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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Um passeio pela Educação Pública
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Gleydson Francisco
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Em uma pesquisa realizada entre 20 e 30 de maio de 2008, com alunos do ensino público de João Pessoa, foram detectados vários problemas relacionados à Educação. O principal objetivo era saber como anda o nível de aprendizagem no município de João Pessoa. Na ocasião foram pesquisados aproximadamente 400 alunos da rede pública e privada de ensino da Capital, nos níveis fundamental e médio.
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Com as respostas lógicas e criativas dos estudantes foram surgindo os problemas. E o campeão de votos foi: a dificuldade no entendimento dos conteúdos de Matemática e Português. Houve ainda uma pergunta sobre o conceito de Educação. Inúmeras respostas foram mencionadas. Então aproveitamos para avaliar a dinâmica dos grupos em sala de aula, o comportamento e a aprendizagem. Nesse contexto, a professora de Química Maria das Neves (Nevinha) comentou que “a Educação é a base, pois vem da família. A escola é apenas um mero instrumento no processo de desenvolvimento do aluno”.
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As escolas da Rede Estadual nem sempre acompanham o desempenho das particulares, pois nessas instituições os alunos se interessam mais, os pais cobram bons resultados, e isso tudo contribui para o desenvolvimento do estudante. Todavia, ressaltamos que o colégio Papa Paulo VI, localizado em Cruz das Armas, não fica para trás. Recentemente comemorou aniversário de 30 anos de ensino, recebendo a visita de seus alunos e ex-alunos, profissionais de todas as áreas e professores. Apesar da boa fase, a diretoria comentou que a falta de professores nas áreas de Filosofia e Sociologia faz a escola descumprir o regulamento Federal, que menciona a necessidade dessas matérias para o Ensino Médio.
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Situação parecida ocorre na Escola Municipal de Ensino Fundamental Zulmira de Novais, também localizada em Cruz das Armas. Na opinião de Tereza Lúcia Albuquerque, diretora do colégio Zulmira, a família deve ser um dos pontos principais nas pesquisas da psico-pedagogia escolar. Revelou que muitos alunos realizam brincadeiras maldosas, sempre voltadas para violência e alienações televisivas. A escola preocupa-se com isso e busca formas de instruir os jovens à cidadania, como ocorre no ProJovem.
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Ainda observou que atualmente os docentes visam muito o dinheiro, mas isso não é tudo. “Enquanto não repensarmos algumas questões, a Educação no Brasil continuará muito a desejar. Antigamente os estudantes faziam de tudo para não perder uma aula. Hoje juntam uma turminha e dizem: ‘não queremos assistir aula; vamos ali tomar uma cervejinha’. É por isso que todo dia oriento meu filho a enfrentar seus limites e nunca desistir dos seus ideais, pois nunca é tarde para lutar! No próximo ano estarei me aposentando e não sei o que será de mim sem meus alunos, que também são meus filhos. Aprendemos a cuidar deles com amor”, comentou a diretora.
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Todos os dias são apontados problemas e soluções para o ensino. Mas apesar de tudo, resta um pouco de esperança, como disseram alunos da escola Cônego Nicodemos Neves, situada nos Funcionários 1. A instituição passa por difíceis problemas estruturais em suas instalações, há mais de um ano, prejudicando seus alunos em diversos aspectos.
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Enfim, o breve relato que apresentamos aqui é a pura realidade do Ensino Público em escala nacional. Enquanto cidadãos devemos lutar por melhores condições, pois como dizia Voltaire: “discordo do que dizes, mas lutarei até a morte para que conquistes o direito de ser e de dizer”. Essa garra e objetividade estão faltando nos nossos estudantes. Vivemos em uma sociedade democrática, onde juntos temos força e poder para transformar. Basta ir à luta, ter ideais bem definidos, pois a revolução educacional deve começar em cada um de nós!
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