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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Luta contra a AIDS
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Tiago Teixeira
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Desde o surgimento da AIDS – e do crescimento da epidemia – a participação da imprensa foi bastante marcante, tanto na divulgação dos avanços e do conhecimento sobre a doença, quanto na formação da opinião pública.
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Entretanto, a AIDS ainda é veiculada na imprensa como uma doença estigmatizante, como sinônimo de morte ou restrita a determinados grupos sociais (viciados em drogas injetáveis, homossexuais, etc.). Outro ponto importante é a divulgação de matérias científicas a respeito do tema, porém, de forma superficial, levando, muitas vezes, a dúvidas ou falsas conclusões.
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Como os meios de comunicação controlam grande parte da transmissão de conhecimento e informações para a população, sente-se a necessidade de um enfoque mais específico sobre a realidade da doença, ao invés desta visão fragmentária sobre a AIDS reproduzida pela grande mídia.
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Jovens na faixa etária dos 14 aos 24 anos estiveram no centro das discussões do “Dia Mundial de Luta Contra a AIDS”, que acontece anualmente no dia 1º de dezembro. As ações foram voltadas para: mulheres, gays e demais portadores do vírus HIV nessa faixa etária. Pela primeira vez, o Ministério da Saúde do Brasil usou as mídias alternativas (blogs e sites de relacionamento) na campanha contra o vírus.
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Uma estatística preocupante: todo mês, pelo menos 40 paraibanos descobrem que têm AIDS. Esse número é referente apenas ao Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa – o maior centro de referência no tratamento da doença em nosso Estado – que registrou 491 novos casos de HIV e AIDS em 2006. Dos 40 novos casos da doença que são diagnosticados mensalmente no Clementino, um ou dois são descobertos em crianças e adolescentes (de zero a 17 anos).
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Cerca de 60 crianças e adolescentes com HIV e AIDS – de 18 municípios paraibanos – são acompanhadas pela ONG Nova Esperança, dos quais 36 são órfãos porque perderam os pais (vítimas da doença); 92% foram contaminadas através da transmissão vertical (da mãe para o bebê). A ONG acompanha jovens órfãos da AIDS, para que não deixem à convivência familiar e sejam abandonados em abrigos.

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