Marcus Eduardo de Oliveira (*)
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A cultura do desperdício e do descarte, não apenas de recursos, mas também de energia e produtos acabados, vem sofrendo um duro golpe em várias sociedades. O conceito diferenciado de se fazer uso parcimonioso das coisas relativas à natureza e dos produtos disponíveis no mercado de consumo vem ganhando cada vez mais novos adeptos na tentativa de reverter o quadro intenso de perdas e danos pelo uso indevido dos escassos recursos.
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A idéia de usar e não jogar fora, de reutilizar o que pode ser melhorado e de reciclar tudo aquilo que pode ser transformado em algo novo tem mudado paradigmas que estavam estabelecidos desde longa data. Não descartar após pouco uso e reciclar quase tudo o que for possível. Esses são preceitos que passam pela idéia de sustentabilidade. Essencialmente, essas são palavras de ordem num mundo que desejamos seja ao menos de equilíbrio e, de toda sorte, consciencioso para com a Mãe Terra. No que toca a não desperdiçar, a água e os alimentos são, de longe, os "campeões do desperdício”.
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A cultura do desperdício e do descarte, não apenas de recursos, mas também de energia e produtos acabados, vem sofrendo um duro golpe em várias sociedades. O conceito diferenciado de se fazer uso parcimonioso das coisas relativas à natureza e dos produtos disponíveis no mercado de consumo vem ganhando cada vez mais novos adeptos na tentativa de reverter o quadro intenso de perdas e danos pelo uso indevido dos escassos recursos.
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A idéia de usar e não jogar fora, de reutilizar o que pode ser melhorado e de reciclar tudo aquilo que pode ser transformado em algo novo tem mudado paradigmas que estavam estabelecidos desde longa data. Não descartar após pouco uso e reciclar quase tudo o que for possível. Esses são preceitos que passam pela idéia de sustentabilidade. Essencialmente, essas são palavras de ordem num mundo que desejamos seja ao menos de equilíbrio e, de toda sorte, consciencioso para com a Mãe Terra. No que toca a não desperdiçar, a água e os alimentos são, de longe, os "campeões do desperdício”.
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A idéia da reciclagem é a base da chamada economia de energia, em contraponto a economia de descarte que, pelo menos nas últimas sete décadas, "produziu” com produtos e recursos descartados a maior pilha de lixo da história da humanidade. Aguçando esse debate, num recente artigo intitulado "Mais Economia, Menos Recursos”, Lester Brown aponta para os ganhos do processo de reciclagem. Cabe aqui, nesse pormenor, retomarmos algumas partes de sua contextualização. Vejamos que, segundo Brown, "o aço feito de sucata consome apenas 26% de energia em relação ao feito com minério de ferro. Para o alumínio, esse número é de 4%. O plástico usa apenas 20%. E papel reciclado, 64%, com bem menos químicos durante o processo. Se as taxas mundiais de reciclagem desses recursos fossem equiparadas àquelas já adotadas pelas economias mais eficientes, as emissões de carbono cairiam rapidamente”.
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Pois bem. Reciclar o aço, usado largamente nas indústrias automobilísticas, de aparelhos eletro-eletrônicos de uso doméstico e na construção civil nos parece ser uma das mais interessantes saídas. Apenas como exemplo, nos Estados Unidos praticamente todos os carros são recicláveis. Por lá não se concebe a idéia de deixar um carro usado apodrecer em ferro-velho. Para termos idéia da importância dessa reciclagem, de todo o volume de um carro quase 40% são compostos de peças metálicas e plástico de boa qualidade. Em alguns lugares, a reciclagem específica de carros tem feito diminuir até mesmo o índice de roubos e furtos. Buenos Aires, desde 2007, por exemplo, tem experimentado com empolgação essa idéia. As seguradoras argentinas cedem os carros sinistrados para o centro de reciclagem e recebem 40% do lucro obtido com a venda das peças. O índice de roubos de veículos despencou em 70% desde a abertura da primeira unidade de reciclagem de veículos.
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No Brasil, de toda a frota que sai de circulação a cada ano menos de 2% tem como novo endereço uma unidade de reciclagem. Afora os carros, os aparelhos domésticos também são boas opções para passarem pelo processo de reciclagem. Brown, na seqüência do artigo mencionado, pontua que "a taxa de reciclagem de aparelhos domésticos nos EUA chega a 90%”. Na Europa, esse índice é ainda melhor, se aproxima de 95%.
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(*) Economista brasileiro, especialista em Política Internacional. Articulista do site “O Economista”, do portal EcoDebate e da Agência Zwela de Notícias (Angola).
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FONTE: Centro de Estudos Politicos Econômicos e Culturais
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