Jornalismo para gerar capital social nas comunidades
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Carlos Castilho
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O jornalismo, como o conhecemos hoje em dia, está agonizante não porque seus valores e rotinas tenham se esgotado, mas porque a realidade onde ele se insere mudou. A teoria do jornalismo atual foi concebida num contexto em que a indústria da comunicação, da qual faz parte a indústria dos jornais, era quem ditava as normas no relacionamento entre emissores e receptores de notícias, um tipo particular de informação.
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A norma estava baseada no princípio de que as notícias eram um produto que precisava ser processado numa linha de produção e comercializado para gerar lucros capazes de manter a atividade industrial das empresas de comunicação. Mas a avalancha informativa provocada pela internet mudou este esquema. A notícia tornou-se um elemento essencial na formação do capital social nas comunidades, uma função mais relevante que a mero produto mercantil, destinado a garantir a sobrevivência de corporações da mídia.
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Carlos Castilho
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O jornalismo, como o conhecemos hoje em dia, está agonizante não porque seus valores e rotinas tenham se esgotado, mas porque a realidade onde ele se insere mudou. A teoria do jornalismo atual foi concebida num contexto em que a indústria da comunicação, da qual faz parte a indústria dos jornais, era quem ditava as normas no relacionamento entre emissores e receptores de notícias, um tipo particular de informação.
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A norma estava baseada no princípio de que as notícias eram um produto que precisava ser processado numa linha de produção e comercializado para gerar lucros capazes de manter a atividade industrial das empresas de comunicação. Mas a avalancha informativa provocada pela internet mudou este esquema. A notícia tornou-se um elemento essencial na formação do capital social nas comunidades, uma função mais relevante que a mero produto mercantil, destinado a garantir a sobrevivência de corporações da mídia.
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A geração de capital social em comunidades é um pressuposto para o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis, a meta futura vista como a mais viável para a sociedade atual garantir sua sobrevivência futura. Valores jornalísticos como urgência, ineditismo e exclusividade tendem a perder importância porque estão associados a interesses e estratégias corporativas. Em compensação a veracidade, contextualização, interatividade e diversidadetornam-se simplesmente essenciais à manutenção da base de confiança que dá aos cidadãos condições de viver em comunidades.
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Estes são alguns dos elementos básicos para uma reflexão sobre o novo papel do jornalismo num contexto no qual a preocupação social começa a ser reconhecida como relevante não por militantes políticos ou ativistas ambientais, mas por pensadores que procuram entender para onde as novas tecnologias da informação e da comunicação estão nos levando.
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O jornalismo é uma das atividades mais afetadas pelas transformações geradas pelas novas tecnologias da informação e comunicação. E tudo indica que ele vai continuar sob o impacto de mudanças que tendem a afastá-lo cada vez mais do contexto mercantil. Para uns é um sonho, para outros um pesadelo.
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