Juventude & cultura
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Priscila Lima
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Priscila Lima
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A cultura conseguiu romper as barreiras da hipocrisia e se tornar independente, a partir de suas formas de agir e compreender o universo a nossa volta. Surge então a idéia de que somos cultos, capazes de atingir um nível mental elevado, nos proporcionando mais clareza sobre os fatos e construindo uma opinião mais crítica e coerente com a realidade.
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A História revela que os grandes mestres da cultura foram jovens, virtuosos e inovadores. Através de inúmeras manifestações culturais, a juventude demonstrou, por exemplo, coragem para lutar contra a ditadura no Brasil e combater as falhas impostas pela censura, utilizando músicas, peças teatrais e outras formas de arte que marcaram a vida cultural do País.
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Nas décadas de 60 e 70, através das mobilizações estudantis contra o poder ditatorial, a juventude apresentava seu descontentamento e revolta. Porém, quem não tinha acesso à educação formal – naquela época era bem mais difícil encontrar jovens pobres nas escolas e faculdades – recorria à Cultura Popular para manifestar-se livremente. Como disse o mestre de ciranda Manoel Baixinho: “Quem não tinha dinheiro se virava com o que tinha em mãos, que era a Cultura Popular”.
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Além das dificuldades que os jovens pobres daquela época tinham para estudar, existia também a falta de divulgação da cultura, pois era passada de pai para filho. Portanto, quem quisesse fazer parte do cenário artístico do País teria que ir de encontro aos mestres.
Além das dificuldades que os jovens pobres daquela época tinham para estudar, existia também a falta de divulgação da cultura, pois era passada de pai para filho. Portanto, quem quisesse fazer parte do cenário artístico do País teria que ir de encontro aos mestres.
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Nos dias atuais a situação é bem diferente. As atividades culturais são as principais formas de expressão dos jovens na esfera pública, apesar dos diversos problemas cotidianos, tais como: desemprego, drogas, violência, precariedade das escolas, poucas opções de lazer, entre outros. Por outro lado, é visível o interesse de muitos jovens das comunidades carentes por expressões culturais como: Hip-Hop e seus quatro elementos (discotecagem, rima, grafite e dança de rua); capoeira; expressão corporal (teatro e dança); ritmos musicais; artes plásticas; trabalhos artesanais; etc.
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Essas preferências, inclusive, orientam o desenvolvimento das Políticas Públicas de Juventude (PPJs), com a realização de projetos e oficinas arte-culturais em escolas, universidades, Centros de Referência – como o CRJ Ilma Suzete Gama – e em organizações não-governamentais que trabalham diretamente com o setor juvenil.
Essas preferências, inclusive, orientam o desenvolvimento das Políticas Públicas de Juventude (PPJs), com a realização de projetos e oficinas arte-culturais em escolas, universidades, Centros de Referência – como o CRJ Ilma Suzete Gama – e em organizações não-governamentais que trabalham diretamente com o setor juvenil.
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