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terça-feira, 24 de maio de 2011

A ordem é reciclar, o dever é não desperdiçar

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Marcus Eduardo de Oliveira (*)
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A cultura do desperdício e do descarte, não apenas de recursos, mas também de energia e produtos acabados, vem sofrendo um duro golpe em várias sociedades. O conceito diferenciado de se fazer uso parcimonioso das coisas relativas à natureza e dos produtos disponíveis no mercado de consumo vem ganhando cada vez mais novos adeptos na tentativa de reverter o quadro intenso de perdas e danos pelo uso indevido dos escassos recursos.
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A idéia de usar e não jogar fora, de reutilizar o que pode ser melhorado e de reciclar tudo aquilo que pode ser transformado em algo novo tem mudado paradigmas que estavam estabelecidos desde longa data. Não descartar após pouco uso e reciclar quase tudo o que for possível. Esses são preceitos que passam pela idéia de sustentabilidade. Essencialmente, essas são palavras de ordem num mundo que desejamos seja ao menos de equilíbrio e, de toda sorte, consciencioso para com a Mãe Terra. No que toca a não desperdiçar, a água e os alimentos são, de longe, os "campeões do desperdício”.
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Em se tratando de reciclagem, cabe indagar: o que devemos reciclar? A resposta é simples: tudo o que for possível. De componentes de materiais urbanos, a jornais, revistas e alguns tipos de papéis (apenas uma tonelada de papel reciclado mantém 20 árvores vivas). De embalagens comerciais (folha-de-flandes, tampinha de garrafa), a vidros (garrafas, copos, potes e cacos) a plásticos (canos, tubos, embalagens PET) passando por roupas e sapatos, pneus e até mesmo carros e aeronaves. Tudo isso é passível de reciclagem. Apenas nesse último exemplo, o da aviação, é interessante apontar que a Boeing, a Alenia Aeronáutica e a Airbus já trabalham a idéia de desmontar as aeronaves com eficiência reutilizando os mais diversificados materiais compostos de alto valor para a fabricação de aeronaves mais leves. A estimativa mais otimista desse setor é que até 2023 mais de 4000 aeronaves hoje em operação deixarão de voar. Desse "estoque”, 85% dos componentes poderão ser reaproveitados. Que assim seja!
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A idéia da reciclagem é a base da chamada economia de energia, em contraponto a economia de descarte que, pelo menos nas últimas sete décadas, "produziu” com produtos e recursos descartados a maior pilha de lixo da história da humanidade. Aguçando esse debate, num recente artigo intitulado "Mais Economia, Menos Recursos”, Lester Brown aponta para os ganhos do processo de reciclagem. Cabe aqui, nesse pormenor, retomarmos algumas partes de sua contextualização. Vejamos que, segundo Brown, "o aço feito de sucata consome apenas 26% de energia em relação ao feito com minério de ferro. Para o alumínio, esse número é de 4%. O plástico usa apenas 20%. E papel reciclado, 64%, com bem menos químicos durante o processo. Se as taxas mundiais de reciclagem desses recursos fossem equiparadas àquelas já adotadas pelas economias mais eficientes, as emissões de carbono cairiam rapidamente”.
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O ponto mais interessante ao se praticar e propagar o processo de reciclagem é que esse procedimento permeia por quase todos os setores produtivos, gerando considerável economia de insumos e energia. Atentemos para o seguinte: Um terço do consumo mundial de energia repousa sobre as atividades das indústrias do aço, plástico, cimento e papel. Na manufatura, a indústria petroquímica é a grande "devoradora” de energia em escala global. Sozinha, a indústria do alumínio, outra grande consumidora de energia, corresponde a quase 20% do uso de energia no setor industrial.
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Pois bem. Reciclar o aço, usado largamente nas indústrias automobilísticas, de aparelhos eletro-eletrônicos de uso doméstico e na construção civil nos parece ser uma das mais interessantes saídas. Apenas como exemplo, nos Estados Unidos praticamente todos os carros são recicláveis. Por lá não se concebe a idéia de deixar um carro usado apodrecer em ferro-velho. Para termos idéia da importância dessa reciclagem, de todo o volume de um carro quase 40% são compostos de peças metálicas e plástico de boa qualidade. Em alguns lugares, a reciclagem específica de carros tem feito diminuir até mesmo o índice de roubos e furtos. Buenos Aires, desde 2007, por exemplo, tem experimentado com empolgação essa idéia. As seguradoras argentinas cedem os carros sinistrados para o centro de reciclagem e recebem 40% do lucro obtido com a venda das peças. O índice de roubos de veículos despencou em 70% desde a abertura da primeira unidade de reciclagem de veículos.
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No Brasil, de toda a frota que sai de circulação a cada ano menos de 2% tem como novo endereço uma unidade de reciclagem. Afora os carros, os aparelhos domésticos também são boas opções para passarem pelo processo de reciclagem. Brown, na seqüência do artigo mencionado, pontua que "a taxa de reciclagem de aparelhos domésticos nos EUA chega a 90%”. Na Europa, esse índice é ainda melhor, se aproxima de 95%.
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(*) Economista brasileiro, especialista em Política Internacional. Articulista do site “O Economista”, do portal EcoDebate e da Agência Zwela de Notícias (Angola).
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FONTE: Centro de Estudos Politicos Econômicos e Culturais
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Ações de combate à violência nas escolas

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O Ministério Público da Paraíba, o Estado e o Município de João Pessoa vão desenvolver ações conjuntas para combater a violência nas escolas. A iniciativa foi tomada durante audiência realizada recentemente pela Promotoria da Educação, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, para discutir a segurança nas escolas da Capital, com a participação de representantes do Estado e da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
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A promotora da Educação, Fabiana Lobo, disse que será programada uma capacitação conjunta para debater a temática da segurança publica, envolvendo questões como bullying, violência nas escolas, alunos armados. Ela também destacou a necessidade de pequenas ações por parte das secretarias como o fardamento escolar. “À medida que disponibiliza fardamento para os alunos, pode-se exigir que os estudantes só entrem na escola fardado, impedindo que pessoas estranhas entrem”, explicou a promotora. Ela disse ainda que existe uma falta de orientação dos profissionais da educação quanto aos atos infracionais cometidos nas escolas. “É preciso que os atos infracionais sejam comunicados às autoridades competentes”, ressaltou.
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O procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle, disse que o Ministério Público vai contribuir buscando saídas e soluções para o problema. O promotor do Cidadão, Valberto Lira, propôs a criação de conselhos de segurança nas escolas com acompanhamento psicológico. Já o promotor Guilherme Câmara disse que as escolas devem reforçar a vigilância sobre os alunos que são maltratados, oferecendo ajuda psicológica, para evitar futuros comportamentos agressivos. A promotora Soraya Escorel defendeu o uso de sistema de câmeras nas escola e propôs a união de todos os órgãos para combater a problemática.
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Ações desenvolvidas

A secretária executiva da Educação do Estado, Márcia Lucena, informou que está sendo desenvolvido um plano de combate à violência nas escolas. Ela disse ainda que serão realizados fóruns envolvendo todos os profissionais de educação nas 12 regionais de Ensino e, a partir daí, serão implantadas ações dentro das escolas.
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A assessoria jurídica da Secretaria de Educação da Capital, Sâmia Carvalho, registrou que as escolas municipais que apresentam maior índice de violência terão segurança armada privada. Ela disse também que está sendo criada a comissão permanente de combate à violência e destacou que algumas temáticas, como o bullying, já vêm sendo tratadas nas escolas municipais. O major Sobreira informou sobre as ações da Polícia Militar através do Programa de Erradicação das Drogas e da Patrulha Escolar, que faz rondas diárias nas escolas com maior índice de infrações cometidas.
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FONTE: http://www.maispb.com.br
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Campanha do agasalho

Encontro de blogueiros e redes sociais

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Os encontros de blogueiros e redes sociais nos estados de Pernambuco e Paraíba serão realizados nesta semana. Em João Pessoa, o encontro acontece no dia 20 de maio, no auditório da PBTUR, localizado no bairro de Tambaú. Em Olinda, o encontro ocorre no dia 21, no auditório Ribeira do Centro de Convenções. As inscrições são gratuitas e mais informações podem ser obtidas através do hotsite: http://www.blogueiros.net.br
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A promoção dos eventos é do Centro de Estudos Barão de Itararé. A programação inclui debates, oficinas de blogs e de redes sociais, além de apresentação sobre assessoria jurídica para blogueiros.
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O jornalista Altamiro Borges participará do debate inicial nos dois estados que, em João
Pessoa, será realizado juntamente com o presidente da ANID, Percival Henriques e, em Pernambuco, com o jornalista Paulo Henrique Amorim. Na Paraíba, alguns convidados especiais já confirmaram presença, como os advogados Alexandre Guedes e Harrison Targino além do governador Ricardo Coutinho. Nos dois estados, será seguida a mesma programação:
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09h – Abertura
10h – Debate
12h – Almoço (livre)
13h30 – Oficina de blogs
15h30 – Assessoria jurídica para blogueiros
16h30 – Oficina de redes sociais
17h30 – Encerramento
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Liberdade de imprensa x liberdade de empresa

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Tamyris Torres
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Não é de hoje que ouvimos falar sobre a grande imprensa administrando o que é notícia ou não e o jornalismo submetendo-se aos caprichos dos interesses de empresas e do governo. Ouvimos dizer sobre os “fatos comprados”, a divulgação de notícias criadas com objetivo de favorecer os interesses de quem pode prejudicar os grandes veículos ou das informações estrategicamente noticiadas com o propósito de favorecer os interesses da grande imprensa. Teria o jornalismo deixado seu caráter social, que, à serviço da comunidade, busca os valores éticos de informar e contribuir com o conteúdo importante à cidadania?
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Com a criação das novas tecnologias da informação e mesmo antes com a manipulação da sociedade de massa em grandes veículos, o jornalismo passou a ser relações públicas, onde cuidar da imagem do cliente seria mais importante que cumprir a sua tarefa ideológica de valor social. Acredito que alguns fatores contribuíram para esta deturpação e dois deles chamados entretenimento e interatividade acabaram por se misturar com jornalismo, o tornando como coadjuvante, fazendo com que a profissão fosse levada a um nível de consumo secundário, sem muita importância.
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Digo isso pois o jornalismo se tornou entretenimento, as pessoas não lêem mais as notícias acreditando que todas as palavras ali citadas estão isentas de valor pessoal e de interesses não muito bem identificados, mas ainda sim um interesse por trás daquela notícia. Seria mais um passa-tempo do que fonte de informação fidedigna compromissada com a realidade dos fatos. Além da interatividade, que com a sua fugacidade de novas notícias, transforma em frações de segundos a outra em obsoleta. Se antes o jornal de ontem era para embrulhar peixe, hoje a notícia de cinco minutos só é achada nos mecanismos de busca orgânica.
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A velocidade da informação contribui para o esquecimento rápido de uma determinada notícia, contribuindo para a amnésia dos leitores, que muitas vezes são manipulados a esquecer rápido aquilo que leram. Hoje, eles têm tantas informações a sua frente que nem sabem administrar, dando importância muitas vezes aos seus interesses pessoais, sem pensar muito na coletividade e nos fatos importantes para a sociedade. Assim vai individualizando-se cada vez mais.
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A produção de notícias em larga escala tem seus interesses econômicos intrínsecos. E os jornalistas que compõem as grandes redações acabam tendo de lidar com o que a empresa onde ele trabalha deseja veicular. O jornalista não tem liberdade de imprensa ao trabalhar em empresas que visam criar eventos com o objetivo de virar notícia. A notícia existe por si, porém criar uma que contribua para os interesses da corporação é mais rentável e sem muitas preocupações, pois aquilo que te denuncia nunca será impresso em um veículo seu, nem mesmo quando o jornalista apura, descobre e quer publicar. E caso ele resolva cumprir seu dever ético, cabeças rolam, pois a liberdade da empresa é mais importante que a liberdade da imprensa. E o que é o jornalista sem a imprensa?
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As grandes corporações detêm o poder da imprensa. O jornalismo está nas mãos das empresas de comunicação descompromissadas com o conteúdo jornalístico idôneo. O que é ainda mais preocupante do que isso é que nada o que eu escrevi aqui é novidade para ninguém, a sociedade está cansada de ler denúncias como estas, contudo, continuam comprando e consumindo esse tipo de informação. Além disto, os jornalistas permanecem trabalhando e contribuindo para a manutenção desse tipo imprensa. A assessoria de imprensa deixou de ser uma ferramenta de comunicação para se tornar um veículo mister e forte na produção de conteúdo de massa, sem deixar espaço para o fazer jornalístico de conteúdo mais elevado, socialmente responsável e adequado as características da profissão.
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FONTE: http://www.pontomarketing.com
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Cineport 2011 começa em agosto

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O 5° CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa será realizado na cidade de João Pessoa-PB, de 26/08/2011 a 04/09/2011. O Festival é uma realização da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e tem como objetivos: integrar o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa e promover os filmes realizados em português e dialetos falados nas nações africanas que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, bem como reunir personalidades ligadas ao audiovisual desses países, estimulando o intercâmbio cultural, promovendo encontros, seminários, painéis, debates, conferências, mostras, lançamentos de publicações, DVDs, filmes e vídeos.
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Integram o Festival mostras competitivas de longa e curta metragens em diversas categorias, mostra homenagens a personalidades do cinema do Brasil, Portugal e África e mostra infantil. O Festival irá conceder cinco tipos de troféus: Andorinha Longa Metragem, Andorinha Curta Metragem, Andorinha Técnica, Andorinha Criança e Humberto Mauro. O Festival promoverá também o Prêmio Energisa Estímulo ao Audiovisual Paraibano voltado exclusivamente para filmes produzidos e realizados no estado da Paraíba por equipes paraibanas e diretores residentes no Estado.
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O CINEPORT teve sua primeira edição realizada no Brasil, entre os dias 01 e 12 de junho de 2005, na cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais. Em 2006, o 2o CINEPORT realizou-se na cidade de Lagos, no Algarve, região sul de Portugal, entre os dias 01 e 11 de junho com a parceria fundamental da Câmara de Lagos.
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Em 2007 o 3° CINEPORT foi realizado entre os dias 4 de maio a 13 de maio na cidade brasileira de João Pessoa, no Estado da Paraíba — em função de um convênio assinado entre a Fundação Ormeo Junqueira Botellho, entidade promotora do CINEPORT, a Fundação Cultural de João Pessoa – Funjope e o Governo da Paraíba. Com isso, a partir desta edição, o Festival CINEPORT passou a ser realizado bienalmente na cidade de João Pessoa.
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Em 2008, alternando com a realização do Festival CINEPORT, a Fundação Ormeo Junqueira Botellho lançou o Festival Ver e Fazer Filmes – Edição CINEPORT, voltado para formação e produção e que é realizado na cidade de Cataguases – Minas Gerais. Sua primeira edição aconteceu entre os dias 3 e 13 de dezembro. O 4°CINEPORT foi novamente realizado em João Pessoa na Paraíba entre os dias 1 e 10 de maio de 2009. O festival repetiu o grande sucesso das edições anteriores e entrou definitivamente para o calendário cultural do Estado.
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Em 2010, foi realizada a segunda edição do Festival Ver e Fazer Filmes – Edição CINEPORT com a participação de coletivos de produção de Cabo Verde, Portugal, Moçambique e Angola e as Universidades brasileiras PUC Minas e UFBA. Entre os dias 26 de agosto a 4 de setembro de 2011, o CINEPORT estará de volta a cidade de João Pessoa para a realização de sua 5° edição. Contamos com a presença de todos para realizar mais uma empolgante edição do evento! Saiba mais acesse:www.festivalcineport.com
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FONTE: http://gigabrowgrafite.blogspot.com
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terça-feira, 17 de maio de 2011

Telefonia fixa é vital para deslanchar o PNBL

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Pedro Caribé
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O falso status de velharia foi perpetuado à telefonia fixa com a possibilidade de realizar diálogos em voz, em tempo real, pela Internet e a expansão da telefonia móvel, aperfeiçoada pelo desenvolvimento de tecnologias como o 3G e os smart phones. O Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC) pode até ter dividido o protagonismo nos últimos 15 anos no Brasil, porém se tornou vital para colocar em prática a "vedete" do nosso Ministério das Comunicações, o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
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O STFC é o único serviço classificado como público na Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Na teoria, por ter esse status, determina ao Estado capacidade em regulá-lo, contendo três fatores particulares: 1) Todo brasileiro deve ter acesso, ou seja, ele deve ser universalizado; 2) A infraestrutura é passível de tarifação e deve ser devolvida por completo a União quando terminam os contratos de concessão em 2025; 3) A comercialização do serviço abastece o Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST), que atingiu soma mais de R$ 9 bilhões acumulados.
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Ao longos dos anos as operadoras são obrigadas a seguir o Plano Geral de Metas e Universalização (PGMU), iniciado em 1998 e que atualmente está na negociação da sua terceira edição. O PGMU traçou diretrizes para as empresas expandirem acesso e de fato isso ocorreu, saltando da densidade de portadores de telefones fixos de 12 para 22, a cada 100 habitantes em todo o Brasil. Ainda assim é aquém do esperado pelo Plano, principalmente por cobrar tarifas relativamente caras para algo que pretende ser universal. Somente a assinatura básica obrigatória custa na faixa de R$ 40 e representa 25% dos lucros obtidos as operadoras. Já o telefone social, não ultrapassa 400 mil assinantes.
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O acesso ao STFC se concentra nos centros urbanos do sul-sudeste e foram nesses locais que os lucros obtidos financiaram a infraestrutura do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), a principal categoria no provimento a internet no Brasil com cerca de 15 milhões de acessos, sendo 65% dela ADSL, que é a tecnologia da telefonia fixa. Para que a infraestrutura do SCM não ser passível dos mesmos mecanismos de regulação do STFC, as operadoras conseguiram fazer com que parte da rede de troncos, os backhauls, fossem classificados como privados. O martelo desta questão foi batido após longa batalha no PGMU III, no qual o governo perdeu um dos pilares que norteavam o PNBL, que era regras mais claras para compartilhar e tarifar o backhaul e, para completar, as teles não precisarão devolver esse patrimônio construído com dinheiro público.
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A grande vantagem da telefonia fixa em relação ao serviço de banda larga móvel 3G - que já passou a marca de 20 milhões de consumidores - é a capacidade de transportar maior quantidade de dados, o que torna superior a velocidade da conexão e potencial para utilizar as ferramentas da web. A parte final da infraestrutura que chega até o lar do consumidor é denominada de última milha e é fundamental para qualidade da conexão.
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O STFC costuma utilizar fios de cobres na
maior parte do cabeamento disponível. A transformação em rede de fibras óticas é cara, tornando sua implementação pouco viável num país com dimensões territoriais como o Brasil em curto prazo. A Linha Digital Assimétrica para Assinante (ADSL) é a tecnologia responsável por otimizar a conexão na última milha da telefonia fixa, criando a possibilidade de realizar de forma simultânea conversa por telefone e troca de dados.
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FONTE: http://www.direitoacomunicacao.org.br
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Comunidadismo

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Hernani Dimantas(*)
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Comunidade. Repetição do mundo real, mas num ambiente controlado e criado pelo homem, feito a sua imagem, seu espelho. Criamos um novo bom senso coletivo para lidar com situações mais adversas, e deixamos correr solta a volúpia do ser humano. Uma comunidade é formada por gente. Seres humanos com os mesmos deveres e direitos, mas com participações diferentes. Uns pertencem à comunidade para ouvir, aprender, ou apenas para se valer das informações geradas. Outros, participam conversando, ensinando numa dinâmica atemporal. Poucos preferem exibir seus dotes, seus dilemas e suas idéias ou ir mais fundo escrevendo artigos e opinando para o desenvolvimento desta comunidade.
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Este é um conceito diferente de como fazer a sua comunidade, ou seus consumidores, participarem da condução e gerenciamento do teu site. Sempre acreditamos nesta possibilidade, e temos experimentos reais. But time is money, e dinheiro não corrobora com o ideal de comunidade digital. Sob pressão financeira abrimos o bico para favorecer uns em detrimento de outros. Esta é a verdadeira virtualidade? Fico indignado: a comunidade deixa de ter a função de comunidade, e seus líderes passam a desempenhar um papel quase tirânico, comandando com mão de ferro quem será privilegiado, e quem será desprezado. Com um discurso frívolo e monolítico. Se a comunidade está concentrada em conversações, onde está a coerência dessa pregação revolucionária? Qual o nome deste cárcere de idéias?
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Ahhhh... uma risada ao fundo. Risos abafados pelo silêncio profano. Cheiro de éter e formol. A morte virtual ronda pela comunidade. Quem cala consente. E quem fala apoia. Gritamos pela liberdade. Embora muitos preferem deitar a cabeça no travesseiro e se calar, mas nós preferimos ser verdadeiros, transparentes e felizes. Estamos falando de tendências. A esquizofrenia é uma realidade digital. Por trás da desilusão cultural, não vemos o mundo, e sim uma representação metafísica do que pensamos ser o mundo. Esqueçam os negócios. Esqueçam o dinheiro. E pensem na tuas vidas infelizes. A trajetória abafada pelo medo da verdade. O silencio não me toca a alma. Posso tocar no fundo do teu coração com palavras fúteis. Fazer você acreditar que estou interessado pelo potencial do teu Business Plan.
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Mas não estou... Não penso só em negócios. Penso na minha
vida, nos meus livros, meus filhos, minha história. Acredito numa humanidade melhor, no ócio regenerativo para todos, na democracia, na anarquia, em final de jogo na porta do estádio. Estou falando sério, não é uma loucura psicossomática. São idéias de final de verão, virando mais uma página montada com carinho e amor. Estamos trabalhando para criar um novo mundo. Uma Internet falada em neoportuguês. Som de atabaques, batuques de axé e a segurança nunca presente nos bailes funks. Mas tudo isto se torna irrelevante, se a busca coletiva, a unidade comunitária, preferir espelhar mazelas da sociedade tradicional.
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Na Internet podemos conversar, falar com um número de pessoas que jamais sonhamos. Esta é a grande promessa da era digital. E com todo este inter relacionamento estamos vivendo em comunidades muito diferentes do que estávamos acostumados. Tudo é muito novo para supor o que vai acontecer. Mas podemos prestar atenção na maneira que já fomos absorvidos pela digitalidade social. Não pense muito, aja duas vezes antes de perceber que o mundo rodopia, a lusitana roda, e muita gente está parada esperando a mudança passar.
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É por isso que sou hacker, Marketing Hacker. Vejo os mercados aflorarem, conversando e rindo. Ahhh, ehhhehe... uma risada ao fundo. Aumente o som. Power no amplificador mental. Estamos rindo da cara dos incautos, dos perdidos, dos solitários corações, que pensam que dominam o sistema, que conhecem tudo. "Deuses, todos deuses". Estamos rindo da tua empresa tentando vender salgadinhos pela rede, dos teus portais clonados, da contra tendência que supera o silêncio. E vamos continuar a fazer o nosso trabalho. Estamos conectados, nos linkando, abrindo a nossa boca, e crescendo. Todos estão de saco cheio destas tolices sempre iguais, deste mundinho restrito de certos negócios. Estamos fora!
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(*) Pintor, poeta, pirata e pesquisador.
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FONTE:
http://www.novae.inf.br
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Diga não a exploração sexual!

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Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas ligam o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. Você já imaginou a dificuldade para monitorar todas essas rodovias sob os mais variados aspectos? Quando se trata de exploração sexual infantil nas estradas brasileiras, a situação é ainda mais complicada e exige uma somatória de esforços por parte de autoridades públicas, empresas organizações não-governamentais e cidadãos comuns.
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A distância até a completa resolução do assunto parece longa de se percorrer, em um caminho bastante tortuoso. É uma via de mão dupla, que envolve tanto a conscientização por parte das famílias que moram em torno das estradas Brasil afora, quanto dos próprios motoristas que trafegam por elas, principalmente os caminhoneiros. Só para ter uma ideia, em outubro de 2010, a Polícia Rodoviária Federal identificou mais de 1,8 mil pontos de risco de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, e 67,5% deles estão localizados em áreas urbanas.
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Para ajudar a combater o problema, a organização Childhood Brasil criou, em 2006, o programa “Na mão certa”, que visa mobilizar governos, empresas e terceiro setor em torno de soluções efetivas contra o abuso de menores, cometidos nas rodovias. “Quando uma empresa adere ao programa, indicamos que seja escolhido um representante dela para ser nosso ponto de contato. Essa pessoa receberá orientações sobre a importância da causa e os instrumentos que o programa disponibiliza. Depois, a empresa elege outro porta-voz para receber informações mais técnicas, de modo a capacitar os motoristas de caminhão para se tornarem agentes de proteção”, detalha Rosana Junqueira, coordenadora do programa.
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Ela explica também que o “Na mão certa” oferece instrumentos de educação continuada, além de fornecer uma coleção de guias sobre direitos humanos, meio ambiente, saúde, entre outros temas, nos quais a situação da exploração é abordada transversalmente. A partir da disseminação do conteúdo, cada instituição signatária planeja suas ações para multiplicar esse conhecimento.
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Ponto de partida
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O “Na mão certa” teve início quando, a pedido da Childhood Brasil, o Núcleo de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) realizou uma pesquisa com 239 caminhoneiros para elaborar um perfil desse tipo de profissional. Na oportunidade, também foi avaliado como ele percebe e o quanto se envolve com a temática da exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras.
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O levantamento demonstrou que os caminhoneiros têm, em média, 38 anos, e 15 anos de profissão, com remuneração entre mil e dois mil reais. Apenas quatro entre dez possuem veículo próprio. E oito entre dez cumprem rotas que cruzam estados, o que os levam a passar 20 dias de um mês na boleia de um veículo. A má qualidade das estradas e a violência são seus maiores riscos. No entanto, cerca de 40% dos entrevistados admitiram ter feito programas sexuais com crianças e adolescentes, a um custo médio de R$ 18.
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FONTE: Revista Impulso! Ano 13, n° 68, dezembro 2010.
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