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A pintura da brasileira Beatriz Milhazes faz a cabeça da América: ela tornou-se, nos últimos tempos, a preferida dos colecionadores de arte. O colorido explosivo de suas telas às vezes é identificado com as cores vibrantes do Brasil. Ela se movimenta no limite do decorativo com atitudes libertárias e se impõe no mercado, resistindo às várias vertentes abstratas. As pinceladas singulares, com gestos precisos, nascem a partir de elementos figurativos. Formalista para alguns e romântica para outros, ela compõe “arabescos” apoiados por várias superfícies de cores vivas e justapostas. Beatriz hierarquiza a figura e a submete a ritmos distintos, espontâneos e livres. Talvez seja a chave do sucesso da artista, hoje disputada pelos colecionadores de vários países. A lógica do realismo exige que se entenda o processo estético do ponto de vista da matéria e Beatriz a domina globalmente.
Crítica social, humor e grafismo eletrônico movem o trabalho de Martin Sastre, o jovem uruguaio, autor de obras pontuais que adensam o repertório de estratégias capazes de ajudar a compreender o momento social e político da América. Sastre alavancou sua trajetória depois de participar da II Bienal do Mercosul, onde realizou a primeira obra sobre o atentado de 11 de setembro a ser exibida numa exposição de grande porte. Fundiu cenas do filme E O Vento Levou com imagens das Torres Gêmeas transmitidas pela TV no momento do acidente. Sastre usa uma linguagem internacional para chegar a uma problemática local, e utilizando humor e versatilidade no registro dos acontecimentos metaforiza o que é real e discute tanto o papel como a identidade do artista contemporâneo.
O professor da Universidade de Brasília e também Coordenador do Laboratório de Políticas de Comunicação (Lapcom), Murilo César Ramos, também refletiu sobre esta questão do modelo da mídia brasileira, ao qual deve estar subordinado todo o debate sobre a EBC. Ramos lembra que os Estado Unidos já passa por uma crise muito grande no modelo de televisão generalista. Como o Brasil herdou o modelo americano de comunicação, centrado em um sistema predominantemente comercial, é capaz que esta crise também aqui chegue. “Há uma tendência de segmentação e daí você começa a ver o fim desse modelo generalista. Pode-se dizer que a Band, por exemplo, já é quase uma tevê segmentada”, comenta Ramos.
Novas políticas e marco regulatório
Os excessos juvenis, tomados como impulso da desordem urbana, colocaram em movimento esforços de disciplinarização. Associadas aos comportamentos disfuncionais, as pulsões da juventude tornaram-se foco da assepsia social que queria o controle e a correção dos vícios, e nesse percurso as ciências reforçaram ao longo dos anos a percepção de que boa parte das mazelas sociais poderia ser creditada na conta da juventude e de seus anseios de diferenciação. Firmou-se no imaginário social a associação entre a juventude e as grandes questões de cada tempo: no século XXI, quando grassam as preocupações com o individualismo exacerbado e a criminalidade crescente, o jovem emerge como individualista e responsável, em grande parte, pela criminalidade urbana.
Começam a despontar algumas críticas à hegemonia do modelo do sujeito marcado pelo individualismo. Questionando a natureza totalizante dessa representação, Amorim (2002) argumenta que o individualismo equivale ao mito no mundo clássico, pois orienta e organiza percepções de mundo, numa denúncia de que ele faz circular representações sociais que contribuem para produzir o que anuncia. Mais radical é Duarte (1983), para quem o individualismo poderia ser considerado a religião do mundo contemporâneo.
Às vezes esquecemos que a agências não são somente fornecedoras de matéria bruta, de notas breves. Elas criam temas completos, revistas. Assim, enquanto o 62º Congresso Mundial dos jornais levantava a questão do futuro da imprensa, um grande jornal indiano publicava um artigo e uma foto da AFP sobre... a reinserção de prisioneiros romenos por meio do teatro.
E o que dizer dos custos de cobertura de longos conflitos, que precisam do rodízio de inúmeros jornalistas em campo, operando em condições difíceis, extenuantes, perigosas? E dos custos da segurança necessária a nossos escritórios de Bagdá ou Cabul? Ou dos custos das equipes com mais de cem pessoas enviadas para grandes eventos esportivos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo?
Como tentativa de reativar a cena eletrônica na capital paraibana – fornecendo ao público uma opção de entretenimento relacionada à cultura urbana, pós-moderna e alternativa – o núcleo Groovetronik e a Fetz Produções uniram forças para promover a festa “ReactiON”. O evento acontece nesta sexta-feira (05/02), a partir das 23h, na boate Intoca, localizada no Centro Histórico de João Pessoa - em frente ao Hotel Globo.
Núcleo de DJs paraibanos