Rede de cinema popular se inspira na pirataria
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Bruna Escaleira
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O objetivo é bem definido: difundir o cinema popular nacional. A estratégia é simples: minimizar o custo da produção de DVDs e sua divulgação por meio de alternativas criativas. Dessa maneira, a Brazucah vem se estabelecendo como modelo sustentável de rede estimuladora da produção audiovisual brasileira. Presente no Fórum Social Mundial (FSM) de 2009 em Belém, a entidade apresentou sua experiência a integrantes de organizações semelhantes vindas de diversas partes do Brasil e do mundo.
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Atualmente, a Brazucah promove diversos circuitos de exibição em parceria com entidades públicas e privadas, como o “Curta na Escola”, “Cinema na Praça”, “Cinema para Todos” e o “Cine B” (em parceria com o sindicato dos bancários), destinados àqueles quem não teriam acesso ao cinema de outra forma. Além de levar o cinema ao público, de modo a formar expectadores críticos, a rede se preocupa em auxiliar os produtores utilizando técnicas de fabricação de DVDs inspiradas na pirataria, como encartes baratos e distribuição em pontos de venda estratégicos, afastados dos centros. Assim, consegue vendê-los a preços acessíveis (R$ 10) e remunerar os produtores.
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A oficina realizada durante o FSM foi um momento de troca de experiências que condiz exatamente com a idéia, defendida pela Brazucah, de organizar a distribuição dos filmes nacionais por meio de uma rede descentralizada. “É importante estar dentro do fórum para poder apontar ou aprender soluções com cada organização presente”, comenta Camila Nunes, uma das fundadoras da rede.
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