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quarta-feira, 9 de março de 2011

Jovens e o primeiro emprego

Não chega a ser novidade no Brasil afirmar que entrar no mercado de trabalho, principalmente para os jovens que buscam o primeiro emprego, não é uma tarefa fácil. Não se tem programas específicos voltados para essa finalidade e as iniciativas tomadas pelo governo nos últimos anos não deram certo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu primeiro mandato, lançou com pompas o programa “Primeiro Emprego”. Esqueceu-se que não deveria beneficiar apenas os jovens, mas também o empregador. Errou e o programa não deu certo.
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A realidade é que entrar no mercado de trabalho exige cada vez mais qualificação. As longas horas de estudo podem tanto ampliar o conhecimento quanto render um bom emprego no futuro, principalmente para os jovens que ainda não tiveram uma experiência profissional. Essa é uma realidade que o governo precisa olhar com mais vontade política para abrir as portas a milhares de jovens que buscam um lugar ao sol. Não é difícil fazer essa constatação. No Sine, diariamente formam-se filas de pessoas à procura de emprego. Porém, a falta de qualificação restringe o número de candidatos por cada cargo disponível. Isso pelo fato de que hoje em dia a experiência profissional não é requisito mínimo para eliminar concorrentes. O que pesa realmente é a capacitação.
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A contratação de jovens no mercado para o primeiro emprego não é novidade no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tanto que o ministro, Carlos Lupi, defende a manutenção de políticas de incentivo à contratação de jovens, já que na avaliação dele o primeiro emprego é o “maior desafio” do país na área do trabalho. Ocorre que as vagas naturalmente costumam ir para quem já tem alguma experiência. Mas como o jovem vai ter experiência sem oportunidade? É preciso romper esse ciclo vicioso e qualificar essa mão de obra.
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Em Mato Grosso, por exemplo, 40 mil pessoas foram capacitadas somente em 2010, em cursos oferecidos pelo Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O Cebrac, por exemplo, oferece cursos direcionados para quem, justamente, busca do primeiro emprego.
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O Senai trabalha com o programa de Aprendizagem Industrial, que foi criado para qualificar jovens aprendizes que buscam oportunidade no segmento. Em 2010, foram 1,5 mil alunos formados. No Senac, a capacitação profissional chegou para 34,782 mil pessoas por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG).
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Como se pode constatar, essas entidades cumprem o papel que lhes é destinado e oferecem capacitação. Resta então que o governo crie programas junto ao empresariado para que os jovens possam ter a oportunidade de trabalhar e garantir o próprio sustento. O MInistério do Trabalho já tem a receita, basta então que ela seja aplicada da forma correta e que, finalmente, nossa juventude possa ser mais valorizada no que se refere ao mercado de trabalho.
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FONTE: http://www.infojovem.org.br
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