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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Teatro do Oprimido
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Clóvis Domingos dos Santos
Ricardo Carvalho de Figueiredo
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Nesta quinta-feira (17/07) o Centro de Referência da Juventude Ilma Suzete Gama (CRJ Funcionários I) terá a honra de receber o espetáculo "Pedras, sonhos, nuvens. Nossos sonhos são os mesmos dos nossos pais?", do Grupo de Teatro do Oprimido de Santo André - Revolução Teatral. O evento comeca as 15h, no auditorio do CRJ. A entrada é franca e todos estão convidados a participar.
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O Teatro do Oprimido é um conjunto de jogos, exercícios e técnicas teatrais, idealizado pelo teatrólogo Augusto Boal, que tem por objetivo resgatar, desenvolver e redimensionar o teatro, tornando-o um instrumento eficaz na compreensão e na busca de alternativas para problemas sociais e interpessoais. Suas vertentes: pedagógica, social, cultural, política e terapêutica se propõem a transformar o espectador (platéia) em protagonista da ação dramática (sujeito criador e transformador), estimulando-o a refletir sobre o passado, transformar a realidade no presente e inventar o futuro.
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No jogo dramático, o oprimido ensaia uma transformação de suas atitudes e ressignifica as informações essenciais para a vida. Pensa sua prática, sua atuação no mundo. No Teatro-Imagem as questões, problemas e sentimentos se transformam em imagens concretas. Através da linguagem das imagens, busca-se então a compreensão dos fatos e uma possibilidade de releitura dos mesmos.
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Dessa forma, o Teatro caminha com a Educação quando propõe que o homem se perceba com mais profundidade, se transforme pelo contato com o outro, se aprimore pelo exercício artístico e assim derrube todas as correntes que insistem em aprisioná-lo à formas, rótulos e conceitos.
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O sistema de jogos teatrais permite reivindicar o teatro como conteúdo relevante em si. Permite também que os alunos experimentem o fazer teatral (quando jogam), desenvolvam a apreciação e a compreensão estéticas da linguagem cênica - quando assistem a outros jogarem - e contextualizem historicamente seus enunciados estéticos, durante avaliação coletiva e quando se auto-avaliam.
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Sobre o fazer, a apreciação e a contextualização da comunicação teatral no sistema de jogos teatrais: contextualizar, como explica Ana Barbosa é “estabelecer relações”. Portanto, a contextualização pode ser de natureza histórica, social, psicológica, etc. A articulação entre o fazer artístico e a apreciação estética ou a leitura da linguagem artística só é possível por meio da contextualização. E o teatro é o lugar privilegiado para esta transparência uma vez que ele amplia o foco sobre as imagens que construímos como o nosso trabalho artístico. Ler o mundo com mais criticidade.
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