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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O que é Ciberativismo?
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Os conceitos de cibercidadania e ciberativismo estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. As mudanças que ocorreram (e ainda ocorrem) nas relações sociais após o advento das tecnologias na sociedade marcaram para sempre o modo como os cidadãos se comportam e se manifestam. A Internet, vista como uma ferramenta que facilita a comunicação e ponto de fuga aos meios tradicionais, se tornou palco de novos modelos de mobilizações, manifestos e reivindicações comunitárias a favor de uma causa. No ciberespaço vozes marginalizadas possuem o poder de emissão de informação jamais antes possibilitado. A congregação de interesses e necessidades por estas comunidades on-line tornou-se comum dentro da esfera virtual, caracterizando a internet como braço político, civil e cidadão do “mundo real."
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Mas ser um cidadão digital emprega direitos e deveres, assim como na vida off-line. A cibercidadania é, conforme descreve Pierre Lèvy, "um conjunto de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensar e valores no ciberespaço". O cibercidadão pratica suas manifestações sociais cibernáuticas conforme um conjunto de leis e códigos propostos em acordo com os indivíduos-usuários deste mundo virtual. Para Jean Jacques Rousseau " a base desse acordo seria atender a vontade, identificada com a coletividade, e portanto, a soberania seria a marca significante da cidadania entre o desejo individual e o geral" (In: NICOLA, Ricardo. 2007, 14). Para a professora de Comunicaçao Social/ Jornalismo do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA), Liliane Dutra Brignol, a cibercidadania "trata-se de uma condição de cidadania diferenciada, com a possibilidade de participação social, acesso, troca e construção de informação".
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O ciberativismo, ou ativismo digital é uma forma de manifestação através dos meios eletrônicos, como a Internet, que, compete uma série de movimentos sociais motivados a atingir determinados objetivos em prol da sociedade ou busca corrigir injustiças da própria rede. Maria Eugenia Reginato descreve sua utilização da seguinte maneira: “A partir da incorporação da Internet, os ativistas expandem suas atividades tradicionais e/ou desenvolvem outras. A utilização da rede por parte desses grupos visa, dentre outras coisas, poder difundir informações e reivindicações sem mediação, com o objetivo de buscar apoio e mobilização para uma causa; criar espaços de discussão e troca de informação; organizar e mobilizar indivíduos para ações e protestos on-line e off-line."
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Através de blogs, sites de relacionamento, fóruns, emails e petições o cibercidadão busca uma alternativa aos meios de comunicação de massa tradicionais para a divulgação e apoio a suas causas. A partir de apenas um clique você pode mudar o mundo. Mas o ciberativismo não se restringe apenas a isso. De acordo com o professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense, Denis de Moraes, o ativismo digital é uma esfera "complementar de mobilização e politização, somando-se a assembléias, passeatas, atos públicos e panfletos.
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O ciberativismo alicerça campanhas e aspirações à distância, no compasso de causas que se globalizam (combate à fome, defesa do desenvolvimento sustentável, preservação do equilíbrio ambiental, direitos humanos, luta por um sistema de comunicação pluralista). As entidades civis valem-se da Internet enquanto canal público de comunicação, livre de regulamentações e controles externos, para disseminar informações e análises que contribuam para o fortalecimento da cidadania e para o questionamento de hegemonias constituídas." Sendo assim, as ações podem se dar tanto no âmbito virtual, quanto no real, e na maioria das vezes se dão um em complemento ao outro.
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FONTE: http://ciberativismosm.blogspot.com
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