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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Luciano Agra entrega certificados do "Sim, eu Posso"
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A Prefeitura de João Pessoa pretende erradicar o analfabetismo entre jovens e adultos na Capital até o ano de 2012, através do programa de alfabetização "Sim, eu Posso". No último dia 19 de maio, os 67 alunos que fizeram parte das primeiras turmas do projeto participaram da solenidade de formatura, que foi realizada no auditório da Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano.
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O prefeito Luciano Agra fez a entrega do Certificado de conclusão do curso à aluna Francisca da Silva Monteiro, que representou os demais concluintes. Agra destacou que o programa tem uma dimensão não apenas educacional, formadora, de aquisição de conhecimentos, sendo, na verdade, uma construção de cidadania. "Estamos festejando o êxito do programa 'Sim, Eu Posso', com a formatura dessas turmas. Nós temos um compromisso e uma meta de chegar ao ano de 2012 sem nenhum analfabeto em João Pessoa", ressaltou.
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A secretária de Educação do Município, Ariane Norma de Sá Menezes, informou que cerca de 12% da população pessoense é analfabeta, conforme uma pesquisa realizada no cidade no ano de 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desses dados, percebe-se a importância de projetos como o 'Sim, Eu Posso', que combatem o analfabetismo. "O resultado do programa em João Pessoa é bastante positivo, não havendo evasão escolar e com primeiros alunos saindo da condição de analfabeto", afirmou.
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Um desses alunos é João Batista Muniz, de 44 anos, morador do bairro do Grotão. "Eu não sabia nem o que era uma escola. Agora sei escrever meu nome e ler algumas palavras e quero aprender mais. Estou gostando. Por isso já decidi que vou continuar estudando", disse ele. Quem também sente a mesma vontade de dar continuidade aos estudos é Francisca da Silva Monteiro. "Não estudei quando era criança. Depois de 55 anos consegui aprender a ler e escrever meu nome. Estou muito feliz e vou aprender mais ainda", revelou ela, que fez um pedido a todos os alunos que participaram da primeira turma do programa, para que não parem, continuem estudando.
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Ampliação - Para a coordenadora do 'Sim, Eu Posso' na Capital, Luciana Barbosa de Sousa, é extremamente gratificante estar participando desse momento histórico, com a formatura dos primeiros alunos, que deixaram a condição de analfabetos absolutos. "A política de educação se faz com compromisso e respeito. Estamos muito felizes com os resultados e já estamos trabalhando na expansão do programa", informou.
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O primeiro passo para essa expansão já está sendo dado. Na próxima semana terá início a capacitação de cerca de cem instrutores que participarão da segunda etapa do 'Sim, Eu Posso". Desta vez, o programa vai contar com o trabalho de 50 alunos de diversas graduações da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que irão atuar como monitores. A proposta é de formar cem turmas em bairros já mapeados pela Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), realizando um trabalho em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e Orçamento Democrático.
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As turmas funcionarão em
escolas municipais, associações comunitárias e centros da cidadania, dentre outros locais. Podem participar do projeto jovens e adultos com idade acima de 20 anos, que sejam analfabetos. A técnica empregada no 'Sim, Eu Posso' associa números e letras, com a utilização de teleaulas. A primeira fase do projeto abrangeu duas escolas municipais da Capital, a Tharcilla Barbosa da Franca, no Grotão, e a Antenor Navarro, no Gervásio Maia, onde foram formados 67 alunos, sendo 18 homens e 49 mulheres.
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O programa – O 'Sim, Eu Posso', ou 'Yo, Si Pudeo', foi elaborado pelo Instituto Pedagógico Latino-Americano y Caribeño (IPLAC), de Cuba, com a finalidade de erradicar o analfabetismo da América Latina. O programa foi utilizado por vários países, como: Bolívia, Argentina, Timor Leste, Canadá, Espanha, Equador, dentre outros. Com edição em 13 idiomas, ele ganhou prêmio Rey Sejong, instituído pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), nos anos 2002, 2003 e 2006, por promover a erradicação do analfabetismo no mundo.
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