Jornalismo investigativo: conceituação
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Regiane Santos Barbosa
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Uma das medidas para mudar a realidade é a adoção do jornalismo investigativo pelos profissionais. Primeiramente, é fundamental entender o conceito de jornalismo investigativo para depois compreender como esta prática interfere na sociedade. Não existe um conceito definido para jornalismo investigativo. Como a maioria das investigações jornalísticas é direcionada por técnicas desenvolvidas por cada repórter, os profissionais conceituam o termo de forma subjetiva e particular.
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Para Cleofe Monteiro de Sequeira, jornalismo investigativo se diferencia das outras práticas pelo "processo de trabalho do profissional e métodos e estratégias operacionais" (SEQUEIRA, 2005, p.15). Para Marcelo Beraba, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo e presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), jornalismo investigativo resume-se a uma reportagem com mais "fôlego" que as demais. "Qualificação específica para as reportagens de maior investimento de apuração. Aquela que exige mais tempo e paciência para pesquisas, entrevistas, observação direta, checagem e rechecagem". O jornalista Alberto Dines conceitua jornalismo investigativo como a busca de ligação entre os fatos e o encontro da explicação de sua ocorrência.
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Regiane Santos Barbosa
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Uma das medidas para mudar a realidade é a adoção do jornalismo investigativo pelos profissionais. Primeiramente, é fundamental entender o conceito de jornalismo investigativo para depois compreender como esta prática interfere na sociedade. Não existe um conceito definido para jornalismo investigativo. Como a maioria das investigações jornalísticas é direcionada por técnicas desenvolvidas por cada repórter, os profissionais conceituam o termo de forma subjetiva e particular.
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Para Cleofe Monteiro de Sequeira, jornalismo investigativo se diferencia das outras práticas pelo "processo de trabalho do profissional e métodos e estratégias operacionais" (SEQUEIRA, 2005, p.15). Para Marcelo Beraba, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo e presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), jornalismo investigativo resume-se a uma reportagem com mais "fôlego" que as demais. "Qualificação específica para as reportagens de maior investimento de apuração. Aquela que exige mais tempo e paciência para pesquisas, entrevistas, observação direta, checagem e rechecagem". O jornalista Alberto Dines conceitua jornalismo investigativo como a busca de ligação entre os fatos e o encontro da explicação de sua ocorrência.
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O jornalismo investigativo pressupõe que o repórter trabalhe na descoberta de atividades e fatos desconhecidos pela população, ou invés de esperar ser informado por alguém da existência daquele fato. No Brasil, o jornalismo investigativo ainda está associado ao denuncismo, que consiste no repasse de informações sobre escândalos encobertos pelos envolvidos. Segundo Percival de Souza, em entrevista a Edileuson Almeida, reproduzida em Jornalismo Investigativo, dezenas de denúncias, dossiês e gravações chegam às redações diariamente. Ele observa que alguns dossiês já chegam editados, com grifos e fotos escolhidas. Normalmente, esta doação de dados, documentos ou mesmo de uma confissão está atrelada a diversos interesses particulares da fonte. Ou seja: "muito mais um mérito das fontes do que, propriamente, do repórter".
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Um pouco da História
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O jornalismo investigativo, termo literalmente traduzido do inglês para o português, torna-se mais conhecidos após a Segunda Guerra Mundial e quase todos se originam dos Estados Unidos, especialmente a partir de 1955. Durante a Guerra do Vietnã, parte dos jornalistas norte-americanos, posicionados contra o governo, começaram a analisar criticamente a atuação dos políticos. Apesar de os trabalhos serem publicados em revistas como Life e Look, o público americano deu pouca atenção.
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Um pouco da História
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O jornalismo investigativo, termo literalmente traduzido do inglês para o português, torna-se mais conhecidos após a Segunda Guerra Mundial e quase todos se originam dos Estados Unidos, especialmente a partir de 1955. Durante a Guerra do Vietnã, parte dos jornalistas norte-americanos, posicionados contra o governo, começaram a analisar criticamente a atuação dos políticos. Apesar de os trabalhos serem publicados em revistas como Life e Look, o público americano deu pouca atenção.
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Só em 18 de junho de 1972 é que o jornalismo investigativo ganhou destaque mundial com a publicação, pelo The Washington Post, do caso Watergate, reportagem política de autoria de dois jornalistas desconhecidos, Carl Bernstein e Bob Woodward, que culminou, com a queda do presidente dos Estados Unidos na época, Richard Nixon. O caso consistia na investigação de cinco homens que haviam sido presos na noite de 16 de junho de 1972 tentando instalar aparelhos eletrônicos de espionagem no comitê do Partido Democrata, no edifício Watergate, em Washington. Ao investigar o caso, Woodward e Bernstein acabam chegando à Casa Branca.
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Em 21 de março de 1973, James McCord, um dos cinco detidos no edifício Watergate, rompeu o silêncio e enviou ao juiz John Sirica, encarregado de instruir o processo, uma carta repleta de acusações. Os jornalistas do Washington Post sabiam, desde o começo, a verdade sobre James McCord. Tratava-se de um consultor de segurança da CIA (Agência Central de Inteligência), oficial de reserva e coordenador de segurança do comitê para a reeleição do presidente Nixon. A partir dessa carta, lida publicamente no Tribunal, em 23 de março de 1973, a insistente investigação jornalística de Bernstein e Woodward sobre Watergate começou a ganhar força e credibilidade. Com a imagem abalada diante da opinião pública, o presidente Nixon pediu demissão do cargo, sob ameaça de acusação política.
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FONTE: www.observatoriodaimprensa.com.br
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Em 21 de março de 1973, James McCord, um dos cinco detidos no edifício Watergate, rompeu o silêncio e enviou ao juiz John Sirica, encarregado de instruir o processo, uma carta repleta de acusações. Os jornalistas do Washington Post sabiam, desde o começo, a verdade sobre James McCord. Tratava-se de um consultor de segurança da CIA (Agência Central de Inteligência), oficial de reserva e coordenador de segurança do comitê para a reeleição do presidente Nixon. A partir dessa carta, lida publicamente no Tribunal, em 23 de março de 1973, a insistente investigação jornalística de Bernstein e Woodward sobre Watergate começou a ganhar força e credibilidade. Com a imagem abalada diante da opinião pública, o presidente Nixon pediu demissão do cargo, sob ameaça de acusação política.
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FONTE: www.observatoriodaimprensa.com.br
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