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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Rádio digital: como ficam as comunitárias?
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André Gardini
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Uma questão importante na discussão sobre a mudança para o padrão digital no sistema de radiodifusão do Brasil é a situação das emissoras comunitárias e, em geral, das pequenas. Se as coisas continuarem caminhando como estão, dificilmente as rádios comunitárias e as não comerciais, poderão se integrar à nova ordem tecnológica.
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Dois padrões podem ser escolhidos de acordo com os testes realizados: o norte-americano - In-Band On-Chanel (IBOC) - e o europeu - Digital Radio Mondiale (DRM). A Anatel, responsável pela autorização dos testes, afirma que os sistemas não concorrem entre si, apenas definirão qual modelo se aplica ao tipo de transmissão utilizada (ondas curtas ouondas médias).
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Magda Cunha, da PUC-RS, destaca que a escolha está vinculada ao histórico de exploração do sistema de radiodifusão no Brasil. Segundo afirma, não é preciso fazer novas licitações ou outorgas, pois não há modificações no espectro. "O modelo IBOC mantém o status atual das emissoras, além de preservar a base de ouvintes associada àquele dial", afirma.
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Álvaro Americano explica que é preciso ficar atento às oportunidades que surgirão com as novas tecnologias. Apesar de todas as dificuldade sencontradas pelo rádio para sobreviver, é através dele que acontece a grande frente de batalha pela democratização dos meios decomunicação no Brasil. Para ele, é através das rádios livres ecomunitárias, e não das comerciais, que uma pessoa ou uma comunidade pode utilizar um veículo de comunicação para se expressar livremente.
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Para a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) o padrão preferido é o IBOC. Segundo afirma Daniel Pimentel Slaviero, presidente da Abert e diretor do Grupo Paranaense de Comunicação (GPP), o padrão norte-americano é o preferido das emissoras porque é compatível com o analógico. "O importante é não perder o horizonte de que no mundo em que vivemos, fortemente influenciado pelos meios de comunicação, a democratização desses meios é uma das condições para a verdadeira democratização da sociedade", finaliza Americano.

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