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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Piercing: mais de 5.000 anos de história
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Pedro Cassiano
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O piercing esta no mundo há mais de 5 mil anos. A origem do procedimento de perfurar o corpo vem da Antiguidade, mais precisamente a partir de Cleópatra (Egito). Registros históricos mostram que ela furava o umbigo para colocar pedras douradas e esse ritual simbolizava o aumento de sua beleza. A partir daí, populações inteiras começaram a praticar a mesma ideia, em diversas tribos dos continentes americano, africano e asiático.
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No Brasil, este fenômeno efetivou-se durante a década de 90, mas até hoje não se sabe ao certo quem foi a primeira pessoa a colocar um destes ornamentos corporais em solo brasileiro. Adolescentes, jovens e até adultos já aderiram à moda do piercing, como forma de representar uma expressão pessoal, espiritual, ou mais recentemente, associando a moda e estilo.
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Segundo Ícaro Falcão, do Tatto Studio, cerca de vinte pessoas por mês o procuram para aplicação de piercing. As partes mais comuns de perfurar são: o lóbulo da orelha, a língua, nariz, lábios e umbigo. Porém, sempre existem pessoas querendo colocar ornamentos nas partes íntimas, o que não é recomendado devido ao risco constante de contaminação. O valor do piercing varia entre 25 e 30 reais (aplicação), mais o valor da jóia escolhida pelo cliente.
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Cada piercing tem seu tempo de cicatrização, que varia de dois a nove meses, dependendo do local do corpo. Às vezes não cicatrizam no tempo previsto, por isso devem ser bem cuidados, com higiene e responsabilidade. Para ser perfurado corretamente, o profissional precisa lavar bem as mãos, usar luvas, higienizar agulhas e todo material utilizado no procedimento, evitando o risco de contaminação e possíveis doenças.
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Após tantos séculos de História, o piercing ainda luta contra os preconceitos da sociedade, mas a cada dia se torna mais frequente entre a juventude. A estudante Lílian Oliveira, 18 anos, colocou um piercing no umbigo aos 16 e agora vai por mais. A jovem revelou que no começo teve medo e também da reação da mãe. “Ela brigou comigo, mas não me arrependo. Hoje vou colocar mais um”, afirmou Lílian.
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De acordo com o estudante de Psicologia da UFPB, Alisson Monte, os jovens quando colocam piercing, a princípio, podem demonstrar vaidade, estilo ou moda. Entretanto, quando furam o corpo com freqüência, querem dizer algo mais, expressar o momento, que pode ser de felicidade, tristeza, decepção, entre outros. “É preciso que os pais fiquem atentos a qualquer tipo de alteração no comportamento dos filhos e procurem um especialista se for necessário. Quando se tatuam ou colocam piercing demais, algumas pessoas perdem a noção do perigo e acabam se arrependendo mais tarde”, concluiu Alisson.
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Um comentário:

Rômulo disse...

O ato de se pintar ou perfurar o corpo revela desde a antiguidade a necessidade do indiviuo de se comunicar, ou seja, externar o que sente em relação ao mundo e/ou a sociedade em que vive...

A matéia conseguiu contextualizar bem a evolução histórica desta técnica milenar até os dias atuais.

Parabéns ficou perfeita!