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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Silício negro: o futuro da fotografia
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Rodolfo Bruno Braz
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As futuras máquinas digitais tirarão fotos em três dimensões; o famoso 3D. Mas antes disto acontecer, em 1999, na faculdade de Harvard, estudantes e orientador (Eric Mazur) descobriram no mais puro acaso o silício negro. O nome pode soar como uma coisa maléfica, que veio para acabar com os humanos. Que nada! O material é uma verdadeira revolução para a fotografia. E não é para menos. Um silício normal, usado na fabricação de chips e processadores tem uma sensibilidade muito grande à luz. O silício negro também, mas ele é de 100 a 500 vezes mais sensível que o comum.
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E não é apenas a fotografia que será reinventada daqui alguns anos. A descoberta do silício negro permitirá a engenheiros e tecnólogos criarem computadores menores, notebooks mais finos que o MacBook Air, detectores de poluição mais eficazes e outras substâncias químicas que modificam o ar que circula na Terra.
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A descoberta
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O silício negro foi descoberto por acaso. Lá estavam, em Harvard, o orientador Eric Mazur e seus estudantes. Em uma aula que envolvia o estudo de química, eles colocaram um chip de silício cinza numa câmara de vácuo e apontaram um laser de alta intensidade para o pequeno objeto.
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Com alguns gases para "incrementar" o experimento, eles apontaram o laser que disparou alguns pulsos - cada raio de laser disparado no silício cinza, dura menos de 100 milionésimos de um bilionésimo de um segundo. Cada um destes pulsos, para se ter idéia, concentra toda a luz do Sol emitida na Terra.
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O resultado do experimento surpreendeu a todos e principalmente à Harvard. Depois de 500 pulsos de laser no silício cinza, os alunos e orientador tiraram o objeto da câmara de vácuo e colocaram no microscópio. Pode-se ver milhares de pequenas agulhas em forma de uma espiga de milho.
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Nova e milionária tecnologia
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Logo após a decoberta, a Harvard tratou de patentear o silício negro juntamente com a empresa Si-Onyx. E esta nova tecnologia já dá o que falar. Segundo o jornal The New York Times, as duas empresas já arrecadaram (ate hoje) cerca de US$11 milhões. Esse dinheiro é para financiar os estudos e tentar levar o silício negro para computadores, notebooks, celulares e outros produtos tecnológicos.
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Caso o uso do silício negro venha a ser popularizar no mercado de tecnologia, espera-se que os produtos que usarem esta tecnologia - e quem não usar ficará de fora do mercado - fiquem menores, mais poderosos e também mais eficazes. As fotografias digitais já são excelentes; nem precisa citar a fotografia 3D. Imagine uma foto com este silício negro? Seria a era da fotografia em alta definição? Por que não?

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