A linguagem do rádio dentro da web
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Raquel Porto Alegre
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A construção do texto radiofônico exige, além de certa dose de correção gramatical, adequação técnico-lingüística concernente à estrutura do veículo rádio. Trata-se de um texto peculiar, se comparado ao dos outros meios de comunicação. No jornalismo impresso, o leitor, com o texto em mãos, pode ler rápida ou lentamente, superficial ou detidamente, e pode, até mesmo, analisar a interação texto-fotografia. Na televisão, o telespectador, perante a fusão de imagem e som, vê facilitada a decodificação da mensagem noticiosa. O rádio, por sua vez, torna-se o meio mais fugido de alguma expressão da linguagem. O texto radiofônico tem uma única chance de ser ouvido.
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O rádio apoia-se somente no áudio para transmitir suas informações. Contudo, antes de ele apoiar-se na audição e na oralidade, conta com um texto redigido previamente. Existe, então, uma relação entre o texto escrito e o texto falado. Isso ocorre porque o texto do rádio é escritor para ser falado e para ser ouvido. Como fazer, então, para que um texto, preso à norma culta, seja falado e não lido (uma vez que o rádio exige espontaneidade e não se fala como se escreve e vice-versa)?
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Raquel Porto Alegre
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A construção do texto radiofônico exige, além de certa dose de correção gramatical, adequação técnico-lingüística concernente à estrutura do veículo rádio. Trata-se de um texto peculiar, se comparado ao dos outros meios de comunicação. No jornalismo impresso, o leitor, com o texto em mãos, pode ler rápida ou lentamente, superficial ou detidamente, e pode, até mesmo, analisar a interação texto-fotografia. Na televisão, o telespectador, perante a fusão de imagem e som, vê facilitada a decodificação da mensagem noticiosa. O rádio, por sua vez, torna-se o meio mais fugido de alguma expressão da linguagem. O texto radiofônico tem uma única chance de ser ouvido.
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O rádio apoia-se somente no áudio para transmitir suas informações. Contudo, antes de ele apoiar-se na audição e na oralidade, conta com um texto redigido previamente. Existe, então, uma relação entre o texto escrito e o texto falado. Isso ocorre porque o texto do rádio é escritor para ser falado e para ser ouvido. Como fazer, então, para que um texto, preso à norma culta, seja falado e não lido (uma vez que o rádio exige espontaneidade e não se fala como se escreve e vice-versa)?
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A voz humana dá conta de conduzir as mensagens e, no uso da voz, a articulação deve complementar a clareza: o volume e sua intensidade, devem ser observados, por exemplo. Já a linguagem do comunicador, seja qual for o estilo, deve atentar para uma formação adequada do texto radiofônico. Para a produção adequada desse texto, considera-se, conforme alguns autores, que ele pode tender a uma normatividade técnica (atendendo a especificidade do veículo), a uma normatividade gramatical (atendo-se ao uso da linguagem correta como a que se escreve) e a uma normatividade lingüística (indo ao encontro da espontaneidade da linguagem falada). No entanto essas três normas coexistem e formam o texto radiofônico.
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É exatamente assim que funciona o hipertexto para o rádio. Ele complementa a notícia que foi veiculada (seja via satélite ou via modem) por áudio. Com um simples clique do mouse, o ouvinte-internauta pode obter informações complementares e mais profundas sobre determinada notícia que o interesse. É basicamente o hipertexto que complementa a linguagem radiofônica na internet. Isso sem falar na tecnologia utilizada para a disponibilização do áudio via modem. Esse seria um capítulo a parte que trataria somente das tecnologias que vem sendo utilizadas.
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