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Os antigos programas de perguntas da TV, como O céu é o limite e Absolutamente certo, prometiam fortunas aos candidatos que se especializavam em determinados campos do conhecimento, devorando todo o material disponível sobre o assunto escolhido. Eles despertavam a admiração da plateia pela quantidade de informações que conseguiam assimilar e reter. Quem se propõe a estes desafios já traz previamente dentro de si o hábito ininterrupto da busca por informações novas.
Em muitos casos a obsessão pela informação e pelo conhecimento representa um exercício de preparação para uma contenda verbal. Traços obsessivos são absolutamente necessários à nossa organização psíquica normal. Um dos grandes méritos de Sigmund Freud foi ter percebido que as patologias mentais fazem parte dos componentes no psiquismo normal de todos os indivíduos, em doses pequenas. Tudo que aprendemos passa a ser catalogado em compartimentos de nossa mente, como gavetas de um arquivo. Algumas pessoas possuem o impulso irresistível de encher suas gavetas mentais até entupi-las de registros novos que não conseguem digerir. O colecionismo é a obsessão dos normais. Os fascículos semanais tinham um efeito sobre o psiquismo: fazer que ele se imaginasse um imortal.
Pfaller, Gough, Therborn (1991) mostraram, num estudo sobre os EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Suécia que a competitividade se relaciona mais com a compra e a venda de mercadorias, não estando associada à rigidez do Welfare State. Ao contrário, a pesquisa mostrou que os mais completos Welfare States, como os da Suécia e da Alemanha, foram os que obtiveram maior sucesso na orientação das suas economias nacionais e na obtenção de alta produtividade que, por sua vez, foi associada à relativa boa cooperação entre capital e trabalho como o importante ingrediente desse sucesso.
A perda desta forma de inclusão, típica da modernidade capitalista, também desestruturou as referências a direitos garantidos, pois os direitos da cidadania expressam as relações sociais. Por sua vez, a desestruturação e redução de direitos condicionam as relações econômicas e as referências identitárias. O fato de ser considerado “sem emprego fixo”, no Brasil, ainda está associado, por exemplo, com vagabundagem. A carteira de trabalho, para a Polícia, em muitos casos, vale mais que a carteira de identidade. No contexto de mundialização, o que parece valer é o cartão de crédito.
“Decodificar os dramas humanos”, para o jornalista Leandro Fortes essa é a principal função do seu trabalho. Para isso, deve-se escrever em linguagem clara e comum a todos, visando transmitir e desvendar informações inportantes de interesse público. Ir em busca de notícias, lutar por fatos escondidos, desvendar mistérios, denunciar crimes, são os principais objetivos de um jornalista comprometido com a verdade. Por outro lado, não podemos pecar na imparcialidade, distorção de informações e elitização do mercado.
“A responsabilidade é um princípio que está relacionado diretamente com a segurança das pessoas”, é o que diz nosso Código de Ética. Algo não adotado por Welles. É por isto que os meios de comunicação devem atuar de maneira responsável e ética. Comprometidos sempre com a verdade, levando informação à população, cultura,lazer e interatividade, de maneira clara e concisa sobre os fatos que realmente acontecem no mundo.
Cedo ou tarde este fenômeno da juventude moderna chegará até nós. É importante que conheçamos as razões de tal fenômeno para sabermos agir diante dele. Punks, rappers, clubbers, grunges, góticos, emos, hippies, rastafaris, metaleiros, cosplays, skatistas, etc, etc... Estes são apenas alguns grupamentos juvenis, chamados pelos sociólogos de tribos urbanas, encontrados diariamente nos grandes centros.
A origem de todas essas manifestações parece ser a contestação. A violência, a apatia, o desleixo, a festa e a anarquia são as formas de contestação do mundo pós-moderno, dizem os sociólogos. Ao analisar tudo isso podemos perguntar: o que tem por trás desse estilo de vida? Olhando a História, percebemos que muitas manifestações de repúdio e revolta com os padrões dominantes se deram de uma forma muito semelhante. Porém, ficaram outras duas questões: 1) este fenômeno é um modismo, simplesmente? 2) estes jovens são assim para si ou para os outros, isto é, vestem-se e agem assim por convicção ou são assim para serem vistos e notados numa cidade/sociedade onde o anonimato é o maior medo?
Como um fenômeno biopsicossocial carregado de profundas transformações nessa fase evolutiva e como parte inerente da identidade, a expressão da sexualidade no adolescente é colorida pela busca de sua identidade adulta, o que acarreta algumas características específicas que valem a pena serem enfatizadas. Os conflitos que vivem com seu corpo em mudança oscilam entre o prazer do crescimento e o medo e estranheza das novidades que esta mudança acarreta. As comparações que ele faz entre o corpo ideal, criado por modelos de beleza de uma cultura de massa consumista, e o seu corpo real podem influenciar de maneira negativa no seu auto-conceito.
Querendo saber mais sobre o mundo que o cerca, avaliando-o com critérios diferentes, utiliza, ao lado dos pensamentos concretos de sua infância, a sua mais recente aquisição: o pensamento abstrato, que traz elementos novos para essa avaliação. Essa nova maneira de ver e avaliar o mundo pode gerar pensamentos onipotentes, mágicos que determinam hipóteses avaliativas equivocadas que atuam como verdades e interferem no comportamento do adolescente e conseqüentemente no seu comportamento sexual. No mundo onipotente juvenil, como resultado da idéia - “comigo isso não acontece, só com os outros” - aparecem as gravidezes não planejadas e os comportamentos de risco no trânsito e na atividade sexual, entre outros.
O discurso simplificado propalado adquire ares de novidade e tendência propagando-se, por exemplo, o nanoconteúdo (palavra designadora de conteúdo informativo pequeno e rápido) como se esta fosse a vontade majoritária. Não é de assustar que logo o novo “conceito” seja admitido por sujeitos que adoram integrar-se à hipermodernidade. As intenções deste discurso muitas vezes passam despercebidas. A contextualização do enunciado acaba se perdendo no mundo prioritário da velocidade.