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terça-feira, 27 de julho de 2010

XXXI Enecom inicia suas atividades
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Visando fomentar o debate sobre a comunicação popular, o XXXI Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação esta ocorrendo este ano em João Pessoa-PB. Até o dia 1 de agosto mais de 500 estudantes de todo o Brasil estarão na UFPB convivendo, discutindo, trocando experiências, se divertindo, se formando, a fim de construir uma comunicação contra-hegemônica.
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Mas que é o Enecom? O Enecom é uma confluência de pessoas, idéias, projetos – de vida e de sociedade. Um espaço coletivo onde é possível conhecer coisas e dar-se a conhecer. Um espaço essencial para entendermos porque lutar pela democratização da comunicação, pela qualificação do ensino de comunicação, pelo fim das opressões (racial, sexual, de classe). É convivendo que conseguimos conhecer a nós mesmos. E perceber que, afinal de contas, temos diferenças, mas temos que caminhar juntos porque o que temos em comum é muito maior.
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Palavras são importantes num encontro, mas não só. Não se trata meramente de acumular informações, de conhecer sotaques diferentes, fazer contatos. É muito mais do que isso. Mas, então o que é o Enecom? Impossível dizer em palavras o que só pode ser sentido. Objetivamente são painéis, apresentações de trabalhos (acadêmicos e empíricos), vivências junto a movimentos sociais, grupos de discussão e trabalho e convivência ininterrupta. E isso é muita coisa, mas não
diz quase nada comparado ao que é, de fato, o Enecom. A mobilização para o encontro já iniciou há tempos. Os militantes da Enecos vêm realizando pré-encontros em seus respectivos estados a fim de propagandear as bandeiras da executiva e dar uma palhinha do que será este grande encontro.
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O Coletivo Comjunto, que organiza o Enecom 2010, utiliza “Parahyba” no lugar de João Pessoa , o nome da capital, pois é parte de um movimento que se posiciona contrariamente ao atual nome da cidade, e luta pela troca por Parahyba, antigo nome da cidade, com origens indígenas. O coletivo entende que o nome foi modificado em momento de forte comoção popular, logo após a morte do ex-presidente do estado, João Pessoa, em 1930, e foi um artifício político para martirizar e encampar historicamente uma campanha a seu favor. Além disso, entende-se uma extrema personalização e um erro histórico de se expor o ex-presidente como um revolucionário das causas populares.
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Faz parte desse movimento também a negação da bandeira do estado, Paraíba, em suas cores e seus símbolo lingüístico. O “Nego” inscrito na bandeira remonta à negação do então presidente do estado da Paraíba, João Pessoa, ao convite enviado por Washignton Luís, presidente do Brasil à época, para apoiar o candidato à direção do país Júlio Prestes, partidarista de Washington. Assim, era o passo para encaminhar à candidatura à vice-presidência de Getúlio Vargas, em 1930.
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Sobre as cores, o vermelho se apresenta como o sangue “derramado” por João Pessoa quando foi assassinado por João Dantas em Recife, motivado, entre outras versões, por questões pessoais, pois equipes policiais do estado haviam invadido a residência de Dantas e publicizado cartas de amor de Anayde Beiriz, professora e poeta que, à época, passou pelo imenso escândalo de ter namorado um homem, ainda solteira. No entanto, na intenção de martirizar João Pessoa como um revolucionário, diz a história normativa que ele foi morto pela oposição. O preto simboliza o “luto” no qual toda a Paraíba entrou pela morte do então presidente do estado e candidato à vice-presidência da República.
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