Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas ligam o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. Você já imaginou a dificuldade para monitorar todas essas rodovias sob os mais variados aspectos? Quando se trata de exploração sexual infantil nas estradas brasileiras, a situação é ainda mais complicada e exige uma somatória de esforços por parte de autoridades públicas, empresas organizações não-governamentais e cidadãos comuns.
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A distância até a completa resolução do assunto parece longa de se percorrer, em um caminho bastante tortuoso. É uma via de mão dupla, que envolve tanto a conscientização por parte das famílias que moram em torno das estradas Brasil afora, quanto dos próprios motoristas que trafegam por elas, principalmente os caminhoneiros. Só para ter uma ideia, em outubro de 2010, a Polícia Rodoviária Federal identificou mais de 1,8 mil pontos de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, e 67,5% deles estão localizados em áreas urbanas.
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A distância até a completa resolução do assunto parece longa de se percorrer, em um caminho bastante tortuoso. É uma via de mão dupla, que envolve tanto a conscientização por parte das famílias que moram em torno das estradas Brasil afora, quanto dos próprios motoristas que trafegam por elas, principalmente os caminhoneiros. Só para ter uma ideia, em outubro de 2010, a Polícia Rodoviária Federal identificou mais de 1,8 mil pontos de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, e 67,5% deles estão localizados em áreas urbanas.
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Para ajudar a combater o problema, a organização Childhood Brasil criou, em 2006, o programa “Na mão certa”, que visa mobilizar governos, empresas e terceiro setor em torno de soluções efetivas contra o abuso de menores, cometidos nas rodovias. “Quando uma empresa adere ao programa, indicamos que seja escolhido um representante dela para ser nosso ponto de contato. Essa pessoa receberá orientações sobre a importância da causa e os instrumentos que o programa disponibiliza. Depois, a empresa elege outro porta-voz para receber informações mais técnicas, de modo a capacitar os motoristas de caminhão para se tornarem agentes de proteção”, detalha Rosana Junqueira, coordenadora do programa.
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Ela explica também que o “Na mão certa” oferece instrumentos de educação continuada, além de fornecer uma coleção de guias sobre direitos humanos, meio ambiente, saúde, entre outros temas, nos quais a situação da exploração é abordada transversalmente. A partir da disseminação do conteúdo, cada instituição signatária planeja suas ações para multiplicar esse conhecimento.
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Ela explica também que o “Na mão certa” oferece instrumentos de educação continuada, além de fornecer uma coleção de guias sobre direitos humanos, meio ambiente, saúde, entre outros temas, nos quais a situação da exploração é abordada transversalmente. A partir da disseminação do conteúdo, cada instituição signatária planeja suas ações para multiplicar esse conhecimento.
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Ponto de partida
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O “Na mão certa” teve início quando, a pedido da Childhood Brasil, o Núcleo de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) realizou uma pesquisa com 239 caminhoneiros para elaborar um perfil desse tipo de profissional. Na oportunidade, também foi avaliado como ele percebe e o quanto se envolve com a temática da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras.
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O levantamento demonstrou que os caminhoneiros têm, em média, 38 anos, e 15 anos de profissão, com remuneração entre mil e dois mil reais. Apenas quatro entre dez possuem veículo próprio. E oito entre dez cumprem rotas que cruzam estados, o que os levam a passar 20 dias de um mês na boleia de um veículo. A má qualidade das estradas e a violência são seus maiores riscos. No entanto, cerca de 40% dos entrevistados admitiram ter feito programas sexuais com crianças e adolescentes, a um custo médio de R$ 18.
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FONTE: Revista Impulso! Ano 13, n° 68, dezembro 2010.
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O “Na mão certa” teve início quando, a pedido da Childhood Brasil, o Núcleo de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) realizou uma pesquisa com 239 caminhoneiros para elaborar um perfil desse tipo de profissional. Na oportunidade, também foi avaliado como ele percebe e o quanto se envolve com a temática da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras.
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O levantamento demonstrou que os caminhoneiros têm, em média, 38 anos, e 15 anos de profissão, com remuneração entre mil e dois mil reais. Apenas quatro entre dez possuem veículo próprio. E oito entre dez cumprem rotas que cruzam estados, o que os levam a passar 20 dias de um mês na boleia de um veículo. A má qualidade das estradas e a violência são seus maiores riscos. No entanto, cerca de 40% dos entrevistados admitiram ter feito programas sexuais com crianças e adolescentes, a um custo médio de R$ 18.
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FONTE: Revista Impulso! Ano 13, n° 68, dezembro 2010.
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