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quarta-feira, 16 de abril de 2008

A imprensa paraibana
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Priscila Lima
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Após alcançar condições essenciais para o seu amplo desenvolvimento, através da evolução dos processos tipográficos e da especialização dos profissionais, a imprensa brasileira hoje está capacitada para formar e informar a sociedade, apesar do analfabetismo ainda alto, das falhas no processo de ensino e da falta de condições financeiras do nosso povo – causas que reduzem o acesso aos jornais impressos, infelizmente. Justificativas à parte, a ideologia dominante, reproduzida pela grande imprensa, ainda faz nosso povo se interessar pelos jornais.
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A liberdade de imprensa, como qualquer outro tipo de liberdade, sofre restrições e condicionamentos freqüentes. Em alguns períodos estanques da nossa história a censura foi aplicada com a maior severidade. Durante as duas fases da ditadura militar – Era Vargas e Estado Novo – a imprensa nacional sofreu duros golpes, com intimidações, torturas e mortes a diversos jornalistas, formadores da opinião pública. Isso aconteceu não só no Brasil, mas em outros países da América do Sul, como: Chile, Argentina e Uruguai.
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Em nosso país – como em outras partes do mundo onde a imprensa desenvolveu-se no ritmo capitalista – as limitações econômicas têm sido tão fortes quanto às políticas. Mesmo assim, podemos reprovar/condenar os condicionamentos políticos, econômicos e ideológicos a que se submete a imprensa nacional, porque seu verdadeiro papel é registrar nossa história, respeitando sempre o interesse público.
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Os jornais registram as mutações semânticas, as ocorrências, daí a exigência por uma imprensa livre, consciente, que jogue limpo com a opinião pública. Por isso lamenta-se a detectação, nessa mesma imprensa, de nuances ideológicas pouco comprometidas com a verdade e com as mutações sociais que o percurso histórico exige. A observação é válida para a imprensa de todo o Brasil, quase sempre acoplada ao aparelho político-jurídico do Estado.
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Na Paraíba, mais especificamente, a ideologia da grande imprensa continua sendo, de maneira geral, determinada pela classe dominante. A partir de 1826, quando teve origem o primeiro jornal do nosso estado – a “Gazeta do Governo da Paraíba do Norte” – registrou-se em solo paraibano uma história bonita de periódicos ecléticos, fundados com garra e idealismo.
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Em João Pessoa temos quatro grandes jornais em circulação no momento. São eles: “A União”, fundada em três de fevereiro de 1893; “O Norte”, nascido em sete de maio de 1908; o “Correio da Paraíba”, criado em cinco de agosto de 1953; e o “Jornal da Paraíba”, o mais antigo entre eles. O primeiro é “oficial”, editado pelo Governo do Estado. Os outros são privados e mesmo assim, vez ou outra, apresentam nuances questionáveis por conta do contexto político, ideológico e econômico local.

Um comentário:

Anônimo disse...

que chiqueeeee!!
meu texto aqui...

tive como base o livro de Fátima Araújo sobre a Imprensa na Paraíba

:D