).
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Fala-se muito hoje e um tanto impropriamente de tecnologias interativas, a propósito principalmente dos recursos da informática. Essas discussões poderiam ganhar impulso se as pessoas depositassem um pouco mais de atenção na experiência das rádios livres, que se mostrou capaz de inventar, nos seus momentos mais ousados, um verdadeiro sistema de feed back entre a equipe emissora e a comunidade dos ouvintes. Seja através da intervenção telefônica, da abertura das portas da emissora à comunidade, da transmissão direta das ruas ou da veiculação de fitas produzidas pelos próprios ouvintes, as rádios livres restabeleceram o circuito do diálogo nas mídias de massa, abrindo a possibilidade de falarem e serem ouvidas sobretudo àquelas camadas da população tradicionalmente afastadas das antenas. Tecnicamente, elas souberam tirar todas as conseqüências do casamento explosivo do rádio com o telefone, transformando automaticamente todos os seus ouvintes em correspondentes, (Machado, 1986: 31)
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Iniciativas como as das rádios livres e comunitárias, portanto, podem se constituir em profícuas tentativas de efetivação de uma democracia nos meios de comunicação, seja por contestarem o oligopólio nos meios e os sistemas de controle político e econômico da comunicação de massa, seja por serem sensíveis à forte demanda social das comunidades em que se inserem.
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Nesse contexto de busca de novos paradigmas e de uma nova proposta de radiodifusão e de democratização dos meios, implementada pelas rádios alternativas, tornam-se importantes as figuras dos comunicadores da comunidade, que passam a representar o duplo papel de instâncias de produção e de recepção, como dito anteriormente. Ter como foco o personagem do comunicador, sua trajetória pessoal e sua inserção nesse universo comunicacional/comunitário é importante para observar uma sistemática social de suma relevância na contemporaneidade. As narrativas dessas experiências permitem compreender tanto a trajetória individual dos sujeitos, suas escolhas ao longo da vida e os fatores desencadeadores destas, como também os processos sociais mais amplos que os permeiam e, de certa forma, determinam.
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O papel do comunicador popular como mediador entre a produção midiática e a sociedade e a relação que se estabelece entre sua vida pessoal e a da comunidade são, portanto, o foco do estudo parcialmente apresentado aqui justamente porque deixam entrever dinâmicas que abarcam desde a problemática estritamente ligada aos processos de comunicação até uma discussão ampliada sobre cidadania, participação individual e popular e mudança nas relações de força e poder entre a ordem institucionalizada e os grupos sociais, tendo como fator de mediação simbólica os veículos de comunicação.
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(*) Suely Maciel é jornalista, formada pela Universidade Federal de Goiás, mestre em Semiótica e Lingüística Geral pela FFLCH/USP e doutoranda em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela ECA/USP.

domingo, 22 de junho de 2008

Poesia do cotidiano: a crônica, um gênero híbrido
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Camila Vieira
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Ao brincar com o útil e com o fútil, a crônica observa o banal a partir de seu valor extraordinário. Este gênero narrativo híbrido oscila entre a realidade e a imaginação, entre o jornalismo e a literatura. “A crônica traz essa narrativa próxima do dia-a-dia, olhando para banalidades que o jornalismo não tem método para capturar e, às vezes, acabam rotulando como "fait divers". A função da crônica é se apropriar de fatos que não são perceptíveis ou de fácil percepção”, explica o jornalista Wellington Pereira, autor do livro "Crônica: A arte do útil e do fútil (Editora Calandra, 2004) e coordenador do Grupo de Pesquisa sobre o Cotidiano do Jornalismo (Grupej), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
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É como se o cronista procurasse fuçar os detalhes que passam despercebidos pelo exercício jornalístico. “Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto”, comentou Machado de Assis sobre seu ofício, na coluna "A Semana", na Gazeta de Notícias, em 1897. Promovendo um olhar estético sobre o cotidiano, a crônica resgata o imaginário cultural de um povo.
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Na origem da palavra, crônica significava “pôr em ordem cronológica”, ou seja, uma narrativa dos fatos ou registro de eventos de acordo com sua ordem temporal no curso da história. De acordo com o jornalista e pesquisador José Marques de Melo, a crônica constitui suas primeiras expressões escritas com raízes na história e na literatura.
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As primeiras crônicas seriam os grandes relatos históricos, feitos em ordem cronológica, desde as narrativas do historiador grego Heródoto até as cartas de Pero Vaz de Caminha. “A crônica histórica assume, portanto, o caráter de relato circunstanciado sobe feitos, cenários e personagens, a partir da observação do próprio narrador ou tomando como fonte de referência as informações coligidas junto a protagonistas ou testemunhas oculares”, afirma Melo. Nesse primeiro momento, a crônica era produzida por “espectadores privilegiados” - os viajantes, que escreviam impressões de paisagens e nativos.
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Da relação entre história e literatura, a crônica migra para o jornalismo, como gênero cultivado por escritores que ocupam as colunas da imprensa diária para relatar acontecimentos pessoais. Desde o século XIX, a imprensa européia e americana pratica a crônica como gênero jornalístico definido. “A crônica, no jornalismo hispano-americano, configura-se como um gênero informativo, enquanto no jornalismo luso-brasileiro adquire a fisionomia de um gênero tipicamente opinativo”, pontua José Marques de Melo. De acordo com ele, se na Espanha a crônica tem íntima vinculação com o noticiário e com a reportagem, ela assume seu caráter opinativo no jornal brasileiro, na fronteira entre a informação e a narração literária. “Ela não reconstitui o conjunto dos fatos que o jornal acolhe. Sua função é a de apreender-lhes o significado, ironizá-los ou vislumbrar a dimensão poética não explicitada pela teia jornalística convencional”, acrescenta Melo.
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Para Wellington Pereira, a crônica não descreve o cotidiano como faz o jornalismo. “Ela tem toda uma autonomia estética a partir da subjetividade do autor na interação com os fenômenos sociais. Da forma como vem sendo trabalhada no Brasil, a crônica amplia os referenciais do jornalismo, porque trabalha no nível da razão sensível e da estética, além de mostrar várias perspectivas da realidade observada”. O pesquisador argumenta que a crônica é da ordem da cultura e auto-organizadora, enquanto o jornalismo é cumulativo. “O jornalismo impresso dá conta dessa realidade a partir de uma definição fechada do que é ou não verdade. A crônica não trabalha com categorias de ancoragem de fatos”.
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Texto jornalístico: legenda e fotolegenda
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Angélica Mendonça
Carlos Franco
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É função do jornalismo informar, pois ''os discursos jornalísticos incidem sobre o real. Sendo assim, que se concretiza sua função informativa" (SOUSA, 2004, p. 66). Para noticiar acontecimentos e/ou eventos, o jornalista pode recorrer a diversos tipos de textos, podendo ser argumentativos, narrativos, descritivos, expositivos, etc. Por sua vez, eles também são categorizados quanto ao gênero jornalístico em: notícia, entrevista, crônica, editorial, artigo etc. Porém, esses gêneros jornalísticos variam e evoluem conforme os momentos e contextos sócio-histórico-culturais. As fotolegendas e as próprias legendas, por exemplo, são gêneros jornalísticos largamente utilizados nos dias atuais.
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Esta evolução dos gêneros jornalísticos é pertinente e natural, pois os jornais impressos, hoje, se destinam a um público muito variado, composto por diferentes classes sociais, com níveis de escolaridade e econômicos distintos. Esta variedade de alvos também faz com que a linguagem e a estruturação dos textos jornalísticos primem pela objetividade, tornando-se acessíveis a todos os tipos de classes sociais alfabetizadas.
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Porém, não se deve confundir clareza com imparcialidade, posto que, dentro da comunicação, este conceito, é impraticável. Somente possível, lembra Eulálio Ferrer Rodriguez, citado por Erbolato (1991) ''(...) quando se refere a fatos inquestionáveis, como o estado do tempo, os resultados esportivos, os horários de transporte e o anúncio de espetáculos."
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Sobre as legendas, podemos dizer que de maneira geral elas vêm logo abaixo das fotografias e trazem ou deveriam trazer informações referentes às referidas imagens. Por certo cada veículo, principalmente os grandes jornais, possuem o seu próprio manual de redação e estilo, onde estão descritas todas as normas de conduta gramatical do veículo. Entretanto, pode-se dizer que a "regra geral" é: todas as fotos necessitam de epígrafes. São raríssimas as fotos que se sustentam por si só. Se o primeiro aspecto que atrai ao leitor na página é a fotografia, imediatamente depois ele quererá saber quem está na foto e por que foi usada.
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O texto (legenda ou texto-legenda) que acompanha uma fotografia é de extrema importância para que o leitor se interesse pelo conteúdo completo da matéria, a qual estes elementos representam. É o que diz Peregrino quando afirma que ''entre a foto e a legenda se estabelece uma relação mais imediata, que influi na percepção, leitura e compreensão da imagem fotográfica". Sobre o texto-legenda, Erbolato define como ''(...) o texto que se coloca em uma foto, mostrando em poucas linhas, o que ela representa. Deve-se fugir à explicação do que é obviamente já se vê no clichê, pois seria redundância. Nada de lugar-comum''.
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Com base nos conceitos expostos sobre fotografia e textos jornalísticos, leia-se legenda e textos legenda, consideraremos que a eficiência comunicacional entre texto e imagem no jornalismo impresso está na correspondência dos elementos apresentados nos planos fotográficos com as informações contidas no(s) texto(s) que lhes acompanham.
Tudo é virtual?
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Hernani Dimantas
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Um dos mais conhecidos autores a tratar do tema é o francês Pierre Lévy. Em seu livro "O que é o virtual?", ele define: "o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual. Contrariamente ao possível, estático e já constituído, o virtual é como o complexo problemático, o nó de tendências ou de forças que acompanha uma situação, um acontecimento, um objecto ou uma entidade qualquer, e que chama um processo de resolução: a atualização." (LÉVY, 1996, p.16).
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É uma definição filosófica e, como filosofia, é uma especulação, não ciência. Na tentativa de explicar melhor o que é "virtual", Lévy descreve a situação de uma empresa com departamentos longe da matriz. "A virtualização pode ser definida como o movimento inverso da actualização. Consiste em uma passagem do actual ao virtual, em uma 'elevação à potência' da entidade considerada. A virtualização não é uma desrealização - a transformação de uma realidade num conjunto de possíveis - mas uma mutação de identidade, um deslocamento do centro de gravidade ontológico do objecto considerado: em vez de se definir principalmente por sua atualidade (uma solução), a entidade passa a encontrar sua consistência essencial num corpo problemático" (LÉVY, 1996, p.17).
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Lévy usa o termo para criar especulação filosófica: fala de "virtualização" aplicada a, praticamente, todos os aspectos da vida humana: "Três processos de virtualização fizeram emergir a espécie humana: o desenvolvimento das linguagens, a multiplicação das técnicas e a complexificação das instituições" (LÉVY, 1996, p. 70). E assim por diante. Ao final do livro, fica-se imaginando que tudo é virtual.
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Em Pedagogia, é freqüente o uso de "virtual" na designação de sistema de colaboração em rede. Como em "ambientes virtuais de aprendizagem", por exemplo. Em informática, é muito usado para designar sistemas de animação tridimensional em tempo real: realidade virtual. "Virtual" também é um termo usado largamente para designar qualquer relacionamento mediado por redes de computador. A midia de informática, principalmente, ajuda a popularizar a "virtualidade", porque é uma palavra que sempre chama atenção, está sempre ligada a novas tecnologias e ao modismo tecnológico.
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A questão do bullying
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Ana Karla Ribeiro
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A palavra bullying está cada vez mais presente nos noticiários e nas conversas pelos colégios do Brasil. É um termo de origem inglesa – que significa "valentão" – é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica. Trata-se de uma prática perversa e traumática, utilizada por grupos ou individualmente, com objetivo de intimidar ou agredir uma pessoa incapaz de se defender.
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As principais vítimas (alvos) do bullying são mulheres e crianças em idade escolar. Geralmente eles têm motivos para temer o(s) agressor(es), devido às freqüentes ameaças ou concretizações de violência física, psíquica e/ou sexual. O fenômeno pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou universidade, o local de trabalho e até mesmo a vizinhança.
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Críticas agressivas ao modo de se vestir, preconceito religioso, comentários maldosos sobre a família, são alguns dos motivos para a prática do bullying. Nas escolas, as provocações podem ocorrer dentro e fora das dependências. Inclusive, acontecem não apenas entre alunos, pois existem casos envolvendo professores.
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No dia 25/06 do ano passado, em uma escola localizada no bairro Mangabeira VII, na capital paraibana, um jovem aluno foi mais uma vítima do bullying. O estudante foi agredido pelo simples motivo de não ter dinheiro para dar a um colega de turma. Nesse caso, o "valentão" chamou mais dois amigos, e juntos levaram (a força) o colega indefeso para uma mata, nas proximidades da escola. Em seguida, o menino foi espancado, ameaçado e humilhado.
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Episódios como esse e muitos outros, inclusive mais graves, que aconteceram nos últimos tempos em nossa cidade, motivaram as autoridades responsáveis a organizar um fórum para discutir e buscar soluções para o problema. O “I Seminário Paraibano sobre Bullying Escolar e Incentivo à Cultura de Paz” realizou-se no Centro de Convenções Cidade Viva (Bessa), nos dias 28 e 29 de março deste ano e teve como tema: “É chegada à hora da luta e do enfrentamento. Bullying não é brincadeira”. Cerca de 1.200 pessoas - entre profissionais da educação, pais e alunos das escolas estaduais, municipais e privadas da Capital - participaram do encontro.
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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Debates para uma nova Comunicação
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Carolina Gutierrez
Marília Arantes
Thaís Chita
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Notícias impressas nos saquinhos de pão e motoboys que criaram seu próprio jeito de fazer cobertura diária do que acontece na realidade dessa profissão são algumas experiências lembradas na abertura do 'l Fórum Mídia Livre', como maneiras de produzir informação de maneira independente. A partir de tais vivências, como poderemos identificar, reunir e compartilhar conhecimento? E não só, como ocupar, reformular e/ou reconstruir espaços contra-hegemônicos no campo da comunicação rumo a um processo democrático, educativo, em que a sociedade civil organizada se reconheça de fato?
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Cinco eixos temáticos fizeram parte dos debates entre as(os) 350 comunicadoras(es) vindos de diversas partes do País. As (des)conferências abordaram a Democratização da Publicidade Pública e dos Espaços na Mídia Pública, Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre, Fazedores de Mídia, Formação para Mídia Livre e Mídias Colaborativas, Novas Mídias.
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Na mesa de abertura, Ivana Bentes, pesquisadora da Escola de Comunicação da UFRJ, ao falar em pé, quebrando o formato tradicional de conferência, chamou a atenção para a importância de se preservar o consenso e o dissenso, para que a altermídia não se transforme em outra hegemonia. Para ela, a saída não é fazer uma Globo de esquerda nem fazer uma central única da Mídia Livre. “Precisamos preservar a descentralização, diversidade e horizontalidade”. Citando a concepção dos midiativistas italianos, lembrou: “Se você odeia a mídia, torne-se mídia.”
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Na opinião de Renato Rovai, editor da Revista Fórum, a questão acerca de uma efetiva ação dentro de novos caminhos nos quais podemos facilmente nos perder, concentra-se na força de enfrentar a impossibilidade de mudança. “Como disse Galeano, o poder do império midiático é como um grande rinoceronte. Não se pode enfrentá-lo sendo pequeno, mas irritá-lo aos poucos como marimbondos.”
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O coronelismo da imprensa torna a comunicação um bem escasso, cabendo às novas mídias propostas de enfrentamento. “É fundamental que o direito humano à comunicação passe pelo de acesso a ela. Para isso, é imprescindível a presença do governo por meio de políticas democráticas de comunicação: tornar rádios, TVs, cinema e internet em um bem público e comunitário”, afirmou Gustavo Barreto, do Consciência.Net. Barreto apontou a construção de uma rede de redes como um dos caminhos. Segundo ele, os conteúdos da mídia independente devem circular – haver trocas – para que se consiga destruir o oligopólio.
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Para o assessor do Ministério da Cultura Cláudio Prado, no cenário de cultura digital, por exemplo, é necessário que as políticas públicas incentivem as rádios comunitárias, entre outras mídias livres. Isso possibilita a formação da contra-cultura dentro da própria cultura. “Lembrando que corações e mentes devem funcionar juntos, mais do que a simples assimilação de informação pelo ‘download’, precisamos nos ater ao ‘upload’, ou seja, a capacidade de produção colaborativa entre os diversos fazedores de mídia.”
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O assunto sobre comunicação é genuinamente polêmico e, por isso, gera concordâncias com a mesma intensidade das discordâncias. A começar pelo nome: Mídia Livre. Para o jornalista Gilberto Maringoni, o conceito traduz a situação, por exemplo, da grande imprensa “que é livre porque faz o que quer”. “Desejo uma mídia democrática em que os processos de construção dela sejam concretamente efetivados de maneira compartilhada.”
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Fundação Casa Grande: um exemplo
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Clóvis Felipe
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Jovens de João Pessoa e cidades vizinhas saíram no mês de abril em busca de novos conhecimentos no estado do Ceará, mas precisamente na cidade Nova Olinda, localizada no Alto Sertão. O objetivo desta viagem foi conhecer a experiência e o trabalho da Fundação Casa Grande, suas ações e reflexões no campo das artes, comunicação e gestão participativa. Ao longo do tempo ela proporcionou a realização de atividades onde os jovens compartilham saberes e aprofundam, a partir do protagonismo juvenil, as formas de organização e conhecimento de outras realidades.
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A Fundação foi criada em 19/12/1992 por Allan Berg e sua esposa Roseane Berg. O casal percebeu que aquela localidade necessitava de uma atenção especial para crianças e adolescentes. A partir da restauração e tombamento histórico da Casa Grande – que antes era uma fazenda abandonada – o processo de construção educativa teve início. Sendo assim, podemos caracterizá-la como ONG escolar de gestão e protagonismo juvenil, que atua nas seguintes áreas: memória (história local), artes (teatro, música e dança), comunicação e turismo.
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Com o apoio de parceiros, uma rádio comunitária, um estúdio de TV, uma ilha de edição e uma DVDteca funcionam nas dependências da Casa Grande. São espaços gerenciados pelos próprios estudantes. Na rádio existe um acervo musical diversificado e de qualidade como em poucas estações comunitárias. A programação destaca nossa MPB, o Jazz, Blues e Soul.
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A cada uma hora, um jovem entra no ar com uma seqüência diferente, atendendo a todo tipo de público, com atenção especial para que a programação seja educativa e não alienante. A jovem Waleska, 14 anos, comenta que: "nossa missão é priorizar os artistas da terra e as músicas de qualidade". Ou seja, para ela os ‘sucessos de plástico’ não têm vez!
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A DVDteca da Fundação é um espaço utilizado para exibir vídeos e programas culturais para a comunidade. Também possui grande acervo audiovisual – aproximadamente 1.800 DVDs – entre filmes nacionais e internacionais. Por tudo que vimos durante a visita, a Casa Grande nos ensinou que não importa o lugar, não importa a dificuldade, o que importa é vencer na vida! E aqueles jovens estão provando isso.
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terça-feira, 17 de junho de 2008

Programação do Festival de Vídeos
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Quarta-Feira 18 de Junho
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19h - Abertura oficial
Mesa: Juventude e identidade cultural
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Alexandre Urquiza (Sedes)
Ubiratan Pereira (Bira)
Rômulo Halysson
Lau Siqueira
Lucas Sales
Priscila Lima
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Quinta-feira 19 de Junho
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Palestras e Debates
9h - Cultura e Protagonismo Juvenil
Rômulo Halysson (Diretor do CRJ)
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14h - Sessão Estiga
Exibição e debate de curtas alternativos
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19h - Sessão Coruja
Exibição de vídeos do ProJovem
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Sexta-feira 20 de Junho
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Palestras e debates
9h - Cinejornalismo
Bertrand Sousa (Jornalista)
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11h - Comunicação, mídia e cinema
Cristóvam Tadeu (Jornalista e Humorista)
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Mini-cursos
14h - Interpretação para Cinema
Joht Cavalcanti (Ator e Diretor)
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16h – Como atuar diante das câmeras
Gilson Renato (Jornalista e Apresentador)
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18h - Exibições dos vídeos inscritos no Festival
19h - Julgamento e premiações
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21h – Apresentações culturais:
Rastamen
Batuque Arrasta Cidade
1ª Fórmula Break Art’s Crew
SDS – Síndrome do Sistema
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Exposições durante o evento:
Fotografias de bastidores
Grafites e desenhos
Pôsteres de filmes
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Edital do evento: Festival de Vídeos
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1. DISPOSIÇÕES GERAIS
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O evento, promovido pelo Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama (CRJ Funcionários I) – através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes) – em parceria com o Conselho Gestor da Praça Lauro Wanderley (Congeplaw), acontecerá entre os dias 18 e 20 de junho de 2008 no próprio CRJ e no anfiteatro da Praça. Por meio de temáticas que envolvem o cotidiano da juventude – faixa etária dos 15 aos 29 anos – o Festival abre suas portas para o talento desse público, residente nos Funcionários I ou em outros bairros de João Pessoa.
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2. INSCRIÇÕES
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As inscrições estão abertas até o dia 15/06/2008 e podem ser feitas de duas formas: a) na coordenação do CRJ Ilma Suzete Gama – Praça Lauro Wanderley, s/n, Funcionários I; b) pela Internet, através do e-mail (f1festvideos@hotmail.com). Os participantes devem solicitar, preencher e enviar a ficha de inscrição – também disponível no blog do Festival (http://f1festvideos.blogspot.com) – juntamente com o(s) vídeo(s), impreterivelmente, até a data citada anteriormente. No ato da inscrição deve-se doar um livro para-didático, que será destinado ao acervo da futura biblioteca do CRJ Funcionários I. A proporção é: um livro doado para cada vídeo inscrito. Os participantes podem inscrever mais de um vídeo, em categorias diferentes. Dúvidas e informações pelo fone: (83) 3218-9397.
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3. CATEGORIAS E EIXOS TEMÁTICOS
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Os vídeos inscritos corretamente serão divididos, de acordo com o formato e meios de captação, em cinco categorias: a) vídeos de câmeras digitais e filmadoras; b) vídeos de celular e webcams; c) animação livre; d) vídeo-clipe; e) vídeo-denúncia. Em seguida, serão dispostos em cinco eixos temáticos: a) juventude; b) cidadania; c) esporte; d) cultura; e) humor. Filmes que não se enquadrem nas categorias e temas descritos serão automaticamente descartados da competição.
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4. JULGAMENTO E PREMIAÇÕES
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A cerimônia de exibição, julgamento e premiação dos vídeos inscritos acontecerá na última noite do Festival, dia 20/06, a partir das 19h, na Praça Lauro Wanderley. Um corpo de jurados especializado e multidisciplinar atribuirá notas de 5 (cinco) a 10 (dez) para cada um dos seguintes critérios: a) qualidade e resolução da imagem; b) adequação ao tema abordado; c) criatividade e linguagem utilizada; d) roteiro; e) trilha sonora. As notas serão somadas, resultando na avaliação final do vídeo. O mesmo procedimento vale para todas categorias. Em caso de empate, os jurados votam entre si. Vale ressaltar que o mesmo vídeo poderá ser premiado mais de uma vez, segundo os critérios de avaliação estabelecidos. De cada categoria sairá um vencedor, que receberá troféu e premiações.
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5. PROGRAMAÇÃO
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A metodologia do evento será desenvolvida a partir de momentos de interação e conhecimento estabelecidos através de palestras, debates, mini-cursos, exposições e sessões de cinema (realizadas no CRJ), e pela mostra competitiva de vídeos na Praça Lauro Wanderley. Finalizando o evento, grupos culturais farão apresentações diversas: música; dança; teatro; entre outras expressões artísticas.
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Desenvolvimento sustentável
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Ana Karla Ribeiro
Bertrand Sousa
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No último dia 31/05 realizou-se na Praça Chico César – mais conhecida como Praça do Coqueiral, em Mangabeira II, nesta Capital – uma mostra de artesanato dos integrantes do programa ‘Economia Solidária’, conduzido pela Secretaria de
Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
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A mostra faz parte da política pública de trabalho, renda e economia solidária, que possui como essência o caráter coletivo das experiências produtivas, a auto-gestão dos negócios, a formação de mercado justo e a não exploração do trabalho. Além disso, a ‘Economia Solidária’ coloca em evidência elementos tradicionais da cultura paraibana, através do habilidoso trabalho dos artesãos locais.
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Durante o evento foram expostos diversos produtos feitos com matérias-primas da nossa terra. Dentre eles destacamos as esculturas em coco, as peças de vestuário e acessórios, como: bolsas, brincos, colares, entre outros. Enfim, o Programa vem estabelecendo desde 2005 oportunidades de trabalho organizado para muitas pessoas, revelando o talento dos pessoenses no campo do artesanato e consolidando uma forma digna de emprego e renda.
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terça-feira, 10 de junho de 2008

São João 2008 na capital paraibana
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A Cultura Popular será, mais uma vez, um dos grandes diferenciais do 'São João de João Pessoa – O Melhor da Gente', que acontece de 21 a 29 deste mês, no Centro Histórico da Capital. Além de muita alegria e 'arrasta-pé', o evento traz uma programação voltada para a valorização das raízes populares nordestinas, tão presentes no ciclo junino. O 'São João da Gente' é promovido pela Prefeitura de João Pessoa, por meio sua Fundação Cultural.
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Neste ano, dezenove atrações passarão pelo palco instalado na Praça Antenor Navarro e outros cinqüenta grupos populares se apresentação no Largo de São Pedro, onde ficará instalada a 'Tenda do Cordel', com emboladores, repentistas e declamadores, além do já tradicional Festival de Quadrilhas Juninas 'Arraial do Varadouro', que realiza sua 12ª edição, na estrutura metálica instalada no Adro do Conventinho.
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Segundo o Chefe da Divisão de Cultura Popular da Funjope, Emilson Ribeiro, a programação da cultura popular no evento busca dar visibilidade aos artistas e grupos que ainda trabalham em favor das raízes culturais. "Abrindo este espaço, estamos favorecendo a inclusão cultural e social, já que muitas destas expressões vão se apresentar pela primeira vez neste evento tão importante para a valorização das nossas raízes culturais", explicou.
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Emilson Ribeiro ainda ressalta ainda que a programação deste ano está muito ampla e diversificada e conta com a presença inédita dos 'Bacamarteiros', da 'Orquestra Sanfônica', vinda do Cariri Paraibano e do 'Coco de Roda' da cidade do Congo', no interior do estado, este último possui a particularidade de não utilizar instrumentos, tocar apenas com a batida do pé e as palmas.
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Programação - A festa começa a partir do sábado (21), sempre às 21h, na Praça Antenor Navarro, com o show dos artistas Silvério Pessoa', 'Khrystal' e 'Chico César'. No domingo (22), as atrações são 'Maciel Salu', seguido da banda 'Cabras do Mateus'. 'Quinteto Violado' e 'Clã Brasil' se apresentam na noite de São João (23). Na terça-feira (24), é a vez da cantora Jaqueline Alves e da dupla 'Antônio Barros e Cecéu'. Hermelinda e Dejinha de Monteiro animam a noite de quarta (25). Isabel Aquino, Maria Juliana e Maciel Melo são as atrações da quinta-feira (26). Na sexta-feira (27), sobem ao palco da Praça Antenor Navarro 'Mayra Barros' e 'Petrúcio Amorim'. 'Pinto do Acordeom' e 'Biliu de Campina' se apresentam no sábado (28) e, encerrando o evento em grande estilo, na noite de São Pedro (29), shows com o poeta 'Jessier Quirino' e o forrozeiro 'Santana'.
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Cultura popular - O Largo de São Pedro está repleto de atrações culturais populares de várias regiões do Nordeste, entre grupos populares de Coco de Roda, Cavalo Marinho, Afoxé, Cirandas, Orquestra Sanfônica, Bacamarteiros, Mazurca, Nau Catarineta, Xaxados, Reizados, Mamulengueiros e Bandas de Pífano, além de shows de realejo, maracá, cavaquinho, e trios de forró pé de serra, e ainda o espaço 'Tenda do Cordel', que vai reunir cordelistas, repentistas, emboladores e declamadores.
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Concurso de quadrilhas - O 12º Festival de Quadrilhas Juninas 'Arraial do Varadouro' movimentará o evento com grupos de várias comunidades da Capital e cidades circunvizinhas. Os desfiles das quadrilhas juninas acontecerão sempre a partir das 18h. Nos dias 21 e 22, se apresentam as quadrilhas concorrentes do 'Grupo A'. O desfile das participantes do 'Grupo B'será nos dias 23 e 24. No dia 26, o tablado das quadrilhas recebe grupos de todo o estado, com o 'Concurso Estadual de Quadrilhas'. Já os dias 26 e 29 estão reservados para as apresentações dos grupos convidados e não concorrentes.
As faces do protagonismo juvenil
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Cris Guimarães
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O Brasil é um país de jovens. Dados do IBGE mostram que vivem hoje quase 170 milhões de pessoas, sendo a maioria composta por jovens entre 10 e 19 anos. Registros da Unesco apontam que 100 milhões de crianças no mundo estão fora da escola, sendo que no Brasil, 15 milhões delas são analfabetas. E a realidade de muitas é de não ter ao menos um lar para crescer e se desenvolver com o mínimo de condições. Conforme diz o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei Federal 8.069/1990, no capítulo I, artigo 7º, do Direito à Vida e à Saúde – "a criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”.
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A falta de acesso à educação, saúde e habitação acaba levando muitos jovens a sair de casa em busca de uma oportunidade de trabalho. Como não encontram emprego, correm o sério risco de acabarem na marginalidade. Porém, a sociedade civil organizada, as ONGs e associações de bairro acabam sendo uma alternativa de inserção para estes jovens, pois desenvolvem projetos educacionais e culturais que se tornam uma boa oportunidade de capacitação para este público que está numa fase delicada de sua vida: a adolescência.
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É neste período de mudanças internas que eles têm sonhos de mudar o mundo. São curiosos, geram debates e polêmicas sobre vários assuntos que vão desde o direito à escola e moradia até a globalização e vão literalmente à luta quando tem uma chance de mostrar sua opinião. Tomam a frente em projetos governamentais e não governamentais, se articulam e discutem temas como: educação, aids, geração de empregos, paz, direitos humanos, saúde e cultura. Alguns se destacam entre os demais e viram protagonistas, ou seja, os personagens ou atores principais do cenário no qual estão inseridos, fazendo ações com o objetivo de intervir no contexto social que não diz respeito apenas a sua vida privada, mas da sociedade como um todo.
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Existem hoje projetos que deram certo em vários cantos do país. Um deles, referência internacional, é uma publicação pioneira totalmente pautada e redigida por moradores de rua da capital gaúcha. "Boca de Rua", este é o nome do jornal desenvolvido sob a orientação das jornalistas Rosina Duarte, Tatiana Sager e Clarinha Glock, da Agência Livre para a Infância, Cidadania e Educação (Alice). O impresso foi criado em 2001 para dar voz a este público que só teria chance de aparecer em páginas onde as notícias mostram um lado de violência e marginalidade. A publicação possui um encarte infanto-juvenil chamado "Boquinha", também produzido por moradores de rua com até 18 anos.
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Todos sabem de suas atuais limitações, seus sonhos e, a cada dia que nasce, saem em busca de um acontecimento da vida de cada um que possa se transformar na história da edição seguinte. Uma história que é privada, mas que se torna pública para chamar a atenção da sociedade sobre a verdadeira face de jovens protagonistas de rua que estão deixando registrado o que pensam na intenção de mostrar a dura realidade dos moradores mirins de rua da capital gaúcha. Moradores estes que querem sim ter um lar onde possam sentir-se seguros, amados, respeitados como cidadãos e, a partir disto, construir uma vida com dignidade.
Inscrições para o Festival de Vídeos
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As inscrições para o “1º Festival de Vídeos Alternativos dos Funcionários I” estão abertas até o dia 15/06/2008 e podem ser feitas de duas formas: a) na coordenação do CRJ Ilma Suzete Gama – Praça Lauro Wanderley, s/n, Funcionários I; b) pela Internet, através do e-mail (f1festvideos@hotmail.com).
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Os participantes devem solicitar, preencher e enviar a ficha de inscrição – também disponível no blog do Festival (http://f1festvideos.blogspot.com) – juntamente com o(s) vídeo(s), impreterivelmente, até a data citada anteriormente. No ato da inscrição deve-se doar um livro para-didático, que será destinado ao acervo da futura biblioteca do CRJ Funcionários I. A proporção é: um livro doado para cada vídeo inscrito. Os participantes podem inscrever mais de um vídeo, em categorias diferentes. Dúvidas e informações pelo fone: (83) 3218-9397.
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terça-feira, 3 de junho de 2008

Cultura popular e globalização

Elionaldo Varela
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Definir Cultura Popular como sinônima de folclore (“saber do povo”) implica, via de regra, tomar posição, escolher um ponto de vista, configurando uma tarefa tênue e exigente de certa dose de prudência na racionalização mais precisa do deste assunto. Há o enfoque ideológico-social, pensado pelo italiano Antonio Gramsci que vê a cultura erudita - a da escola aceita pela sociedade dominante - em série e paralelo com a criada pelo povo, cultura popularizada que concebe o mundo e a vida na contramão dos valores formais, ditos oficiais.
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Destaque-se também neste ângulo da Cultura Popular ingredientes petrificados antiquados tradicionais, conservadores, e até atrasados mesmos! Isso porque refletem duras e insuperáveis condições de vida do passado de quem a vivencia. Óbvio que há ao mesmo tempo, hábitos e valores criativos capazes de “bater de frente com a moral daqueles que dirigem a sociedade. Assim vê-se numa mesma face cultural um lado inovador e outro obsoleto.
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Na percepção de Gramsci há uma visão totalizante da Cultura Popular na qual o antigo mistura-se com aquilo que é novo, resultando numa dinâmica típica e vital para que conteúdos expressivos do folclore resistam ao longo do tempo. E isso ocorre apesar da ação forçada da batidíssima “cultura de massa”. De outro lado, reconheçamos: valores de conduta, hábitos e crenças estão ligados no interior da Cultura Popular, via rituais, formas gerais e específicas e expressas na “alma de um povo, por mais rude que este seja. Isso ocorre devido a capacidade de uma vivência existencial realmente mais emotiva do que plena de consciência de um povo. Por não saber refletir esse mesmo povo acaba por ver sua cultura, com seus costumes, em diferença com outra cultura,que pode ser a urbana (não erudita).
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Os aspectos funcionais da cultura popular “advogam” a seu favo, fortalecendo a tradição sedimentadora de vitais identidades pessoais e coletivas, contudo, mesmo com mecanismos próprios internos de coesão e da capacidade de se reelaborar constantemente, a cultura popular não consegue superar suas fragilidades diante de um mundo multicultural globalizado. Mundo, ao mesmo tempo pré, moderno e pós-moderno. Há recomposições, o se refazer, mas não o revigoramento blindado ( de resistência) ao que a cultura capitalista, “de massa” e globalizada impõe.
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A psicologia de quem vive e pertence ao universo de eventos do folclore, que inclui motivação e espontaneidade de manifestações , como aponta o sociólogo Florestan Fernandes, servem para afirmação do caráter reatualizador da Cultura Popular. Isso é o que ocorreu, por exemplo, com a quadrilha junina, cuja evolução pautou-se nas danças de salão da aristocracia francesa muito tempo atrás. O que era formal foi transformado em popular, sedimentando valores antigos de si mesma. Mas se a vida social de um povo e suas condições de existência sofrem ameaças corriqueiras, também a sua cultura, com seu folclore, é abalada. Apesar de todo esforço contrário. A partir daí, pobreza e desintegração impõe-se.
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Mas mesmo assim, após períodos de crises, a cultura popular sabe absorver e e reelaborar valores e produtos culturais de fora dela. De outras culturas, de modo a ver e se ver e sentir por exemplo, o mundo urbano. O problema mais ´serie posto é: a Cultura Popular (com tudo que lhe enriquece, lhe empobrece e lhe define) pode absorver ou atravessar a cultura de massa ou globalizada como dizem hoje, sem perder sua identidade? Pode a cultura de um povo rústico interagir com uma cultura tecnologicamente diversa, ideológica e capitalista, num ritmo constante e transformador sem sofrer diluições de identidade? O que pode ocorrer com os aspectos de uma tradição centrada em conteúdo simbólicos de suas raízes?
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Diante dessa situação poderá sobrar tão somente a arte (erudita, de massa ou rústica) como peça conciliadora via diálogo em busca de compreensão entre homens de culturas tão diferentes. Uns ligados a uma identidade ancestral e outros, tão modernosos ou pós-modernos. Nesse caso, sobra apenas conciliação de culturas via artes, tendo como meio de entendimento de universos diferentes, os mitos que alimentam os valores da culturais universais de todos os povos “cultos ou incultos”.
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Filmando sensações
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Rômulo Halysson (*)
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É percebido o poder que a mídia exerce sobre as pessoas. A preocupação ao assistir os telejornais, o desejo pelo consumo provocado pelos anúncios publicitários, o besteirol dos programas de auditório e, é claro, o frisson tolhido de clichês difundidos pelas novelas. É muito fácil também, perceber as pessoas estão envolvidas mais numa circunstância habitual, recorrente e até estimulada pelo contato de seus pais com a sistemática desses elementos de comunicação do que propriamente no conteúdo encontrado nestes espaços de mídia – se é que existe algum.
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De um modo bastante atropelado e, distante das necessidades múltiplas da população tais inserções criam circunstâncias, evidenciando situações vividas pela população, sobretudo a classe média, onde mostra suas inquietações existenciais, sociais e financeiras. Das camadas mais populares recria problemas sociais com humor, peculiar para quem quer esconder alguma coisa. Do ’alto escalão’ da sociedade brasileira envereda brigas incomensuráveis pala manutenção do poder.
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Em alguns momentos se torna difícil diferenciar as manchetes do telejornal de sete e o capitulo da novela das oito, e não pela proximidade do tema, mas pela leitura quase idêntica. Esses arremedos televisivos de uma forma remota, porém, intrínseca têm sido determinantes para o processo de formação sócio-cultural da juventude. Para quem vivem numa situação mais precária, está antenado nos fúteis atrativos “novelisticos” e afãs consumistas ‘publicizados’ com intenso volume pelos meios de comunicação, é a única alternativa de contato com a ‘arte’ e a informação.
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Diversas alternativas têm aparecido como forma de frear esse processo draconiano de falsa elucidação das dúvidas da população. Rádios Comunitárias, fanzines, blogs, e outras ferramentas ocupam espaços importantes nas mais diversas comunidades, mostrando formas diferentes de diálogos, ao mesmo tempo, em que apresenta possibilidades reais de envolver a população na suas temáticas.
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Mais do que nunca, é extremamente importante oportunizar a juventude ao conhecimento – mesmo que básico – sobre o universo midiático a partir de palestras, oficinas, debates e micro-cursos, enfim, e esta precisa ser tarefa de outros atores sociais, sobretudo, da escola. A educação não pode mais está condicionada a relações distorcidas onde o professor repassa ao aluno conceitos pragmáticos e muitas vezes arcaicos de determinada disciplina, sem integralizá-la ao quadro sócio-cultural vivido por ele.
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Observar de uma forma distinta as questões do cotidiano, quer dizer, a partir do olhar da juventude é uma meta ousada. Neste sentido, a proposta do “1º Festival de Vídeos Alternativos dos Funcionários I”, remete bem esses aspecto. Estimular a produção artesanal e artística de vídeos sobre seu inquieto universo juvenil, como forma de repassar as informações necessárias para que nuances criticas desenvolva-se naturalmente, trazendo consigo novas possibilidades e perspectivas é no mínimo perfeito.
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É assim, desde inicio, que, desafiadoramente, o nossa gestão à frente do CRJ* tem conseguido dar respostas importantes às mazelas sociais que assolam o cotidiano nublado de instabilidades e dúvidas da juventude dos Funcionários I. Com desprendimento, articulação, diálogo e muita, mas muita coragem...
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(*) Diretor do CRJ Ilma Suzete Gama
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Inscrições do Enem 2008 até 13/06
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O período de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi estendido até 13 de junho de 2008. Podem se inscrever estudantes do último ano do Ensino Médio (concluintes) ou pessoas que já tenham concluído essa etapa de ensino em anos anteriores, os chamados egressos. As inscrições podem ser feitas pela Internet, na página eletrônica do Inep ou em agências dos Correios. Todos os estudantes concluintes de escolas públicas e ainda aqueles declarados carentes – egressos ou estudantes de escolas particulares - não pagam a taxa de inscrição, cujo valor é de R$ 35,00.
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Quem optar por fazer inscrição em agência dos Correios deverá preencher uma ficha em papel, que está sendo enviada a todas as escolas de nível médio do País. Os estudantes deverão pegar a ficha, preencher e entregar em uma agência dos Correios. Os alunos de escolas particulares deverão pagar a taxa em qualquer agência bancária antes de entregar a ficha preenchida nos Correios. As agências dos Correios também terão fichas disponíveis para fornecer a egressos.
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Aqueles que optarem por fazer a inscrição pela Internet deverão acessar a página do Inep (www.enem.inep.gov.br/inscricao), preencher a ficha e imprimir o comprovante. Egressos e estudantes de escolas privadas que optarem pela inscrição via rede mundial de computadores não poderão solicitar isenção de taxa.
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O participante receberá, até o dia 18 de agosto, no endereço indicado no ato da inscrição, o cartão de confirmação que informará o local onde o inscrito fará a prova. Se não receber até essa data, o inscrito deverá procurar uma agência dos Correios ou acessar a página do Inep para consultar o local onde fará o exame. A prova será aplicada no dia 31 de agosto às 13h (horário de Brasília).