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No entanto, é preciso entender algumas questões técnicas para deslumbrar as possibilidades de mudanças que a TV digital possibilita no conteúdo. Ela pode ser transmitida por radiofrequência (VHF ou UHF), por satélite, por cabo, pela telefonia ou pela Internet (iTV). A vantagem da radiofrequência, ou terrestre, é que atualmente é o sistema utilizado na maior parte dos televisores brasileiros.
A questão da largura da banda seria resolvida com a transmissão de conteúdo em baixa resolução, o que possibilitaria a multiprogramação. Já a questão da interatividade depende de um componente externo à TV. Como o telefone ainda não está presente na maioria dos lares de famílias de baixo poder aquisitivo, o principal alvo da inclusão social por meio da TV.
O desafio, portanto, é proporcionar interatividade a essas pessoas por meio da TV aberta e gratuita. No Brasil, o controle sobre a produção e transmissão de conteúdo para TV está concentrado na mão de algumas poucas emissoras, que detêm também outros meios de comunicação, como rádios, portais na internet e periódicos impressos. Tais redes, em sua maioria localizada no eixo Rio-São Paulo, não permitem que suas afiliadas distribuídas por diversos estados brasileiros tenham independência sobre o conteúdo transmitido, especialmente durante o horário nobre. Essa hegemonia faz com que a produção se concentre no sudeste do País – e se reflete, por exemplo, na contratação de atores cariocas que imitam o sotaque nordestino para interpretar um papel em uma cidade cenográfica que reproduz o Nordeste.
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A TV digital possibilita a multiprogramação (ou multicasting), isto é, a possibilidade de transmissão de até 4 programas com diferentes níveis de definição num único canal de freqüência (de 6 megahertz) utilizado pela TV digital. No entanto, isso não significa automaticamente que haverá diversidade cultural. Ainda não foi definido um marco regulatório que esclareça como será a distribuição desses novos canais. Nem ao menos se haverá realmente a abertura de novos canais digitais, mesmo que em baixa potência.
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FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br
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Um comentário:
Compartilhar informações como essa é de grande valia! Agora, entendo um pouco mais sobre a tal TV Digital.
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